Nunca perdeu o brio. Arrastava-se com dificuldade para a fisioterapia, depois para o cabeleireiro e agora, já com autonomia, retomara as rotinas de bairro. Cabeleireiro às quintas — mãos e brushing. Sempre impecável.
“Há
mais de 40 anos que não saía de casa sem batom. O batom rosa-escuro tornara-se
parte do seu rosto, tão importante como o nariz adunco, os olhos pequenos e
amendoados e as rugas cada vez mais fundas e cavadas na pele manchada por
sardas largas e irregulares. Ir sem batom até ao pequeno café da esquina, onde
bebia a bica sem princípio há mais de três décadas, era idêntico a ir sem o
rosto, sem a imagem de si para si e para os outros.”
Ler mais clicando Aqui.
Descobri Cláudia Lucas Chéu,
autora deste conto e de muitos outros,
ao navegar por
Blog de Joana Lopes,
que leio com muito agrado.
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Gostei da história e já anotei os links, obrigada :)
ResponderEliminarVais gostar de ler, Gábi. :)
EliminarA questão é arranjares um bocadinho de tempo, para descontrair.
De nada!
Beijinho
Pois já eu me revejo na história.
ResponderEliminarSou incapaz de sair à rua sem me betumar, como eu costumo dizer. O batom é indispensável.
Só espero que os anos vão passando e as mãos não tremam.
Gostei muito de ler e vou deixar o outro para amanhã.
Beijinhos Janita
Manu.
EliminarFazes tu bem, mas eu já não tenho, aliás, nunca tive, pachorra para me maquilhar só para ir ali à mercearia da esquina ou ao café da Dona Dulce.
As mãos desta senhora tremiam, em consequência de um AVC.
Depois, à medida que foi recuperando, voltou a ser tão briosa na sua pessoa como o era anteriormente.
O conto não é apenas o que apresento, amiga! Isto foi só o aperitivo...:)
Beijinho.
Da minha janela,
ResponderEliminarvejo gente velha
a levar os netos à escola
à hora
não dou como vão...
Ah e minha sogra
que passou em muito os noventa
nem uma só pintura
lhe sublinhava
o prazer de ser ela própria
igual caminho lhe segue a filha
(sobre a cosmética terão uma visão diferente)
Certamente que a visão de manter uma aparência cuidada, vai mais além, ou melhor, não necessita ir, até à maquilhagem e pintar os lábios, mas tudo isso faz parte dos hábitos de cada pessoa.
EliminarAcho que a sua Teresa é parecida com a senhora sua mãe, de quem me lembro bem. Linda, elegante e dona de uma beleza natural. Bonitas homenagens o Rogério lhe prestou, é verdade!
Um abraço.
Bom dia
ResponderEliminarAcho que toda a mulher se sente bem quando sai e sabe que olham para ela e comentam algo que a faz feliz mesmo que ela não oiça o comentário .
JAFR
Joaquim Rosário.
EliminarAcredite ou não, pela parte que me toca, prefiro sempre passar despercebida. Porém, como todas as mulheres, gosto de me manter airosa e tão fresca quanto possível. :)
Um abraço.
Admiro a personagem principal desta história, embora também me não reveja nela quanto à importância da imagem física. Não só sou muitíssimo adepta do estilo prático como sou poeta, e viver sem escrever é que, para mim, não faz qualquer sentido.
ResponderEliminarUm grande beijinho, Janita :)
E ter a Poesia, como sentido para a Vida, é algo de maravilhoso e belo.
EliminarQue Deus lhe conserve a inspiração, querida Poetisa.
Beijinho, Mª João. :)
A velhice não é nem nunca pode ser um factor de desleixo mental e corporal. Que a velhice seja sempre uma extensão da juventude e NUNCA um fim dessa
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
A sua opinião, caro Ricardo Valério, tem a sua dose de poesia filosófica, mas que eu entendo bem.
EliminarFelizes os que fazem este percurso, desfrutando, em pleno, todas as fases da vida.
