sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Adeus, Ano-Velho__ Bem-Vindo, Ano-Novo.

 Neste último dia de mais um ano, passado sob o estigma de uma coisinha de nada, menor do que a cabeça de um alfinete, microscópica, melhor dizendo, mas que virou o Mundo do avesso, vamos desejar com todas as nossas forças que seja este o Ano libertador.

Assim, e tal como prometi - se bem com uma ligeiríssima alteração - convido-vos a Todos, Meus Caros Amigos e Amigas, a participar nesta gala de Fim D'Ano. Como considerei não ser justo deixar um dos modelos de fora, decidi que o modelito mais jovem ficaria na companhia do jovem Banderas e de Miss Longoria. 

Homem de negro e duas Mulheres de branco, 
parece-me o ideal para uma Noite memorável.


Já o modelo mais votado, mais maduro, sexy e sedutor, pois esse, ficou entregue ao convite, irrecusável, do George...(Who else?)

Vem a meus braços, vamos valsar - disse ele - como recusar?


No entanto, jovens e menos jovens, todos foram rodopiar ao som da Valsa da Meia-Noite. Também vós, caros amigos, estais todos convidados para valsar neste meu mui nobre Salão de Baile. E que baile!!


Num dos intervalos da conversa, não deixem de ler as frases que acompanham o vídeo. Sendo todas muito inspiradoras, escolhi esta: "Confie em poucos, mas não seja injusto com ninguém."


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A TODOS OS AMIGOS  E  VISITANTES
QUE ME ACOMPANHARAM AO LONGO DESTE ANO, COMENTANDO OU, SIMPLESMENTE, 
PASSANDO PARA VER E LER, O MEU MUITO OBRIGADA!

QUE O ANO 2022 VOS SORRIA COM CARINHO.

E JÁ SABEM......
SEJAM FELIZES!









quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

ENCARECIDAMENTE, VOS PEÇO AJUDA...

 

...para este terrível dilema,  que eu própria criei a mim mesma, inadvertidamente. Eu explico.

Nesta falta de prática por décadas sem uso...da firmeza de decisão, no dizer:  "é isto que eu quero e é isto que eu escolho"-, vejo-me a braços com a decisão de festejar a chegada deste Ano 2022, que decidi será a preceito,  com tudo a que tenho direito.

Nada de ouvir as 12 badaladas, comer as 12 passas, saltar de uma cadeira com o pé direito a bater no chão - sem fazer entorses -, vestida feita matrafona. ( como vós) De roupão, ou avental  por cima da roupa a cheirar a óleo, da fritura das rabanadas...nada disso! 

Quero um belo vestido de cerimónia. Comprido, até aos pés. Salto alto, no mínimo de 15 cm. Já tenho em cima da cama do quarto de hóspedes dois belíssimos vestidos de noite. Lindíssimos!  Só não sei qual hei-de escolher.

Vesti um e vesti outro. Fotografei ambos os modelos e deixo-vos a espinhosa tarefa de me ajudar na escolha. Têm até às 23 horas do dia 30, ou seja amanhã, para a votação. No último dia deste velho 2021, apresentar-vos-ei o traje que for mais votado e, espero, de braço dado com alguém que vos fará desmaiar de inveja. Mãos à obra, caros amigos e amigas!  

Eis os modelitos:

Nº 1  

 Acham de devo usar este modelo, jovem, fresco e vaporoso...

Ou este:

Nº 2


Mais actual, maduro, (esqueci-me de tirar os óculos. Tirarei depois) e sedutor? 

Aguardo as vossas prezadas opiniões, que desejo coincidam com a minha.

Muito grata pela ajuda !! 😄


💗💗💗💗💙💙💙💙💚💚💚💚



terça-feira, 28 de dezembro de 2021

ENTRETANTO...

