quarta-feira, 30 de maio de 2018

PARA SORRIR...SEM PRECONCEITOS.



A professora pediu aos alunos que escrevessem uma redacção que terminasse com a frase "Mãe... Só há uma".

No dia seguinte, ela chama o Zezinho ( rubro e branco) para ler a sua composição e o garoto começa assim:

“Eu estava doentinho, espirrando, tossindo, febril, não conseguia comer nada, não podia brincar, nem vir à escola. Então, de noite, a mamã esfregou Vick Vaporub no meu peitinho, deu-me um leitinho quente com um comprimidinho, cobriu-me, eu dormi e, no dia seguinte, acordei bonzinho e feliz.
Mãe... só há uma.”

A classe toda aplaudiu, a professora elogiou e deu nota dez ao Zezinho.

Chamou o Toninho (azul e branco) que foi logo lendo a dele, com segurança na voz.

“Eu tinha prova de Conhecimentos Gerais no dia seguinte, não sabia nada, não conseguia decorar nada, comecei a chorar, achando que ia tirar zero. Aí, a minha querida mãe, sentou-se ao meu lado, pegou no livro, explicou-me tudo como deve ser, pegou na minha lição e eu fui dormir sossegado. Quando acordei senti que sabia tudo, vim à escola, fiz a prova e tirei 10.
Mãe... só há uma.”

A classe, emocionada, aplaudiu o Toninho. A professora deu nota dez, também.

De seguida chamou o Wandergleidson Júnior (verde e branco) que, titubeante, foi lendo a dele.

“Eu cheguei em casa a minha mãe, que estava na cama com um fulano, que não conheço, diferente do gajo da semana passada, gritou-me, quando me ouviu chegar:- Wandergleidson, seu vadio safado, vai ao frigorífico e traz-me duas cervejas. Aí, eu abri o frigorífico, olhei lá dentro e gritei pra ela:
Mãe... só há uma!”

***

Pensavam que era a das bolachas?... Não é não!!  

Fiquem a ler, e a sorrir, - espero - que eu vou ali e volto já. Entretanto, ofereço-vos mais esta recordação do meu quintal:

Uma camélia; da cameleira onde os melros fizeram o ninho...:)





Um abraço e até já!!


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sábado, 26 de maio de 2018

PORQUE CARINHO COM CARINHO SE PAGA...


...A TODOS os Amigos deste Cantinho
 - meus, portanto -  ofereço estas flores do meu jardim, com o meu eterno reconhecimento.

Espero que gostem. 

:)



SEJAM  FELIZES!!


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quinta-feira, 24 de maio de 2018

VERSEJANDO COM O LEITOR...




Pelo céu vai uma nuvem,
Todos dizem: - bem na vi!
Todos falam e murmuram
Ninguém olha para si.

(Quadra  popular.)

Levar a água ao moinho
-  Mas ao seu moinho, só, -
Assim pensa muita gente
Sem consciência nem dó.

(Quadra de A. Correia de Oliveira.)
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Os aviões deixam rasto
Voando alto no céu
Eu fico olhando de baixo -
- Mas um dia…lá irei eu…

(Esta é minha...)




Querem colaborar neste post? Então, escrevam num comentário, uma quadra subordinada ao tema que a imagem vos sugere. Irei acrescentando-as à minha, pela ordem de chegada. :-)

Bora lá versejar, pessoal!
 Obrigada...:)

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A 1ª quadra que chegou foi da CHICA


Lá no meio daquele azul eu vi,
um rabisco branco que me fascinou...
Será uma resposta que pedi
ou só um recado que o Alto deixou?


***
Esta, é do "MEU VELHO BAÚ"

No céu lindo e azul
O que vi não sei bem
Mas mesmo não sendo azul
O que for que seja por bem.

***

P’ra versejar estou sem jeito 
Só a pensar nesta rima !
Sinto aquela dor no peito 
Só por olhar lá p’ra cima !


P’ra versejar estou sem jeito !
Mas se olho lá de cima ,
Sinto aquela dor no peito 
Só de pensar nesta rima !

***
A seguir, veio a Cidália

E vendo os Céus da Janita
Com o seu bonito jacto
Até me sinto pequenita
Ao contemplar, é um facto.

***
Seguiu-a o Gil António

Um dia minha namorada me disse
Para eu ter muito cuidado
Pois se o pai dela me visse
Dava-me nas costas com o cajado
.
Sim, fiquei olhando para ela
Até me pareceu ficar com dor
Mas que cena era aquela
Do seu pai ser pastor?

