sábado, 7 de dezembro de 2024

☀️ CONTOS DE NATAL ☀️

 



Um Natal Especial.

O Francisco frequentava o terceiro ano de escolaridade com muito bom aproveitamento. Era um miúdo admirável. Já vivera razoavelmente mas, actualmente, sofria as consequências da quase indigência do pai por, no início daquele ano, ter perdido o emprego. Era um bom trabalhador, mas a oficina fechara.

Andava o miudinho muito triste e amargurado porque a fome, o frio e a tristeza eram o pão-nosso de cada dia naquela casa.

Como habitualmente, ao aproximarem-se as férias do Natal, a professora mandou que os alunos fizessem uma redacção sobre essa quadra festiva.

O Francisco debruça-se sobre o papel e, numa letra mais adulta que infantil, intitula a sua composição de APELO e escreve:

«Menino Jesus: não acredito no que tenho ouvido dizer a teu respeito, ou seja, que só dás a quem já tem, e nada dás a quem tem nada. Explico-te porquê: eu sei que são os pais a darem essas prendas e não tu, que tens mais que fazer; se fosses tu, de certeza que davas a todos e, se calhar, em primeiro lugar aos mais pobres.

Não venho pedir nada para mim. Quero lembrar-te que o meu pai está há um ano sem trabalho e precisa de ganhar dinheiro para nos sustentar. Por isso, não te esqueças de lhe arranjar um emprego. Eu sei que Natal quer dizer nascimento e, olha, nós também nascemos e, com certeza, não foi para que morrêssemos já, sem dar testemunho sobre a terra. Se assim fosse, como é que poderíamos dar os parabéns pelo teu aniversário?! Já agora podes ficar a saber que eu nasci no mesmo dia: nasci no Natal»

Pouco antes de as férias começarem, a professora chamou o Francisco e disse-lhe que tinha arranjado trabalho para o seu pai e, que já poderia começar a trabalhar no princípio de Janeiro do próximo ano. Foi tal a alegria dele que chorou copiosamente e, então, passou a andar tão contente, que os pais não sabiam que dizer. No entanto ele não disse porque é que andava assim.

Na véspera de Natal todos se deitaram cedo, pois a consoada consistiria em sopa e pão, em virtude do dono da mercearia, atendendo ao dia que era, ter condescendido em acrescentar ao rol do livro da dívidas.

O Francisco não adormeceu logo. Depois de ter verificado que toda a gente estava a dormir, foi colocar o seu sapatinho à porta do quarto dos pais, com um bilhete dentro.

No dia de Natal, a mãe, que era sempre a primeira a levantar-se, ao sair do quarto tropeçou no sapato do filho. Baixou-se, pegou nele, e leu o bilhete: -  "Pai, a partir de Janeiro vai ter trabalho. Foi a minha professora que lho arranjou, por causa da minha redacção ao Menino Jesus. É a nossa prenda de Natal".

Com as lágrimas nos olhos, de contentamento já se vê, aquele casal entrou, pé ante pé, no quarto do filho. Ao vê-lo profundamente adormecido e a sorrir, ambos disseram: -"Eis aqui o nosso Menino Jesus!"

(Conto de autor desconhecido)



☀️ ☀️ ☀️ ☀️ 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

***HOJE HÁ RETRATOS, AMANHÃ NÃO SABEMOS.***

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Tinha pensado nestas fotografias para vos propor a descoberta de que flor se tratava, num possível Desafio. Mas desisti. Ando com disponibilidade de tempo muito reduzida e tanto poderia ser fácil e de rápida solução, como ser demorada e carecer de mais atenção do que responder aos comentários. Desse modo fica esta rubrica preenchida por mais uma semanita! 😉



Alecrim, alecrim dourado 
Que nasce no monte
Sem ser semeado...


[Por favor, clique nos últimos versos e veja o vídeo, giro na sua inocência infantil. Recorde a sua meninice. 😊]

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

TERÇAS-FEIRAS MUSICAIS.

 


Orquestra Filarmónica de Viena
( Wanderlust - O Prazer de Viajar )






