segunda-feira, 30 de maio de 2022

CONVITE À BLOGOSFERA EM GERAL...


 ...E AOS AMIGOS E VISITANTES DESTE CANTINHO, EM ESPECIAL!




Neste recanto resguardado

Do resto da Europa e do mundo

Vive o portuga sossegado

Mesmo com os barulhos de fundo


De vez em quando, porém,

Algo agita as águas paradas

Não sou melhor que ninguém

  Sou, sim, das águas não estagnadas.


E agora quero pedir-vos

Para a blogosfera agitar

Mandem lá a vossa quadra

Mas que seja a versejar.


O tema é livre, à vontade

De quem quiser alinhar

Seja Anónimo, Doutor ou Poeta

Só peço que venha brincar.


Brinque, mas saiba brincar

Não me venha com palavrões

Isso pertence ao passado

Olhe, fale no Euromilhões.


E com este pedido em verso

Cá vos aguardo com gosto

Os Santos estão à porta


Vamos embora treinar

Para os santinhos festejar

Desde manhã ao sol posto.

😊

Bora lá? Arregacem as mangas e deitem mãos à obra.

Eu por aqui vou ficar até que me cheguem, pelo menos, meia centena de quadras. 😄


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sábado, 28 de maio de 2022

QUANDO GOSTO...APLAUDO E PUBLICITO.

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Esta será a segunda Crónica que a que dou destaque aqui no meu espaço. A primeira, foi aquando o caso de Marega ter sido alvo de insultos racistas em pleno campo e, brilhantemente escrita pelo jornalista Ferreira Fernandes como poderão reler AQUI.

Desta feita, li e gostei tanto que vou reproduzir na íntegra, um tema que anda na berlinda, por incrível que pareça.


José Milhazes atingiu esta semana o ponto mais alto da sua longa carreira de jornalista e comunicador.
Não estou a brincar ou a ironizar.
E ainda menos a desvalorizar o seu percurso - gostando ou não, ele conseguiu marcar o seu próprio caminho e não deixa ninguém indiferente.
Há quem lhe compre os livros como se fossem um mantra. Há nas redes sociais quem lhe bata e o odeie militantemente.
Há quem leve à letra o que diz, mas também existem os que o diabolizam como se fosse um agente reacionário de um qualquer interesse capitalista.


Gosto do José Milhazes.
Mesmo quando me irrita.
Gosto das pessoas que são diferentes, que têm uma luz própria e são inimitáveis - apesar do Herman José o ter imitado como ninguém ontem no "Só Entre Nós", aqui na TSF.
Não gosto dos sonsos.
Dos que são uma coisa num dia e outra noutro.
Dos que se acomodam e são cobardes.
Milhazes, gostando-se ou odiando-se, não é nada disso.

Em horário nobre, perante a incredulidade de Clara de Sousa, mas mantendo uma expressão deliciosamente neutra, José Milhazes traduziu em direto o que milhares de jovens num concerto punk estavam a gritar.
Foi um momento extraordinário.
Por ter provado da forma menos subtil o quanto estamos formatados a uma comunicação sem rasgo.
Todos nós dizemos a mesma coisa.
Todos nós alinhamos os mesmos alinhamentos.
Todos nós escolhemos as mesmas palavras, a mesma retórica, a mesma estratégia de comunicação, o mesmo modo de chegar a quem nos lê, ouve ou vê.
O "caralho" dito por José Milhazes em direto na SIC foi, por tudo isso, um momento revelador.
E isso é importante que seja dito.
Também eu me ri muito.
Também eu revi o momento mais de dez vezes.
Também eu mostrei a amigos e aos filhos mais velhos.
Também eu partilhei.
Também eu vi os memes, os bordados de ponto cruz, as canecas, as t-shirts.
Também eu vi a inconfundível cara do Milhazes plasmada um pouco por todo o lado.

