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terça-feira, 25 de maio de 2021

ASSENTOS & PEDALEIRAS.

 



"A BICICLETE"

MOTE

Meu amor já veio de França,
Trouxe-me uma biciclete;
Ele diz que aquilo cansa,
Mas também não paga frete.

GLOSAS

No dia em que ele chegou
Foi ao meu sítio passear,
Pra me ver e pra mostrar
A lembrança que comprou.
Quando em minha casa entrou,
Eu vi a linda lembrança,
E assim me nasceu a esperança
De andar naquilo também...
Fui dizer à minha mãe:
Meu amor já veio de França.

"Se queres. monto-te agora..."
Montou-me, mas foi agoiro,
Aquilo deu logo um estoiro.
Ele disse: "Não demora."
Tirou a coisa pra fora,
Que noutra coisa se mete.
Deu seis sacadas ou sete,
E logo a roda se encheu.
Enfim, para andar mais eu
Trouxe-me uma biciclete...

Às vezes manda-me pôr
No quadro, à frente, e abala.
Depois é ele que pedala,
Mas entrega-me o guiador.
Já tenho dito: "Ai, amor,
Com que força isto avança."
Gosto de andar nesta dança,
Pois não pedalo, nem nada;
Eu vou muito descansada,
Ele diz que aquilo cansa.

Na velocidade, murmuro,
Digo: "Ai, amor, vou pró céu...
Vê lá se rompe algum pneu,
Conta amor com algum furo..."
Diz ele: "O pneu está duro,
Só um prego que se espete,
Ou alguma camionete
Que não buzine, nem toque."
Sujeita-se a gente ao choque,
Mas também não paga frete!

* * * *

Claro! Está mais que visto. 
Quem escreveu isto
Foi o Poeta que adoro, 
Por ele eu canto e choro
E mesmo sem pedalar,
Eu quero é rir e cantar.
Quem for de erudições
Não me venha com sermões
Pois gosto de ser assim
Sou doida, mas não sou ruim.


Como já perceberam, a última Glosa (ou o que lhe quiserem chamare a foto, são da autora do blogue.
O poema,  é do Poeta popular - que amo de paixão - 
António Aleixo



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sexta-feira, 19 de julho de 2019

Porque Hoje É Sexta-Feira. # 63

Imagem DAQUI
Não sendo bem das vermelhuscas, as brejeirices d'hoje estão a cargo de Bocage.


Um proprietário de uma casa de banhos, amigo de Bocage, pediu-lhe que redigisse um letreiro para a tabuleta da casa. O poeta, sempre gozador, escreveu:
“Banhos frios. Também os temos quentes para senhoras a 200 réis, com lençóis.”
O homem ficou muito contente e mandou pintar a placa.
Dias depois aparece novamente o dono da casa dos banhos ao poeta, a dizer-lhe que os vizinhos não tinham gostado do letreiro, e seria bom corrigi-lo.
Disse o poeta:
-Ponha, então, assim: “Banhos frios. Também os temos para senhoras quentes de 200 réis, com lençóis”.
O homem ficou muito contente, mas correu a consultar os vizinhos. Meia hora depois tornava ele a casa do poeta para lhe dizer que os vizinhos acharam “pior a emenda do que o soneto”.
Bocage, aborrecido já com aquela história, exclamou:
– Olhe, meu amigo, ponha então assim: “Banhos frios. Com senhoras não queremos negócios quentes. Nem quentes, nem frios, nem por 200 réis, nem por nada, nem com lençóis, nem sem lençóis.”

*

Uma tarde, dirigiam-se para a Igreja - diz-se que a de São Domingos -  uns noivos,  seguidos de numeroso cortejo nupcial. Iam a pé, e a noiva ostentava enormes ramalhetes de flores de laranjeira.
Segundo constava, porém, a moça já não tinha o direito de levar aquela flor, porque entre os grupos que presenciavam a passagem do casamento, murmuravam que ela já estaria “de esperanças”…
O poeta Bocage assistia,  quando os noivos pisavam os degraus da igreja. Ao ver a noiva, riu-se e comentou com os amigos que lhe estavam próximos:
– Façam o baptizado, que é melhor…

*

Este, é um conhecido poema do nosso Bocage:

Quer seja curto ou comprido
Quer seja fino ou mais grosso
É um órgão muito querido
Por não ter espinhas nem osso
De incalculável valor
Ninguém tem um a mais
E desempenha no amor
Um dos papéis principais
Quando uma dama aparece
Ei-lo a pular com fervor
Se é um rapaz, estremece
Se é velho, tem pouco vigor
O seu nome não é tão feio
Pois tem sete letrinhas só
Tem um R e um A no meio
Começa em C e acaba em O
Nunca se encontra sozinho
Vive sempre acompanhado
Por outros dois orgãozinhos
Junto de si, lado a lado
O nome destes porém
Não gera confusões
Tem sete letras também
Tem L e acaba em ÕES
Para acabar com o embalo
E com as más impressões
Os órgãos de que eu falo…
São o coração e os pulmões.

