segunda-feira, 25 de setembro de 2023

RECONSTRUÇÕES - Reedições.

 
Imagem da Net - Lavadouro Municipal de um Bairro de Lisboa.



CONSTRUÇÕES.


É nas noites longas

e quase eternas

Que procuro construir-te

à medida do meu Sonho.

Faço-te, desfaço-te

foge-me o traço.

Escovo, raspo,

encho de água fresca o tanque.


Lavo, esfrego com água e sabão o meu cansaço,

e adormeço sem te saber.


Mas é logo de manhã, ao acordar,

que sempre te reconheço

                   mesmo sem te conhecer...



VALSA DOS POETAS




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15 comentários:

  1. Os lavadouros públicos vão surgindo e reconstruídos é sempre uma mais valia.
    O teu poema está genial e gostei muito.
    O video do JS não apreciei, embora goste de o ouvir nalgumas canções do seu vasto reportório!
    Beijos e uma boa tarde

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    1. Creio que nunca desapareceram. Ressurgiram com melhores condições, mais modernos. Tanto no Centro quanto no Norte, o lavadouro público é onde se põe a comversa e as novidades em dia. :)
      Eu gosto muito do Janita, mais do que do irmão Vitorino, até.
      O vídeo que escolhi talvez fuja um pouco ao que nos habituámos a ouvir dele, mas eu gostei.

      Sempre disse e continuo a dizer "reportório". Acho "repertório" português do Brasil.
      Beijos, boa noite.

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  2. O amor encontra sempre uma forma de se reinventar, não fosse a alma infinita.
    Abraço de amizade, Janita.
    Juvenal Nunes

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    1. Quando não é uma simples atracção física, creio que esse amor que se reinventa é o verdadeiro amor, o que dura uma vida.
      Agradeço e retribuo o seu abraço amigo, caro Juvenal.
      Boa noite.

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  3. O da foto é na Madragoa, se a memória não me atraiçoa.
    Belíssimo poema, estimada poetiza.
    Janita Salomé? Um alentejano do caraças!
    Beijinho, Janita.

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    1. Fui confirmar e a tua memória é completamente fiel, António!
      Foi escrito num dia de muitia inspiração, este poema.
      Do caraças, como de resto o são todos os alentejanos.
      Beijinhos.

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  4. Belas palavras, não tanto a música do seu homónimo, que, aliás, aprecio.
    bjis.

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    1. Ninguém agrada a todos em tudo o que faz, com esta canção foi igual, mas eu gosto, José.
      Beijinhos

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  5. Não reconheço o Janita nesse cara de chapéu!

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    1. Aqui, com a palavra "cara" quis substituir o nosso 'gajo' ou tipo?

      Quando jovem o Janita usou lenço à moda dos gitanos, agora usa chapéu de aba larga para tapar a careca...e fica-lhe a matar! :)

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    1. Sori...Ai donte sepique inglix.
      (Desculpe o plágio, amigo Rogério! )

      Igualmente me desculpo consigo, Emily. Nem tudo o que sai desta minha cabecinha é para levar a sério.
      Obrigada.

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  7. No meu tempo de menina, lavava- se no rio.Quando vim para o oeste é que vi que não (há) nenhuma aldeia que não tenha um.
    Gostei muito do teu poema, está lindo! Do cantor também sou fã.
    Beijinhos Janita

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    1. Já no tempo da minha meninice, como o Guadiana fica um pouco longe da então Vila, hoje Cidade, quando era para a lavagem de peças de roupa grandes, lençóis, mantas, cobertores, etc. ia-se lavar às Hortas. A minha Mãe ia à Horta dos Arcos, que tinha um tanque enorme. Maior do que esse da foto.
      Enquanto algumas peças de roupa branca coravam ao sol, nós íamos apanhar caracóis.
      Este poema, quando o publiquei na 1ª vez, , ilustrei-o com uma foto minha do tanque da minha amiga e vizinha, que por sinal na altura estava quase vazio... :-)
      Beijinhos e obrigada, querida Manu.

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