sexta-feira, 31 de maio de 2013

Feliz Dia Do Vizinho...:)





Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás






                                                                          

Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata

Eu sou mais eu, sou mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim


 
 
 

Bom Fim de Semana - Recados e Imagens para
orkut, facebook, tumblr e hi5
 
Um excelente Fim- de -semana para todos.
 
:)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A Mia Couto...Pedaços do Seu Sentir.

 

Pergunta-me

 

Pergunta-me

se ainda és o meu fogo

se acendes ainda

o minuto de cinza

se despertas

a ave magoada

que se queda

na árvore do meu sangue

 

Pergunta-me

se o vento não traz nada

se o vento tudo arrasta

se na quietude do lago

repousaram a fúria

e o tropel de mil cavalos

 

Pergunta-me

se te voltei a encontrar

de todas as vezes que me detive

junto das pontes enevoadas

e se eras tu

quem eu via

na infinita dispersão do meu ser

se eras tu

que reunias pedaços do meu poema

reconstruindo

a folha rasgada

na minha mão descrente

 

Qualquer coisa

pergunta-me qualquer coisa

uma tolice

um mistério indecifrável

simplesmente

para que eu saiba

que queres ainda saber

para que mesmo sem te responder

saibas o que te quero dizer.

 

 
 

 
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domingo, 26 de maio de 2013

Mil e Uma Formas de Encantar e Enganar! :)

 

A Sábia Sherazade

A história deAs mil e uma Noites”,  foram sendo contadas de uma pessoa para outra e  ninguém sabe, ao certo, quem as inventou! Fazem parte da tradição do povo árabe, com os seus contadores de histórias que reuniam multidões nas ruas e mercados.
 

Parece que tudo começou com a história do rei Shariar. Ele descobre que foi traído pela esposa, e que esta tem um servo como amante. Enfurecido, mata os dois. Depois, toma uma decisão terrível: a cada noite, casar-se-á com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenará a  sua execução, para nunca mais ser traído. Assim procede por três anos, causando medo e lamentações em todo o reino.
Um dia, a filha mais velha do primeiro-ministro do rei, a bela e sábia Sherazade, diz ao pai que tem um plano para acabar com a barbaridade do rei. Para aplicá-lo, porém, ela precisa casar-se com ele. Horrorizado, o pai tenta convencer a filha a desistir da ideia, mas Sherazade estava decidida a acabar de vez com a maldição que aterroriza a cidade.

Quando chega a noite de núpcias, a sua irmã mais nova, Duniazade, faz o que  Sherazade havia pedido. Vai de madrugada até o quarto dos recém-casados e, chorando, pede para ouvir uma das fabulosas histórias que a irmã conhece. Sherazade começa então a narrar uma intrigante história que cativa a atenção do rei, mas não tem tempo de acabar antes do amanhecer.
Curioso para saber o fim do conto, Shariar concede-lhe mais um dia de vida. Mal sabe ele que essa seria a primeira de mil e uma noites! As histórias de Sherazade, uma mais envolvente que a outra, são sempre interrompidas na parte mais interessante. Assim, dia após dia, a sua morte vai sendo adiada....como todos sabemos!:)
Se esta é uma história por demais conhecida, porque razão eu venho para este blogobairro (adoro esta palavra) falar de algo que todos aprendemos em crianças? Primeiro, porque tenho de publicar algo e quero dar um pouco de sossego à poesia...Neste bairro não faltam bons poetas/poetisas. Segundo, todas as histórias têm um fundo de moralidade.
Qual é a desta? Pois, é tão conhecida como a história!:)
 
Nenhum homem pense que consegue enganar todas as mulheres !! :))

 

                                               
Adenda: Por sugestão do meu Amigo Luciano, que em matéria de música erudita é Mestre, anexei este vídeo do mesmo compositor e referente ao mesmo tema.

                                                                                   
E mais este, escolhido por mim, em virtude de ter um andamento mais rápido e se poderem visualizar os instrumentos musicais e os  músicos que fazem parte da Orquestra Filarmónica de Rotterdam. Ficamos, desta forma, com três vídeos da mesma obra e do mesmo compositor. Não se podem queixar os apreciadores de música clássica....:)
                                                      
                                                                                   
 
        


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Amor de Marinheiro...

                                                                           


Não quero mais voltar
Ao agreste abandono do areal
Sinto saudades do mar
 
Longe das rochas impávidas, frias
Onde  com violência impiedosa
A tua ausência me despedaçou.
 
 
AMIGOS, BOM  FIM - DE – SEMANA! :)
 





terça-feira, 21 de maio de 2013

YO NO CREO, PERO....


Como há muito tempo não vos presenteio com um dos contos de Miguel Torga, lembrei-me deste, a propósito de uns boatos sobre bruxaria ligados ao desporto - rei.
 Ele há coisas...