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domingo, 1 de dezembro de 2024

~~~COISAS DE LOUCOS~~~

 


O homem que perseguia o Pata Negra, inexplicavelmente, persegue-me agora a mim. Não sei porquê! Será porque também tenho alguma poeira de loucura alojada na testa?



Como tenho a minha própria maneira de fazer as coisas, após ponderar os prós e contras, decidi que se fosse partilhando com os meus estimados leitores uma ou outra história, poderia ir lendo e alimentando o meu Cantinho. Ao fim e ao cabo, como boa alentejana, não dispenso o cheiro e o sabor de um bom ramo de coentros. Assim sendo, não deixem de comprar o livro, mas antes, passem por aqui... 😀

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É Sempre Bom Trazer um Saco de Coentros


Quando deixei de trabalhar por ter enlouquecido não avisei a entidade patronal. Por muito que aparente estar curado, um tipo nunca mais fica bem dos cornos. Não prestigia a empresa ter colaboradores que vão para o trabalho  em bicicletas com fitas coloridas nos punhos dos guiador.


  - Estás despedido!

Respondi-lhe que aceitava que um patrão, como dono do trabalho, deve poder despedir e admitir como lhe apetece. Acrescentei que concordava com todas as recentes alterações às leis do trabalho que visam aumentar a criação da riqueza. Expliquei que compreendia a generalização da flexibilidade laboral como forma de melhorar a produtividade. Agradecia-lhe até, a oportunidade que me dava de poder dar o meu contributo para ultrapassar a crise em que o país se encontra já que, pelo que ouvia na televisão, os despedimentos e o desemprego são necessários à salvação do país. Indemnizar-me?! Nem pensar! Eu apenas me sentia no direito de receber a troco de trabalho efetivo e não estava na disposição de usufruir de regalias que trouxeram as coisas a este estado.


    - Não pode é ter entre os seus argumentos o facto da minha bicicleta ter fitas coloridas nos punhos do guiador!
    - Tu ainda não estás bem dos cornos! Tu devias voltar para o asilo. Pelo menos lá não passas fome!
    - O meu médico disse que eu devia procurar a Normalidade. Ora que eu saiba a sua mulher chama-se Saudade de Outros Tempos - que raio de nome para uma mulher! - e o senhor, dada a sua espécie, nunca pode ter dois cornos e a minha bicicleta tem  duas rodas!


E dito isto, esfreguei-lhe os coentros que trazia comigo, na orelha direita, comi um pedaço e fugi, sem fome, em cima das duas rodas da minha bicicleta.
Agora quem quer uma indemnização é ele, e não faz por menos: trinta mil euros! Com trinta mil carvalhos! O bocado de orelha não tinha o tamanho de uma moeda de um euro!

Não sou inimputável, mas se um bocado de orelha pode valer trinta mil euros, quanto é que vale o saco de coentros que anda sempre comigo? É que se não fosse o caso de eu ser um homem de princípios, eu podia antes ter comido a dona Saudade e, pelo menos, não teria sentido a falta do azeite!


Página nº 132.





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Eu avisei, lá em cima no título, 
não podem alegar desconhecimento de causa!

Comprem, leiam ou ofereçam de prenda de Natal. Vale a pena!

sábado, 30 de novembro de 2024

SÓ PORQUE ME APETECEU REVER... [ l ]

 ...Nureyev. 



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E é só isto...

BOM FIM-DE-SEMANA!

🎀🎀🎀🎀🎀🎀🎀🎀🎀🎀🎀

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

*** HOJE HÁ RETRATOS, AMANHÃ NÃO SABEMOS***

 Vistas de cima...




Ou de cima pra baixo
Não há jogo de bilhar perfeito
Se não houver uma bola branca
E se não houver...taco!




Assim sendo, as minhas bolas já estão em vantagem -
-  em relação às bolas do


🤭 👍 😅 

🏆   🏆

( E agora, cada um diga de sua  justiça )

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terça-feira, 26 de novembro de 2024

TERÇAS - FEIRAS MUSICAIS.

 



Sílvia Pérez Cruz e Cástor Pérez 
( Veinte Años )





Qué te importa que te ame
Si tú no me quieres ya
El amor que ya ha pasado
No se puede recordar.

Fui la ilusión de tu vida
Un día lejano ya
Hoy represento el pasado
No me puedo conformar

Si las cosas que uno quiere
Se pudieran alcanzar
Si me quisieras lo mismo
Que veinte años atrás.

Con qué tristeza miramos
Un amor que se nos va
Es un pedazo del alma
Que se arranca sin piedad.

Qué te importa que te ame
Si tú no me quieres ya
El amor que ya ha pasado
No se debe recordar.

Fui la ilusión de tu vida
Un día lejano ya
Hoy represento un pasado
No me puedo conformar.

Si las cosas que uno quiere
Se pudieran alcanzar
Si me quisieras lo mismo
Que veinte años atrás.

Con qué tristeza miramos
Un amor que se nos va
Es un pedazo del alma
Que se arranca sin piedad

Es un pedazo del alma
Que se arranca sin piedad.



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sábado, 23 de novembro de 2024

____PLANÍCIE DOURADA___

 


Hoje, vou deixar-vos apenas com a minha infância, o meu Alentejo, os meus versos e a minha saudade! 
O resto, deixo ao cuidado de quem passar...



Obrigada, filho, por me teres permitido ter entre as mãos, de forma palpável, estes excertos selecionados por ti, de algumas destas minhas andanças blogueiras. 

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