terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

"DIA DE ANOS"

 



Com que então caiu na asneira
De fazer na quinta-feira
Vinte e seis anos! Que tolo!
Ainda se os desfizesse...
Mas fazê-los não parece
De quem tem muito miolo!

Não sei quem foi que me disse
Que fez a mesma tolice
Aqui o ano passado...
Agora o que vem, aposto,
Como lhe tomou o gosto.
Que faz o mesmo? Coitado!

Não faça tal: porque os anos
Que nos trazem? Desenganos
Que fazem a gente velho
Faça outra coisa: que em suma
Não fazer coisa nenhuma,
Também lhe não aconselho.

Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
Às vezes por brincadeira,
Mas depois que se habitua,
Já não tem vontade sua,
E fá-los queira ou não queira!

João de Deus.
*********
Eu caí nessa asneira
Já passaram alguns dias
Não avisei ninguém antes
Não me quero habituar
Já me começam a pesar
Quero os Anos bem distantes.
*********
Obrigada e um abraço aos Amigos:
Daniel (Zé da Trouxa)
José (500)
Kok
Fatyly
Rogério Pereira
😊
E um beijinho especial para o meu Noah. 
😘


😘 😘 😘

domingo, 26 de fevereiro de 2023

TESTANDO O MEU SENTIDO DE HUMOR...

 


...Não, não me enganei ao escrever o título deste post! É o meu que estou a tentar colocar à prova, não o vosso. 
É que ando com sérias dúvidas sobre a minha capacidade de encontrar piada nas anedotas. Naquelas que vou lendo aí pelas internetes e até nos programas humorísticos que vejo nas TVs. Com nada consigo rir e a nada acho graça. Para ficar a saber se o defeito é meu ou se se generalizou, vou pedir aos meus leais e sinceros leitores que me digam se acham alguma piada nas imagens que vos trago.


Sei que isto já passou de prazo, mas lá onde o fui repescar,
toda a gente achou imensa graça.
Só eu fiquei indiferente.
E vocês?



Aqui é que o burro (perdão, a porca) torce o rabo.
Como é possível achar piada a uma verdade tão notória?

Desisto e aguardo a vossa opinião!



A TODOS 
BOM DOMINGO E BOA SEMANA.

👍👍👍👍👍👍👍👍
👎👎👎👎👎👎
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

EU...

 

Quinta da Bacalhôa - Bombarral - mais pomposamente conhecido por :
Buddha Eden


Sou Mulher,

Logo, sou Deusa.

Também tenho esse direito.

Não quero é ser endeusada

Nem tão pouco 'enxovalhada'

Por algo que não 

Tenha feito...


 E é só isto!

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

DEPOIS DA FOLIA...A REFLEXÃO.

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Foto que captei no interior da Igreja de São Salvador - Serpa- Baixo Alentejo.


 Vivam, Apenas.

 

Vivam, apenas.

Sejam bons como o sol.

Livres como o vento

naturais como as fontes.

Imitem as árvores dos caminhos

Que dão flores e frutos

sem complicações.

Mas não queiram convencer os cardos

A transformar os espinhos

Em rosas e canções. 

E principalmente não pensem na Morte.

Não sofram por causa dos cadáveres

Que só são belos

Quando se desenham na terra em flores.

Vivam, apenas.
A morte é para os mortos.


 José Gomes Ferreira

 





❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤

domingo, 19 de fevereiro de 2023

CARNAVAL À PORTUGUESA.

 🎭  🎭  🎭  🎭  🎭  🎭  🎭

Vamos fazer cara alegre

Que a tristeza não faz bem

Eu nunca vi a tristeza

Dar de comer a ninguém.


Sei que alegria não enche barriga

Mas também não a esvazia

Aqui estamos no Entrudo

Vamos lá dançar e dar ao pé 

Abanar a anca e entrar na folia.