***
O KOK, não se fez esperar.

Pelo céu voam pássaros
de penas coloridas,
de piares melodiosos
chamando fêmeas atrevidas
que deles se aproveitam
para aumentar a prole
duma nova geração
de passarinhos cantores.

***
Esta, veio da  Mena Almeida

Lindo esse "teu" céu,
 lindas as nuvens que nele estão.
 Isso é o fumo de um avião a voar no céu?
 Pois, quem lá não irá nunca sou eu. 

***

Eis a Graça Sampaio , que me trouxe uma linda quadra.


Rasgando o azul do céu
Vai meu amor, que tristeza!
Foi ele quem mais perdeu,
Disso tenho eu a certeza!

***
A Maria João Brito de Sousa, também quis estar presente, para meu contentamento.


Rastos de condensação
Formam nuvens lá nos céus;
Da altitude e da ascensão
Ressentem-se os olhos meus.

***
A Luísa, dizendo não ser perita, escreveu esta quadra com muita perícia.

A horas tardias vejo
O céu azul da Janita
Versejar eu bem queria
Mas para tal não sou perita.

***

O Pedro Coimbra, com a simplicidade e a modéstia que lhe conhecemos, e tão bem o caracterizam,
 disse assim:

Se versejar soubesse
Participava com todo o prazer.
Mesmo que muito quisesse
Sei que o não sei fazer.

***

A Larissa Santos, brincando com as palavras, quis libertar a saudade.


Nas asas desse avião
Quero libertar a saudade
Que existe no meu coração
Se eu soubesse que ia ter
Os momentos em liberdade
Para a Janita eu conhecer.

***
A Noname, sempre magnânima, não faltou com a sua generosa participação.

Azul claro e sem nuvens
nesse grande céu sem fim
Também eu gostaria
De ter um espírito assim

Todos vivemos sob o mesmo céu
mas nem todos temos o mesmo horizonte
Então, não afirmes que as estrelas morreram
só porque o dia nasceu nublado.

***
Finalmente, para terminar em grande estilo, o Poeta Agostinho, d' O MUNDO É GRANDE 
escreveu esta quadra deliciosa.

De pés no chão olho pra cima 
o que me interessa não vejo
vale é estar certo na rima
teus lábios carmim num beijo

***

Agradeço, sensibilizada, a TODOS os Amigos/as que me deram o prazer da sua companhia, nesta publicação,  quer tenham versejado ou não. :)






terça-feira, 22 de maio de 2018

SER OU NÃO SER...






Um indivíduo pode ser culto e ser burro, sabiam?
Quantos filósofos sabem tudo sobre Friedrich Hegel, Immanuel Kant ou Baruch Espinoza, e são autenticas bestas-quadradas?
No seu mundo há três, quatro ou meia-dúzia de verdades que ele degusta como o melhor manjar e depois arrota satisfeito e convencido.
O burro dorme bem e não tem inveja do inteligente, porque ele "é" o inteligente.


 Li algures, por aí, gostei, adaptei , modifiquei, pus a meu jeito e publiquei... Fui burra? Fiz mal? E daí? Assumo! 


****__.__****


domingo, 20 de maio de 2018

MÚSICA AO DOMINGO.


                                                           



Se um dia a vida parasse e a gente voltasse
Ao tempo que havia
E se o Mondego passasse e a todos levasse
A um velho dia
Talvez a Lapa cantasse e em pedra gravasse
A nossa alegria
Talvez a Lapa sorrisse e à pedra se ouvisse
« Olá poesia »
Se agora o rio pudesse juntar quem padece
de tal nostalgia
E tanta gente viesse, sem sonhos nem prece
E sem rebeldia
Talvez a Lapa chorasse em pedra gravasse
A nossa agonia
Talvez a Lapa sofresse e à pedra dissesse
" Adeus poesia "




Uma nova versão do velho Fado de Coimbra:  "Romagem à Lapa" 

 Espero que vos agrade.





sábado, 19 de maio de 2018

A IMPERFEIÇÃO FAZ O MUNDO ENGRAÇADO.


O ocaso visto do meu terraço.
( ainda não é o 'tal'...mas um dia chego lá! :) ) 


No Entardecer dos Dias de Verão

No entardecer dos dias de Verão, às vezes,
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece
Que passa, um momento, uma leve brisa...
Mas as árvores permanecem imóveis
Em todas as folhas das suas folhas
E os nossos sentidos tiveram uma ilusão,
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...

