domingo, 29 de outubro de 2017

EM TODAS AS VIDAS HÁ UMA HORA DE DIZER ADEUS.




Não precisam guerrear
Pela escolha da banheira
Eu vou escolher a de cima
Querem a do meio ou a terceira?

São peças raras e bonitas
Bordadas com muito amor
Lindas réplicas das antigas
Do banho tomado ao sol-pôr!

Dizemos sempre um adeus
A um tempo que foi nosso
Vai um tempo e outro vem

Há quem parta e há quem chegue
Há sempre um eterno ir e vir
Mas eu que queria partir - não posso!
:)

Nota:  Cá estou de volta às minha coisas simples, ao meu versejar 
sem métrica nem técnica. Palavras soltas de quem pouco ou nada sabe. 
Mas este é o lugar do meu aconchego, o espaço em que me expresso como 
sei e gosto, que me conforta e enche a alma de alento!  

:) 





  
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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

A PROPÓSITO...


BAQUE


   Parece que tenho o dever de decifrar e não mereço, por meu lado, ser entendido. Ninguém é obrigado a compreender-me a mim. Arrasto o encargo da indagação. Não é extinguível, nem comunicável, nem transmissível.
      No Luxemburgo, eu ia penando num estágio qualquer, e o marido de Madalena, emigrante de sucesso e negociante de vinhos, fartava-se de viajar, em boa hora, por Franças e Araganças.
      A recordação que me ficou mais viva, e ainda ressoa, foi aquele sobressalto, seguido de safanão: «Tire daí os dedos!». Atropelo, rudeza, pua de ferrugem a farpear em leito de rosas. Livra! Mas, então? Elucidou que sentia as minhas meiguices de mão, o meu dedilhar curioso, como a incomodidade bruta de um corpo estranho entre as pernas. Um corpo estranho? Ora! Deixasse-se disso. E seguiu-se um monumental desajeito de gestos e de posições. Se a dialéctica dos corpos, até então, não era perfeita, muito pior passou a ser. As frases e os protestos mútuos também não acertaram em termos satisfatórios.
      Orgulhava-se Madalena dos vistosos cabelos pretos, uma lisura espessa, longa, toque sedoso, a contrastar com a pele sardenta e áspera. Jazia comigo, numa imobilidade de preguiça, os redondos olhos negros parados no infinito, uma docilidade feita de inacção, espera e paciência. Como se os dedos – os dela; não vi, mas adivinhei – lhe tamborilassem no lençol, enquanto eu demorava a desunir-me. Parecia-lhe, porventura, que eu me demorava no tempo, que empatava.
      Noutra tentativa, num dos dias seguintes, quase não parou de conversar. E eu tolerei que ela tivesse sempre a boca desimpedida. O ponto era consabido: que, apesar «daquilo» não pensasse eu que…
   Alguma ingenuidade de mulher madura permitia-lhe aceitar todas as tranquilizações e garantias que eu outorgasse, enquanto procurava – mal- empregado – dar-lhe o melhor do meu esforço.
      Ela tinha assuntos do marido a tratar. Aturei filas de espera molengas, preenchimentos de formulários, leituras de regulamentos em bancos nevoentos de parques públicos, porque a minha amiga Madalena entendia que um relacionamento amoroso implicava contrapartidas de solidariedade burocrática. Padecer em conjunto. Desdenhar do mundo, ombro com ombro, coxa com coxa. E papéis debaixo do braço.
      A parte mais amena do empreendimento implicava sessões de cinema, de chatíssima e inábeis coisadas, extravagâncias a simular profundeza, com ressoos de Nouvelle Vague. A minha mão procurava a dela, por desfastio, relembrando as praxes de adolescente: «Esteja quieto», sussurrava-me. «Deixe-me ver o filme».

