Sérgio Godinho
( O Fado do 31 ) *
À porta da Brasileira
Dois tipos encontram dois
Juntam-se os quatro e depois
Lá começa a chinfrineira
Agrava-se a cavaqueira
Vai aumentando o zum-zum
Vem bomba, rebenta, pum
Depois agora os vereis
24, 26, 29 e 31
Ai...Ó larilólela...
Como este não há nenhum
Tudo bate em Portugal o fado do 31
Ó larilólela...
Como este não há nenhum
Tudo bate em Portugal o fado do 31
Mal amanhece, os tachados
Bebem vinho da botija
Mais um copinho da rija
De quatro em dois separados
Depois, assim engraxados
P´ra não ficar em jejum
Bebem dois copos de rum
Vai Carcavelos e Porto
E no fim está tudo torto
E rebenta o 31
Ai...Ó larilólela...
Como este não há nenhum
Tudo bate em Portugal o fado do 31
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* Melodias de Sempre.
Cantava-se, ainda, uma outra estrofe, mas agora não fica bem. Parece um incentivo à violência doméstica. Ora este espaço, prima pelo diálogo pacífico, pela benevolência, respeito e igualdade de direitos. Nada cá de machismos e supremacia masculina.
Era o que mais faltava!!
Mas vamos lá escrever a tal estrofe numa de galhofa.
Era assim:
"Um homem que quer sarilhos
Por um motivo qualquer
Discute com a mulher
E dá porrada nos filhos
A sogra nos mesmos trilhos
P'ra não ficar em jejum
Leva depois um fartum
Desata tudo ao biscoito
24, 28, 29 e 31"
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Cantava-se nos cortejos da Queima depois de muita bebida.
ResponderEliminarBeijinhos
Actualmente, nas Festas da Queima, convida-se o Quim Barreiros e a malandrice fica por conta dele. 😊
EliminarBeijinhos.
Há muito tempo que não ouvia esta música que a gaiatada daqui cantava incluindo as filhas!
ResponderEliminarA cantar mostram o machismo no tempo da outra senhora e estamos longe de terminar com a violência doméstica actual muito mais refinada e fatal com alcool e drogas.
Obrigada pela partilha e foi muito bom vir aqui!
Eu, conhecia a canção do tempo em que a RTP tinha a rubrica que mencionei: AS Melodias de Sempre - apresentadas pelo Jorge Alves, aquele senhor com uma dicção incrível.
EliminarPara além da leitura era o que havia: a TV... e tudo se via e de tudo se gostava.
Um beijo e tb é sempre muito bom receber-te aqui. 😊
Uma relíquia, que não conhecia na voz do SG.
ResponderEliminar(Foi bem tratada do HSJ? Tudo nos conformes?)
Um bom dia.
Uma relíquia, mesmo! 😊
EliminarCorreu tudo bem, sim, José! A médica hematologista é muito simpática e afável, as plaquetas baixaram para níveis razoáveis, comprei um livro na Bertrand, de suspense e mistério, como gosto, e as horas, até à consulta, foram-se escoando lentas e um pouco penosas. Desta vez o João estava a trabalhar e não pode ir ter comigo para almoçarmos juntos.
Enfim, as coisas são como são e como podem ser!
Obrigada!
Não sou um grande fã do Sérgio, mas gostei deste fadinho. Ainda por cima tendo ele mencionado o meu número de matrícula da Armada, o famoso 29!!!
ResponderEliminarNem mais, meu caro Twenty Nine! 😊
EliminarVulgo:- Tintinaine, não é verdade?!
Abraços amigáveis
Bom dia
ResponderEliminarÉ disto que o povo gosta .
Desconhecia esta versão do Sérgio.
JR
E nós, caro JR, o que somos senão gente do Povo?!
EliminarBoa Tarde!
Bom dia, foi um prazer passar por aqui e ouvir este faduncho, boa escolha para animar a malta
ResponderEliminarO prazer foi todo meu, caro Anónimo/a! 😊
EliminarO que faz falta é animar a malta, já lá dizia o nosso Zeca Afonso.
Obrigada! 👍
Nos fundos de uma tasca ali para os lados de Alcântara (Lisboa) havia um cubículo que era a seda do grupo dos 31. Não tenho a certeza de relacionamento com o dito fado, mas considerando o nome e a zona e a "freguesia"... Também pode ser coincidência, mas... Ô_ô
ResponderEliminarNunca soube de Sede alguma desse grupo e muito menos que ele existia, Kok.
