domingo, 31 de maio de 2020

BRAVATAS






























Naquela manhã orvalhada Dom Caracol pressuroso,  
tirou-se dos seus cuidados e antes que o sol acordasse, foi procurar o almoço. 

Dona Joaninha, ladina, com seu casaco encarnado,  
decorado com negras bolinhas, havia tomado a dianteira e já se tinha antecipado. 

Diz a bolota orvalhada, querendo ficar madura: - “Como posso eu ganhar cor se andam tantos atrevidos a roubar minha frescura?” 

Numa súbita coragem, Dom Caracol furioso, perdeu a proverbial bonomia,  
abriu a boca raivoso e teria engolido a bolota, não fora intervir Dona Ventania...

*  *  *
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O que aconteceu a seguir? Diga o leitor como quer.

Dona Joaninha voou, Dom Caracol a bolota abocanhou
ou tudo Dona Ventania levou?

☺️☺️☺️

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quarta-feira, 27 de maio de 2020

KU...ZOMBA...?


                     


Como depois dos trovões e das nuvens negras vem a acalmia dos sentires, vamos dar lugar à alegria e vamo-nos divertir.

Sei que isto de kizomba(s), são  ritmos modernos e calientes, mas duvido que algum dia eu conseguisse aprender a dançar -  tão bem ou sequer menos bem  -  como o fazem estas bailarinas. 

E as minhas queridas leitoras, sabem Kizombar  com esta sensualidade?  É que para se conseguir  esta façanha, há que possuir o principal atributo: um rabiosque bem empinado... quem o não tiver também pode, mas não será a mesma coisa, pois não?  😋    Então, vejam o vídeo e aprendam...






 Os morangos são de quintal da vizinhança.

                          

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terça-feira, 26 de maio de 2020

Chuviscos.





Foi um daqueles dias em que a chuva miudinha e persistente me soube bem. É nestes dias primaveris e mornos  que gosto de ler poesia, mas não de escrever. Escrever, não implica a ideia de ser poeta ou escritor, escrever apenas, seja lá o que for. Até podem ser umas linhas em caderno, à laia de diário. Até para isso tem de haver vontade, disposição. Não a tive. Lembro-me bem. 
Estávamos em tempos de confinamento.

Neste dia todas as saudades me procuraram,
 nenhuma faltou.
Ninguém soube disso, a ninguém contei. 
Senti uma dor forte, dilacerante.
Um sentimento de perda.
 De quê, de quem?  Não sei. 
Mas, sei que neste dia,  alguém, 
em algum lugar, desistiu de mim, 
me abandonou.


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domingo, 24 de maio de 2020

DA COR DO CÉU.


                                                                     



Palavras para quê? O amor, a gratidão e o altruísmo,
comunicam em silêncio.







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sexta-feira, 22 de maio de 2020

RAPAZES...CUIDADO!!





Não te cases!


O António chega a casa com um amigo e diz à mulher:
– Querida! Trouxe um amigo para jantar!
– O quê? Mas tu estás doido ou quê? Então com a casa por arrumar, a louça toda suja, e sem me avisares para eu preparar algo para a refeição…
– Sim, sim, eu sei!
– Então porque é que o trouxeste?
– Porque o coitado está a pensar em casar e eu queria que ele visse no que se está a meter!

                                                           * * * 

Não, não é por ser Sexta, é porque me apeteceu continuar na senda do riso...agora sim, com piada!! Pelo menos, para mim. Para vós, não sei... :)
  


Adenda: Peço a vossa atenção para a cantiga do vídeo. Se a não ouvirem não entenderão a minha intenção ao trazê-lo aqui.



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quinta-feira, 21 de maio de 2020

SENTIDO DE HUMOR.

Eu tenho; e vós, caros leitores? 

Imagem posta a jeito.


[ Só quem souber rir de si mesmo, pode dizer que possui sentido de humor ]
Janita dixit...

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«O humor é, nas pessoas, um elemento terrivelmente desconhecido.
Pode unir um povo inteiro, como o não fazem os costumes e a própria Língua.»

[Agustina Bessa-Luís] 



Para rir de si, dos outros e para todos, não havia ninguém como a AvóGi.  Fugiu da blogosfera, feita de vento como só ela, largou amarras, fez-se ao largo, partiu à descoberta das capitais do norte da Europa, e nunca mais a vi. Que saudades! Se a encontrarem, digam-lhe que eu ainda estou por aqui.


                                                                             






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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Vulgaridade? Sim...


...mas bem real!

E, depois, apeteceu-me ser vulgar, mas realista.



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Piolhos cria o cabelo mais dourado;
Branca remela o olho mais vistoso;
Pelo nariz do rosto mais formoso
O monco se divisa pendurado:



Pela boca do rosto mais corado
Hálito sai, às vezes bem ascoroso;
A mais nevada mão sempre é forçoso
Que de sua dona o cu tenha tocado:

Ao pé dele a melhor natura mora,
Que deitando no mês podre gordura,
Fétida urina lança a qualquer hora.

