❤❤❤❤❤❤❤❤
Em toda a Poesia da Sonetista, podemos notar uma dor sempre latente, exceptuando quando fala da sua meninice vivida no carinho dos Pais e Avós.
Também, tristeza e alguma revolta. A vida foi com ela, bem como o foi com muitos de nós, um pouco madrasta. Sempre encontrou, na sua excelente poética, o escape para fugir às agruras que a perseguiam, sobretudo, a falta de saúde, esse bem inestimável o qual não sabemos valorizar, quando o temos.
❤❤❤
NÃO ME ACORDES.
Não me acordes agora, que os acordes
Que não soubeste ouvir, são feiticeiros
Uivando como lobos verdadeiros,
Ainda que de mim sempre discordes...
Se lobo te imaginas e me mordes,
Ferir-me-ás de morte e des-inteiros
Terão ficado os versos companheiros
Do espanto naufragado em que me abordes.
Não, hoje não me acordes nem me tomes
Por escrava das crenças que são tuas!
Não quero, nem consinto que me domes
A vontade que trago nas mãos nuas
E assim que aos versos do meu sonho assomes,
Mais não verás que sóis gestando luas.
***
(Clique)
❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤
Eu vivo muito longe dessas realidades!
ResponderEliminarAmar para sofrer e escrever estas coisas é coisa de mulher mesmo!
Caro Tintinaine, vai ver e até vive mais perto destas realidades do que aquilo que imagina! 😊
EliminarNo verso; " Não quero, nem consinto que me domes", está o desejo expresso pela sua cara-metade, quando lhe disse - e sei disso porque o publicou - "Em mim tu não mandas".
Esse seu conceito retrógrado de patriarcado, muito dificilmente me fazem tentar reprimir o desejo de o classificar de misógino...
Saiba que a poesia não tem género, ok? 😊
Não conhecia e gostei da realidade de muitos neste poema tão comovente!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Este, poderá não ser o melhor e mais entendível Soneto de Mª João Brito de Sousa, mas eu gostei muito dele, por isso o escolhi entre muito outros. Sei que exprime uma passagem da vida da Poetisa e, como ela, quantas de nós, mulheres, já viveram eta situação?
EliminarBeijos e um bom fim de semana.
Não conheço a Maria João nem a sua obra.
ResponderEliminarTenho pena mas, penso, não faltarão oportunidades.
Parabéns, Janita, pelo tributo.
Beijinhos
António, creio ter havido uma falha minha em não ter deixado o link do espaço blogosférico da Sonetista. Porém, de imediato, irei colocá-lo no seu nome.
EliminarObrigada e um beijinho, António.
Bom dia
ResponderEliminarNota-se que a poetisa o faz com muita alma .
JR
Se a 'nossa' querida Sonetista tivesse tanta saúde como tem Alma, viveria muito para além dos 100 ...Infelizmente, a sua saúde deteriora-se dia a dia.
EliminarInquebrantável é a sua predisposição para a Poesia.
Obrigada, amigo JR!
Que belo poema!
ResponderEliminarGostei imenso!
Abraço para as duas
Eu penso o mesmo, Rosa dos Ventos.
EliminarUm belíssimo Poema!
Agradeço e retribuo o abraço que me toca.
Ahhhh! Muito obrigada, Janita!
ResponderEliminarEstava tão, tão longe de imaginar ver e ouvir aqui um soneto de minha autoria... e dito por si, ainda por cima. Como estou a ver pior, nem sequer me apercebi do título desta sua publicação na faixa lateral direita do Conversa Avinagrada, que é por onde entro sempre... A surpresa foi enorme , acredite!
Por favor, não me peça desculpa. Eu nem sequer seria capaz de criar um vídeo, as minhas competências informáticas são muito básicas.
Um grande, grande e grato abraço, minha amiga!
Olá, Mª João.
EliminarTalvez pela responsabilidade ser grande, devo ter ficado mais nervosa e a gravação foi a que pior me correu. Lamento tanto...
Mas ainda voltarei com um outro soneto seu e feito a preceito!
Prometo!
Retribuo o seu abraço com outro de igual tamanho.
