Caros amigos, de coração vos agradeço os emails que, gentilmente, me têm enviado, bem como os vossos comentários.
Não quero prolongar a vossa apreensão sobre o que de grave poderá ter acontecido comigo, nem permitir que me aguardem como se isto fosse um capricho meu ou algo no género.
Estive doente e ainda não me sinto recuperada, no entanto, não foi/é nada de muito grave.
Quando, e se, voltar a ser o que já fui, alegre e brincalhona, quem sabe não volte ao vosso convívio? Para já, penso que não será tão cedo.
Um forte e grato abraço meu para quantos passarem por cá!
É em memória de um grande amor, talvez por o ter sentido na idade das ilusões, e na ilusão ter ficado, que volto com este bonito Fado.
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Raquel Tavares, canta-o com a mesma alegria e encanto que eu sentia, fazendo-me retroceder no tempo e no espaço.
Meu Amor de Longe
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No Largo da Graça já nasceu o dia
Ouço um passarinho, vou roubar-lhe a melodia
Meu amor de longe ligou
Abençoada alegria
Junto ao miradouro, pombos e estrangeiros
Vão a cirandar como fazem o dia inteiro
Meu amor de longe já vem
Pôs carta no correio
Barcos e gaivotas do Tejo
Vejam o que eu vejo, é o sol que vai brilhar
Meu amor de longe está
Prestes a chegar
Talhado para mim
Mal o conheci, eu achei-o desse modo
Logo pude perceber o fado que ia ter
Por ver nele o fado todo
Chega de tragédias e desgraças
Tudo a tempo passa, não há nada a perder
Meu amor de longe voltou
Só para me ver
Fiz um rol de planos para recebê-lo
Fui pintar as unhas, pôr tranças no cabelo
Meu amor de longe há-de vir
Beijar-me no Castelo
Eu a procurá-lo, ele a vir afoito
Carro dos Prazeres, número 28
Meu amor de longe saltou
Iluminou a noite
Vamos celebrar ao Bairro Alto
Madrugada, baile no Cais do Sodré
Meu amor de longe sabe bem
Como é que é
Talhado para mim
Mal o conheci, eu achei-o desse modo
Logo pude perceber o fado que ia ter
Por ver nele o fado todo
Chega de tragédias e desgraças
Tudo a tempo passa, não há nada a perder
Meu amor de longe voltou
Só para me ver.
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A fotografia foi captada no Bairro dos Olivais, no tempo em que vivi em Moscavide. Devo acrescentar, em nome da verdade, que aparento ter mais idade do que tinha. Verdade! Entre os onze e os catorze dei um pulo, a partir dos catorze não cresci mais.
"Nós éramos tão amigos e tornamo-nos estranhos uns para os outros.
Mas está bem que seja assim, e não vamos ocultar e obscurecer isto, como se fosse motivo de vergonha.
Somos navios que possuem, cada qual, o seu objetivo e o seu caminho; podemos cruzar-nos e celebrar juntos uma festa, como já fizemos – os bons navios ficaram placidamente no mesmo porto e sob o mesmo sol.
Parecendo haver chegado ao seu destino e ter tido um só destino. Mas, então, a Toda-Poderosa força da nossa missão afastou-nos novamente, em direção a mares e quadrantes diversos, e talvez nunca mais nos vejamos de novo – ou talvez nos vejamos, sim, mas sem nos reconhecermos: os diferentes mares e sóis modificaram-nos..."
(...)
Texto parcial de Friedrich Nietzsche.
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Há coisas que se fossem escritas propositadamente,
Afinal, sempre consegui comprar este. É pequeno mas muito cheirosinho. Num lado tem a folha repolhuda, no outro, é mais miudinho.
Foi num dia de São João que veio ao mundo o meu menino. Com a bênção do Santinho, nasceu muito perfeitinho, porém, vermelho e enrugadinho.