Foi como se uma panela de pressão tivesse esgotado a sua capacidade de aguentar mais. O país descomprimiu da guerra e da pressão de carregarmos todos os dias o mundo às costas, os portugueses respiraram fundo e abraçaram a autenticidade e a rutura com o que todos os dias nos entra por um ouvido e nos sai por outro.
Ouvimos, mas deixámos de ouvir.
Olhamos, mas não vemos.
Banalizámos as imagens.
Não tropeçamos no que nos dizem porque as palavras são uma música com uma batida igual todos os dias.
Foi um momento alto da carreira de José Milhazes por nos ter provado o que já sabíamos, mas não conseguíamos explicar.
Queremos comunicadores que nos desinquietem os sentidos, que nos abanem, que nos virem do avesso e nos retirem da zona de conforto.
Ao dizer um palavrão em prime time percebemos o quanto estávamos precisados de ser despertos.
Que a metáfora seja o princípio para algumas mudanças.
Que se inventem novas palavras que nos expliquem o mundo.
Que surjam pessoas com a capacidade de não dizerem o óbvio, de não soletrarem o abecedário das cartilhas que nos adormecem.

E que este "caralho" revelador possa transformar-se no futuro em novos modos de comunicar que não precisem de usar asneiras para nos despertarem os sentidos.
Esse será o desafio.
Novas palavras.
Novos protagonistas.
Novos modos de comunicar, de pensar, de contar sobre o mundo.
Se isso for conseguido o país ficará mais desperto para o que se diz e para o modo como se diz.
Se tal for conseguido até eu comprarei uma t-shirt do Milhazes, o homem que nos provou que precisamos de parar para pensar. O jornalista que nos mostrou o quanto estamos contaminados com uma água choca e pachorrenta.

 Retirado DAQUI

E agora, reveja-se o momento polémico. 


Informação adicional: Para quem gosta de ouvir e saber da vida de José Milhazes, poderá ouvir na primeira pessoa, o jornalista falar de si, no programa "Alta Definição", a ser transmitido  na SIC, às 14h05.


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sexta-feira, 27 de maio de 2022

A TALHE DE FOICE.

 🚕    🚗   🚙

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Oferta de um companheiro, nestas andanças blogueiras,
 artista plástico e poeta,
que há muito saiu da blogosfera.


Só Faz Falta Quem Cá Mora.

 

O despeito é um defeito que não se escolhe ou prefere
        Mas quando direccionado 
É algo que magoa e fere.

Posso ser -  e sei que sou - sem nenhuma paciência para pessoas com"frescuras"
Sei que não suporto ouvir, queixumes de gente fútil 
          com pseudo desventuras.

Mas também devo dizer - ao pôr a mão na consciência
Devia calar - e não calo - palavras de irreverência.

Não o faço por despeito desta ou daquela atitude 
           que a mim me não favoreça
Somente porque me irrita ver gente de papo cheio (
e bem cheio )
  queixar-se, só para ouvir 
          quem o consolo lhe ofereça.

  Quando eu quiser  sair do convívio virtual                     faço as malas, vou embora

  Vou de queixo levantado, não devo nada a ninguém,

só faz falta quem cá mora. 

 




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quarta-feira, 25 de maio de 2022

VÁRIAS SUGESTÕES: DUAS QUESTÕES - REEDIÇÃO.

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Sem mais delongas, que a brincadeira já deu o que tinha a dar, parto para os finalmentes. Eis, então, a foto do texto, tal como prometido e devido, com o nome do respectivo autor.


Não concordando com essa ideia peregrina de começar a trabalhar mal ponha os pés no chão, creio que tudo o resto se encaixa nos hábitos e costumes de vida, de todos nós, mais quê menos quê. :)

Agradecendo a TODOS os amigos que se fizeram presentes neste passatempo, passo a sublinhar os nomes de quem teve a paciência para alinhar no desafio, e, mercê da sua tenacidade e força de vontade -😉- logrou o mérito de fazer parte da lista de vencedores. São eles e elas, por ordem cronológica da chegada dos comentários:

1º - Elvira Carvalho

2º - Rosa dos Ventos

3 - José Carlos Sant'Anna

4 - Pedro Coimbra

Merecem uma menção honrosa, a Sandra, a Fatyly, a Catarina e o António Ladrilhador . As senhoras pelo afinco da pesquisa, com muito brio e honor - ( lamentando eu que a Sandra tenha optado pelo escritor errado, quando  decidiu optar -) e o António pela brilhante análise e desenvolvido comentário. 

