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O barco vai de saídaAdeus ó cais de alfamaSe agora vou de partidaLevo-te comigo ó cana verdeLembra-te de mim ó meu amorLembra-te de mim nesta aventuraPra lá da loucuraPra lá do Equador
Ah! mas que ingrata aventura bem me posso queixar
Da pátria a pouca fartura
Cheia de mágoas ai quebra mar
Com tantos perigos ai minha vida
Com tantos medos e sobressaltos
Que eu já vou aos saltos
Que eu vou de fugida
Sem contar essa história escondida
Por servir de criado a essa senhora
Serviu-se ela também tão sedutora
Foi pecado, foi pecado
E foi pecado sim senhor
Que a vida boa era a de Lisboa
Por servir de criado a essa senhora
Serviu-se ela também tão sedutora
Foi pecado, foi pecado
E foi pecado sim senhor
Que a vida boa era a de Lisboa
Gingão de roda batidaCorsário sem cruzadoAo som do baile mandadoEm terras de pimenta e maravilhaCom sonhos de prata e fantasiaCom sonhos da cor do arco-írisDesvairas se os viresDesvairas magia
Já tenho a vela enfunada
Marrano sem vergonha
Judeu sem coisa nem fronha
Vou de viagem ai que largada
Só vejo cores ai que alegria
Só vejo piratas e tesouros
São pratas são ouros
São noites são dias
Vou no espantoso trono das águasVou no tremendo assopro dos ventosVou por cima dos meus pensamentosArrepia, arrepiaE arrepia sim senhorQue a vida boa era a de Lisboa
(...)
Conseguem cantar o resto sozinhos?
Bora lá dar força ao Fausto,
grande compositor e letrista
das mais bonitas
canções do
nosso
Portugal.
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