Querias tu vir ao Entrude

Comigo nã vais nã vais

Já bastou ano passado 

Ficar fechadinha em casa

Ê jurei pra nunca mais


Pra mim tá dite, tá dite

Cum'áuga que vai ao lume

T'cheta arreda lá pa trás

Já havias de levar

Um smice cumó fume.

🎭  🎭

Ah, pois é, na Nazaré não há apenas ondas gigantes!!

Confirmem, confirmem.

Como? Abrindo o vídeo!


😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

HOMENS DE MÁ ÍNDOLE...

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...aprendei a ser homens de verdade, com estas crianças!


 


    Como disse o nosso Poeta Popular António Aleixo:

"Eu não tenho vistas largas,
Nem grande sabedoria,
Mas dão-me as horas amargas
Lições de filosofia."




FELIZ  FIM-DE-SEMANA
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

POESIA DO SERTÃO.

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"Pau de Arara"
poema do poeta paraibano 
Pompílio Diniz.


 Lá vem vindo os pau-de-arara
Num caminhão Fê-Nê-Mê
Desses, que, quando para,
Suspira pra gente vê!
Lá vem vindo os pau-de-arara,
E o só, bateno na cara,
Fazeno os póbe sofrê.
 
Fê-Nê-Mê é caminhão
Das Fábrica Nacioná
De Motô, qui dá insprusão
E custa munto a pegá.
Fê-Nê-Mê tem nome inzato,
É Fome no Norte é Mato,
Assim diz o perssoá.

Vem todo mundo lá drento,
Uns de cóca, ôtos de pé,
Naquela farta de assento,
Se arrume lá quem pudé!
A gente tem impressão
Qui o peste do caminhão
Virô barca de Noé.

Suó, catinga, puêra,
Fadiga, fome, cansaço,
Dô de cabeça, tontêra,
Molêza e dô no ispinhaço!
Tudo isso o cabra sente,
No meio daquela gente,
Além dos ôto imbaraço.

É quando grita um de lá:
- Qui farta de inducação!
Tu num pudia isperá
Qui parasse o caminhão?
Apelando pra saúde,
Diz o ôto: - Fiz o qui pude,
Ma num hôve jeito não!

As istrada?... É uma disgraça,
Só tem buraco e disvio!
Quando passa o caminhão
Pu riba dos catabio,
Quem tá lá drento dá pinote,
Qui inté parece os caçote,
Na ribancêra do rio.

Isso, porém, num é nada
Pus cabôco do Sertão!
As istrada insburacada,
As farta de inducação,
Nada disso se cumpara
Cum o sofrê dos pau-de-arara,
Quando quebra o caminhão.

Entonce, grita o chofé:
- Munta atenção, perssoá!
In riba fica as mulé,
Os home tem qui apiá!
O caminhão trôxe ocêis,
Agora, chegô a vêiz
De nóis tomém li levá!

E vosmicê num imagina
O qui é um caminhão
Quebrado nas travessia
Das istrada do Sertão!
É cansaço, sêde, fome,
E o home qui num fô home
Num arrizéste, nhôr, não!

E assim chêga os pau-de-arara,
Impurrano um Fê-Nê-Mê!
O só, bateno na cara,
Fazeno os póbe sofrê!
Coitado dos pau-de-arara,
A sorte nunca lhe ampara,
Nem os Guvêrno lis vê!

Essa era a dura realidade dos retirantes nordestinos daquela época. Isso, quando eles vinham de pau-de-arara! Porque tinha muitos que vinham mesmo é de a-pé!

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Tudinho roubado ao Compadre Lemos lá na Poesia Popular Nordestina. E agora digo eu:

Hoje todo o mundo vive bem
Tudo tem o qui comé
(Êta vida boa!)

Naquele tempo sofrido
Um homi vivia consumido
Desejando inté nem nacé.


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Post que dedico aos meus queridos
amigos do outro lado do
Atlântico.


❤❤❤ ❤❤❤
 

 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

AMORES LINDOS DE MORRER...!!