Um grato abraço aos Amigos e visitantes deste cantinho que sempre dizem presente aos meus insignificantes desafios.  BEM-HAJAM! 👍


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segunda-feira, 23 de maio de 2022

VÁRIAS SUGESTÕES: DUAS QUESTÕES.

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A imagem, escolhida no Google é uma dica sobre a autoria do texto.

O texto, por sua vez, não foi retirado da Net.

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 Um Plano De Vida.

"Anda duas horas por dia; dorme sete horas em cada noite; deita-te logo que tenhas vontade de dormir; levanta-te mal acordes; começa a trabalhar logo que te levantes. 

     Come e bebe só quanto basta para matar a fome e a sede: não fales senão quando for necessário; escreve só o que possas assinar; faz apenas o que possas confessar.

     Não esqueças que os outros contam contigo e que tu não deves contar com eles; não dês ao dinheiro maior ou menor valor do que ele tem: é um servo e um mau senhor.

     Faz o possível por seres simples, torna-te útil e conserva-te livre."  

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Eis as duas questões que vos coloco:

1ª- Quem escreveu este texto?

2ª- Serão estes conselhos fáceis de colocar em prática, no nosso actual quotidiano, ou, de tão praticados, logo, desnecessário,  o texto já não faz  o menor sentido?

Pergunto porque estou com dúvidas,  pelo que  gostaria de saber outras opiniões. Sobre a pertinência do plano de vida  e  se estas práticas (ou algumas delas) já são seguidas pela maioria de vós.  :)

Obrigada!




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sábado, 21 de maio de 2022

HOJE...

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...só quero sorrir, enternecida,

esquecida dos males da vida...



...das agruras e das vaidades.

Apreciar a amizade, o altruismo...



... sentir quão bela é a inocência,

 de quando se é criança, crédula e querida... 😊



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quinta-feira, 19 de maio de 2022

EM TEMPOS DE GUERRA...FALEMOS DE PAZ.

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Ontem, ao ver na RTP1, um episódio da série "Três Mulheres" que retrata a fase algo conturbada do pós Revolução e dos seus efeitos na vida de Natália Correia, Snu Abecassis e Maria Armanda (Vera Lagoa), lembrei-me de trazer um poema sobre a Paz, escrito pelo furacão feito de fogo e de lava, que foi esta Poetisa. Mulher desempoeirada e sem papas na língua. Falo de Natália Correia, obviamente!

Natália Correia


Ode À Paz


Pela verdade, 

pelo riso, pela luz, pela beleza,

Pelas aves que voam no olhar de uma criança

Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,

Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,

Pela branda melodia do rumor dos regatos,

Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,

Pelas flores que esmaltam os campos, 

pelo sossego dos pastos,

Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,

Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,

Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,

Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,

Pelos aromas maduros de suaves outonos,

Pela futura manhã dos grandes transparentes,

Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,

Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas

Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,

Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,

Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz,

Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,

Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,

Abre as portas da História,

deixa

passar a Vida!


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quarta-feira, 18 de maio de 2022

EU DOU-LHE O ARROZ...😀


 ...Mas, por favor, não nos deixe! 



Arroz-doce.

 - Receita -

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Ingredientes


Por cada 100 g de arroz carolino:

250 ml de água

Pitada de sal

1 litro de leite meio-gordo

150 g de açúcar

1 casca de limão

1 ou 2 paus de canela

1 ou 2 gemas (opcional para dar cor)

Canela em pó q.b. para polvilhar

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Modo de preparação:

  • Coloque o leite a aquecer. Leve ao lume uma panela média, com a água, a pitada de sal e o arroz.
  • Quando o arroz absorver a água toda, junte um pouco de leite quente apenas para cobrir, mais a casquinha de limão e o pau de canela. Reduza um pouco o lume e mexa sempre, em movimentos lentos e circulares, de forma a garantir que esteja sempre a fervilhar, sem perder demasiado calor.

