(…)
O vinho move a
Primavera,
cresce como uma planta de alegria,
os muros desmoronam-se,
os penhascos,
fecham-se os abismos,
nasce o canto.
cresce como uma planta de alegria,
os muros desmoronam-se,
os penhascos,
fecham-se os abismos,
nasce o canto.
(…)
Meu amor, subitamente
a tua nádega é curva plena
da taça, o teu peito o cacho,
a luz do álcool a tua cabeleira,
as uvas os teus mamilos,
o teu umbigo o selo puro
estampado no teu ventre de ânfora,
e o teu amor a cascata
de vinho perene,
a claridade que inunda os meus sentidos,
o esplendor terrestre da vida
a tua nádega é curva plena
da taça, o teu peito o cacho,
a luz do álcool a tua cabeleira,
as uvas os teus mamilos,
o teu umbigo o selo puro
estampado no teu ventre de ânfora,
e o teu amor a cascata
de vinho perene,
a claridade que inunda os meus sentidos,
o esplendor terrestre da vida
Mas tu, vinho
da vida, não és
somente amor,
escaldante beijo
ou coração queimado,
és também amizade dos seres,
somente amor,
escaldante beijo
ou coração queimado,
és também amizade dos seres,
transparência,
coro de disciplina,
abundância de flores.
coro de disciplina,
abundância de flores.
(…)
Tudo isto, e muito mais,
escreveu Pablo Neruda
na sua fabulosa “Ode Ao Vinho”.
****
Mas eu achei longa demais, tanta beleza, tanta magia, para uns
pequeníssimos bagos de uvas ainda em embrião, por isso, publico apenas este excerto.
Irei esperar até Setembro, e, então, quando estes bagos
estiverem túrgidos do delicioso néctar dos deuses, voltarei a fotografar os mesmos
cachos.
Requisitarei também a presença
do deus Baco e solicitarei a presença dos meus melhores amigos, para celebrarmos todos a chegada de
mais um pequenino deus, sangue do meu sangue, que ainda está a crescer no calor
do ventre de sua mãe… Tal qual estes minúsculos bagos de uvas. Já pensaram quão bela é a renovação da vida? :) Estou feliz...
Parabéns Janita, que coisa boa. Eu também vou ser avó de novo. A Margarida vai chegar em Agosto se Deus quiser. E a Mariana anda radiante. Há quase 5 anos que andava a chatear os pais que queria uma mana.
ResponderEliminarGosto da foto e do belíssimo excerto do poema de Pablo Neruda.
Um abraço
Obrigada, Elvira.
EliminarBem que eu gostaria que, desta vez, fosse uma menina, mas vou ser avó do terceiro rapaz. :)
Um abraço.
Parabéns, vovós.
ResponderEliminarÉ mesmo ser mãe/pai duas vezes??
Beijinhos a ambas
Obrigada, Pedro.
EliminarQuando chegar a sua vez, o Pedro vai descobrir isso por si. :)
Beijinhos
Que comparação linda entre os minúsculos vagos de uva e uma criança no ventre da sua mãe.
ResponderEliminarAs tuas fotografias são dignas de parabéns.
É assim que vejo a gestação da vida, seja bago de uva ou bago de gente.:)
EliminarObrigada, Teresa!
Bom dia
ResponderEliminarPeço desculpa á senhora , mas estou novamente em acordo com a Ematejoca.
JAFR
Boa tarde, Joaquim Rosário.
Eliminar...(novamente?)
Obrigada! :)
Boa tarde
EliminarNovamente porque noutro blog partilhei a mesma opinião .
JAFR
Ah, bem...noutro blogue!
EliminarMas como eu não subscrevo comentários - acho que o que se passa noutros blogues, não é da minha competência - estranhei o «novamente». Apenas, e só, por isso.
:)
Parabéns! Muitos parabéns, Janita!
ResponderEliminarÉ bela, muito bela, a renovação da vida.
Sabia que concordaria comigo, Maria João.
EliminarObrigada pelos parabéns. :)
Um beijinho.
:) Outro beijinho, Janita.
EliminarE, deste lado, aí vai mais outro, Maria João!
EliminarJá pareço o Herman José e a sua Canção dos Beijinhos. :))
Espero que não leve a mal, há que levar a vida a rir ou a sorrir, e eu sei que a Mª João tem o sentido de humor bem apurado. :)
Coisa bonita de se ler. Saber esperar com alegria, para além duma virtude, é o prazer de se sentir feliz em goles até ao jubilar da cousa esperada. Das uvas bago, e do bago de gente.
ResponderEliminarParabéns, Janita, que chegue abençoado por todas as fadinhas do bem
Bonitas de ler foram as tuas palavras, NN. :)
EliminarUm duplo e grande BEM-HAJAS!
Beijinhos.