Saber envelhecer é uma virtude, creia! :) Mas que é o Fim da mocidade, claro que é! Do corpo, não do espírito. Olhe, o meu não tem idade...varia de oitenta para os vinte, conforme os dias.
Saudações optimistas.
terrível a velhice, um gajo tá sempre doente... se nã é disto é daquilo... prontos, eu quero ser um velho resmungão, que nã toma banho e deixa crescer o cabelo e a barba até aos pés.
ResponderEliminar(já comentei em montes de sítio e ainda nã me sinto curado!)
Oh, Manel...mas eremita já tu és aos quarenta! :))
EliminarContinua a circular por aí. A cura não acontece de repente, vais melhorando aos poucos e, quando menos esperares, está fino como um pêssego.
Beijos, Cigano.
Força!
qual eremita qual quê?! só evito as multidões porque podem ficar descontroladas... ser assim como sou nã é fácil, um íman, um pêssego...
EliminarEhehehehe...chamavam-te um figo, não?
EliminarOh meu Deus, tenho que ir trabalhar.
Até mais logo, Manelito.
um figo, um pão, um oh meu deus... é muito comum :)
EliminarAcredito...Oh, My God, torcem os olhos e caem pró lado.
EliminarOu na fosses tu o Deus das Tempestade e do Ventos ciclónicos...Todo tu és um furacão. :)
De há bocado para agora murchei, Manel!
Sinto-me vazia e cansada... :(
Revejo-me um pouco na senhora, quando saio à rua, o baton e um pouco de perfume fazem parte de mim. Não uso mais pinturas, já não tenho paciência. Gostei de ler o texto.
ResponderEliminarOlá, Maria José.
EliminarFico feliz que assim seja. Imagino-a impecável e sobriamente maquilhada, elegante e bonita.
Eu sou mais de realçar os olhos do que a boca, mas isso não acontece no meu dia-a-dia.
Sair, para mim, não é ir tomar café à rua, é ir ao cinema, jantar ou almoçar fora. Coisas assim...:)
Só me pintei enquanto trabalhei, agora voltei ao natural! :)
ResponderEliminarGostaria de ir ler esses contos mas ando com falta de tempo para uma série de coisas.
Abraço
De há uns tempos a esta parte também gosto mais de andar de cara lavada. Raramente me pinto, para quê?
EliminarNão te preocupes, Leo, penso que os contos vão permanecer onde estão, em qualquer altura podem ser lidos.
Um abraço.
Na diferença somos todos iguais
ResponderEliminarGrande verdade.
EliminarMuito bom e que nos leva a reflectir!
ResponderEliminarTive uma Patroa, que eu por acaso a revia na história desta Senhora.
Essa minha Patroa pediu em vida para que, quando morresse, que lhe pintassem os lábios da cor que usava. Se o pediu assim os levou!
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Em sonho de amor primeiro
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Visitem o meu novo blogue sigam e linkem. Obrigada
Desafios - Prosas e Poesias
Beijos e uma boa noite!
Na morte, como na vida! Sabe que concordo com isso?
EliminarAgora já vai sendo costume maquilharem os mortos para que fiquem com boa aparência e não com a cor vítrea da morte.
Bem, haja vida e alegria com ou sem baton.:)
Ainda não fui visitar esse seu novo blogue de Desafios, tenho de o fazer logo, logo.
Beijinhos
Passei apenas para a cumprimentar.
ResponderEliminarOh, José, muito obrigada.
EliminarTenho pensado em si e passado pelo seu canto, mas saio calada. Espero que esteja tudo bem, está?
Um beijinho.
O brio faz mais pelas pessoas que a vaidade. Cada um tem o seu e é mau quando desiste. Dizia um amigo meu que era cardiologista "Quando um homem se desinteressa pelas pernas duma garota está morto, só falta enterrarem-no, o que não demora muito tempo".
ResponderEliminarBeijo.
Lá está...homens e mulheres com 'brios' diferentes, mas ambos válidos!!
EliminarBeijo!