O Artista.
E
partiu pelo mundo à procura do bronze, porque ele só podia trabalhar o bronze.
Mas todo o bronze existente no mundo havia desaparecido e em nenhuma parte o
metal seria encontrado, a não ser na estátua da Dor que é permanente.
E fora ele que, com as próprias mãos, fundira essa estátua, erigindo-a no túmulo de alguém a quem muito amara na vida. E na tumba da morta, que tanto amara, colocou a própria criação, como um símbolo do amor masculino, que é imortal, e a dor humana, que dura a vida inteira.
E em todo o mundo não havia bronze, a não
ser o dessa estátua.
Ele, então, retirou a estátua que moldara, pô-la num grande forno, deixando-a derreter-se.
Ele, então, retirou a estátua que moldara, pô-la num grande forno, deixando-a derreter-se.
E com o bronze da estátua da Dor que é permanente, fundiu a do Prazer que dura um instante!...
Oscar Wilde foi um dos dramaturgos mais populares e controversos do seu
tempo, sendo a sua obra mais conhecida: “O Retrato de Dorian Gray”.
Sempre considerei este pequeno conto uma delícia!
É preferível viver uma vida curta
mas plena de alegria e Prazer, do que suportar o peso de uma vida longa em permanente Dor.
Isto, se nos fosse facultado o direito de opção...
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Pois é… não temos a opção de fazer uma escolha.
ResponderEliminarBom fim de semana, Janita.
Muito avançado e diferente para o seu tempo!
ResponderEliminarBeijinho minha querida Janita!
Mas é mesmo uma delicia, poético e com uma mensagem enorme.
ResponderEliminarPenso que O retrato de Dorian Gray, penso eu, é o seu único romance.
Li, no entanto, uma novela que julgo ser dele, O Fantasma de Canterville, que achei imensa.
Mas posso estar baralhado!
Um abraço
Olá, Janita!
ResponderEliminarNem uma carrada de adjectivos chegariam para classificar Oscar Wilde, e nem toda a gente o classificaria da mesma maneira - ou de forma favorável...Eu gosto do que conheço dele; mas sobretudo da sua inteligência, fino humor, desassombro, e também a coragem e dignidade como enfrentava a sociedade de então.Ainda que por vezes fosse dum snobismo insuportável;e mesmo arrogante, ainda que ele não se visse dessa maneira.E também desconhecedor da realidade dura da vida de muita gente - até ao dia em que foi parar à cadeia:
Por libertino, criatura amoral,e mau exemplo para os jovens - na óptica de quem o julgou...naturalmente.
Dos vários livros que o filho mais velho, professor de Inglês, cá deixou, o meu favorito, curiosamente, não é um livro escrito por ele, mas sobre ele: que revela o essencial da sua maneira de ser e ver o mundo - e no qual pego sempre com prazer.
Está escrito em Inglês, e aqui te deixo o título se porventura o quiseres procurar -(desconheço se haverá tradução).
"THE WIT AND HUMOR OF OSCAR WILDE"; Edited by Alvin Redman
E já escrevi mais do que pensava- porque gosto do tema escolhido - Fico por aqui. Bom fim de semana. Beijinhos amigos.
Vitor
En verdad siempre será mejor una corta vida pero llena de felicidad y sin conocer el dolor.
ResponderEliminarSaludos
Gosto de Oscar Wilde, um pouco talvez arrogante, não sei se é o termo certo, mas muito digno e intelegênte !
ResponderEliminarbom fim de semana Janita
beijinho e uma flor
Um homem extraordinário.
ResponderEliminarUma vida vivida muitos anos Á frente do seu tempo.
Um escritor fabuloso; de todas as suas obras aquela que mais admiroé o seu drama pessoal descrito em "De Profundis".
Vim agradecer e retribuir a visita que me fez, deixar um beijinho e desejar um bom fim de semana :)))
ResponderEliminarGostei do que vi, vou voltar outro dia :)
rsrs …O Óscar Wilde a humildade em pessoa! rsrs …Era como eu ! …Ambos "somos geniais" ! eheheh
ResponderEliminarConheço mal a sua obra . :(( … mas concordo que “mais vale o prazer de um momento do que uma dor eterna “!
Já dizia D. Luisa de Gusmão, Duquesa de Bragança, casada com D. João, que veio a ser o 1º Rei da IV Dinastia : “melhor ser Rainha por um dia, do que Duquesa toda a vida” !
Muito mais que o prazer de momento, efémero, apoio mais a não perpetuidade da recordação "dor" ! A "dor" dificilmente se esquece, mas a necessidade de a recordar com símbolos, não apoio.
Sempre me fez muita confusão a “visita a essas “estátuas de bronze” nos cemitérios !
Porquê a necessidade de perpetuamente estarmos a recordar a dor simbolizada “nessas estátuas” ?...
… é por isso que quero ser cremado e feitas desaparecer as minhas cinzas ! Eu sei que a dor permanece, mas sem a “obrigatoriedade” de a recordar constantemente !
Beijinho Janita e desculpa este “viés” tão mórbido! :)) … Felizmente, estamos vivos e bem vivos e ainda por muito tempo ! :)))
Passa um sábado como gostas ! :)))
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