      Não há duas sem três, nem três sem quatro. Por duas vezes, encontrando-se ela em Lisboa, tentei reincidir para alterar. Ainda estou para saber como é que me deixei embrulhar em tanta complicação miudinha. No hotel não podia ser, que a reserva estava em nome do marido. Mesmo que não se soubesse, havia sempre aquele sentimento de traição, de se estar a aproveitar de uma assinatura, duma conta, que não a deixava à vontade.
       Telefonando, eu tinha acesso à garçonnière de um amigo. A minha própria casa pululava de presenças, três idosos e enfermeiras, de forma que muito agradecia aquele derivativo. Era um pequeno estúdio, numa cave, com um desengonço de cama e trastes em quinta mão, onde sobremaneira importava garantir a horizontalidade, não obstante rangessem e estalassem madeirames e fechos.
      Saiu Madalena do carro, intrigada, no jardim. Desceu um lance de escadas de malgrado, a olhar-me, desconfiada. Examinou-me, sobranceira, à porta, cirandou os olhos em volta do quarto e acabou por se sentar na única cadeira que ali sobrevivia, desarticulada, destinada a roupas atiradas. Ora pernas cruzadas, ora joelhos unidos, mãos sobre eles, em pose defendente, como se alguém pretendesse arrostar, o que era o caso.
      «Não!» Negativa breve e peremptória. O que eu conheço de todas as letras, todas as redondezas, todos os ínfimos recônditos desta maldita imprecação. Mas sou, desafortunadamente, compilador compulsivo e repleto.
      Afundava-me, sentado na borda da cama, e ia desistindo de justificar a indigência de tudo aquilo, as chitas ou lá o que era, os quadros de meio tostão ainda encostados à parede ( menino lacrimoso, pesca portuguesa, ou coisas assim ), a janela de vidros foscos, que parecia dar para um saguão.
      Ela explicava-me vivamente, muito digna, com os recônditos bem defendidos e segurança de voz, a transcendência dos relacionamentos. Que poderia eu fazer se não abdicar? Não sou de violações. Nem sei.
      Fui depô-la na portaria do hotel. Se calhar até pedi desculpa. Andor. Até sempre.
     
  
NOTA: Como já deu para perceber, este é mais um conto da autoria de Mário de Carvalho. Não vos inquieteis com a extensão do texto. Se não tiverem tempo para o ler, de uma assentada, vão lendo aos poucos...Depois, digam-me o que  acharam desta personagem feminina.  

  Obrigada a TODOS com votos de:

Feliz Fim-de-Semana


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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

E TUDO ERA POSSÍVEL.




Na minha juventude antes de ter saído
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido


Chegava o mês de Maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido


E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer

Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível, era só querer.

Ruy Belo

 Homem de Palavra(s)
Lisboa, Editorial Presença, 1999 


( A fotografia é minha, o poema DAQUI )





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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Está-lhes no Sangue...



...O amor de urso! 
Fofinhos, mas aborrecidinhos, q.b.
                                                                     



Recebi por e-mail, gostei e partilho.
 Espero que gostem!

:)


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domingo, 22 de outubro de 2017

SONHOS ALADOS.


Poderia ser tanta coisa, tanta coisa bela,

aquilo que vejo da minha janela!




Não tem um banco, uma árvore,
uma sombra  abençoada,
onde tu e eu nos sentássemos,
neste doce entardecer outonal,
 juntos, 
sorrindo, 
olhos nos olhos, enlevados,
ouvindo o chilrear da
passarada.

É um simples rectângulo, sem flores, sem vida,
Que, mesmo parecendo,
não é campo de futebol, nem nada.

Mas, é aí, que em todos os meus anoiteceres,
 sempre iguais,
descanso o olhar e divago,
deixando o pensamento voar
para longe daqui.






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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

TANGOS E BOLEROS....

...Com dedicatória.


Imagem recebida por e-mail.



Quem não tem par
Inventa-o.
Porque é forte
a vontade de dançar.

E...


...Dançar só, 
não faz sentido
Não nos toca o coração
Não nos desperta emoção
Nem deveria 
ser permitido…


…Pois não??






Vamos lá dançar, então.

:)

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Já Fui Feliz Aqui. [ XXXVII ]







Uma réstia de romantismo poético

encontrada numa rua da cidade de Aveiro.

D'alguém que  gostava
(tal como eu)

 da poesia de

 Eugénio de Andrade.




A urgência que se impõe, agora, mais do que nunca.


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terça-feira, 17 de outubro de 2017

O AMARGO SABOR DA IMPOTÊNCIA...

...da solidão e do abandono.

Senti isso, recentemente, quando me vi a braços com um problema que não sabia como solucionar. Depositei esperança em quem de direito, mas em vão. 
Se pago um serviço, seria de esperar que a empresa que me presta esse serviço me desse assistência quando dela precisasse...mas, qual quê!?




O que terá sentido esta mulher numa hora de suprema angústia? O mesmo que eu senti? Não! Mil milhões de vezes mais, ela (eles) devem ter-se sentido sós e abandonados, certamente. E também pagam a quem tem o dever de os proteger e ajudar...pagamos todos!


*

Se uma bomba terrorista tivesse caído neste nosso cantinho à beira-mar situado, não teria provocado maior destruição, terror e mortos.




