Diálogo Entre a Silhueta e o Cardo Roxo
Na vastidão do campo, onde o vento sussurra,
A silhueta feminina, com os seus passos de espuma,
Chega silenciosa, com o olhar distante,
Como quem se perdeu no mundo por entre a bruma
A silhueta feminina, com os seus passos de espuma,
Chega silenciosa, com o olhar distante,
Como quem se perdeu no mundo por entre a bruma
A flor roxa do cardo, de beleza rústica e feroz,
Vê-a aproximar-se e pergunta adoçando a voz:
"Tu, que vens da terra das sombras e das estrelas,
O que buscas entre os espinhos que resistem ao vento?"
A sombra, com um sorriso triste, respondeu ao cardo,
"Busco a paz que o mundo esqueceu,
A beleza que o tempo me roubou,
E a cor que se esconde nas minhas próprias mãos."
O cardo, de pétalas afiadas e essência selvagem,
Agita-se sob o efeito da brisa e tenta entender-lhe a dor.
"Eu sou a flor do campo, de raízes profundas,
E a minha beleza esconde-se nas lutas da vida."
A sombra inclina-se tocando delicadamente a flor do cardo
E pergunta, com um brilho de esperança no olhar:
"Mas, ó flor, não será possível,
Que até os espinhos tenham um segredo de beleza?"
O cardo responde com a sua voz mansa,
"Nos espinhos, a vida se fortalece,
Nos meus picos o vento dança,
E nos teus olhos, eu vejo o reflexo da esperança"
A sombra deixa-se envolver pela doçura da flor,
E, ao longe, o horizonte rende-se ao fim do dia.
Assim, na união das suas essências,
A silhueta e o cardo encontram o equilíbrio de luz e cor.
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Que belo poema!
ResponderEliminarTb gostei das fotos! : ) Principalmente a primeira.
Gostaste da minha sombra, está visto! 😀
EliminarAs palavras foram sendo adaptadas às imagens, aos pouquinhos, em dias mais inspirados, apagando e reescrevendo...
🙏 🌼
Chapelada para quem escrevinhou e fotografou.
ResponderEliminarBeijinhos
Beijinhos e ...🙏 , Pedro!
Eliminar🌻 😀
Bom dia
ResponderEliminarUm diálogo que ao parecer irreal, é de uma realidade muito bem conseguida.
JR
Por vezes encontramos nas coisas reais, mais irrealidade do que na ficção, amigo JR!
EliminarDurante as minhas caminhadas, o tempo é todo meu. 👍😊
Bom dia.Muito lindo esse diálogo parabéns.Abraço.
ResponderEliminarGrata Vinicius!
EliminarBoa tarde!
Cumprimentos cordiais.
Um maravilhoso diágolo que até eu fiquei equlibrada!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
👍 😅 O equilíbrio emocional é fundamental!
EliminarUm abraço com votos de uma noite tranquila.
🌺
Se não tem nome, deduzo que é teu.
ResponderEliminarBelo poema dialogado.
Parabéns!
Abraço
É tudo meu!!! 😀
EliminarUm abraço.
Picado fiquei na doçura do dialogo,
ResponderEliminarnas palavras ditas mas que cantadas foram,
no colorido das flores roxas, embora
cada um possa ver nas cores a que mais adora.
A silhueta de espuma chegando dum sítio distante,
olhando silenciosamente a beleza rústica da flor,
pergunta-lhe com meiguice na voz:
contas-me o teu segredo? a beleza dos teus espinhos?
O cardo responde com a sua voz mansa,
"Nos espinhos, a vida se fortalece,
Nos meus picos o vento dança,
E nos teus olhos, eu vejo o reflexo da esperança"
Gostei imenso do teu poema, tanto que também eu me deixei envolver na doçura das tuas palavras, tanto que acrei que a melhor maneira de te agradecer foi o que aqui lês. Muito obrigado!
Beijinhos coloridos com sorrisos
Perante palavras tão bonitas e sentidas, quem deve agradecer sou, querido Kok.
