sexta-feira, 28 de maio de 2010

SE EU PUDESSE:::


Imagem recolhida da NET. Se alguém se disser seu autor retirá-la-ei de imediato.

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SE...

“Se eu pudesse deixar-te algum presente

Deixaria acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos.

A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora...

Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se
repetissem.

A capacidade de escolher novos rumos.

Deixaria para ti, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:

Além do pão, o trabalho.

Além do trabalho, a acção.

E… quando tudo mais faltasse, um segredo:

O de buscar no interior de ti mesmo

A resposta e a força para encontrar a saída."

Mahatma Gandhi


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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Despedida.




Despedida


Estou cansada, sem rosto, sem o querer
Estou cansada pela sombra do abismo
Estou morta, sem sangue para viver
Estou cheia de palavras vãs, de cinismo.

Credo nos lábios da alma moribunda
Com a eterna circular da pena
Existo, plena de uma crença profunda
Persisto no calor de uma sombra serena.

Estou cansada de querer o que não quero
Estou cansada de querer o que não tenho
Estou morta por realizar o que espero
Estou cansada de abortar o que me empenho

Credo nos lábios vazios do coração
Não creio crer, querendo a saudade
Existo, na existência da minha solidão
Onde a maldade é a mais pura bondade

Estou cansada desta trova perdida
Estou cansada de palavras vazias
Estou morta, no chegar da despedida
Estou cansada destas luzes sombrias.

terça-feira, 4 de maio de 2010

MISTÉRIOS...


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VERDADE ESCONDIDA

A verdade é um labirinto!
Se eu digo a verdade inteira,
E digo tudo o que penso.
Se digo com todas as letras,
Com todos os pontos nos Is,
Seria um Deus-Nos-Acuda.
Entraria um vendaval
Pela minha janela dentro
Tal e qual um temporal.
Então, eu digo
A verdade possível,
E o resto... guardo comigo
A sete chaves escondido
No meu cofre de silêncios.


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sábado, 1 de maio de 2010

MÃES...



Mãe

Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?

Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.

Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.

Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!


Poema de Miguel Torga que dedico a todas as Mães, especialmente àquelas que já partiram mas que estarão sempre presentes no nosso coração e na nossa memória.