Não sei porquê, já que nunca vivi propriamente em Lisboa, e muito menos nos afamados, ou, mal-afamados - ao tempo - Bairros, do Bairro Alto ou de Alfama, a Calçada da Glória foi motivo para um Fado e já era famosa sem tragédias. Que as vidas de quem por lá circulava eram miseráveis e trágicas, segundo o Fado, não duvido, mas eram de origem diferente. Ora ouçam e pensem. Podem, se quiserem, procurar outras versões no YouTube . A letra, será sempre a mesma.
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"Calçada da Glória"
Tristão da Silva
Quem sobe essa calçada triste e fria
E pensa de que é feita a sua história
Não consegue entender por que ironia
Lhe chamam a calçada da glória
Caminho que a subir conduz ao céu
Mas quanta vez a vida, p'lo contrário
Nos mostra que ao subir com sua cruz
A bondade de Jesus teve por prémio o calvário
E essa mulher que o destino fez perder
Sobe a calçada sem ver a sua longa descida
Que o Bairro Alto roubou-lhe há muito a memória
P'ra que ela não veja a glória em que destroçou a vida
"O Fiel Jardineiro" é a arrebatadora história de um homem enobrecido pela tragédia, e uma magnífica exploração do lado negro do capitalismo desenfreado, escrita por um dos mais proeminentes e elegantes escritores do nosso tempo. Um dos melhores romances de John Le Carré.
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A citação que a Ana Tapadas referiu.
Trata-se de um monólogo onde o poeta fala com a sua esposa, Lucrezia, expressando o seu desânimo e resignação face à sua vida e à sua arte.
Yvette Pierpaoli foi uma humanitária francesa que viveu no Camboja e trabalhou em vários países do mundo. Penso que em virtude do seu trabalho humanitário, John Le Carré lhe tenha dedicado este seu romance: "O Fiel Jardineiro"
Este enigma é, porventura, dos mais fáceis que alguma vez passou pela blogosfera. Trata-se apenas de uma pergunta, que carece de uma só resposta: O título do livro em cuja dedicatória o autor usou de alguma ironia. Digo eu!
Ora vejam:
"Para Yvette Pierpaoli
que viveu e morreu estando-se nas tintas"
Quem não conhecer o livro - coisa quase impossível - mas souber como pesquisar, encontra a resposta de caras.
Agradeço a vossa disponibilidade e aguardo as vossas respostas.
Quando amanheces, logo no ar Se agita a luz sem querer E mesmo dia, vem devagar Para te ver.
E já rendido, ver-te chegar Desse outro mundo, só teu Onde eu queria entrar um dia P'ra me perder.
P'ra me perder, nesses recantos Onde tu andas, sozinha sem mim Ardo em ciúme desse jardim Onde só vai quem tu quiseres Onde és senhora do tempo sem fim Por minha cruz, jóia de luz.
Quebra-se o tempo, em teu olhar
Nesse gesto, sem pudor
Rasga-se o céu, e lá vou eu
P'ra me perder
P'ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas sozinha, sem mim
Ardo em ciúme desse jardim
Onde só vai quem tu quiseres
Onde és senhora do tempo sem fim
Por minha cruz, jóia de luz
P'ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas sozinha, sem mim
Ardo em ciúme desse jardim
Onde só vai quem tu quiseres
Onde és senhora do tempo sem fim
Por minha cruz, jóia de luz entre as mulheres.
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Este é o Paulo Gonzo dos anos 80, para quem não se lembrar de como era o cantor quando tinha um bela e longa cabeleira encaracolada. Nomeadamente, o Tintinaine.
Nesta primeira imagem, que representa a fachada principal da Quinta da Fortaleza, em Elvas, todos acertaram.
Aqui, temos um confortável recanto de leitura,
e/ou, de convívio.
Na segunda imagem, é que a porca torceu o rabo, que é como quem diz, foi muito difícil para todos nós acertar.
Trata-se de um recanto muito catita e alusivo à região, onde as flores campestres são rainhas. Há, também, elementos compostos por belos tachos e panelas esmaltadas, cuja decoração, por certo, irá variando de tempos a tempos para não cansar a vista dos comensais habituais. Daí, a dificuldade de a encontrar na Net.
Um belo pormenor do Restaurante Tomba Lobos, situado em Portalegre.
Eis mais algumas fotos deste espaço, onde, para além de bem decorado com o que há de mais genuíno das belezas naturais alentejanas, se podem degustar excelentes petiscos.
Desta vez, os meus agradecimentos irão de igual forma para todos os participantes, uma vez que não há vencedores nem vencidos. Todos colaboraram o melhor que puderam e souberam.
O meu grande Bem-Haja a Todos vós,
meus queridos leitores e amigos:
Catarina - Kok - Tintinaine - António -
Teresa [ematejoca]
- Joaquim Rosário - José [500] - R. Correia -
Rosa dos Ventos -
Emília Pinto - Kruzes Kanhoto - Fatyly -
e, por último, mas não menos importante,
Sandra Martins.
A ordem dos nomes obedece à ordem da vossa entrada em cena. 😊
ATÉ A UM PRÓXIMO DESAFIO COM A PROMESSA DE SER MAIS SIMPLES.
Gente amiga andou a passear, durante uns dias, por uma região do nosso belo cantinho à beira-mar plantado. Desse passeio já recebi alguma fotos lindíssimas das quais vos disponibilizo apenas duas, para não vos dar muito trabalho.
São elas, esta:
E mais esta:
Uma dica, de início, sempre vos dará alguma ajuda: São de localidades e prestação de serviços diferentes.
Como sempre se pede nestes Desafios, agradeço que as dicas sejam subtis e discretas. Quem reconhecer os locais, deverá enviar a resposta para o meu email (fgmncf@gmail.com). Nunca dizê-lo aqui no blog, ok?
Boas pesquisas, divirtam e divirtam-me, já que a blogosfera, talvez com a preocupação da proximidade das eleições autárquicas, anda um pouquinho murcha...ou serei eu?!
"La Cumparsita" é uma obra musical criada pelo músico uruguaio Gerardo Matos Rodríguez (1897-1948). É considerado o Tango mais difundido no mundo. Está entre as dez musicas mais tocadas mundialmente. Por decreto presidencial de 02 de Fevereiro de 1998, é o hino popular e cultural do Uruguai.
E, sem nos darmos conta, eis-nos a entrar no Outono. Noites húmidas e um pouco mais frias. Dias instáveis. Ora amanhece enevoado, ora, como hoje, luminoso e ensolarado.
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Ainda que pouco dada a celebrações, mas sendo o futuro uma completa incógnita, quero aproveitar o momento para relembrar o meu cantor preferido, de voz quente e sensual.