sábado, 30 de setembro de 2017

Tenho Pena...

...que ainda não tenha sido inventado um sistema de modo a  que nos fosse possível trazer os aromas para os blogues, tal como o podemos  fazer com os sons e as cores.






Hoje, ofereceram-me este coração. Quem mo ofereceu disse muito convicta que o aroma que impregna o dito era de alfazema...
...mas sabem que a mim me cheira a naftalina? Não quis teimar, mas se há sentido que tenho apurado é o olfacto.

Seria bom que pudesse contar com a vossa ajuda, não sendo possível, já me decidi: levo o coração para o armário de mantas e cobertores que está no sótão, e fico com a caixinha, aqui, a meu lado, na  qual irei verter uma gotas de essência de alfazema. Acham bem??
Quem sabe não fique mais inspirada... 


PARA TODOS VOTOS DE FELIZ DOMINGO!

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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

DIVAGANDO.





Vão as árvores dourando a paisagem
Quando o mar não vai mais beijando a areia

Quando o teu corpo se esconde e se recata
Esperando sentir o poder da lua cheia

Espero ver mais azul num céu sem nuvens
Espero ter-te sempre perto onde me vejas

Não sei onde vais nem quando chegas
Só sei que te quero e tu não me desejas.



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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Parabéns, Jovem GOOGLE!...



...Porque Amor com Amor se paga...

...Happy Birthday to You!



Esta foi a oferta com que o Google, me presenteou no dia do meu aniversário.

Lembram-se?

É, pois, justo, que eu também o felicite, neste dia em que completa dezanove primaveras!

Vamos ver o que nos traz a Roda de Surpresas?
















:)  :)


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domingo, 24 de setembro de 2017

LEMBRANÇAS DE UMA TARDE DE AGOSTO

Passeando pela Mui Nobre, Antiga,  Leal e Invicta,
 Cidade do Porto.









Pelas ruas da Invicta, as pessoas que a visitam e admiram, passam.
 Os monumentos, a beleza arquitectónica, o seu ar cinzento, 
 a iguaria gastronómica
  que a caracteriza 
e dá o nome aos seus naturais,
permanecem...
...como uma Lenda.
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"O Porto tem origem num povoado pré-romano. Na época romana designava-se Cale ou Portus Cale, sendo a origem do nome de Portugal.
Das armas da cidade faz parte a imagem de Nossa Senhora. Daí o facto de o Porto ser também conhecido por "cidade da Virgem", epítetos a que se devem juntar os de
 "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta",
 que lhe foram sendo atribuídos ao longo dos séculos e na sequência de feitos valorosos dos seus habitantes, e que foram ratificados por decreto de D. Maria II de Portugal.
Foi dentro dos seus muros que se efectuou o casamento do
 rei D. João I com a princesa inglesa D. Filipa de Lencastre.
 A cidade orgulha-se de ter sido o berço do infante D. Henrique, o Navegador.

Devido aos sacrifícios que fizeram para apoiar a preparação da armada que partiu, em 1415, para a conquista de Ceuta, tendo a população do Porto oferecido aos expedicionários toda a carne disponível, ficando apenas com as tripas para a alimentação, tendo com elas confeccionado um prato saboroso que hoje é menu obrigatório em qualquer restaurante. Os naturais do Porto ganharam a alcunha de "tripeiros", uma expressão mais carinhosa que pejorativa."

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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

OUTONO...RENDAS DO SILÊNCIO.




(...)


Outono dos crepúsculos doirados,
De púrpuras, damascos e brocados!
Vestes a terra inteira de esplendor!






Outono das tardinhas silenciosas,
Das magníficas noites voluptuosas
Em que eu soluço a delirar de amor…


(Florbela Espanca)


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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

JÁ Fui Feliz Aqui [ XXXVI ]





Serpa - Praça da República

A primeira e terceira fotografias foram tiradas por mim, aquando da minha visita à cidade, em Maio deste ano.

A segunda saquei-a DAQUI


As palmeiras (doentes) foram substituídas por novas árvores e o trânsito em direcção à Torre do Relógio, foi cortado.
Hoje, há bancos corridos e mesas de madeira onde antes estavam as palmeiras, no lado oposto ao lendário
 Café e Restaurante 
"O Alentejano", cuja esplanada se vê na foto do meio.