Depois da tragédia anterior em que se perderam 64 vidas, mais 36 se seguiram. Fim da fase Charlie...o que é lá isso? A ajuda tem de chegar quando é precisa, a quem dela precisa.


*

A cinza que ontem cobria o meu terraço, diz-me que a dor e a perda podem não estar longe de me atingir, mas ainda que houvesse um mar a distanciar-me destes horrores, eu sinto-os como meus. Chorei e revoltei-me com mais esta tragédia.


*

Houve alguém que me ajudou a resolver o meu problema comezinho ( mas de suma importância para mim ), e nem sequer foi necessário fazer o tal reset aconselhado por um suposto especialista na matéria.


*

Quem nos ajudará e protegerá em futuras situações de vida ou morte? Sim, porque elas se irão repetir. Disso ninguém duvida. Nem quem de direito!...


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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

QUEREIS SER?


Quero ser…*


Brisa suave ao entardecer, noite clara de Luar,
 sonho lindo que me faz renascer
 e crescer, 
 em vasto campo de flores silvestres,
 e nelas me confundir
de olhar perdido no mar... 
Por fim; 
desvanecer de doce prazer, 
colhida pelas tuas mãos…



IMAGEM  DAQUI


E vós? O que queríeis ser?...


* Ideia nascida AQUI 
                         que eu fui buscar AQUI.




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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

DAS FLORES.




O Velho e a Flor

Por céus e mares eu andei 
Vi um poeta e vi um rei 

Na esperança de saber o que é o amor 

Ninguém me sabia dizer 
E eu já queria até morrer 
Quando um velhinho com uma flor 
Assim falou 

O amor é o carinho 
É o espinho que não se vê 
Em cada flor 
É a vida quando chega sangrando 
Aberta em pétalas de amor.




Poema de Vinícius de Moraes

Foto Minha 



                                 

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terça-feira, 10 de outubro de 2017

UM DIA DUPLAMENTE FELIZ!!!

Eis um dos motivos de Felicidade:



Acham pouco?  Eu acho o máximo!! :)
Uma avó ganhar um Prémio por falar d'Amor é algo que nunca me havia passado pela cabeça!! ;)

Ó pra mim a ser orientada, pela Rainha deste Reino, de como posicionar o tablet, para ficar registado o momento para a posteridade!! Eu, discípula atenta, presto atenção.



O momento era solene... Decorria o nosso tão desejado 6º Encontro de Bloggers, desta feita organizado por três amigos. O Ricardo Santos o Kok e a Rainha do Reino do Infinito!! 
  Ei-los, juntamente comigo e a querida Fernanda Blue Bird:)




Trouxemos lindas lembranças, que nos ajudarão a perpetuar a memória deste dia maravilhoso. Vejam só que delícia de prendinhas!!



O Amigo Kok, não poderia deixar de nos brindar com o seu brilhante sentido de humor.




Se é só isto? Não meus Amigos!
 Há mais, muito mais... mas por agora ficamos com esta pequena) mostra deste dia inesquecível!






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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

ALINDAR E REJUVENESCER .






Reciclar é Isto:
Embelezar e tornar original
o que de inicio era algo, simplesmente,
pouco útil e banal.



DESEJO A  TODOS 

F E LI Z  F I M – D E – S E M A N A


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Eu Queria Escrever-te Uma Carta, Amor.





Eu queria escrever-te uma carta
Amor,
Uma carta que dissesse
Deste anseio
De te ver deste receio
De te perder
Deste mais que bem-querer que sinto
Deste mal indefinido que me persegue
Desta saudade a que vivo todo entregue...

Eu queria escrever-te uma carta
Amor,
Uma carta de confidências íntimas,
Uma carta de lembranças de ti,
De ti
Dos teus lábios vermelhos como tacula
Dos teus cabelos negros como diloa
Dos teus olhos doces como macongue
Dos teus seios duros como maboque
Do teu andar de onça
E dos teus carinhos
Que maiores não encontrei por aí...

Eu queria escrever-te uma carta
Amor,
Que recordasse nossos dias na capopa
Nossas noites perdidas no capim
Que recordasse a sombra que nos caia dos jambos
O luar que se coava das palmeiras sem fim
Que recordasse a loucura
Da nossa paixão
E a amargura da nossa separação...

Eu queria escrever-te uma carta
Amor,
Que a não lesses sem suspirar
Que a escondesses de papai Bombo
Que a sonegasses a mamãe Kiesa
Que a relesses sem a frieza
Do esquecimento
Uma carta que em todo o Kilombo
Outra a ela não tivesse merecimento...