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Mas, para que se não pense que, do Manel Maria, tudo era desbocamento, palavrões e ordinarices, fica-vos um Soneto, revestido de algum sabor erótico, que eu gosto muito.


“Soneto do Prazer Maior.”


Amar dentro do peito uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia-noite na janela.

Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:

Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo,
Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:

Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo.


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Feliz Fim-de-Semana!

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Porque Hoje É Sexta-Feira. # 36 [ Pára...Pedro! ]


Com muito carinho, hoje dedicada à terceira idade.

Que, como todos sabemos, abrange as pessoas incluídas na faixa etária que vai dos 85 aos 105 amos! Até aí, uns são jovens e outros de meia-idade...:) 

***






****









Era um baile lá na serra na fazenda da Ramada
Foi por lá que um tal de Pedro se chegou de madrugada
Só escutei um zum-zum, mas não sabia de nada
Só ouvia mulher gritando: "Este Pedro é uma parada"


Para Pedro, Pedro para
Para Pedro, Pedro Para
Pedro Para, Para Pedro
Para Pedro, Pedro Para

Quando foi lá pelas tantas que a farra estava animada
Apagaram o lampião e a bagunça foi formada
As velhas se revoltaram, Pedroca não é de nada
E o Pedro brigou com as velhas e deu uma peleia danada

Refrão…

Pedro foi dançar um xote com uma velha apaixonada
E surgiu o velho da velha e a coisa foi complicada
Pedro correu pelos fundos e entrou numa porta errada
As moças levaram um susto e gritavam desesperadas

Para Pedro, Pedro para
Para Pedro, Pedro Para
Pedro Para, Para Pedro
Para Pedro, Pedro Para

Velha grudada no Pedro, o velho no Pedro agarrado

Para Pedro, Pedro para
Para Pedro, Pedro Para
Pedro Para, Para Pedro
Para Pedro, Pedro Para

E assim foi a noite inteira até o fim da madrugada

Para Pedro, Pedro para
Para Pedro, Pedro Para
Pedro Para, Para Pedro
Para Pedro, Pedro Para






B O A S   F E S T A S 

*  *  *




sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Porque Hoje É Sexta-Feira. # 29




A Maria adoeceu e o Manel diz-lhe para ir ao doutor!
O médico receitou-lhe uns supositórios, para pôr no “rabo”…
A Maria chegou a casa pergunta ao Manel onde fica o “rabo”… O Manel responde:
– Sê lá mulher…Porque nã perguntaste ao doutor?
No dia seguinte a mulher volta ao médico e pergunta onde punha aquilo?
– Ponha no recto!!!!
Maria chega a casa e pergunta ao Manel onde era o recto; ele responde:
– Ê sê lá mulher…Porque nã perguntaste ao doutor?
No outro dia a Maria volta ao médico e, pergunta onde é que punha aquilo.
Ao chegar a casa diz ao Manel:
– Sabes o que o doutor me disse? Que o pusesse no cu…!
– Atão o que esperavas mulher?…Depois de teres ido três vezes lá chatear o home!!…
***

Um rapazinho de 10 anos queria ganhar 100 euros e rezou a Deus durante duas semanas.
Como nada acontecia, resolveu mandar uma carta ao Todo-Poderoso com o seu pedido.
Os CTT receberam uma carta endereçada a “Deus, Portugal” e resolveram entregá-la ao Ministro das Finanças.
O ministro ficou muito comovido com o pedido e resolveu mandar uma nota de 10 euros ao puto, pois achou que 100 euros era muito dinheiro para uma criança tão pequena.
O rapazinho recebeu a nota de 10 euros e imediatamente sentou-se para escrever uma carta de agradecimento:
– Querido Deus; muito obrigado por me mandar o dinheiro que pedi.
Contudo, notei que, por alguma razão, o Senhor mandou-o através do Ministério das Finanças e, como sempre, aqueles filhos da mãe ficaram com 90% do que era meu.



A secretária percebe que a braguilha do chefe está aberta e, para não parecer mal-educada, avisa-o de forma subtil:
– Dr. Paulo, o senhor deixou a porta da sua garagem aberta!
Ele fechou-a rapidamente e, apreciando a criatividade da rapariga perguntou cheio de malícia:
-Menina Marta, por acaso a menina viu o meu Ferrari vermelho?

-Não, Senhor Doutor! Só vi um Fiat Panda antigo e desbotado, com os dois pneus traseiros carecas e totalmente em baixo!