 ...Enquanto  penso, cogito, medito e reflicto, no vestido que usarei na noite da Passagem de Ano, deixo-vos com a sugestão da queridíssima  Morticia Addams, que todos vós conheceis bem e a Anjelica Houston conheceu ainda melhor.




Até lá, continuem a ser Felizes e não levantem a mesa, pois até à Noite de Reis...é Natal.




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domingo, 26 de dezembro de 2021

DESVELOS.

 

Avenida dos Aliados - Porto - Natal 2021
(Foto de família - João Pedro)

Passou a Noite _ a tal noite da mágica cantiga

Passou o Dia, que me pareceu pequeno

Relembro agora aquela  voz amiga

Revendo na criança_o meu olhar sereno


Queria oferecer versos cálidos, amenos

As doces sensações daquelas árvores amigas

Rever os velhos tempos em que tudo era sereno

Antes da solidão desfazer a magia da cantigas


Tento escrever uns versos numa folha em branco

Falta-me a inspiração. Perco-me em copioso pranto

A Musa não acorreu ao  meu apelo...


Fico em vão lembrando_ Ah, tempo adverso

A árvore, a cantiga. E nem um só verso!

Nada mais resta _ só a lembrança do meu desvelo...


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 Continuação de Boas Festas.

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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

CONSOADA & AMOR.

 



Com luzinhas a piscar
Na noite de maior breu
Venho  aqui vos desejar

Boa Consoada . 

Partilhada  com Amor .....

 

.....É assim que faço eu



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E, claro, sejam felizes!

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(Publicação agendada.)


quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

UM PRESENTE DE AMOR.

  




Lembram-se da canção de Natal "O Menino Do Tambor"

Atribui-se a autoria da mundialmente conhecida canção:  à  compositora americana Katherine Kennicott Davis (1892–1980), e a sua divulgação, em grande parte, à família do Barão Von Trapp. 

Façam o favor de clicar no nome do Sr. Barão para ficarem a saber, ou relembrar, como tudo realmente aconteceu naquele filme que  emocionou o mundo inteiro. A senhora da foto é a verdadeira Maria Augusta von Trapp. No entanto, é da história do menino do tambor que eu quero falar. Esta referência à família Trapp e ao filme "Música no Coração" é somente um à parte.


Mesmo que se lembrem da canção e da história,

 eu vou contar-vos à mesma!

*

Conta-se que no deserto da Arábia, um menino muito pobre, órfão de mãe desde tenra idade, recebeu como presente de seu pai um tamborzinho muito rudimentar, feito por ele, pois não podia dar-lhe coisa melhor com o seu modesto rendimento como guardião de um oásis.
E o pequeno jamais se separou de seu instrumento musical, que fazia soar para os viajantes que por ali passavam.
Certo dia uma caravana de importantes personalidades, seguida de numeroso séquito por ali passou, orientados por uma estrela. Eram os Reis Magos. O menino do tambor, como ficara conhecido, decidiu acompanhá-los, após ouvir deles o relato de que iam visitar o Menino Deus, que nascera em Belém. 
No caminho foi se inteirando da grandeza de tal acontecimento. Quanto mais ouvia dos viajantes, mais se maravilhava, ao mesmo tempo em que chorava abundantes lágrimas por não ter um presente adequado para oferecer. Foi então que lhe veio a inspiração de tocar o seu tamborzinho para alegrar o Menino. E assim fez, recebendo como retribuição o sorriso enternecido do Menino, de sua Mãe e de São José.      Agora, façam-me o favor, de ver e ouvir a história que o ternurento vídeo nos conta.


Existem inúmeras versões, interpretadas por adultos, desta bonita e antiga canção de Natal. Inclusive, uma delas, cantada pela Susan Boyle. Porém, esta versão que vos trago é ligeiramente diferente e igualmente bela. Nela, não há um menino, há sim, uma menina do tambor. Com imensa neve e tudo.
Ora vejam lá que é muitíssimo bonita e merece ser vista e ouvida.