 

 ❤❤  ❤❤  ❤❤  ❤❤  ❤❤  ❤❤



Morrer de desamor
é morrer
Lentamente.

Morrer por amor
também é
Frequente.

Morrer amando
seria a
Felicidade.

Morro lentamente
um pouco em cada dia
nesta luta
feita de Saudade

Sem nunca morrer
nos teus braços,
amando-te
sôfregamente,
de Verdade!

 




 



❤❤  ❤❤

domingo, 12 de fevereiro de 2023

HOJE É SÓ ISTO, AMANHÃ - OU DEPOIS - NÃO SABEMOS!

[ Isto é como as conquilhas. ]

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Descabelemo-nos pois
e
sejamos felizes!!

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👍

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sábado, 11 de fevereiro de 2023

A SETA DE CUPIDO DISPARA EM QUALQUER SENTIDO! 💘


 💘 💘 



No Dia de S. Valentim
A 14 de Fevereiro
É  Dia de Namorar
Quem namora o ano inteiro
Acaba por não casar.
💘 
São Valentim me prometeu
Ser bondoso e abençoar
Aquele que não for ateu
E queira comigo namorar
💘 

Mas eu respondi-lhe que não
Receio  cair nessa cilada
Namorar sem o calor da paixão
Não tem sabor nem é nada.
💘 
Porém, pensando melhor...

💘 

Com sabor ou sem sabor
Namorar é bem melhor
Que estar sozinha até ser velha
Lá para o DIA do (N)AMOR(O)
Quem sabe me dá na telha?
💘 


Namorar implica carícias
Carícias são ternuras d'amor
Amores sabem a delícias
Delícias são beijos em flor.



Esta é a minha participação para a 
 2ª CELEBRAÇÃO DE S.VALENTIM 
A SETA DE CUPIDO 
do amigo Juvenal Nunes lá no seu blog:

PALAVRAS  ALADAS 


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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

APESAR DA TRISTEZA...

 ...que nos amarfanha o coração, perante todas as tragédias que nos entram pela porta dentro através das imagens sobre o sofrimento e a dor das famílias destroçadas pelo luto, sejam causadas pela mão de pessoas desprovidas de humanidade, seja pelos ditames da Natureza, a vida continua.

É pois,  porque o tempo não pára, que também aos que continuam por cá, não lhes  pode ser negado o direito a sorrir.


Quando se é pequenino tem-se medo de tudo, até da própria sombra...



...quando se envelhece, nada se teme, já tudo se conhece, mas  nada acontece! Conclusão, as sombras voltam e assustam...ou talvez não, se houver boa disposição! 😄






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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

O SANTO E O DUENDE. III

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O Conto que hoje termina, é um dos vários Contos de Saki que constam neste 
livro de Contos Escolhidos. Escolhidos pela editora, em 1969 e, este:
 "O Santo e o Duende", particularmente eleito por mim.
As decisões que tomamos, por muito nobres e bem intencionadas que sejam, 
e ainda que obedeçam a um acto de pura bondade, podem ser reconsideradas.
Porém,  até os Santos, estão sujeitos ao reverso de qualquer moeda...E aqui vos deixo, logo de início, a ilação que tomei desta história:
Nem sempre os santos são caridosos nem aos supostamente maldosos
está vedado o contrário daquilo para que a sua Natureza os dotou.


***

    

   Muitas vezes desejara, por mera questão de salvaguardar as aparências, que acendessem de vez em quando uma vela no seu nicho; mas como tinham esquecido de há muito quem ele fora, as pessoas não achavam que valesse a pena investir o dinheiro duma vela para lhe prestarem uma homenagem de rendimento muito aleatório.
    __ As velas são mais ortodoxas - disse o Duende.
    __ Certamente que sim - concordou o Santo - e os ratos podem comer os cotos; os cotos das velas são muito nutritivos.
    O Duende era demasiado bem educado para piscar o olho; além disso, sendo um duende de pedra, isso estava para além das suas possibilidades.