Caga o cu mais alvo, merda pura:
Pois se é isto o que tanto se namora,
Em ti, mijo,  em ti cago, oh formosura.

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Soneto da Porcaria -
 de Manuel Maria
(du Bocage)

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segunda-feira, 18 de maio de 2020

A FORÇA DAS PALAVRAS.



       


TENHAM UMA EXCELENTE SEMANA.




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sábado, 16 de maio de 2020

VÓS PODEIS DIZER...


Palavras de Pessoa? - Pois, em boa verdade,  não sei!




Gostei das palavras e trouxe-as comigo...

                          

Se amanhã me apetecer ou acordar inspirada, pode ser que me ocorra algo de jeito...por agora, não sai nada.




Quem gostar do instinto protector deste galináceo,  pode sugerir uma legenda. Acham bem que a mãe galinha proteja o cachorro deixando o pintainho de fora e todo arrepiadinho?


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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Tempo De Aprender.

O  meu neto Noah, que completou hoje sete meses de vida, iniciou a aprendizagem e o conhecimento prático do sabor dos alimentos que  a maioria das crianças diz não gostar, simplesmente porque nunca provaram. Ou, então, provaram tarde, já depois do hábito alimentar e o paladar se ter habituado a alimentos com sabores mais apelativos ao palato, porém menos saudáveis.

Qual é a criança que come com prazer bróculos? Poucas ou nenhumas. Pois, de pequenino, é que se começa a gostar do que é bom e faz bem à saúde... :)


Chupar o sumo do limão sem fazer uma única careta é algo que me faz alguma impressão, mas ao Noah, não....



...apenas algumas cócegas no nariz!!  

E já resfolega, ( início do vídeo quando as coisas não lhe agradam, e ri  à gargalhada se achar piada aos joguinhos de ( falta de) pontaria... :)






Se sou avó babada? Claro que sim! Não nego e orgulho-me muito de o ser!




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segunda-feira, 11 de maio de 2020

Quem Não Teve Já Treze Anos?


Não foi logo naquele momento que me lembrei, foi só hoje, ao voltar lá, ao blog da Graça Sampaio, que me ocorreu que também tinha uma fotografia dos meus treze anos.

Ai, quem me dera/ Ser agora adolescente
Não saber o que sei hoje/ Fazer fé em toda a gente…



Que diferença entre uma época e outra...Que abismo entre a bela jovem, neta da minha amiga e a menina que sorriu porque a mandaram sorrir,- para ficar bem no retrato -  quase recém-chegada da província, e, crente naquele soberbo mundo novo onde se vendia frango assado com batatas fritas, se trazia a travessa de inox para casa, mediante o pagamento de já nem sei quanto, tipo contra reembolso, por ainda ninguém  saber o que eram tupperwares. 

Mas, treze anos são treze anos, motivo de orgulho em qualquer época.... Por já ter quase idade para namorar, não com o Pedro gaiteiro que nem sabia quem era, mas para ir dançar na Sociedade Recreativa. Na cabeça, todo um mundo de sonhos tolos, cheia de esperança de ser feliz e encontrar um grande, grande amor...





    
E vós? Também tendes uma fotografia dos vossos treze anos?
Então, bora lá mostrar ao pessoal.  :)


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Já houve um Amigo - o Kok - a mostrar-nos como era giraço nos seus treze anos.
Quem será o segundo?
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domingo, 10 de maio de 2020

MISS CAVELL




Palavras de «Miss» Cavell * ao capelão inglês Gahan, algumas horas antes de morrer:

Nada receio. Já vi a morte tantas vezes que a não estranho nem me assusta. Dou graças a Deus por estas dez semanas de tranquilidade antes de morrer. Passei continuamente uma vida agitada e cheia de obstáculos, e, por isso, este período de repouso o julgo uma grande mercê. Aqui foram todos bondosos para mim. Mas no momento supremo, em face de Deus e da eternidade, eu sinto e quero dizer aos homens que o patriotismo não basta: não devemos ter ódio nem azedume para ninguém.»


[ Do livro; “Prosas Dispersas”  de Guerra Junqueiro. ]

Ao reler várias passagens deste livro apeteceu-me enaltecer esta corajosa mulher. Afinal, atravessamos tempos de guerra, de coragem e de ‘execuções’ pandémicas.




*Edith Cavell.  (04-12-1865 – 12-10-1915)  enfermeira britânica, lembrada por ter salvo muitas vidas durante a Primeira Guerra Mundial e ajudado centenas de soldados a sair da Bélgica ocupada pelas forças alemãs. Foi feita prisioneira e condenada à morte, sendo fuzilada por um pelotão alemão em Schaerbeek nos arredores de Bruxelas. Dados recolhidos na Wikipédia.




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sábado, 9 de maio de 2020

Porque Não Há Sábado Sem Sol.






Recorro a lembranças de dias soalheiros que preencheram  os meus bons tempos idos.
Quem sabe alguém se recorda de Rita Lee, da sua alegria contagiante, e, de situações por ela cantadas, com aquela graciosidade que só ela tinha, como a do escurinho no cinema...?