Resta-me desejar a Todos os meus queridos leitores - ambos os géneros incluídos, como é óbvio -  um Natal pleno de Saúde, Harmonia, Amor e muita Paz.


FELIZ  NATAL, MEUS AMIGOS.

SEJAM  FELIZES!!






💙  💚  💛  💜


segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

DE VELUDO NEGRO É FEITO O CÉU.

 



"Faz muito frio. Visto daqui, o céu parece estar feito de veludo negro. E há as estrelas. Duras, nítidas, implacáveis, quase ferozes. A Criança levanta os olhos. Lá estão elas a brilhar. Olhadas através das lágrimas, as estrelas são diferentes. Mundo estranho, estranho mundo, este. Sob os passos da criança, o chão duro e gelado range, E, em frente, as árvores negras, misteriosas, onde à noite os grandes medos se vão esconder, tomam o ar confidencial de quem conhece todos os segredos futuros, a hora e o lugar onde acontecerá o terceiro nascimento e o quarto, e o quinto, todos os aqueles que ainda esperam a esta Criança, até mesmo quando de havê-lo sido já não lhe restar memória."



Curto excerto de um conto de José Saramago:

"História de um Muro Branco e de uma Neve Preta"

O porquê desta publicação?

Simples...nestes últimos dias sinto-me essa Criança, que vê as estrelas, a lua e o céu, negro, qual veludo feito de breu,  por entre um olhar de lágrimas...

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Árvore de Natal - Fundação José Saramago


❤  ❤  ❤  



sábado, 18 de dezembro de 2021

SEMENTEIRAS.

 



Ando a tentar semear, não na terra nem no mar

Mas entre quem por mim vai passando

Um sentimento puro e belo,

que aquiete desesperanças.


Quisera puder cá deixar como uma herança d'Amor

o meu legado maior:

A essência dos meus sonhos,

sem um grão de angústia nem dor.


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B O A S   F E S T A S




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sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

HUMOR EM POUCAS PALAVRAS...

 

Se o desejardes, podeis acrescentar-lhes palavras vossas. 

Sintam-se à vontade, estimados leitores.

1


 

3


Fatyly....já retirei a imagem que não te fez rir
Espero que esta  já seja mais do teu agrado!!
😄

4



VOU AVISANDO DE QUE O VÍDEO É DE EXTREMO MAU GOSTO.

MAS SE O QUISEREM VER...







SORRIAM E FAÇAM O FAVOR DE SER FELIZES

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

EU. [Quem Mais?]

 



É entre a Luz e a Escuridão

que albergo

 a tua ausência.

Não te chamo, não imploro

nem quero de ti sequer

um grão de piedade

ou de  clemência.


Quando finalmente em mim

tudo se aclara, 

ao nascer a luz do dia,

não vejo amargura no meu

amanhecer.

Vejo, outrosim, a beleza e a luz

interior que existe em mim.


E eu...

Ah!... EU?

 Não o sabia!

* * * * * * * * * * * * * 

Dois poemas, dois destinos.




❤    ❤    ❤    ❤

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

INSÓLITOS DA NATUREZA.

 



O limão ao ser gerado / Saíu bule para o chá
Houve engano no fabrico / O lanche agora é mais rico

Sabe ao limão que lá está..

Biscoitinhos de limão / Faço-os eu com primor.
E quando de tarde me visitas / Te os ofereço com amor.

Vou dividindo  por ti...
...My special five o'clock tea.




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O pinguim que soube ser grato.

Amigos improváveis?!
Nada disso!!
No mundo dos afectos,  tudo é possível.
















domingo, 12 de dezembro de 2021

SER POETA FOI MEU SONHO...

 ...MAS NÃO FOI ESSE O MEU FADO!



Quem diz que escreve poesia com saber

Como acontece com a  difícil escrita de um Soneto

Nâo o faz por ter nascido com tal dom e poder

Pela sabedoria lhe vir do ventre materno com o afecto.