Beijinhos
Te digo
ResponderEliminarEmbora já alguém te tenha dito
Janita
És mesmo muito querida
E não apenas e só
Por homenageares assim minha avó
E já agora também te digo
Que este poema, além de bem escolhido
Está aqui muito bem dito
Bjito do neto dela
Olá, Rogério!
EliminarBem dito, bem dito, não acredito.
Poderia ter feito melhor.
Desviei a atenção do poema escrito
para o telefone que que não estava bem fixo,
e o resultado não me satisfez.
Como já era a 2ª vez que tentava a gravação
acabou por ficar como ficou.
Na próxima não me irei permitir falhas, vais ver.
Beijinho, compungido.
Eu gosto da tua voz que me lembra a voz de uma actriz portuguesa de teatro 🎭 Uma homenagem merecida por a obra de uma sonetista de grande valor poético. Uma rubrica absolutamente do meu agrado.
ResponderEliminarBoa noite 😘
Olá, Teresa!
EliminarJá eu não gosto nada de me ouvir. Aqui, nos poemas falados, ainda vá que não vá, empresto à minha rouquidão o tom dramático como qualquer actriz em palco e a coisa disfarça-se. 😀 Enfim, a idade não perdoa, é o que é!
Um abraço e uma noite abençoada.
Sonetista inteira. Gosto.
ResponderEliminarOlá, Monarca...folgo em vê-lo por aqui. 😊
EliminarA nossa Sonetista merece a deferência da Real visita a este humilde estaminé.
Volte sempre! 👍
Anoitece o domingo.
ResponderEliminarEscuto a tua voz rouca, intimista, que me puxa para te ouvir e ler em simultâneo esse poema a um tempo triste e saudoso mas também nostálgico e revoltoso. Adorei.
Beijinhos & sorrisos
Que bela e poética definição deste Soneto, querido Kok!
EliminarEssa tua alma de poeta ficou aqui bem patente...
Beijinhos, feitos de sentir poético.
Uma maravilhosa partilha desta poetisa, com um soneto forte, que muito poderia ser um canto de todas as Marias subjugadas, esquecidas num canto. Não me domes, deveria ser uma ordem em muitas relações Janita. Show de poetisar um sentimento numa relação toxica.
ResponderEliminarAbraços e feliz semana.
Gostei de voltar aqui e encontrar esta força da mulher.
É verdade, sim! Em todo o mundo há Marias que se deixam subjugar - independentemente dos vários motivos que possam ter - e outras, que mesmo quando tentam obstruir-lhes as saídas, arranjam sempre maneira de escapar ao jugo que lhes impõem.
EliminarGostei muito da análise que faz, amigo Toninho.
Um forte braço e que seja feliz a sua semana Santa.
Estou a conhecer aqui.
ResponderEliminarE gostei muito.
Beijinhos, boa semana
Esta Senhora tem a Poesia a correr-lhe nas veias, Pedro.
EliminarVale muito a pena visitar o seu espaço.
Beijinhos, boa semana
Um tributo inteiramente merecido, já que a Maria João é uma poetisa de mão cheia.
ResponderEliminarEste poema é excelente e a forma como é dito só o enobrece.
Boa semana e Páscoa Feliz minha amiga.
Um beijo.
Merecidíssimo, amigo Jaime.
EliminarOs poemas da Mª João retratam a vida, tanto a sua quanto a que vemos acontecer à nossa volta.
O mesmo lhe desejo, caro Amigo.
Beijinhos.
Estou a conhecer e gostei de ler este poema e de quem o declamou.
ResponderEliminarUma letra que demonstra uma mulher sofrida como tantas outras mulheres.
Beijinhos Janita
Infelizmente, Manu, e como diz o povo, o melhor nunca vem para o fim. No e tanto, nem todos os poemas desta Sonetista são tristes, para os muitos problemas de que sofre, até tem um encantador e apurado sentido de humor.
EliminarBeijinhos e boa semana, Manu.
Bonita e sincera homenagem!
ResponderEliminar: )
Sincera, sim. Bonita, poderia ser mais.
EliminarBeijos.
😊 ☀️ 🌷
Eu, que de nada percebo e do que percebo nada sei, acho o soneto muito bonito.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
É o Remus e o Sócrates. O filósofo grego, claro... 😊
EliminarNada a agradecer, foi um prazer!
🤗