“Para as traições, para as mentiras, para o que é
vil e falso, temos nós remédio: o orgulho; mas para a dor que nos faz mal, para
essa, nenhum remédio há."
Este vídeo é um documentário sobre o nascimento e vida de Florbela Espanca.
Peço-vos que não deixem de o ver. Eu, apesar de já ter lido bastante acerca da sua obra, fiquei a saber muitas coisas que desconhecia sobre esta mulher sofredora e incompreendida, que foi considerada como a poetisa dos excessos.
Vaidade
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!
Belíssimo, Janita ! ...
ResponderEliminarConheço bem a sua vida, mas não me canso!
Não tenho é mais palavras, sem me repetir !
"A poetisa dos Excessos", sem qualquer dúvida !
... "mas para a dor que nos faz mal, para essa, nenhum remédio há."
Já reparaste que para as "dores" físicas ainda há medicamentos, mas para as suas "dores da alma", ah! ... isso já é bem diferente e disso, também ela tinha em excesso !
Beijos !
.
Já sabia que ias gostar, Rui!
EliminarNa verdade, para as dores do corpo ainda vão havendo tratamentos, mas as dores da alma, dela e de tantos de nós, essas, são incuráveis.
Beijinhos.
Embora já conhecesse o video, não resisti a revê-lo, Janita. Embora saiba que nestes dias plúmbeos, tresandando a Inverno e tristeza, revisitar a Florbela não me faça lá muito bem
ResponderEliminarBeijinhos
Não é todos os dias que temos resistência emocional para se ler Florbela Espanca.
EliminarSei que esta poetisa e a sua poesia não se enquadram no teu actual estado de espírito e o efeito não será o mais adequado para ti, neste momento.
Lamento, Carlos!
Prometo que o próximo será mais propício a que soltes uma gargalhada.
Beijinhos.
Amiga Janita:
ResponderEliminarFlorbela também é uma das minhas poetizas preferidas.
Achei o documentário muito curiosos e interessante, principalmente porque foi feito por uma faculdade brasileira.
Tem excertos de vários filmes e está bem documentado.
Para ti amiga um dos seus "excessos":
«O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê! »
beijinho
Fê
Amiga Fê:
EliminarHá alturas em que me identifico muito com essa exaltação intensa, própria de uma alma atomentada, como foi Florbela. Também me acontece sentir saudades...não sei de quê. Talvez, de mim...
Beijinhos e boa semana, amiga.
Minha querida
ResponderEliminarFlorbela viveu sempre para além do seu tempo... querendo tudo e não recebendo nada.
Adoro-a, será eterna.
Deixo um poema que escrevi de homenagem a ela, é um rascunho.
Nas suas doces mãos brancas afagou a morte...esqueceu a vida
Morreu só a poeta...numa melancólica tarde dum triste Inverno
Deixou um poema nunca lido...uma solidão por ninguém sentida
Nas mãos levou uma rosa...no olhar a planície seu refúgio eterno
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Minha querida Sonhadora.
EliminarAgradeço esse mimo de um poema teu dedicado a uma mulher que tanto desejou ser feliz, amar e ser amada, mas viveu sempre insatisfeita e infeliz. É lindo e uma bela homenagem que lhe fazes!
Beijinhos, amiga!
Olá, Janita!
ResponderEliminarPara grande mal dela, terá Florbela nascido antes do seu tempo.E depois, inteligência e infelicidade são realidades que dificilmente coabitam em paz no mesmo corpo, já que a primeira tenderá a dar relevo à segunda...digo eu.
Linda escolha!
beijinhos; boa semana.
Vitor
Olá, Vitor!
EliminarConcordo que a forma de estar e sentir desta poetisa, estavam muito além da época em que viveu.
Se bem que ela nunca se tenha acomodado e vivido de acordo com aquilo que desejava e sentia. Acho que ela era assim mesmo, insatisfeita e inconformada por natureza. Assim ela o disse neste poema:
"Eu quero amar, amar perdidamente
amar, só por amar, aqui e além,
mais este, aquele, o outro e toda gente
amar,amar e não amar ninguém..."
Não sou psicóloga nem entendida nos meandros complexos da mente humana, mas a minha intuição diz-me que ainda que Florbela tivesse nascido neste tempo e se tivesse tido a vida que teve, talvez a seu fim tivesse sido o mesmo. Digo eu...digo eu!
