quarta-feira, 18 de março de 2020

ESPANTA - ESPÍRITOS.






Com algum descaramento

O Sol radioso e a Lua

Que moram na minha janela

Namoram na minha frente

Quando vou espreitar a rua



Vejo-os sem pudor, nem rebuço

Teimando em fazer-me inveja

E eu sinto- me impotente

Por não ver amor nem gente

Nem um sorriso distante

Que me alegre e me proteja.



Vou pôr fim a tanta mágoa

Também eu quero sorrir

Amanhã coloco a máscara

Vou ver-te, abres-me a porta

E juntos vamos sair…






 * * * * * * * * * * *  

30 comentários:

  1. Para quê a mascara? Não há maol que sempre dure....

    Boa noite, Janita

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    1. Olá, Noname.

      Pois não, nem bem que não acabe, né?

      A máscara? Porque sim, porque quero e porque devo. Hoje fui equipada, de luvas e máscara, fazer algumas compras ao super. E olha, para além de mim, havia mais gente. De luvas, toda a gente!

      :)

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  2. O Sol, O Sol perguntou à Lua
    Quando houvera amanhecer
    À vista dos olhos teus
    Que vem o sol cá fazer

    Gosto de máscaras
    Gosto que me batam à porta

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    1. O Sol em breve partirá
      já vejo nuvens no céu
      e a Lua iluminará
      a minha noite de breu. :)

      Gosta, Rogério?
      Então, farei como o tal carteiro
      que tocava sempre duas vezes.

      :))

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  3. Gosto muito do poema, não gosto nada da época.
    Beijinhos

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    1. Quem pode concordar com estes tempos conturbados, Pedro?
      A coisa por cá está a ficar preta.
      Veremos o que fica decidido, quanto ao estado de emergência.

      Beijinhos.

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  4. Um bonito poema, Janita. Nos tempos que correm a poesia é um calmante para os espíritos atormentados.
    Abraço e saúde

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    1. Amiga Elvira, estou a fazer tudo para não me deixar abater pelo desânimo. Sei que se me deixo ir abaixo, vai ser o meu fim.

      Um abraço e que o 'diabo' fique longe.

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  5. nã saias, queda-te sossegadita magana! vou mandar-te trovoada se pões os pés fora de casa!

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    1. Ai, magano, atão? Queres-me enclausurar ainda mais?
      Ouve-me só quisto é pra ti:

      Agora é tarde, Cigano
      Já me botei a caminho
      Se ouvires dois toques seguidos
      E mais dois intervalados
      Põe a chaleira ao lume
      Levo gengibre, limão e canela
      Para tomarmos um chazinho…

      Para tomarmos um chazinho
      E rir por tudo e por nada
      Sem entrar em confidências
      Lá mais para o final do dia
      Não me peças para ficar
      Pois tenho de vir de abalada!

      (pensavas que eu sair p'rá onde?)

      :))

      Beijos, Ciganito.



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  6. Ohhh! A ligação caiu e eu perdi um enorme poema em quadras que aqui tinha quase, quase acabado de escrever :(

    Foi-se-me a inspiração toda, caramba!

    Em poesia, vá aonde vá, não precisará de máscara, Janita ;)

    Eu, pobre de mim, ainda me recordo bem da pneumonia com que o surto de gripe A do ano passado me presenteou. Sei o que é estar em isolamento hospitalar e, mal por mal, prefiro estar confinada em casa a ter de ficar ligada a um ventilador...

    Beijinho :)

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    1. Já me tem acontecido e é uma frustração que só visto, não é verdade? :(
      Deixe lá, querida Poetisa, ela há-de voltar, mas copie sempre não vá acontecer novamente.
      Claro que a clausura é sempre preferível, mas custa.
      Valem-me estes bocadinhos aqui, no convívio virtual convosco.

      Um beijinho e cuide bem de si.

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  7. Olá:- A máscara é, será mesmo, muito importante. A verdade é que, uma grande maioria de pessoas, a não usa. Dizem estar esgotada. Sinceramente, acredito que esteja mesmo.
    .
    Uma quarta feira feliz

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    1. Olá.
      Eu tenho algumas guardadas já de algum tempo. Andei em consultas externas no serviço de hematologia oncológica e, não sei porquê, disponibilizaram-nas.
      Não custa nada prevenir.

      Boa noite e bom resto de semana.

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  8. Máscara? Explica-me lá (aqui) se é mesmo útil em qualquer circunstância.
    Mas explica-me como se eu tivesse 5 anos.
    Beijinho, Janita, cuida-te.

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    1. Olha, Repórter.
      Acontece que tu não tens cinco anos e sabes mais que a Lúcia...:))

      Beijinhos, António e sai de casa apenas se for estritamente necessário. Se bem que, por cá, é que o 'bicho' se concentrou mais.

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  9. Gostei do poema, este, e o do pimentinho fazem-nos sorrir o que é bom nos tempos que correm

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    1. Obrigada, Maria José, pela simpatia com que acolhe estes meus devaneios.

      :)

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  10. Um poema muito bonito!
    Consegue arranjar máscaras? Apenas consegui uma loção alcoólica.!
    -
    A fé atravessa-nos o pensamento cruel
    -
    Beijos e uma excelente noite!

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    1. Cidália Ferreira.
      Obrigada.

      Relativamente à sua pergunta, por favor, leia a minha resposta ao Ricardo Valério.

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  11. Vai ficar mais difícil sair...
    Gostei do poema e do espanta espíritos.Não resisto a uma história de amor, e logo essa entre o sol e alua. :))

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    1. Olha, Luísa, como passei praticamente todo o Inverno apenas a fazer o trajecto casa-trabalho e vice versa, não é o isolamento o que mais me custa, é o espectro desta guerra biológica, onde não sabemos se esconde o inimigo.
      Por isso, se sair, para o estritamente necessário, luvas e máscara são a minha companhia.
      E, por aqui, é em vós e convosco que procuro alguma alegria e ânimo.

      Um abraço.

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  12. Bom dia
    Escusado será dizer que adorei o poema . Ou não seja eu um eterno apaixonado .
    Infelizmente tambem há quem use mascaras que não se vêm .

    JAFR

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    1. Bom dia, Joaquim Rosário.
      Sim, tem razão, mas nunca gostei de mascarilhas, a não ser a do Zorro! :) Infelizmente, seria bem melhor que estas não fossem necessárias, mas são.

      Fique bem.

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  13. Um lindo poema sem máscaras :)
    Este namoro entre o sol e a lua encantou-me, estão longe um do outro,agora relações a sério, só mesmo à janela :)

    Beijinhos Janita

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    1. Às vezes, quando menos a procuro, lá vem a veia poética fazer-me uma visitinha. :)
      Este namoro entre o Sol e a Lua, só vem provar que, no amor, não há distâncias nem impossíveis. :)

      Beijinhos e obrigada, Manu.

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  14. Esperemos que lá para o Verão estejamos melhor !
    Cuida-te !!!

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    1. Que venha, então, depressa o calor!!

      Obrigada, Ricardo.
      Cuida-te, também.

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  15. Boa noite, Janita.
    Posso tentar rimar? Posso? Então lá vai:

    Juntos vamos sair
    Dê lá por onde der
    Que p’ra bem divertir
    No presente ou no porvir
    Vai-se a máscara, fica a mulher.

    Espero que não te tenha desiludido, pois a inspiração não anda grande coisa. :)

    Um beijinho :)

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    1. Tu nunca me desiludes
      Meu Poeta trovador
      seja em rima seja em prosa
      tudo o que escreves e dizes
      sai divino e um primor. :)

      Um beijinho, AC! :)

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