Por enquanto, perdi o acesso às minhas fotos, pois navego a bordo de uma Nau que ainda desconheço. Este novíssimo PC que veio substituir o meu velhinho Toshiba, com mais de dez anos.

Oferta de aniversário que me chegou, há mais de dois meses, encomendada a partir dos Países Baixos e  repousava à espera que se finasse o velhinho. Chegou a hora de dar lugar aos novos...

A rubrica - supostamente de humor - "Às Sextas", também chegou ao término da sua vida neste espaço. Se é para mudar, pois que se mudem tempos e vontades! 



Nota importantíssima: Afinal, mesmo no último instante, descobri o acesso às minhas imagens. Ahahahaha
Bem faço eu que não desisto. Já estava quase quase, a mandar tudo borda fora. 

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Porque Hoje É Sexta-Feira. # 92

HUMOR EM IMAGENS





ESTA É PARA SI, JOSÉ...PRENDADA A GAROTA!!






Por hoje é tudo, espero que consiga fazer-vos sorrir.

BOA SEXTA!!

:)

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quinta-feira, 7 de maio de 2020

DEVAGAR, DEVAGARINHO....




... e nem foi por ser alentejana, mas cá cheguei! O motivo que levou à minha ausência foi superado.
Lamento, e como o lamento, não me ter sido possível avisar-vos. Como poderia eu adivinhar que de um momento para o outro a janela que me ligava ao mundo se fecharia de forma abrupta? 

O texto que tinha pensado escrever para esta foto, que captei na segunda-feira durante a minha caminhada, prendia-se com uma situação ligada à vida e morte deste fotogénico caracol. Mas não. Perante a demora que tive em regressar, quero mais é dizer-vos do quanto me sinto feliz por voltar ao vosso convívio...Ah, que saudades!!  :-)

Um grande Bem-Haja a Todos, pelo vosso carinho e amizade. 


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domingo, 3 de maio de 2020

CILADAS DA VIDA.



A monotonia destes meus dias, sempre iguais, começaram a pesar-me como um fardo. Eu vou tentando variar as minhas actividades quotidianas, e até o percurso das minhas caminhadas lhes tenho invertido o sentido de ida e volta.

Alterno a superfície comercial onde efectuo as compras de bens alimentares. Numas ocasiões faço-as no mini mercado a poucos metros de minha casa e, noutras, vou a um de nome sobejamente conhecido e não quero publicitar. Ainda assim, entre ida e vinda não faço mais do que meia-dúzia de kms.

Já semeei salsa, transplantei plantas para vasos maiores,  arranquei ervas daninhas do quintal, as viscôdeas ou lá como  chamam, por aqui, às ervas de folha carnuda e arredondada que mais parecem repolhos, e teimam em encher o relvado.

Já ressuscitei livros que jamais pensei reler. Enfim, tenho feito trinta por uma linha. Canso o corpo para descansar a mente, não obstante o meu esforço, sinto a mente e o corpo a recusarem sossego. Vivo, sem saber porquê, num desassossego permanente. Nada que pense sobre hipotéticas alegrias, me alegra. Nada anseio e nada desejo. Até o sono me abandonou.

Contra todas as expectativas, sobre o voltar a ter liberdade de ir e vir, voltar ao salão de estética, alindar um pouco o que já não dá para alindar, mas sempre seria uma refrescada nesta aparência deprimente, me entusiasma. Será isto o fim? A velhice a tomar conta do espírito, que sempre se recusou  acompanhar a do corpo? –  Não sei. Não sei mesmo.

O que sei é que quando hoje ouvi o arauto proclamar a ligeira abertura do confinamento, concedendo-nos a benesse de voltarmos a ser viventes do século XXI, fiquei impávida e serena. Não tugi nem mugi. Não me aquentou nem arrefentou. Acho que aquela frase já batida de se nadar desesperadamente para acabar vindo morrer na praia, tomou forma em mim.

Que não venha a correr nenhum nadador-salvador, fazer-me respiração boca-a-boca, tentando reanimar-me. O meu corpo recusa ser oxigenado, adaptou-se à apatia amorfa dos dias e anos perdidos e só anseia por dez horas de um bom sono reparador, de preferência sem sonhos. 

Só depois verei, se o mundo mudou ou se fui eu que mudei...






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sábado, 2 de maio de 2020

RISO ADIADO









Por fim, um excelente exercício para a memória.


B O M  F I M - D E - S E M A N A!!

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sexta-feira, 1 de maio de 2020

MAIO - GIESTAS EM FLOR.




O primeiro de Maio de minha Mãe
Não era social, mas de favas e giestas.
Uma cadeira de pau, flor dos dedos do Avô
— Polimento, esquadria, engrade, olhá-la ao longe —
Dava assento a Florália, o meu primeiro amor.

(…)

Quem assim falou foi Vitorino Nemésio.

E se bem falou em Maio de 2019, igualmente bem falará em 2020.


Desejo-vos um Feliz 1º de Maio.



No ano passado foi Assim.

Este ano sinto-me com pouca energia mental para engendrar melhor, pelo que fica igual ou parecido.

Obrigada a Todos.

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