 
O Bruxedo

 

Apesar de a Gomes ter as farroncas que toda a gente sabia, a Melra foi-lhe àquele corpo que lho derreteu. A maior coça de que há memória em Feitais! A velha parecia o diabo, não parecia mulher! Que perdoava tudo, menos que lhe mordessem na reputação das filhas. Estavam casadas, e muito bem casadas! Quem quisesse falar de marafonas, falasse das da Vila Velha. E desancava a outra, com estas razões.

Feitais, embora não pusesse as mãos no fogo pela honra de ninguém, gostou do correctivo. A Gomes a dar lições de moral!

Por que boca nos mandava Deus a verdade!

Os sessenta e cinco anos da Melra é que não eram para semelhantes avarias. Quinze dias depois do barulho, de tão magra e desfigurada, metia pena.

- Você que tem, ti Joana? Anda tão desolhada!...

- Nem sei. Dores no corpo, sem nenhuma vontade de comer, quebrada...

A Melra fora sempre como aço. A ter os filhos, era um ai que lhe dava; ao mato, punha cada carrego à cabeça, que até as mais se envergonhavam; a segar, enquanto as outras faziam cinco, fazia ela dez. Forte! Também lhe comia e bebia como uma valente. O homem, o Inácio, quando iam às feiras, já sabia: onde ele virasse um copo, ela virava outro. Uma mulher de armas! Mas, desde a tosa na Gomes, nem uma candeia, sem azeite, a apagar-se.

- Lá o que tenho, Deus é que sabe. Agora que não é coisa boa, não. Dói-me tudo, repugna-me a comida, sinto palpitações...

O Inácio, que também estava na casa dos setenta, e se sentia cada vez mais duro, no cerne - garantia ele -, não entendia aqueles flatos. Porque eram flatos, sem dúvida nenhuma.

- Eu não sou mulher de flatos! - protestava a Melra. - Quem pariu doze filhos como eu pari, sem um desejo, sem uma palavra que se ouvisse na rua, não é de flatos!

- Pois olha que ou eu me engano muito... - insistia o Inácio. - Que há-de ser?

Na cabeça da Melra andava um diagnóstico à espera de se escapulir. E numa hora de maior fraqueza abriu-lhe a portinhola:

- Até já me lembrou... Cala-te, boca...

- O quê?

- Que me fizessem qualquer bruxaria... 

- Deixa-te de maluquices e vê se tens propósito! Só cá faltava mais essa!... Valha-te Deus!

- Eu sei lá! Sinto-me tão cansada, tão moída...

- São flatos. Não é mais nada.

- E tu a dar-lhe!

As noites eram grandes e o Inácio tinha tempo de aturar a mulher. Encheu-se de paciência e pôs-se a meter um pouco de rigor masculino naquele juízo avariado. Não havia feitiços. O povo, ignorante, é que acreditava nesse e noutros disparates. Pusesse os olhos nas pessoas de certa categoria... 

- Nunca se ouvira dizer que a senhora Fulana ou o senhor Sicrano andassem com o diabo no corpo. Só a gente baixa, coitada, por falta de instrução... Palavra de honra! Estava absolutamente convencido...

A Melra borrou-lhe o discurso:

- Diz-lhe que não.

A Deolinda começou também assim, que eram maleitas, que eram febres intestinais, que eram sífilis, e vai-se a ver, tudo mandingas da Leopoldina.

O Inácio riu-se. Coitada da Leopoldina!

O poder dela era tanto como o dele. E que motivos dera ela à Leopoldina para lhe fazer mal?

- A ela nenhuns.

- Então, já vês... 

- Pois olha que não se me tira do pensamento...

- És teimosa!

- Serei. O pior é o resto... Seco-me de dia para dia...

Diante daquele argumento, o Inácio coçou a cabeça. Lá que a mulher se sumia, sumia. A Leopoldina é que não era para ali chamada.

A que título ?

A Melra concretizou então numa clara luz as penumbras da sua intuição.

- Por incumbência da Gomes. Tão certo como Deus estar no céu! Não se largam. Umas amizades, uns namoros...

- Lá vens tu com enredos, mulher! Trata de dormir e amanhã vai ao Paliteiro que te venda sal amargo e toma-o. Isso ou são flatos ou é estômago sujo.

A Melra, apesar do purgante, não melhorou. E como tivera aquele grande barulho com a Gomes, e agora a Gomes não saía de casa da Leopoldina, aqui-del-rei que andava enfeitiçada.

- Tenho a certeza! Até dou conta quando me estão a coser a andilha! Acordo de noite com os alfinetes cravados no corpo!

- Valha-te um burro, mulher! Reloucaste. Depois de velha, reloucaste!

- Eu sinto! Eu sinto elas picarem o mono.

- Que mono?! Só ao cabo de grandes explicações é que o

Inácio veio a saber do que se tratava. Era pelos modos uma figura de pano, que representava a pessoa a desgraçar, onde a bruxa fazia os malefícios. Judiaria feita no boneco, era tal e qual como se fosse em nós.