Esta última, foi tirada de manhã muito cedo, enquanto esperávamos que a proprietária da loja dos doces viesse, de Brinches, abrir as portas. Recortei-a porque a minha mana poderia não gostar de vir parar à 'internet'!! :)) 

Já andamos a planear nova visita na Páscoa de 2018, altura em que se realizam as afamadas Festas de Serpa e se celebra a Padroeira: Nossa Senhora de Guadalupe.

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terça-feira, 19 de setembro de 2017

SERPA - E A LENDA DA SERPENTE ALADA.





Com a Catarina a dar o pontapé de saída com a sua bonita Lenda do Girassol, logo se lhe seguiu a Papoila e a interessante Lenda da Praia do Guincho. Dando seguimento ao certame temos a Deusa Afrodite que, nos seus Jardins, nos conta a Lenda da Moira Encantada de Giela.

Esta que vos vou contar, como não poderia deixar de ser, será contada num poema e é uma Lenda que nos diz da origem do nome da minha terra. 


A lenda conta, que, há anos,
Já esquecidos dos antigos,
Por cá só havia perigos,
Só havia desenganos,
Guerras, solidão e danos...

Foi então, que uma fada
Deu ao rio uma aliada,
Que a região defendia.
De Ana era rainha
A SERPE - SERPENTE ALADA

Mas ainda há outra lenda,
Deste rio que era o Ana,
Para os mouros Odiana...

Uma fidalga era presa
Duma magia tremenda...
Numa cobra transformada,
Numa figueira acoitada.

Gritava p’lo desencanto
E o seu pranto era o canto
Talvez de Ana, a encantada.

Mais tarde, fugindo à guerra
Que Rolarte lhe movera...
Orosiano morrera...
E Cófilas se desterra

Construindo nesta terra,
Que achou de rara beleza,
Para a filha a fortaleza
Onde seu noivo chorou
E novo amor encontrou.

Serpínia, a bela princesa.
Não se sabe bem à certa
Qual a profunda razão
Da Serpe que é no Brasão
Da nobre vila de Serpa.


Nas lendas a descoberta:
Da Serpe do Ana, a ardileza;
De Serpínia tem a alteza;
Ou da fidalga encantada
que em Cobra foi transformada
Tem SERPA o nome, a Beleza!


Fonte da Lenda                                                   Fonte das imagens

Não deixem de clicar nos links, porque sei que  vão gostar .

Seria interessante se esta corrente de Lendas e Mitos tivesse continuidade. Quem se seguirá? Todos gostamos de Lendas, não podemos parar por aqui. Ficamos a aguardar a próxima.

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Adenda:   AQUI   neste espaço criado pela Afrodite, poderão encontrar todas as Lendas já publicadas, e as que se lhes seguirão.


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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Da Felicidade Com a Ventura Alheia.


“Entre tanta miséria e tantas coisas vis

Deste vil grão de areia

Ainda tenho o condão de me sentir feliz

Com a ventura alheia.”


(…)




A que propósito vem esta estrofe, transcrita do livro que a imagem mostra?
Eu explico, num resumo mui resumido:
Após uma longa conversa telefónica com uma familiar, e ainda na sequência de outra longa conversa, pessoal, versando o mesmo tema que mantivemos no sábado enquanto degustávamos um saboroso estufado de língua de vitela, tive o prazer de constatar da alegria, inopinada, e tão gratificante, por ver a sua solidão de mulher só a quem a vida madrasta fez perder dois maridos que a fizeram tão feliz, o último há pouco mais de um ano, logo agora que tanto necessitava de um pouco mais de cor que lhe colorisse o cinzento dos seus dias...Sim, apesar da universidade sénior, dos quatro filhos, dos seis netos, das duas bisnetas e da missa dominical,  fica sempre tempo por preencher.
Pois bem, essa vida madrasta, por obra do acaso, ou talvez nem tanto, colocou ao seu ouvido a voz de um namorado que não via nem ouvia há cerca de sessenta anos. 
Ah, agora sim...o reviver das velhas emoções do primeiro amor, fazem bater mais forte aquele seu velho coração. E chora e ri, qual adolescente, enamorada pela lembrança de um jovem que, actualmente, ronda ou ultrapassa os oitentas, mas que ela ainda não viu a imagem e teme ver. Apenas porque também ela se vê com dezasseis anos.
E eu, que conhecia a história antiga, digo que sim, dou o meu aval, fico feliz com esta ventura de alguém que não me é tão alheio quanto isso.
Não há dúvida que, enquanto houver vida, tudo pode acontecer!
Aos outros... Vida madrasta!!! 