  • O restante leite continua sempre ao lume, no mínimo, para se manter bem quente. À medida que o arroz for absorvendo o leite, o creme fique mais denso e a fervura faça bolhas maiores, coloque mais um pouco de leite. Repita o processo mexendo sempre, lentamente até esgotar todo o leite.
    • No final, terá um creme denso, mas não muito grosso. Desligue o lume, retire a casquinha de limão e o pau de canela. Junte o açúcar e mexa até estar bem envolvido.
    Se quiser dar cor, desfaça a(s) gema(s), junte ao creme e mexa rapidamente, para incorporar. Coloque numa taça ou em tacinhas. Deixe arrefecer. Polvilhe com canela em pó. Sirva á temperatura ambiente.

    Notas: Quando terminar o leite e o creme já tiver na consistência desejada, prove um bago de arroz e garanta que está bem cozido. Se não estiver no ponto, aqueça mais um pouco de leite e mantenha o processo de cozedura até que o interior do bago esteja macio.
    Para um arroz-doce perfeito, o arroz tem de ser carolino, por ter mais goma. O açúcar nunca se coze, porque o bago fica duro e, por isso, é sempre colocado no fim, depois do arroz sair do lume. E não menos importante: deve ser servido à temperatura ambiente. 

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    Dedico esta publicação ao Amigo José Carlos Sant'Anna, que nos deu a triste notícia de ir parar com os seus blogs.  Havendo, no entanto,  uma remota possibilidade de que o atarefado Professor  não nos deixe de vez e possa andar pela blogosfera ainda que mais espaçadamente, lembrei-me de o subornar com esta travessa de arroz doce. 

    Para perceberem melhor, por favor, 

    cliquem AQUI. 





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    segunda-feira, 16 de maio de 2022

    DOS MEDOS.

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    Cansada de guardar o medo das coisas da vida, 
    escondido no recanto mais profundo da minha alma, 
    decidi que ele viesse à tona. 
    Respirasse livremente à luz do dia.
    Que todos soubessem da sua existência.

     

    Quando o procurei tinha-se esvaído, diluído em mim.
    Fiquei ainda com mais medo.
    Fiquei com medo de mim...


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    💙💛 

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    domingo, 15 de maio de 2022

    DESCULPEM QUALQUER COISINHA...

     ....mas a verdade é que isto aconteceu...


    ...e isto, é apenas para confirmar  o quanto a Língua Portuguesa é traiçoeira...


    ...porém, a japonesa...também!😄


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    sexta-feira, 13 de maio de 2022

    DESABAFOS.

     

    Esta Rua não é a da Poetisa.
    É a foto de uma rua da minha terra, captada em tempos de pandemia.


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    A Minha Rua

    Se a minha rua falasse
    E aos amigos segredasse
    Meus sonhos, minhas quimeras
    Feitos de pétalas floridas
    Alguns de esperanças perdidas
    Em noites de primavera
    Toda a gente saberia
    Na rua, aquilo que eu era.

    Perguntariam ao luar
    Nessa noite enluarada
    O porquê destes segredos
    Das pedras desta calçada.
    E a minha rua calando
    Todos os meus desabafos
    A todos ía dizendo
    Desconhecer os meus passos.


    Poema da autoria da Poetisa Maria Noémia, que não tive o gosto de conhecer, mas que homenageio de todo o coração. Não sei em qual destes  seus dois livros:  "Folhas Soltas" ou  "A Densidade do Silêncio", o poema faz parte. Será em um deles, certamente.
    Agradeço o envio do poema, e a permissão  para o publicar, a um Amigo virtual que muito estimo e considero. Muito Obrigada, José.

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    quarta-feira, 11 de maio de 2022

    ARTE À MESA...

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    ...porque os olhos também comem!!



    E, claro, muita paciência oriental.

    Eu sei que não as tenho. Nem a arte nem a pacência. Mas, quem sabe se entre os pacientes visitantes deste espaço, não existe alguém que é dotado/a destas virtudes?

    É para eles/elas que vai esta publicação. 😊


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    💙💛
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    segunda-feira, 9 de maio de 2022

    A VIDA É BELA.