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   __Ora, aí está ela, não há dúvida !__disse a mulher da limpeza na manhã seguinte. Retirou a moeda rutilante do gélido nicho e revolveu-a  várias vezes entre as suas mãos enegrecidas. Depois levou-a à boca e mordeu-a.
    « Não vai com certeza comê-la» __pensou o Santo, e fixou nela o seu mais granítico olhar.
    __ Ora esta ! __exclamou a mulher, num tom ligeiramente mais agudo. __ Quem havia de dizer ! E ainda por cima um santo!
    Depois proferiu um palavrão que não se pode repetir. Caçou do fundo do bolso um pedaço de nastro, atou-o de través, com uma grande laçada em torno do táler, e pendurou-o ao pescoço do pequeno Santo.
    Depois foi-se embora.
    __ A única explicação possível - disse o Duende - é que a moeda é falsa.

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 __ Que condecoração é aquela que puseram ao seu vizinho? __ perguntou um dragão alado talhado no capitel de um pilar adjacente.
    O santo sentia-se prestes a chorar de mortificação, só o não fazendo por ser de pedra.
    __ É uma moeda de...hum!...de um valor fabuloso - respondeu o Duende cheio de tacto.
    E por toda a Catedral correu a notícia de que o nicho do pequeno Santo de pedra fora enriquecido por uma dádiva inestimável.
    __ Afinal de contas, sempre serve de alguma coisa ter uma consciência de Duende __ disse o Santo com os seus botões.
     E os ratos de igreja continuaram tão pobres como sempre. Mas isso fazia parte da sua natureza.

FIM.
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Nota: Há um ditado popular que nos diz: "Nem tudo o que luz é ouro". Verdade, porém, nem tudo o que é valioso tem o brilho enganador do (falso) ouro.




Se entre os meus estimados visitantes, amigos e leitores, houver quem queira opinar acerca da moral - se é que ela existe - desta história, esteja à vontade.
Obrigada a Todos.








domingo, 5 de fevereiro de 2023

O SANTO E O DUENDE II

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Foto minha


II

    Enquanto reflectia no caso foi surpreendido por qualquer coisa que lhe caiu entre os pés, produzindo um duro tinido de metal. Tratava-se de um táler* novinho em folha; um dos corvos da Catedral que coleccionava objectos diversos, voava com a moeda para uma cornija de pedra que ficava mesmo por cima do nicho do Santo quando o bater da porta da sacristia o sobressaltou fazendo-o soltar a presa. Desde a invenção da pólvora de caça, os nervos do corvo já não eram o que tinham sido noutros tempos.

    __ Que é isso que caiu aí?  - perguntou o Duende. 

    __ Um táler de prata - disse o Santo - Realmente é uma grande sorte; agora já posso fazer qualquer coisa pelos ratos de igreja.

    __ Como o conseguirá? - perguntou o Duende.

    O Santo reflectiu.

    __ Aparecerei numa visão à empregada que varre a igreja. Dir-lhe-ei que há-de encontrar um táler de prata entre os meus pés e que deve ir com ele comprar farinha e deixá-la no meu nicho. Quando ela encontrar a moeda, compreenderá que o sonho era verdadeiro e apressar-se-á a cumprir as minhas instruções. Assim os ratos terão comida para todo o Inverno.

    __ Claro que o você pode fazer isso - observou o Duende - quanto a mim, só consigo aparecer em sonhos às pessoas depois de elas cearem tarde uma grande pratada de coisas indigestas. As minhas oportunidades com a mulher da limpeza são portanto muito limitadas. Afinal de contas ser santo também tem as suas vantagens.

    Enquanto isto se passava, a moeda continuava aos pés do Santo. Estava muito areada e rutilante e exibia numa das faces uma bela estampagem das armas do Eleitor. O Santo começou a reflectir que uma tal oportunidade era demasiado rara para se desperdiçar precipitadamente.  Talvez a caridade  indiscriminada se tornasse nociva para os ratos de igreja. Afinal de contas, era da natureza deles serem pobres, dissera-o o Duende, e  o Duende em geral tinha razão.