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sábado, 16 de setembro de 2017

DA TRANQUILIDADE.






No silêncio tranquilo

De quem vive vida simples;

-Ou de quem assim o quis-



Quero ir bordando meu sonho

Em ponto de fantasia

Pleno de Amor e de Luz…





DESEJO UM FELIZ FIM-DE -SEMANA

A  TODOS QUANTOS VISITAM

ESTE CANTINHO.


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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Não sei o que publicar...






...tive um dia infernal, sinto-me vazia de ideias...vai daí, pensei, pensei...e só me ocorreu deixar-vos com esta Adivinha-Piada (seca),  sequíssima, espremida não vai dar nada. Sintam-se à vontade para nada comentar...
Porém, se quiserem aventar algo que vos pareça ser esta coisa, nem precisam enviar para o e-mail, podem escrever aqui mesmo...
...enquanto o pau vai e vem...alguém pode acertar!! Cá vai:

O que é que tem duas patas e não anda, tem bico e não debica e tem asas mas não voa?

Não vos desejo ainda bom fim-de-semana pois pode acontecer que, entrementes, me ocorra algo de jeito.

Obrigada a Todos!

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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O Snoopy é Que Sabe...

...como se derretem corações!!

                                      Também fazem assim?






























Nunca devemos esquecer que um carinho, inesperado, desfaz azedumes e derrete blocos de gelo. Eu tenho tendência a esquecer...e vocês?


:)    :)    :)





terça-feira, 12 de setembro de 2017

HOJE LEMBREI-ME...

...E senti saudades!!






Alguém se lembra?


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domingo, 10 de setembro de 2017

DAS ESPERANÇAS VÃS.


Foto Minha



V I V E R

Mas era apenas isso, 
era isso, mais nada? 
Era só a batida 
numa porta fechada? 


E ninguém respondendo, 
nenhum gesto de abrir: 
era, sem fechadura, 
uma chave perdida? 



Isso, ou menos que isso 
uma noção de porta, 
o projecto de abri-la 
sem haver outro lado? 



O projecto de escuta 
à procura de som? 
O responder que oferta 
o dom de uma recusa? 



Como viver o mundo 
em termos de esperança? 
E que palavra é essa 
que a vida não alcança? 






Carlos Drummond de Andrade, in "As Impurezas do Branco"




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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A INEXTINGUÍVEL BELEZA...

...e o romantismo, que existem nas fotografias a P&B.


Qual delas é mais bela? Esta...que Mr. Google compôs e  me ofertou...



...ou esta(s) que eu fiz, casualmente, porque sim e porque gostei?

Já sentiam saudades minhas? 
Eu também!! :)





FELIZ  FIM - DE - SEMANA 


PARA  TODOS.


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

"AT REST".


Painting by Pino Daeni.



Sinto-me cansada. Muito!

 Preciso repousar…


Até já.


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sábado, 2 de setembro de 2017

Vamos Brindar?...


A quê? À Vida...à Amizade... a tudo o que quisermos!

                  Querem tomar comigo
 um cálice de licor de figo?



Ofereceram-me esta garrafinha, hoje. Veio de lá de baixo, do Sul....E eu, como boa anfitriã, quero compartilhar com todos os que gostarem de licores.
O quê? Os cálices são de vinho do Porto? Não faz mal, um dá para dois, ficamos a saber os segredos uns dos outros. 

Aproxime-se quem gostar, antes que acabe...