Não conhecia esse poema...fiquei bem curiosa!! :)
ResponderEliminarBeijo e um excelente dia
Curiosa fiquei eu Cidália, a pensar no porquê da sua curiosidade.
EliminarUm Beijo e dias felizes. :)
Fiquei feliz por ti!
ResponderEliminarÉ o milagre da vida que acontece!
Foto linda com um bonito poema de Neruda!
Beijinhos Janita
Eu sei, Manu. E agradeço-te de coração.
EliminarBeijinhos felizes! :)
A minha parreira está de um verde estonteante, veremos como saem as uvas!
ResponderEliminarAbraço
Tomara que sim, Leo.
EliminarÉ que, por vezes, há muita parra e pouca uva. Ehehehe
Beijinhos.
Uma escrita em grande, Janita!
ResponderEliminarAssim dá gosto ler.
Beijinhos
Até parece, António, até parece...:)
EliminarBeijinhos
Mas, Janita!,
ResponderEliminarque regalo anunciado:
o fruto, o bago gerado,
o a perpetuar seu ventre sagrado,
no seu curso até que maturado precisamente a tempo da festa
de Baco em Setembro.
Uma edição é tanto!
Beijo de parabéns.
Fico muito contente por ver que o Agostinho gostou da minha associação de ideias.
EliminarSabe, meu Amigo?
Até dos cérebros mais embrutecidos ou pouco cultivados, qual terra batida onde não penetrou arado nem adubo, a natureza se compadece e envia um rasgo de luz... lá de tempos a tempos. :)
Muito obrigada pelos parabéns.
Estou muito feliz com a vinda de uma vida nova, que vem rejuvenescer a minha vida.
Um beijinho de agradecimento
Uma belíssima analogia:))
ResponderEliminarDO NOSSO GIL ANTÓNIO :- Palavras sentidas que ( nunca ) escrevo.
Bjos
Votos de uma óptima Quarta-Feira
Também comungo da mesma opinião, Larissa. :)
EliminarObrigada.
Que Alegria....Que Bom...
ResponderEliminarBeijinhos
Sei que me entende, Paula! :)
EliminarUm beijinho, muito grata!
Boa noite, Janita. Pablo Neruda é muito bom, ótima escolha.
ResponderEliminarDesejo toda a felicidade, saúde, paz e amor para seu neto que está chegando.
Deus o abençoe.
Beijos na alma.
Muito obrigada, Patrícia Pinna.
EliminarGostaria muito de lhe retribuir a visita, mas vi que não tem blogue.
Um beijinho e bênçãos também para si.
Já seguindo o teu blog.
ResponderEliminarGrata, por isso. :)
EliminarEm Setembro cá voltarei para desses bagos saborear
ResponderEliminare para colmatar quaisquer falhas na prova do prometido néctar
não me esquecerei de um cristalino copo levar!
(confesso que só com essa ideia já me estou a babar...)
Beijokas com sorrisos de encantar.
Ehehehehehe...
EliminarSe a tua intenção era fazer-me rir
com poema tão rimado,
posso dizer que ri muito
podes dormir sossegado!!
Beijokas com sabor a um néctar verde fresquinho. :))
Lembro-me com saudade dos meus avós, e da "Ti Chica" a bisavó que me acarinhou até ser homem.
ResponderEliminarSei que os avós são importantes e tenho (quase) a certeza que quem priva com avós são crianças mais felizes. (avós genericamente pois não distingo entre eles e elas).
Parabéns para ti, Janita, para os pais e para os descendentes.
Evidentemente que aproveitarei o facto e erguerei o meu copo cheio daquele vinho que sugeres.
Beijokas ensopadas em sorrisos.
§- se o Sr. Neruda soubesse decerto que faria um poema às avós; ou será que fez?
Não conheci as minhas avós, Kok! Apenas privei com o meu Avô materno, mas certamente, se as tivesse tido, a minha infância teria sido ainda mais feliz.
EliminarObrigada por tudo Amigo Zé. E, neste tudo, incluo todo o apoio que me tens dado e me vai sustentando nesta blogosfera, cada vez mais desanimadora. Vale-me ser dura na queda! :)))
Beijinhos e sim, creio que Neruda terá feito uma Ode aos Avós. :)
;)
A continuação da vida, é muito bom ser avó. Que essa criança lhe traga muita alegria
ResponderEliminarVai trazer-me alegria, sim, Maria José, só lamento é que vá nascer, e provavelmente crescer, longe de mim, já que os pais vivem fora do país.
EliminarMuito grata pela sua atenção.
Um abraço.
Vozes ao alto
ResponderEliminarporque não basta ter razão
Não basta mesmo elevarmos a voz da razão, Puma, há que saber fazer uso dela; da nossa razão!
EliminarEssa é uma verdade inquestionável.
Um abraço.