...andarem horas a fio com uma música, a letra de uma velha canção ou uma poesia a martelar-lhes na cabeça?
Ao fazer umas arrumações, tentando escolher entre os livros que devo manter nas estantes, já sobrecarregadas, da pequena divisão onde tenho o pc, e aqueles já lidos e relidos que quero meter em caixas e levar para o sótão, encontrei um livro velhinho com versos infantis, do tempo em que cada história, contada em prosa ou verso, encerrava uma lição de vida. Lidos os primeiros versos, vi que ainda os recordava de cor e salteado.
Pois, desde então, tenho andado com esta treta na cabeça a tarde toda!! E de outros versos também...:))
Depois de muito porfiar lá consegui encontrar, na Net claro, uma imagem a condizer...Vejam lá se algum de vós se lembra disto! :)
No tempo em que ainda falavam
Os animais como a gente,
É tradição que tiveram
Conferência em caso urgente.
O burro, que não sei como
Se introduziu no conselho,
Quis, fingindo-se estadista,
Também meter o bedelho.
E, num tom que diferia
Bem pouco do que hoje é zurro,
Foi revolvendo a questão:
Discreteou como um burro.
Depois de lhe ter ouvido
Alguns conceitos de arromba
O carrancudo elefante
Lhe disse, torcendo a tromba:
Esse tempo que tens gasto
Inutilmente a clamar,
Insensato, não podias
Aproveitá-lo em pastar?
Vens afectar eloquência,
Animal servil e abjecto!
Um tolo nunca é mais tolo
Que quando quer ser discreto.
Os animais como a gente,
É tradição que tiveram
Conferência em caso urgente.
O burro, que não sei como
Se introduziu no conselho,
Quis, fingindo-se estadista,
Também meter o bedelho.
E, num tom que diferia
Bem pouco do que hoje é zurro,
Foi revolvendo a questão:
Discreteou como um burro.
Depois de lhe ter ouvido
Alguns conceitos de arromba
O carrancudo elefante
Lhe disse, torcendo a tromba:
Esse tempo que tens gasto
Inutilmente a clamar,
Insensato, não podias
Aproveitá-lo em pastar?
Vens afectar eloquência,
Animal servil e abjecto!
Um tolo nunca é mais tolo
Que quando quer ser discreto.
Nao me recordo. Encontramos tesouros quando procuramos ou arrumamos caixas que nao abrimos ha muito tempo.
ResponderEliminarTesouros que nos trazem memórias da infância, Catarina.
EliminarE é tão bom recordar esses velhos tempos!
Um abraço.
Tivesse eu lido esse livro
ResponderEliminarE chegaria, de certo
À conclusão de que é mito
Um burro não ser gajo esperto
Ehehehe
EliminarÉ mito mesmo, Rogério! O burro é um animal paciente, mas é muito inteligente!
Um beijo sem papas na língua! Que a falar é que a gente se entende...:)
Não conheço amiga, foi a primeira vez que li...mas é bom recordar principalmente estas coisas que eu chamo de tesouros só nossos.
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
Guardo livros como se fossem preciosidades raras, amiga Adélia.
EliminarSeria incapaz de me desfazer de um livro, apesar de alguns se terem perdido com os 'empréstimos'!
Um beijinho grande.
Já me aconteceu, embora deste não me lembre :)
ResponderEliminar(à minha irmã mais nova ofereceram quando era criança um disco com a história e músicas da bela adormecida que ela punha muitas vezes a tocar e de vez em quando lembro-me das cantigas com a música, letra e tudo :)
um beijinho
A minha memória auditiva já foi muito boa, Gábi.
EliminarCom a idade passei a ter uma memória mais selectiva! Só recordo aquilo que me dá prazer... o resto, entra-me a 100 e sai-me a 200...:)
Beijinho
Não conheço mas essa de andar horas a fio com uma cantilena na cabeça acontece-me, sim. Ainda esta semana acordei, sem perceber porque razão, com uma cantiga infantil na memória. É uma cantiga tradicional francófona que se intitula "Alouette gentille alouette". :)
ResponderEliminarDeve ser comum a todos nós, Luísa. Um dia destes comentei algo no blog de um amigo sobre a minha adoração da canção 'A Place in My Heart'. Acreditas que andei todo o dia a trautear a música?