Eu queria escrever-te uma carta
Amor,
Uma carta que ta levasse o vento que passa
Uma carta que os cajus e cafeeiros
Que as hienas e palancas que os jacarés e bagres
Pudessem entender
Para que se o vento a perdesse no caminho
Os bichos e plantas
Compadecidos de nosso pungente sofrer
De canto em canto
De lamento em lamento
De farfalhar em farfalhar
Te levassem puras e quentes
As palavras ardentes
As palavras magoadas da minha carta
Que eu queria escrever-te amor

Eu queria escrever-te uma carta...

Mas, ah, meu amor, eu não sei compreender
Por que é, por que é… meu bem
Que tu não sabes ler
E eu - Oh! Desespero! - Não sei escrever também!



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terça-feira, 3 de outubro de 2017

SE O OUTONO FOSSE MEU *






Reinventava-o de cores e fragrâncias que só eu conheço.
Não permitiria que se vestisse com a roupagem do estio.
Trazia-lhe a sua original identidade de manhãs frescas, claras, húmidas e brilhantes, reflectindo a luz do orvalho de prata. 
Teria sempre tardes amenas e noites cálidas de Luar.
Chuva, mansa e leve, sem causar estragos ao beijar a terra, de onde se desprendia o cheiro morno de pão e trigo.
Todos os seres vivos à face da Terra, em cujo peito batesse um coração, teriam o seu par. Juntos abrigar-se-iam onde a vista alcançasse o infinito…Nunca estariam sós!

Se o Outono fosse meu…levar-me-ia às cavalitas de uma nuvem macia e perfumada de alfazema, de volta aos doces sabores da minha infância, aos bagos de romã, aos dióspiros e aos cachos de uvas, túrgidos daquele néctar precioso, cachos que pendiam da latada que meu Avô plantou e eu vi crescer…

Ah…se  o Outono fosse meu…


 * Uma linda ideia que se iniciou AQUI e  continuou  AQUI e AQUI

    E tu? O que farias se o Outono fosse teu?



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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Definitivamente...Sim!


            Retrato de Matilde Urrutia terceira esposa de Pablo Neruda, by Diego Rivera
( Fonte)


"O Amor por Matilde e os Versos do Capitão"

"Vou contar-vos agora a história deste livro, um dos mais controvertidos daqueles que escrevi.

Foi durante muito tempo um segredo, durante muito tempo não ostentou o meu nome na capa, como se o renegasse ou o próprio 

livro não soubesse quem era o pai. Tal como os filhos naturais, filhos do amor natural, «Los versos del capitán» eram, também, um «libro natural». 

Os poemas que contém foram escritos aqui e ali, ao longo do meu desterro na Europa. Foram publicados anonimamente em Nápoles, em 1952. O amor por Matilde, a nostalgia do Chile, as paixões cívicas, recheiam as páginas desse livro, que teve muitas edições sem trazer o nome do autor.

Para a 1ª edição, o pintor Paolo Ricci conseguiu um papel admirável e antigos tipos de imprensa «bodonianos», bem como gravuras extraídas dos vasos de Pompeia. Com fraternal fervor, Paolo elaborou também a lista dos assinantes. Em breve apareceu o belo volume, com tiragem limitada a cinquenta exemplares. Festejámos largamente o acontecimento, com mesa florida, «frutti di mare», vinho transparente como água, filho único das vinhas de Capri. E com a alegria dos amigos que amaram o nosso amor.
Alguns críticos suspicazes atribuíram a motivos políticos a publicação anónima do livro. «O partido opôs-se, o partido não o aprova», disseram. Mas não era verdade. Felizmente, o meu partido não se opõe a nenhuma expressão da beleza.

A única verdade é que não quis, durante muito tempo, que aqueles poemas ferissem Delia, de quem estava a separar-me.

Delia del Carril, passageira suavíssima, fio de aço e mel que me atou as mãos nos anos sonoros, foi para mim durante dezoito anos uma companheira exemplar. O livro, de paixão brusca e ardente, atingi-la-ia como uma pedra atirada à sua terna compleição. Foram estas, e não outras, as razões profundas, pessoais e respeitáveis do meu anonimato.

O livro tornou-se depois, ainda sem nome e apelido, num homem, homem natural e valoroso. Abriu caminho na vida e eu tive, por fim, de o reconhecer. Andam agora pelos caminhos, quer dizer, pelas livrarias e as bibliotecas, os «versos do capitão» assinados pelo capitão genuíno. 


[ Pablo Neruda, in "Confesso que Vivi" ]







                                                         


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