Três europeus são apanhados por uma tribo canibal, que concede um último desejo a cada um.
Inglês:
– Eu quero fumar o meu cachimbo uma última vez.
O chefe da tribo:
– Ok, sem problema.
Francês:
– Eu quero comer bem pela última vez.
– Ok, sem problema.
Português:
– Eu quero comer morangos!
O chefe da tribo:
– Mas nesta época do ano, não há morangos…
– Não faz mal, eu espero!


Estavam a pensar o quê? Que eram todas com malícia?
 Nada de maus pensamentos. Mau, mau!!...:)
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Adenda: Os "Canhões de Navarone" que não tiveram votação a favor, já foram à vida!! Espero que gostem mais do puto reguila...!!!
:)
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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

SEIOS....

....Pequenos
    Médios
    Grandes...

São belos,
São atraentes,
Nas blusas decotadas
Em tecidos transparentes.


Flácidos ou empinados
Unidos ou separados,
Sejam sempre respeitados... 
Nunca ofendidos 
Nem menosprezados


Os seios de uma mulher
Ocultam por detrás um coração.

Quem quiser conquistar uma mulher
Não se deslumbre em seus seios
Pensando que ela não note...
Quando os olhos perdem a direcção
E se desviam para o decote...


(Excerto de um poema de Bruno Machado)




Apresentado o poema, à guisa de introdução e
advertência, mais por graça  do que por necessidade,
pois conheço os leitores que tenho, e confio que, se rirem,
será um riso saudável  sem o mínimo de malícia, :-) 
 apresento-vos um vídeo que recebi e gostaria de
partilhar convosco. 


Provavelmente, até já conhecem este talentoso cantor e
as suas musas inspiradoras.  Eu não conhecia.
Ei-lo.  Desfrutem.





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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Piropos À Moda do Alentejo...

...Para aquecer.


Numa rua de Mértola, um jovem -  de Lisboa, diz-se - cruza-se com uma miúda gira e, imbuído de grande inspiração poética, diz-lhe, num sussurro:


Um copinho, dois copinhos
três copinhos d'aguardenti.
As moças cá nesta terra,
até fazem calor à genti.



Abespinhada, que as alentejanas não são cá para brincadeiras, responde-lhe a moça:

Um copinho, dois copinhos
três copinhos de licori.
Levas uma cachaporra nas ventas
passa-te logo o calori.

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Para aquecer um bocadinho mais, fiquem com dois copinhos de vinho branco. Uma cena hilariante do "Pai Tirano"
Ainda se lembram do filme?

  
    Um bom início de semana para todos.                                 

segunda-feira, 7 de março de 2016

Post Interdito a Menores de Dezoito E/Ou Muito Sensíveis..."Anda Ká K'eu Nãtalêjo" *


Moda das Mamas Grandes

Eram tão grandes, belas, fartas e bonitas.
Todos os dias apareciam no jornal,
 E o presidente da Câmara lá do sítio,
 Quis fazer delas monumento nacional!

 Quando passava pela rua descuidada,
 Os rapazes vinham todos à janelas.
 E entre todos baixinho comentavam,
 Bendito pai que fez uma filha daquelas!

 E as raparigas tábuas lisas que passavam,
 Ficavam tristes a pensar nos seus peitinhos.
Quando ela olhava com vergonha disfarçavam,
E com as mãos tapavam os marmelinhos!

 Passaram dias e as meninas esperavam,
Só para ver se as suas maminhas cresciam.
Pois os rapazes para elas não olhavam,
Só mamas grandes é que os satisfaziam!

 Apareceu o silicone certo dia,
 E grandes seios era coisa que convinha.
 E só não tinha um peito grande quem não ‘cria’
 Mas mamas grandes ninguém tem como ela as tinha!

 Letra: Nuno Tirapicos/Seistetos Música: Moda das tranças pretas


* Título do Álbum da Tuna Académica Seistetos de Évora.



Nota: Este post foi-me inspirado por esta publicação do blog "Fatiferando". 

Ao FATifer, o seu administrador, dedico esta 'gracinha'...:) 


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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Aqui não há "protocóis" - É tudo ao jeito que o Povo gosta!...




Depois de ouvirem esta versão fantástica da "Casa da Mariquinhas" na voz brejeira e inconfundível daquela que foi uma das maiores figuras do nosso meio artístico:
                                                           Hermínia Silva...

...Saibam todos os pormenores acerca da confusão que se gerou em pleno palco do restaurante "O Solar da Hermínia" quando um dos guitarristas, num ímpeto irresistível, apalpou o rabo da Fadista!

 
 
 
 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Ai, Francisquinha...Francisquinha!