Por certo muito do dom lhe veio com o sangue

Mas também com muito estudo aplicado

Da métrica, do som, do treino desmesurado

No lance das palavras, qual boomerang.


Sonetos; quem o não sabe?- são muito, muito mais, 

Do que bonitas palavras escritas a rimar

Em duas quadras, simples ou formais


Mais dois tercetos, ou três versos

Conjugando qualquer verbo sem futuro

Tendo por tema os gostos mais diversos.






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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

HÁ GENTE QUE NÃO SE TOCA....


 ...Como  esta Dona que não sabe que assistir a um jogo da bola, na   bancada de um estádio de futebol, é como quem assiste a uma  Missa...em silêncio.


                                                       



...Como este Padre que desconhece os mistérios visuais dos  aficionados da bebida e da dança...




...Como este garçon que  não aprendeu que após um lauto almoço, já mais nada cabe no estômago do cliente...muito menos a conta...


                                                             


... até a incauta ave não sabe que mesmo em tempos de pandemia,  existem os do contra que comem tudo o que mexe, sem medo nem  crença nisto que é tudo mentira... e o que vier depois, se verá.




...e quem se julga o puto que é para  recusar  dançar com tão  bonita  donzela?



                                                                 


COMO A MIM TUDO ME É PERMITIDO

DESEJO-VOS

UM FELIZ FIM-DE-SEMANA!!

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

ONZE MINUTOS. (Reedição)

 



A mensagem que passava na frente dos meus olhos,

como se fosse a notícia de última hora,

em rodapé no ecrã de um televisor,

era bem explícita:

"Às 21:37 compareça no local e dia indicados. 

Se se atrasar ou adiantar um só minuto,

perderá a sua última chance de encontrar a felicidade" 


Quanta rigidez e inflexibilidade!

Que parvoíce. Que estupidez!

Vou? Não vou?

Mal pude esperar os dias que faltavam...

No dia indicado tomei mil vezes a decisão de ir e de não ir.

Decidi, finalmente, que iria.

Não tinha nada a perder...

Fui.


Quem quiser saber 

porque enlouqueci

veja o motivo no verso do relógio digital.




 

⏳⏳⏳⏳⏳⏳⏳⏳⏳⏳⏳⏳

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Porque não quero prolongar-vos a ansiedade, e, porque estou também eu ansiosa por vos ouvir as exclamações de desencanto...
Apresso-me  a provar,  comprovando, com a fotografia que desde Agosto jazia nos meus arquivos, e agora trouxe à luz do dia, com um texto que  obteve mais curiosidade do que eu  alguma vez vos despertei em todos estes anos a blogar.
Pois bem...coloquei a foto no ambiente de trabalho do PC e voltei a fotografá-la. Assim, poderão observar que o desfasamento entre a hora a que a foto foi tirada: 21:48,  ( os segundos não interessam)  com a hora registada no relógio, é precisamente um atraso de 11 minutos. Ei-la:


Foi essa a razão que me fez perder a chance de encontrar...o quê? Pois não sei nem nunca o saberei...!
Já sei que vão dizer;- "E como poderíamos nós fazer semelhante operação se não temos acesso à hora e data constantes na foto"? 
Por acaso até tinham.  Mas, desisti de dar mais explicações, optando pelos factos visíveis. Ora, contra factos...

Muito Obrigada a Todos pela vossa estimada companhia e pelos momentos de boa disposição que me proporcionaram.

❤  ❤  ❤  

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Para Quem Ama Poesia... e Gosta de Saborear, Lentamente, o Sabor de Cada Palavra.

 




Lembras-te tu do sábado passado,
Do passeio que demos, devagar,
Entre um saudoso gás amarelado
E as carícias leitosas do luar?

Bem me lembro das altas ruazinhas,
Que ambos percorremos de mãos dadas:
Às janelas palravam as vizinhas;
Tinham lívidas luzes as fachadas.

