terça-feira, 23 de dezembro de 2025

__ TERÇAS-FEIRAS MUSICAIS.__

 



"Por Um Punhado de Dólares"

[Instrumental]

Ennio Morricone





          …vivo num país que ignora os seus velhos;

…vivo num país que ignora os seus doentes;

…vivo num país que ignora as suas crianças;

…vivo num país que ignora as suas artes;

…vivo num país que ignora a sua cultura;


…vivo num país que só valoriza o “agora”;

…vivo num país que só valoriza o “correcto”;

…vivo num país que só valoriza o lucro;

…vivo num país que valoriza o tacanho;

…vivo num país que valoriza o mesquinho;


…vivo num país onde o oportunismo é rei;

…vivo num país onde os “espertos” vingam;

…vivo num país onde os “vígaros” se safam;

…vivo num país onde os honestos são presos;

…vivo num país onde os correctos são depreciados;


…vivo num país que amo mas que não me acarinha!

…vivo num país que adoro mas que não me fascina!

…vivo num país que me usa e que me abomina!

Vivo num país?







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1 comentário:

  1. Uma melodia inesquecível por todas as razões. : )

    Quanto ao poema do Kok... Não vivo “no país do KoK” há muitos anos, é certo, mas será que é assim tão abominável?
    Não tem condições climáticas extremas – frio de “rachar”, por exemplo. Não há escuridões prolongadas, como em certas regiões do mundo, que abala qualquer humano. Ameaças naturais, que eu saiba, não existem por aí além. Contaminação biológica, também não. Há liberdade de expressão. Não há censura.
    Tem uma gastronomia de primeira! Ah, aquele leitão da Bairrada que há tanto tempo não como. As belas paisagens, essencialmente, no Algarve! E que praias. E que sol. E quanto a segurança? Ainda é considerado um país seguro.
    Pois é, Kok, tudo o que mencionei não é suficiente para “alimentar” os portugueses, não é?
    Kok e Janita, querem saber o que mais abomino em Portugal? A burocracia. Uma burocracia que é criticada por todos os emigrantes/imigrantes. E depois estes mesmos emigrantes/imigrantes são criticados pelos portugueses residentes, porque os outros chegam “com a mania” que nos países que os acolheram é que se vive bem. É onde as coisas se resolvem rapidamente e não “para se irem resolvendo”.
    Um abraço aos dois. Quero dizer, um abraço para cada um. : )

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