Tchim-tchim...à nossa!




sexta-feira, 1 de setembro de 2017

"BEL - PRAZER"


    Como Antonieta era festiva…Ainda que por circunstâncias de horário eu tivesse de lhe tocar à campainha muito cedo, num daqueles prédios do Lumiar, em que tanto dá um como outro, nunca encontrei má vontade. Abria-me a porta, em roupão, com um sorriso ainda ensonado, e deixava-se beijar.
     Tinha vários homens, sabia-se disso no emprego, e, não obstante, jamais me mostrou o menor sinal de enfado. «O amor livre?», dizia. «Eu encarno o amor livre.» Não havia negar-lhe razão.
     Observava-a de soslaio, cirandando para além dos vidros, fingindo eu que examinava ozalides num estirador ou seguia um gráfico no ecrã. Porta sim, porta não, no gabinete deste ou daquele, se é que se pode chamar gabinetes àquelas monótonas cisternas entrevidradas, Antonieta deixava papéis, memorandos e simpatia.
     Quando nos cruzámos, um rápido sorriso profissional de hospedeira de bordo não me encorajava muito. Mas houvesse calma. Como quem diz: a pressa nos desejos é tardança.
     Oportunidade de trabalho, verificação de listas («listagens», como dizem nas empresas, em estilo tecno-pífio), palavra atrás de palavra, sorrisos e meios sorrisos, um café algures, ditos de espírito, um convite para casa, para ver, estudar não sei o quê. Nada de directo. Só alusões. As mulheres impõem o consabido preceito das divindades: deixam-nos o encargo de adivinhar os enigmas e sempre o ónus de errar.
     Na hora da verdade, a experimentada, ávida e estrondosa Antonieta não queria outra coisa. Algo ela me ensinou. Regia os tempos. Escusava pressas, mas, inesperada, também precipitava delongas. Ditava e mandava, disfarçando o todo em lânguida doçura.
     Cabeça revolta a dar a dar, um apego em crescendo, com torção do corpo e um arranque abismal, bradado na surpresa dum rompante ao modo popular, exigindo mais alguma coisa ou asseverando que algo estava a acontecer. Vocabulário crú, em barda. Expressões que não me eram lembradas desde a pornografia adolescente.

     Era morena, robusta, musculada, descontraída e, em absoluto, destituída de pudor. Abria-se em concha, os braços encurvados, levantados ao ar, mãos solícitas, os joelhos afastados, bem ao alto, a boca voraz, numa face expectante.
     Quem socialmente a ouvisse exprimir-se, no seu jeito humílimo de estar em público, não imaginaria que o alcance de Antonieta ia muito para além do calhambeque amarelo que conduzia, sem vagares, em derrapagens controladas.

     Não se esquecia, por um instante, de que se atribuíra o papel  de seduzir e agradar, iludindo cansaços e desfazendo enfados. Mantinha a conversação, entreactos, num registo segredado de pequenas inconfidências e malícias, enquanto ia adivinhando a recomposição do parceiro. Remava num recomeço gargalhado, a derivar numa busca de prazer concentrada, explorada ao mínimo pormenor, sempre em ascensão, até ao rompimento da deflagração final, que era tudo menos discreta. Tapava a boca com a mão e eu ajudava, num pressentimento vago de que àquela hora, no prédio, existiam ouvidos invejosos do tumulto que remoinhava no quarto de Antonieta.
     - Vou ser transferida, sabe?
     - Para onde?
     - Haia.
     - Já avisou todos?
     Ficou uns momentos em suspenso, um indicador interrogativo entre a boca e a aba do nariz. Depois rompeu a rir, alto, e puxou-me para si.
     Bem que serão felizes tantos holandeses.



Nota: Apesar de me ter zangado com o autor deste livro
em virtude daquele seu deslize, Hoje, deu-me para transcrever o terceiro conto, quiçá, por falta de inspiração para criar algo de minha autoria, passe a redundância. Lá está, isto de ser autora de um blogue é uma grande responsabilidade. É como termos um filho a quem temos o dever de manter e sustentar.
Mas lá que também nos proporciona muitas alegrias, isso é a mais pura verdade!

Espero que gostem. :)


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