Não me esqueço das cousas que disseste
Ante um pesado tempo com recortes;
E os cemitérios ricos, e o cipreste
Que vive de gorduras e de mortes.

Nós saíramos próximo ao sol-posto,
Mas seguíamos cheios de demoras;
Não me esqueceu ainda o meu desgosto
Nem o sino rachado que deu horas. 

Tenho ainda gravado no sentido,
Porque tu caminhavas com prazer,
Cara rapada, gordo e presumido,
O padre que parou para te ver.

A Lua dava trémulas brancuras,
Eu ia cada vez mais magoado;
Vi um jardim com árvores escuras,
Como uma jaula todo gradeado! 

Eu sinto ainda a flor da tua pele,
Tua luva, teu véu, o que tu és! 
Não sei que tentação é que te impele
Os pequeninos e cansados pés.

Sei que em tudo atentavas, tudo vias!
Eu por mim tinha pena dos marçanos,
Como ratos, nas gordas mercearias,
Encafurnados por imensos anos.


Tu sorrias de tudo: os carvoeiros,
Que aparecem ao fundo dumas minas,
E à crua luz os pálidos barbeiros
Com óleos e maneiras femininas! 

E enquanto ela falava ao seu namoro,
Que morava num prédio de azulejo,
Nos nossos lábios retiniu sonoro
Um vigoroso e formidável beijo!

E assim ao meu capricho abandonada,
Erramos por travessas, por vielas,
E passamos por pé duma tapada
E um palácio real com sentinelas.

E eu que busco a moderna e fina arte,
Sobre a umbrosa calçada sepulcral,
Tive a rude intenção de violentar-te
Imbecilmente, como um animal.

Mas ao rumor dos ramos e da aragem,
Como longínquos bosques muito ermos,
Tu querias no meio da folhagem
Um ninho enorme para nós vivermos. 

E ali começaria o meu desterro...
Lodoso o rio, e glacial, corria;
Sentamo-nos, os dois, num novo aterro
Na muralha dos cais de cantaria.

Nunca mais amarei, já que não amas,
E é preciso, decerto, que me deixes!
Toda a maré luzia como escamas,
Como alguidar de prateados peixes. 

E como é necessário que eu me afoite
A perder-me de ti por quem existo,
Eu fui passar ao campo aquela noite
E andei léguas a pé, pensando nisto.

E tu que não serás somente minha,
Às carícias leitosas do luar,
Recolheste-te, pálida e sozinha,
À gaiola do teu terceiro andar.

"Noite Fechada" - d'O Livro de Cesário Verde.

***___***

Música Intemporal.
Para ouvir e degustar o doce sabor de cada nota.



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domingo, 5 de dezembro de 2021

DEAD COMBO - O fim.

 


Pedro Gonçalves, o músico co-fundador dos

 DEAD COMBO

 lutou durante três longos anos com a doença. 

A doença foi mais forte.

E a Música ficou mais pobre.









Que descanse em Paz.
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sábado, 4 de dezembro de 2021

AGORA SERIA TARDE.

 




Amar e ser amado
foi ventura
que nunca lhe coube em sorte.
Ora gostava  de alguém sem 
ter retorno
ou gostavam dele, e ele não,
 pra seu desnorte.
E nesse navegar foi indo vida fora
vivendo ao sabor da corrente
sem nunca ter certezas.
Não naufragou no mar revolto
dos próprios sentimentos,
nem nunca ancorou num porto seguro.
Foi levado no sabor das correntezas.

Deixou por fim de querer sonhar,
ir ao encontro da alma gémea.
Fincou os pés no chão agarrando-se 
à crua realidade.
Diz agora recear que por ironia do destino
lhe surja no caminho
 a paixão tardia, 
o tal amor correspondido.
Agora... para sua desventura,
amar seria  uma loucura.
Agora não, agora já é  tarde...!