Ah!, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!
Fôssemos nós como devíamos ser
E não haveria em nós necessidade de ilusão ...
Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida
E nem repararmos para que há sentidos ...

Mas graças a Deus que há imperfeição no Mundo
Porque a imperfeição é uma cousa,
E haver gente que erra é original,
E haver gente doente torna o Mundo engraçado.
Se não houvesse imperfeição,
Havia uma cousa a menos
E deve haver muita cousa
Para termos muito que ver e ouvir...

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos” - Poema XLI


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quinta-feira, 17 de maio de 2018

A Quem Interessar...



…Faço saber o seguinte:
A minha fábrica de produção de células desatou a produzir desalmadamente, há já algum tempo. Os técnicos especializados na matéria não conseguiram ainda detectar onde está a avaria. (Provavelmente já será defeito de origem)

Após efectuar diversos exames e todos os resultados se terem mostrado inconclusivos, foi necessário ir mais fundo. Digamos que, tão fundo, como o é penetrar no cerne da vida humana: a medula óssea.
O exame que realizei ontem foi extremamente doloroso. Doloroso demais.
Sinto-me cansada, mas não desanimada.

Amanhã realizarei o último exame desta longa série de testes, que tenho vindo a realizar. Algo que muitos de vós já deveis ter tido o gostinho de fazer: colonoscopia.
De seguida ficarei a aguardar o veredicto, que é como quem diz, o diagnóstico desta estranha condição que é possuir uma fabriqueta manhosa, que produz células que não são benignas nem malignas!
(Palavras do médico hematologista.)
Serão o quê? A ver vamos!!

Voltarei ao vosso convívio, tão cedo quanto puder. Já sinto saudades disto.
Até lá deixo um grande abraço a TODOS quantos passarem por este meu e vosso cantinho. Obrigada.


Quem de mim sentir saudades, olhe,veja, e imagine-me por aqui.


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domingo, 13 de maio de 2018

O Gato E Eu.

Lembram-se de vos falar no gato do meu vizinho? O tal que andou, sorrateiro, pelo muro que divide os dois quintais... a apurar o ouvido para detectar de onde chegavam os piu-pius...aquele, a quem atirei o pau...Pois bem, o caçador de passarinhos, não caçou nada e eles, os meus melrozitos já voaram e vazio ficou o ninho...
...Sinto saudades dos seus chilreios.


Ficou-me o gato para me servir de modelo fotográfico...Basta-me vir ao fundo do terraço, olhar para baixo e lá está ele a cheirar alguma lagartixa que se escondeu em qualquer buraco do velho muro.
Faço psst-psst, ele levanta a cabeça e o seu olhar fica preso ao meu. E assim se mantém o gatito a olhar-me impávido, com a tranquilidade de quem não cometeu pecado algum...e eu, zás...clico. Ficámos amigos, acho eu. Pelo menos não somos inimigos.


Quando lhe dou autorização para dispersar e ir à vida, :) sem correrias lá vai para o seu lugar preferido: a chapa ondulada que cobre o depósito das garrafas de gás, aquecida pelos raios de sol desta desequilibrada Primavera...A ramagem do limoeiro do quintal do dono, continua a ser o seu esconderijo mesmo agora que já não precisa de se esconder do pau que eu lhe atirava...Ele ronrona e eu penso:- que estranhas formas de vida são as nossas. A do gato, a dos passarinhos que nunca mais vi, a do meu solitário vizinho...e a minha... 


Tu e eu temos de permeio 

a rebeldia que desassossega, 
a matéria compulsiva dos sentidos.

Que ninguém nos dome, 

que ninguém tente 
reduzir-nos ao silêncio branco da cinza, 
pois nós temos fôlegos largos 
de vento e de névoa 
para de novo nos erguermos 
e, sobre o desconsolo dos escombros, 
formarmos o salto 
que leva à glória ou à morte, 
conforme a harmonia dos astros 
e a regra elementar do destino. 



[ Ode  ao Gato - de José Jorge Letria ]



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CORTO MALTESE.