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    É já tarde na noite
    e a praia está deserta.
    Rebenta o mar
    sobre os rochedos.
    Um ar cálido,
    espesso de salitre
    e de lembranças,
    banha-me a cabeça.
    Fecho os olhos.
    Inalo.

    Deixo-me levar.
    E logo penso
    __como quase sempre
    que me ocorrem estas coisas__
    em Proust.
    Mas não li Proust.

    Que importa.

    A vida é bela.
    Quem precisa
    de Proust?

     

    Poema de Roger Wolfe 
    Tradução do original por Luis Filipe Parrado 

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    Nota:  Roger Wolfe é um poeta, contador de histórias e ensaísta inglês que vive em Espanha desde a infância. O espanhol é a sua língua literária principal e o seu estilo está algures entre o expressionismo e o realismo. 

    [ O Proust do poema é Marcel Proust, o autor da saga em 7 volumes: "Em Busca do Tempo Perdido"]



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    💙💛
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    sábado, 7 de maio de 2022

    REALMENTE... JÁ NADA É COMO ANTIGAMENTE.

     😅  😎




    🙀 🙀 🙀 🙀 🙀

    🐁🐀



    🙅

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    quinta-feira, 5 de maio de 2022

    FOTOGRAFAR SENTIMENTOS.

     


    "O Fotógrafo"  Poema de Manoel de Barros


    Difícil fotografar o silêncio.

    Entretanto tentei. Eu conto:

    Madrugada minha aldeia morta.

    Não se ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas,

    Eu estava saindo de uma festa.

    Eram quase quatro horas da manhã.

    Ia o Silêncio pela rua carregando um bêbado.

    Preparei minha maquina.

    O silêncio era um carregador.

    Tive outras visões naquela madrugada.

    Preparei minha máquina de novo.

    Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.

    Fotografei o perfume.

    Via uma lesma pregada na existência mais do que pedra.

    Fotografei a existência dela.

    Via ainda um azul-perdão no olho de um mendigo.

    Fotografei o perdão.

    Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa

    Fotografei o sobre.

    Por fim enxerguei a Nuvem de Calças

    Representou para mim que ela andava na aldeia

    de braços com Mayakovski - seu criador

    O Fotografei a "Nuvem de Calças" e o poeta.


    * * * 

    [ Aos interessados em ler alguns poemas do autor referido neste poema, ou seja, de Vladimir Mayakovsky, faça favor de clicar  AQUI ]



    Já eu, que não sou fotógrafa nem poeta, não fotografei o perfume nem o silêncio nem a madrugada. Fotografei a fotografia de um passado  distante, do qual ainda lhe sinto um leve aroma de saudade.

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    💙💛

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    terça-feira, 3 de maio de 2022

    SURPREENDAM-SE....

    😏 ... começando com um sorriso céptico e...

    ...terminando de boca aberta. 

    A vida é feita de surpresas.

    Eu que o diga!

    😯




    A todos os amigos e visitantes deste espaço desejo uma feliz semana!


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    💙  💛
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    domingo, 1 de maio de 2022

    MÃE...

     ...fazes parte indissociável das minhas melhores recordações de infância.

    Calma, paciente, dedicada, altruista e sofridamente silenciosa.

    Tantas perguntas que nunca quis fazer para não te forçar a dar-me respostas, por certo, dolorosas.

    Foi um tempo sem afagos nem abraços,

    sem beijos nem carinhos,

    mas eu sabia que contigo estava protegida.

    Foi um tempo em que abraçar ou beijar

    não fazia parte da educação austera de então.

    Contactos físicos ternurentos não existiam,

    contactos duros com a palma da tua mão, também não.



    Ao teu Pai pedia-lhe a bênção e ele estendia-me a mão que eu beijava: - "Bênção Avô"

    Ao meu pai nunca pedi nada.

    Ana, nome que tantas Mulheres perpetuam para além dos tempos.

    Nome da Mãe de Maria, Mãe de Jesus.

    José, Pai de Jesus Cristo.


    Obrigada por Tudo o que me deste, Ana José, minha querida Mãe.






             

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