EliminarMas também, o que sei eu das coisas que aconteciam na tua juventude tresloucada, aí para os lados de Alcântara?! Nada! Rien de rien!!
Por essa altura, só sabia o que lia na Revista Flama e o que via na RTP...
Tu, sim, eras o maior da Cantareira...perdão, de Alcântara...
Alcântara, mar
Mar, peixe
Peixe, pescada
Pescada, do alto
Do alto da Serra,
da Serra da Estrela
A estrela está no céu.
O céu é azul...
E mais não digo porque mais não me lembro!
Ò-Ó...
Beijinhos, amigo Kok.
🤗 😘 🙏 🧡
Obrigado
ResponderEliminarhttps://shorturl.at/CNrhS
Obrigada, eu!
Eliminar🙏 🌻 😊
A memória
ResponderEliminarServe para isso mesmo
Que a verdadeira arte
Não caia no esquecimento...
(a arte... e tudo o resto!)
Beijo
Enquanto houver memória, as nossas recordações permanecerão intactas.
EliminarUm beijinho especial, Rogério.
( neste dia em que a memória fica mais viva.)
Alentejanitamiga
ResponderEliminarO fado do 31 tem raízes muito antigas. Tenho comigo uns exemplares da revista «A Brasileira» repositório fabuloso de épocas que devem ser recordadas, mas, infelizmente, esquecidas. Dela permito-me transcrever um texto elucidativo:
« Na década de 20, as figuras populares de Lisboa eram frequentadoras dos cafés e dizia-se, em tom de brincadeira, que a vida nacional girava à volta de uma chávena. A Brasileira era frequentemente palco de discussões acesas, algumas com cenas de pancadaria envolvendo arremesso de chávenas e cadeiras. Almada Negreiros e José de Bragança protagonizaram uma dessas cenas, na sequência de uma discussão sobre a ordem dos painéis expostos. Maria Victoria imortalizou esse momento no famoso Fado do 31, cantando este fado vestida de chapéu e traje masculino.»
Sérgio Godinho retomou o tema - e bem; mas julgo que o ditado «o seu a seu dono» aqui se aplica «ferpeitamente». E mais não digo. E lidas as minhas declarações e as de «A Brasileira» as ratifico, dando fé da sua autenticidade e recomendando a sua publicação em acta...
Beijos & queijos da Graciosa (se ainda restar algum...)
Henrique
Grata pela tua sempre valiosa opinião, reveladora da tua sapiência, HenriquAmigo.
EliminarPor cá também temos umas Brasileira, quase em frente ao Teatro Sá da Bandeira, como sabes. Se já não temos; tínhamos. Isto, com o avanço e a evolução dos tempos, tudo muda, até nós, queiramos ou não.
O queijo da Graciosa ainda cá vai durando, só eu para o degustar, tem de durar e durar, qual pilhas Duracell...
Bem, Henrique, fica bem.
Um beijo grande e amigo
Só me recordava do olarilolé. :)
ResponderEliminarNada mau, Catarina...😊 🌼
Eliminareste ano tive a possibilidade de estar com o Sérgio Godinho num dos dos seus concertos da Tour 2024, mas o 31 não faz parte do repertório
ResponderEliminarfoi bom recordá-lo
Obrigado Janita
Não, Zaratustra, o 31 foi um caso esporádico que nem o Sérgio deve lembrar-se. 😊
EliminarGrata lhe fico eu, pela visita. 🙏
Gosto .muito desta versão que desonhecia.
ResponderEliminarAte a brejeirice achei bem interessante, até os iscoitos
Queria dizer biscoitos.
ResponderEliminarBeijinhos Janita
😂 Isso da brejeirice e dos biscoitos fez-me lembrar de uma parvoíce que eu devia guardar só para mim, Manu.
EliminarMas como foi dita na novela 'A Promessa' também eu hoje, que estou por tudo, a posso dizer.
Sabes como se diz do acto sexual repetido? Bis-coito...!😋
Beijinhos, Manu! 🌺
(Amanhã conto voltar com uma receita deliciosa. Para me redimir, claro!)