Recordação de um Sol Distante

Fazia calor. Um sol límpido e brilhante castigava as palmeiras, o pomar de laranjeiras e as pedras do muro que o rodeava. O laranjal ocupava todo o lado sul do recinto da mesquita de Córdova e as árvores continuavam no exterior a densa floresta de colunas da mesquita. Enquanto alto muro contribuía para restabelecer o isolamento, o céu, de um azul perfeito, fazia de cúpula.
Depois de atravessar a Catedral, Corto Maltese entrou no jardim e percorreu lentamente toda a sucessão de arcos árabes brancos e vermelhos até que parou. Ficou a olhar as carcaças ressequidas de crocodilos penduradas como troféus. Era um rapaz de dez anos.
 (...)






O Fim da Balada

Caim e Pandora estavam na ponte de comando do cruzador do tio: tinham encontrado as roupas e as atitudes de dois jovens de boas famílias. Pandora desfolhava um livro com ar distraído, afastando graciosamente os cabelos do rosto. Caim observava a costa com um comprido óculo de cobre. Pandora lia uma linha, depois lançava um olhar rápido ao primo.
- Que está ele a fazer?- perguntou-lhe num tom desinteressado.
- Está parado junto a um barco que deveria chamar-se «Argos».
- «Argos»? – repetiu Pandora surpreendida.
- Sim, «Argos»- Contaram-me que o Corto Maltese chegou nela há uns anos.
(…)

- Adeus, Caim!
Havia uma grande tristeza naquelas duas palavras.
- Mas de que adeus estás a falar? Temos uma grande casa em Cape Cod. É fácil de encontrar. – Entregou a ponta da corda e a piroga afastou-se suavemente, enquanto o vento enfunava as celas.

- Corto Maltese! – gritou Caim, com toda a emoção que o envolvia – convido-o, bem como a todos os que quiser levar consigo. Até à vista, meus amigos, até à vista! Não se esqueçam. Vocês são…vocês são…as pessoas mais maravilhosas do mundo!




NOTA: Dedico este post à rapaziada da geração Corto Maltese.

Este livro, do escritor e autor de banda desenhada Hugo Pratt, 
foi o primeiro  de uma longa lista, como poderão ver e ler AQUI e AQUI
Também  - se conseguirem - pelas imagens da contracapa do livro.

Com data de Junho/97, pertenceu/pertence ao rapaz que creio ser da mesma geração, e já viveu nesta casa, hoje, a viver no país das tulipas.


Dois comentários que li, algures aí num outro blog, de dois bloggers  que constam na minha lista, fizeram-me lembrar deste audacioso marinheiro e ir à sua procura. Tanto procurei que o encontrei,  adormecido, numa estante onde repousam os livros, antigos, já lidos e semi-esquecidos...

 TODOS os RAPAZES, que leram as aventuras de Corto Maltese; este post é para vós!!      :)



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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Porque Hoje É Sexta-Feira. #9



O Rei é o nosso compadri!...


Um alentejano vai a Lisboa pela primeira vez, entra num carro eléctrico e senta-se no último lugar vago da última fila.
Quando o eléctrico inicia a marcha, o revisor aproxima-se dos passageiros dos bancos da frente e começa a cobrar os bilhetes.

- Marquês de Pombal – diz um.
- Duque de Ávila – diz outro.
- Duque de Loulé – disse um terceiro.

Entretanto chega a vez do nosso alentejano.
Diz ele, enchendo o peito de ar todo orgulhoso.

- Maneli, Rei dos Frangos, um amigo da Vidiguêra pró serviri…







   

E, hoje, é  isto...espero que vos agrade!    :)                     




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quarta-feira, 9 de maio de 2018

HOMENS....







….Quem pode dizer que eles fazem falta?…

:)


                   
Toda a gente sabe que os homens são brutos
Que deixam camas por fazer
E coisas por dizer

São muito pouco astutos, muito pouco astutos

Toda a gente sabe que os homens são brutos


Toda a gente sabe que os homens são feios

Deixam conversas por acabar

E roupa por apanhar

E vêm com rodeios, vêm com rodeios

Toda a gente sabe que os homens são feios



Mas os maridos das outras não

Porque os maridos das outras são

O arquétipo da perfeição

O pináculo da criação

Dóceis criaturas

De outra espécie qualquer

Que servem para fazer felizes

As amigas da mulher


E tudo o que os homens não

Tudo o que os homens não

Tudo o que os homens não

Os maridos das outras são

Os maridos das outras são



 Amigas, não vou pedir-vos para que se pronunciem, mas se o quiserem fazer…