ORAÇÃO À LUZ
( Excerto )
A inabalável rocha taciturna
Quando a electriza teu deslumbramento
Acorda e sonha na mudez soturna…
Por ti se volve areia; e num momento
A areia é lodo, é seiva, é fruto lindo
É carne humana, é sangue, é pensamento…
Por ti a água exulta, anda bramindo
Por ti rola do monte ao sorvedoiro
E voa, em nuvens, pelo azul infinito…
Por ti um sopro anímico e fecundo
Penetra o lodo, a rocha, a água, o ar
Voa de esporo a esporo, e mundo a mundo…
Por ti a asa, o lábio, a mão, o olhar…
Por ti o canto e o riso e o beijo e a ideia…
Por ti o verbo ser e o verbo amar!…
( Guerra Junqueiro )
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Belíssimo ,beijinhos muitas felicidades
ResponderEliminarToda a poesia de Guerra Junqueiro é muito bela, sim, Emanuel.
EliminarObrigada, um beijinho. :)
Uma declaração de amor, um hino à luz.
ResponderEliminarQue luz te está a iluminar assim, Janita? :)
A mim, infelizmente,nenhuma, Luísa. :)
EliminarNão sou uma iluminada...
Um beijo. Obrigada.
Muito bonito! Imperdoavelmente, não conheço a poesia de Guerra Junqueiro. Tenho de me redimir...
ResponderEliminarTenho uma pequena colecção, composta por onze livros de Guerra Junqueiro, e ao longo dos anos não me canso de os ir relendo, Graça. Fazem parte dos meus pequenos/grandes tesouros literários. Tenho a certeza que ias adorar.
EliminarUm beijinho, hoje especial...:)
Lindo. Fico com vontade de conhecer a poesia deste autor.
ResponderEliminarUm abraço
Se não conhece, Elvira, talvez haja e-books na net.
EliminarEspero não estar a dizer nenhuma asneira, mas...
Um abraço.
Não conhecia. Não sou amiga da poesia embora goste de ler poemas
ResponderEliminarKis :=}
Ainda estás a tempo de tomar gosto, AvoGi. ;)
EliminarBeijos.
Azul....
ResponderEliminarAbraco grande, grande
Se não me engano, a tua cor preferida, Ricardo!!! :)
EliminarGrande abraço e um beijinho.
E bem que preciso de azul depois de tanto cinzento no Vietname continuado aqui em Macau.
ResponderEliminarBeijinhos
Parece que o sol tarda por aí, Pedro.
EliminarEntão foi de férias e continuou a ver os malfadados tons cinza?
Que azar...o postal que nos mostrou, antes de ir, era um sonho. :)
Beijinhos.
A minha cor, o azul!
ResponderEliminarO poema muito bem escolhido.
Beijinhos Janita
É rara a pessoa que não gosta da cor azul. É tão linda...:)
EliminarBeijinhos, Manu.
apaziguo tempestades num gri
ResponderEliminarto de azul
e mergulho no fini
to possível.
Desejo o infini...
to.
Bj, Janita.
A cor azul tem um afeito apaziguador, de facto.
EliminarGostei do poema.
Desejos de infinito
azul de céu
e mar...
Um beijo, Agostinho.
Obrigada
Tantos são os azuis
ResponderEliminarBoa partilha
Bj
Até o Mar Arável é uma bela pincelada de Azul. :)
EliminarBeijos.
Obrigada, Eufrázio.
Uma boa escolha poética.
ResponderEliminarBeijo.
Todos os poemas de Guerra Junqueira que publico, são transcritos de livros do escritor.
EliminarA poesia do Jaime também é muito bela.
Hei-de voltar ao seu blog.
Um beijo e grata pela visita
"Por ti o verbo ser e o verbo amar!"
ResponderEliminarÉ um bom final e um excelente princípio!
Beijokas!
E disseste tudo o que GJ acretitava, meu amigo.
EliminarBeijokas. :)
A poesia de Guerra Junqueiro tem a magia de nos levar até ao infinito, azul neste particular.
ResponderEliminarMais um céu sem nuvens amiga Janita :)
Um beijinho cheio de Luz