    __Tenho estado a pensar - disse por fim para o vizinho - que seria muito melhor se eu mandasse comprar, em vez da farinha, um táler de velas para serem colocadas no meu nicho.

Continua.

   * O táler foi uma moeda de prata usada na Europa por quase quatrocentos anos.




[Exemplos de táleres alemães e austríacos comparados com um quarto de dólar. O seu nome sobreviveu em várias moedas contemporâneas, tais como o dólar ou o tólar esloveno (substituído pelo euro)]


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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

O SANTO E O DUENDE.

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Foto minha

O pequeno Santo de pedra ocupava um nicho escuso numa ala lateral da velha Catedral. Ninguém se lembrava muito bem de quem ele fora, mas tal facto constituia de certo modo uma garantia de respeitabilidade. Pelo menos era isso que o Duende dizia.
O Duende era um belíssimo espécime antigo de pedra cinzelada, e encontrava-se instalado sobre a mísula que ressaía da parede fronteira ao nicho do pequeno Santo. Estava relacionado com alguns dos mais distintos habitantes da Catedral, tais como as esculturinhas bizarras dos bancos do coro e da divisória de madeira que separava o Altar-Mor do resto do templo e até com as gárgulas alcandoradas nas altitudes do telhado. Todos os animais e homúnculos fantásticos que se acachapavam ou empiralavam em madeira ou pedra ou chumbo, lá em cima nas abóbadas, ou ao fundo da cripta, era de certo modo seus parentes; tratava-se, por consequência, de uma pessoa de reconhecida importância no mundo da Catedral.
    O pequeno Santo de pedra e o Duende davam-se muito bem, embora encarassem a maior parte das coisas de pontos de vista diferentes. O Santo, um filantropo do modelo antigo, pensava que o mundo, tal como ele o via, era bom, mas podia ser melhorado. Compadecia-se em particular dos ratos de igreja que eram miseravelmente pobres. O Duende, por outro lado, entendia que o mundo, tal como o conhecia, era mau, mas achava preferível não procurar reformá-lo. Estava na natureza dos ratos de igreja serem pobres.
    __Mesmo assim - dizia o Santo - sinto muita pena deles.
    __Claro que sente - dizia o Duende - ; é da sua natureza sentir pena deles. Se deixassem de ser pobres, o senhor não poderia preencher as suas funções de santo. O seu lugar tornar-se-ia numa sinecura.
     Teve esperança de que o Santo lhe perguntasse o que era uma sinecura, mas o outro refugiou-se num silêncio de pedra. Talvez o Duende tivesse razão, pensava, mas fosse como fosse gostaria de fazer qualquer coisa pelos ratos de igreja antes de chegar o Inverno. Eram tão pobrezinhos!

Continua.

Imagem da Net.

Hector Hugh Munro mais conhecido pelo seu pseudónimo Saki, foi um escritor britânico, cujos contos satíricos e macabros expunham a natureza da sociedade inglesa na primeira década do século XX.

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

FADOS.

 



Fonte da imagem.


Leva-me Aos Fados.


Numa noite de saudades

Pedi-te: "Leva-me aos Fados"

Olhaste-me de alto a baixo

Com o teu ar sobranceiro

Sem atender o meu pedido

Saíste em passo ligeiro.


A partir daquela noite

Morreu em mim a vontade

De pedir-te companhia.

Pouco depois saudosa

Aceitei logo o convite

Do Chico zaragateiro.


Combinámos o encontro

P'ra  noite de nostalgia

E quando a saudade pediu

Lá fomos de braço dado,

À antiga Tasquinha do Fado.

P´rós lados da Mouraria


Ele no seu andar gingão 

Eu de sapato de salto

e de anca meneando...

Olhámos ambos para o céu

E vimos que a Lua  

Olhava para nós 

feliz nos sorria!








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