Como não adianta de nada descabelar-me e reclamar dos tempos difíceis que vivemos e dos ainda piores que se aproximam, deixo esses assuntos para os blogues da especialidade!
Nas minhas andanças pela Net, descobri uma história de cordel, contada em verso, que muito me divertiu e resolvi partilhá-la. É um bocadinho longa, é verdade, mas também não precisa de ser lida toda de uma assentada. No final digo de onde a tirei, que eu não sou pessoa de me apropriar do alheio!



 Sou poeta de cordel
Trago no sangue esta sina
Na arquitetura do verso
Minha mente não declina
Por isso vou construir
Mais uma obra com rima.



     


O que agora vou versar
É fato, não é mentira
Aconteceu a uma jovem
Da cidade de Cupira
Em solo pernambucano
No Sitio da Macambira.

Francisca moça pacata
De perfeita educação
De casa só se afastava
Para seguir procissão
Ir a enterro de parente
E em dia de eleição

Filha educada e zelosa
Em casa tudo fazia
Costurar, bordar, Cingir
Francisca tudo sabia
Era na cozinha a fada
Que todo homem queria

Sua fama de pureza
Corria toda cidade
Os moços todos sonhavam
Gozar de sua amizade
E prêmio maior seria
Desposar essa beldade.

Porém vê-la para muitos
Sorte grande já seria
Pois Francisca não ousava
Andar pela freguesia
Por segurança, em casa
Tinha tudo o que queria.

De segunda a sexta-feira,
Para educar a donzela
Uma freira contratada
Estava sempre com ela
Pois Francisca era uma jóia
Educada, santa e bela.

Por outro lado Raimundo
Um cidadão galhofeiro
Era a imagem do cão
Preguiçoso e bagunceiro
Que tinha passado uns tempos
Lá no Rio de Janeiro
 

Com sotaque carioca
Puxando para o paulista
Raimundo lá em Cupira
Parecia um artista
Todas as moças da cidade
Figuravam em sua lista.

Um sujeito extrovertido
Bem quisto pela cidade
Amigo de todo mundo
Por sua sagacidade
Bonito, bom de conversa
Mas de pouca qualidade.

Todas as moças da cidade
Tinham a ele namorado
Mas nenhum pai gostaria
De ver Raimundo casado
Com sua filha e vivendo
Pra dentro do seu cercado..

Mas sabemos que o destino
Traça seu próprio caminho
E dessa forma juntou
Como galhos para um ninho
Raimundo e Francisquinha,
O "gato" e o "passarinho".

Um parente de Francisca
Naqueles dias morreu
Nesse velório a mocinha
Ao Raimundo conheceu
E seu doce coração
Por ele forte bateu.

Francisca não conhecia
A maldade desse mundo
E caiu fácil na lábia
De seu galante Raimundo
Que na arte do xaveco
Era um verdadeiro imundo.

Botou a mão na mão dela
Falando com muito estilo
Francisca ouviu passarinhos
Cantando junto com grilo
E Raimundo foi em frente
Colocando a mão naquilo.

Francisca endurecida
Fitava o namorado
Que pegando a mão dela
Com carinho e com cuidado
Foi pondo sem cerimônia
Encima do seu cajado.

Francisca por puro instinto
Segurou o animal
Porém num susto em seguida
Tirou a mão do local
E perguntou: Raimundinho,
Pra quê guardas este pau?

Raimundo muito sacana
Com toda tranqüilidade
Disse: Francisca querida
Quanta ingenuidade
Isso aí é uma agulha
De costurar virgindade

Francisca examinou-a
E disse: Como é grossinha
E prosseguindo o exame
Encontrou uma fendinha
E perguntou ao Raimundo:
É aqui que põe a linha?

Seguiu dizendo: Raimundo
Gostei dessa novidade
Se essa agulha aí
Faz o que dizes de verdade
Levantas, vem e costura
Logo a minha virgindade.

Raimundo quis sair fora
Mas Francisca de pressinha
Fechou a porta da frente
Em seguida a da cozinha
E já retornou à sala
Sem vestido e sem calcinha.

Raimundo ficou sentado
Com o rosto empalidecido
E Francisca insistindo
Costura noivo querido
Pegando no instrumento
Sentiu ele amolecido.

Deu um salto para trás
Dizendo: pode ir embora
Porque homens mentirosos
Eu conheci muitos aí fora
Mas um frouxo e boxador
Fostes o primeiro agora.

Olhando para Raimundo
Disse dando uma risada:
Vou revelar-te uma coisa
Raimundo meu camarada
O padre que entra e sai
Aqui, sou eu disfarçada.

 
Para que este post fique um pouco mais requintado,
deixo-vos com esta "Chiquitita" já um nadinha ultrapassada, mas da qual gosto muuuuito!
 


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