Beijinhos, Vitor. Desejo-te uma óptima semana.
A poetisa dos excessos e de vários excessos.
ResponderEliminarAlguns bem interessantes:)))
Mas pronto. Viveu uma vida intensa, curta mas cheia de vida. E cheia de excessos. E cheia de dores.
Para alguns é só ir à farmácia, para outros não sei se haverá cura...nem para ela nem para nós.
Beijinho
Ora aí está, JP!
EliminarVens de encontro àquilo que acabo de dizer ao Vitor.
Ela teve uma vida curta, por opção, mas viveu intensamente e de acordo com o que desejou. Apesar disso nunca conseguiu ser feliz.
Simplesmente, porque para os males da alma não existem remédios! Nem naquele tempo nem neste!!
A não ser que ela sofresse de uma depressão compulsiva e naquele tempo não havia tratamento para esse mal.
Quem sabe?
Bejinhos, JP!
No me ha funcionado el traductor así que lo he entendido un poco a medias,pero creo que todos tenemos en algún momento algo de exceso.
ResponderEliminarBuenas noches Janita
Hola, Jose!
EliminarLa entrada, asi como todo qué tenemos hablado, tiene como tema la gran poetisa portuguesa Florbela Espanca.
Cuando tú traductor esté funcionando, entendrás mejor la razón de los excesos, vale?
Gracias, amigo y un fuerte abrazo.
Perdona no visitarte a menudo Jose, y muchísimas gracias por los maravillosos PPs llenos de bellas imágenes, qué me mandas.
José, un beso.
Concordo com o que o Vítor diz, quanto a Florbela ter vivido antes do seu tempo.
ResponderEliminarTenho uma admiração enorme pela sua poesia e pela sua figura de Mulher.
Umsa das vezes que fui a Vila Viçosa fui mesmo deixar uma rosa na sua campa.
Olá João!
EliminarNinguém fica indiferente à poesia de Florbela e à sua vida tão intensa e com ideias tão avançadas para a época.
"Quem disser que se pode amar alguém, durante a vida inteira, é porque mente!"
Beijinho.
Excessos, ou não, a minha favorita, Janita.
ResponderEliminarBjs e votos de boa semana
E a favorita da maioria dos portugueses que amam a poesia, Pedro!
EliminarBeijinho.
Boa tarde, querida amiga Janita!
ResponderEliminarNão tinha visto ainda este vídeo, embora tenha lido muito sobre Florbela, neste vídeo tem coisas que eu desconhecia. Ela para mim continua a ser a poetisa dos belos sonetos. Tal como o Victor, também acho que ela viveu antes do seu tempo.
Obrigada por ter partilhado, fiquei sabendo mais um pouco sobre Florbela.
Obrigada ainda pelo seu belo comentário em meu blog.
Uma boa semana
Um beijinho grande
José.
Querido amigo José.
EliminarNem imagina o prazer que me dá com as suas visitas.
Fazem-me lembrar os bons velhos tempos!!
Obrigada por essa amizade que se mantém intacta, muito para além do passar dos anos.
Como disse Elmer Letterman:
"Só existe uma coisa melhor do que fazer novas amizades, é conservar as antigas!"
Um beijinho e grande abraço, amigo José.
A minha favorita,no entanto não conhecia o video, muito obrigada Janita pela partilha,adorei!
ResponderEliminarboa semana minha amiga
beijinho e uma flor
Amiga Flor, eu é que agradeço a tua simpatia e carinho.
EliminarBeijinhos, Adélia, faço votos que tenhas uma boa semana.
Janita
ResponderEliminarO vídeo documentário fez-me soltar uma lágrima marota. :((
Mas foi mesmo bem esclarecedor de alguns factos que desconhecia.
Beijinhos e obrigado por partilhares. ;))
Amigo Luciano:
ResponderEliminarTambém me emocionei bastante com certos factos que desconhecia sobre essa minha conterrânea.
Os seus poemas têm sempre um pouco da vida de todos nós, não achas? Talvez, por isso, nos toquem tão fundo!
Beijinhos, meu Amigo.
Podem chamar-me o nome que quiseres mas... eeeerr... não gosto!
ResponderEliminarNão sei porquê a Florbela Espanca irrita-me!