EliminarAcho que isso é bom! :)
Um beijo
Não conheço minimamente, nem me faz lembrar nada. Quanto à música, poesia ou frase a martelar na cabeça, sim, acontece de vez em quando. E às vezes é bem irritante... ;)
ResponderEliminarBeijocas
Não deve ser do 'teu tempo' se não lembravas-te, Teté! :)
EliminarHá palavras ou frases que se são desagradáveis e nos ficam a martelar na cabeça...bota irritação nisso...:))
Beijocas bem dispostas.
É verdade janita, acontece muito ficarmos cantarolando uma musiquinha por dias seguidos rs
ResponderEliminarNão conhecia a fábula ,sempre achei muito boa as conversas mantidas pelos animais nas historias infantis_ carregadas de alguns ensinamentos,principalmente para as crianças.
Bom sabe-la restabelecida.
um abraço
Olá, Lis.
Eliminarespero que a pausa tenha sido retemperadora. Bem-vinda!
É...todas as fábulas têm um ensinamento para transmitir a noção de bem e mal. Aqui, parece-me mais uma sátira, sei lá!
Obrigada pelo seu interesse.
Um abraço amigo.
Não conheço, confesso.
ResponderEliminarMas acontece-me frequentemente andar com uma música o dia todo a azucrinar-me a cabeça.
Sem perceber porquê :))
Beijinhos
É, Pedro! Há 'músicas' que nos azucrinam a cabeça, vá-se lá saber porquê!! :)
EliminarBeijinhos
PS. A propósito de fábulas, hoje, enviei-lhe uma...:)
Ai que saudades me deu agora este poema do "tempo em que os animais falavam"..... Quanta vez me acontece o mesmo: ando com canções na cabeça todo o dia, trauteando a melodia e ás vezes irritada, sem me conseguir lembrar do nome...
ResponderEliminarO subconsciente gravou-a mas não fez tudo direitinho.
Gostei deste espaço e estou a seguir-te.
Beijo
Graça
Olá, Graça Pereira.
EliminarSejas muito bem-Vinda! Há tantos anos que nos cruzamos aí pela blogosfera e nunca se tinha proporcionado o nosso encontro.
Estou muito feliz por poder contar contigo entre os meus amigos.
Finalmente, alguém conhece este poema.:)
Retribuirei com prazer a visita e espero que seja para nos irmos conhecendo melhor.
Um beijinho e obrigada.
Olá, Janita!
ResponderEliminarDesta em concreto, não me lembro.Mas já tinha ouvido dizer que existiu um tempo em que os animais falavam...
E não encontrar nome para aquilo que nos vai passeando na mente, isso acontece. E é coisa que nem sempre tem muita graça...
Beijinhos
Vitor
Olá, Vitor!
EliminarSe reparares bem, hás-de ver que já deixei a primeira quadra lá no teu espaço, não me lembro é acerca de que tema foi.
Acho que escreveste algo, numa crónica, sobre a fala dos animais. Isto, se a memória não me trai...:)
Beijinhos muito amigos.
Janita
Não conheço ou esqueci. Tb ando frequentemente com músicas q n me saem da cabeça e às tantas quero esquecer e não consigo.
ResponderEliminarIsa Maria.
EliminarEscasquetarmos uma música é algo recorrente e comum a toda a gente, quanto aos versinhos, é possível que não conheças.
Já andei lá pelo teu espaço e voltarei, é lindo!
Um abraço.
ResponderEliminarQue delícia de versinhos...
Não conheço os versos em questão... já a moral da história, concordo plenamente!
Lembrei-me a propósito de um ditado que aprendi quando era catraia, quando eu choramingava porque não queria comer, o meu pai dizia-me: «ovelha que berra bocadela que perde!» :))
Beijinhos versejados e que rimam com abracinhos
(^^)
Também não conhecia esse ditado que aprendeste com o senhor teu Pai, Afrodite!
EliminarPara te ser sincera também não o entendo muito bem.
" Ovelha que berra perde a boca dela"? :))
Conheço é aquele outro que diz " Quem não berra não mama"!!
Estes versinhos não são do teu tempo, em que os animais já tinham adquirido voz própria. Tu és mais do tempo daqueles que falavam das vozes dos animais:
"Palram pega e papagaio e cacareja a galinha, os ternos pombos arrulham, geme a rola inocentinha..."
Estes são muito giros...:)
Beijinhos sem berros e muitos balidos, que rimam com queridos.
:)
Janita o burro é um animal inteligentissimo.
ResponderEliminarOs "meus" burros são outros.
Bjinhos