EliminarBeijinhos e abraços meus.
😘 😘 🤗 🤗
Gosto muito do título „CARDOS, PROSAS E SOMBRAS“
ResponderEliminarAtravés dessa conversa, a autora convida os leitores a refletir sobre as suas próprias experiências e a encontrar beleza nas imperfeições e nas complexidades da vida.
Um abraço da amiga que se sente tão bem na tua companhia.
Gostei muito da tua interpretação sobre o diálogo improvável, querida Teresa. Talvez seja isso, sim. Ou algo escrito por tentativas em adaptar as palavras às imagens.
EliminarEnquanto caminho, olho a paisagem à minha volta e sonho. Os meus pés já conhecem o caminho...
Um grande, grande bem-hajas.
🙏 🌼 🧡
A gigante Janita (basta medir a sombra, para ficarmos a saber que a Janita, no mínimo, mede dois metros e oito centímetros, mesmo sem os tornozelos. Agora imaginem quando ela anda naqueles sapatos de tacão alto, quando ela vai os eventos das revistas cor-de-rosa com aqueles vestidos de racha ao lado, que permite ver até o interior da piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii) decidiu que as flores da fotografia são cardos?
ResponderEliminarSe sim, então é uma opção da artista. Porque para mim, as plantas/flores são de Echium vulgare, que é conhecida como Viperina ou até como Soagem. E acho que não possuem ligação com os cardos.
Se não, se foi somente uma fotografia para ilustrar o poemão escrito com grande habilidade, então foi uma boa escolha da artista.
:-P
Haja algo que me agigante, já que alguns seres humanos, movidos sabe-se lá porque estranhos sentimentos menos nobres, tudo fazem para me amesquinhar....
EliminarNeste caso, em que a minha sombra foi projectada para além do meu tamanho normal, todos sabemos que o deus Sol tem os seus caprichos e apanhou-me num ângulo inclinado, quando se recolhe e baixa no horizonte.
Quanto ao restante blá, blá,blá, saiba o meu estimado amigo que me entrou a cem e saiu a duzentos.
Ah, a artista em questão, fez justamente o contrário, ou seja, com a habilidade que Deus lhe deu, ajustou as palavras do texto (poético, se quiser) às fotos que já havia captado uns dias antes.
😉 🌻 🌞
Que seja feliz e produtivo este seu luminoso dia, caro Remus.
Isso é um poema de fabrico caseiro?
ResponderEliminarTem pouca rima e muita alma, pelo que numa classificação de 1 a 10 merece um 9.
Parabéns!!!
Que raio de pergunta é essa? Que eu saiba só os chouriços é que podem ser de fabrico industrial ou caseiro... 😛
EliminarExcelente publicação.
ResponderEliminarTexto e fotos apelativos.
Nota 10!!!
Beijinho, Janita, no lento regresso à blogosfera.
Fico tão contente por te ver de volta, António...!
EliminarAinda nem me tinha apercebido da tua vinda.
Um beijinho com votos de rápida recuperação
Alguém se agiganta nesta sombra e que escreve um poema lindo, que só tu sabes tão bem escrever.
ResponderEliminarBeijinhos Janita
Olá, Manu.
EliminarHoje tive de sair mais cedo de casa e agendei o post seguinte para as 16h00, de modo que não pude responder-te atempadamente.
Só agora reparei que no teu simpático comentário.
És uma querida! 😊
Beijinhos, Manu!
Também eu gostei muitíssimo do título CARDOS, PROSAS E SOMBRAS,
ResponderEliminarmas não gostei menos do diálogo entre a silhueta e a flor do cardo, nem das fotografias que o ilustram.
Beijinho, Janita!
Querida Sonetista,.
EliminarMal cheguei a casa vim directa ao PC e já gravei o o vídeo com um soneto seu. Estou a fazer figas para que a minha voz tenha acompanhado o sentimento que gostaria de ter transmitido, já que todos os seus Sonetos são verdadeiras obras primas.
Um forte abraço, Mª João. 🤗