Não que fosse boa boca, ao tempo, pois rejeitava sopa e papas,- na idade em que as podia comer. Cresceu lindo e rechonchudo, mas preguiçoso para andar - proeza só alcançada aos 14 meses -
Traquina como só ele, difícil de acatar ordens. Caía, batia com a cabeça, e continuava a bater numa persistência doentia (para mim).
- Não voltes a fazer isto Luís, que te magoas! -Faço, faço...!
Mal sabia eu, então, que essa teimosia feroz um dia se chamaria resiliência e destemor.
E o guindaria à posição pessoal e profissional de um self-made man...com muito valor.
Este ano, cá pelo Norte os vasos de manjericos não se me ofereceram grandes e repolhudos. Todos eram enfezadinhos de meter dó. Não comprei, nem recebi! Felizmente, tenho sempre as fotos dos manjericos de anos anteriores e foi o que usei no Santo António.
Para não deixar passar a noitada em branco, decidi que não seria de todo descabido oferecer-vos algo que recorde as velhas rusgas tripeiras e, simultaneamente, nos recorde as canções e letras fabulosas que o saudoso Carlos Paião nos legou...E foram tantas!
O que é lamentável, é que eu tenha cismado que a gravação da Marcha do Pião-das-Nicas, teria eu de a fazer naquele dia e naquele momento. E fiz! Foi no dia em que o sol se embrulhou numa nuvem e refrescou a nosso pedacinho territorial...
De início adorei, abri todas as janelas para renovar o ar abafado de casa sem pensar nas consequências. Ao fim do dia estava rouquinha da silva, mas como em cabeça dura a sensatez não entra, levei por diante o meu 'projecto' cantadeiro.
Que não vale o trabalho, é verdade! Que não vale o constrangimento de ser ouvido, verdade é...mas ouvi-o agora e até me ri. Há lá coisa mais saudável do que não nos levarmos a sério e rir das nossas chachadas inofensivas?
Só tenho pena é de não possuir aquela vozinha infantil, pausada, mansa e doce da UJM. Com um poucochinho da minha rouquidão, até melhorava a cantiga. Mas como cada um é para o que nasce...
Janela aberta para o mundo. Onde vejo o bom e o mau Com virtuais amigos e amigas Uns entrando outros saindo Sem dor nem aflição Porque é assim a blogosfera Onde se vão revelando As coisas do coração.
Alguém consegue reconhecer-se nessas imagens do seu perfil? Há que ter em conta que esta montagem a elaborei há mais de uma década. Eu, própria só reconheço uma dezena...
Depois de uma manhã passada na praia, sob um vento frio e agreste, o mar encapelado e a água tão fria que mais parecia serrar-me os ossos, (dos pés 😋 ) cá estou no aconchego da vossa companhia, que sempre me aquece a alma. O corpo já eu aqueci com um banhinho quente.
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Se clicarem AQUI , poderão ficar a saber o nome do apresentador, bem como o nome do Programa. Devo dizer que não o faço declaradamente, porque quero que os menos diligentes que, com tantas e tão boas pistas, não se deram ao trabalho de fazer uma ligeira pesquisa, tenham agora algum trabalhinho. Quem quiser saber a resposta, claro está! 😁
Como é evidente, deixo os meus amigáveis agradecimentos a Todos quantos participaram e não foram além do palpite inicial, levados ao engano pelo 1º comentador, não obstante eu afirmar e reafirmar, inclusivé por mail, de que não iam pelo caminho certo. Pronto, não fiquem melindrados, já sabem que eu não sou de paninhos quentes. Se não acertaram agora será numa próxima vez.
Foram eles: Tintinaine - Rycardo - José (500) -Fatyly - Teresa Hoffbauer (Ematejoca) - Mestre Remus - Manu - Pedro Coimbra - e Teresa Isabel Silva.
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Este vídeo é um pouco longo, mas merece ser visto ainda que aos poucos, consoante a vossa disponibilidade de tempo.
Ele retrata uma época ainda anterior ao tempo das "Melodias de Sempre". Daí o seu nome.