- Estás num lindo estado, sim senhor! E tão sã que tu eras do miolo!

A Melra, obcecada por aquela ideia, nem ouvia as ironias do homem.

- E é que dão cabo de mim, as coiras! Uma agonia, não se me abre a boca para nada, uns apertos no coração...

O curandeiro da Azoia, chamado e posto ao corrente do que se passava, auscultou, apalpou, virou, receitou uma garrafada e prometeu a cura. Qual o quê! A Melra sentia-se cada vez pior.

- Bota-te à serra a casa da santa, se me queres viva! Leva-lhe uma camisa minha e conta-lhe tudo.

O Inácio, então, resolveu cortar o mal pela raiz. Iam mas é no dia seguinte à Vila, consultar o Dr. Amaral. Santa! Santa estava a mulher da caixa dos pirolitos.

Deitou-se nessa firme resolução, e acabara apenas de adormecer, quando, repentinamente, a Melra piorou. Foi-lhe fazer chá de cidreira e deu-lho. A doente pareceu melhorar. Mas passadas algumas horas, já de madrugada, estava ele a pegar no sono outra vez, a Melra deu um grande grito.

- Ai, que aquelas grandes putas atravessaram-me a alma! Ai! que eu sinto-me estrafegada! Ai Jesus, que eu morro! Ai...

O Inácio ergueu-se dum salto.

- Sossega, mulher, sossega! Valha-me nossa Senhora!

Palavras. A infeliz ficara-se-lhe já. Doido, sem um gemido que lhe abrandasse o desespero, tal e qual como saíra da cama, em ceroulas, correu para a rua, desvairado, à procura de um socorro impossível. Num relâmpago, desandou a chave e levantou o gravelho. E, mal puxou a porta, caiu-lhe aos pés um manipanso de farrapos todo cravado de alfinetes e com um grande prego de caibro espetado no sítio do coração.
 
Imagem recolhida na Net.
 
...que las hay...las hay!!
 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O Tempo Passa...a Sua Memória Fica.

 
Estas estrelas brilharão eternamente no firmamento da nossa memória porque são intemporais.
Também houve outras que usaram pó- de -arroz, mas dessas, quem soube falar delas e desejá-las foi
 
 VINICIUS DE MORAES. 
 
A mulher que passa
 
Meu Deus, eu quero a mulher que passa.
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!

Oh! Como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!

Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pelos são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me encontravas se te perdias?

Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!

No santo nome do teu martírio
Do teu martírio que nunca cessa
Meu Deus, eu quero, quero depressa
A minha amada mulher que passa!

Que fica e passa, que pacifica
Que é tanto pura como devassa
Que boia leve como cortiça
E tem raízes como a fumaça.
 
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sábado, 18 de maio de 2013

Chegou o Tempo...De Dizer: ADEUS...!

                                                                               

                                                                             


Este post é dedicado a  um Amigo, cuja  identidade não conheci mas em quem sempre acreditei.
Uma VOZ com muita força e empenho - nem sempre compreendido - em alertar-nos para as atrocidades que se cometem  neste mundo,  mas  que se cansou de navegar neste mar tempestuoso e incerto. 
 
 
 
 
Beijinhos, VOZ!  Até sempre.
 
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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Medalha D'ouro... O Perigo Mora Ao Lado..

 
A imagem não faz publicidade às máquinas de costura da marca Singer nem Oliva, mas à New Home, como já deu para perceber, e que ganhou em 1889 o Prémio de Ouro em Paris. Esta sádica avozinha, de sorriso assustador e desdentado, agarra o neto pela perna e sem mais delongas, cose-lhe o rasgão das calças enquanto ele dá ao pedal.:(
Como podem ver, a perigosa proximidade da agulha com a  virilha e zonas limítrofes sugere-nos que um pequeno descuido pode significar a morte do artista. Mas, nessa época, quem se preocupava com a violência e/ou a  exploração infantil? Ainda nós nos queixamos, agora, da austeridade  a que crise económica nos  obriga, da troika e de outros enfeites que tanto queríamos ter em solo luso e deixámos ingloriamente por terras britânicas. Somos uns piegas mimalhos  mal habituados,  por vermos satisfeitos os mais elementares direitos do ser humano. Somos uns sortudos e não sabemos, isso sim!...
 
:(  :(  :(  :(  :(  :(  :(  :(  :(  :(  :(  :(  :(
 
 
 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Saudades de Mim.




                         EU QUERIA !

    queria voltar ao passado

   queria voltar a ser criança

   queria voltar a ter todos os meus amigos de infância
 

Ficou lindo demais! - Recados e Imagens para
orkut, facebook, tumblr e hi5
                       

    queria voltar para a escola primária

   queria voltar a acreditar nas pessoas

    queria voltar a passar o dia sempre com um sorriso no rosto

   queria voltar a sonhar

  queria voltar a acreditar que os sonhos são possíveis de concretizar

 

                                 queria .... não ter saudades de mim…
 

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