AZULEJOS EM AFIFE |
Ser-se amigo é ser-se pai
( Ou mais do que pai talvez...)
É pôr-se a boca onde cai
A nódoa que nos desfez.
É dar sem receber nada,
Consciente da prisão,
Onde os nossos passos vão
Em linha por nós traçada...
É saber que nos consome
A sede, e sentirmos bem
O Céu, por na Terra, alguém
Rir, cantar e não ter fome.
É aceitar a mentira
E achá-la formosa e humana
Só porque a gente respira
O ar de quem nos engana.
Pedro Homem de Mello, in "Miserere"
( Ou mais do que pai talvez...)
É pôr-se a boca onde cai
A nódoa que nos desfez.
É dar sem receber nada,
Consciente da prisão,
Onde os nossos passos vão
Em linha por nós traçada...
É saber que nos consome
A sede, e sentirmos bem
O Céu, por na Terra, alguém
Rir, cantar e não ter fome.
É aceitar a mentira
E achá-la formosa e humana
Só porque a gente respira
O ar de quem nos engana.
Pedro Homem de Mello, in "Miserere"
AZULEJOS COM POESIA |
Pedro Homem de Mello
( 1904 - 1984 )
Amália Rodrigues imortalizou alguns dos seus poemas, particularmente os títulos “Povo que lavas no rio”, “O rapaz da camisola verde”, “Havemos de ir a Viana” e “Fria Claridade”, hoje temas incontornáveis no Fado.
Deixo um beijinho a todos os Pais e votos de muita alegria e felicidade, junto dos vossos 'rebentos'!:)
********************************************************************
~ ~ ~ Aplausos para a tua homenagem polivalente! ~ ~ ~
ResponderEliminar~ De uma vez, apresentas os teus cumprimentos a amigos, pais, Pedro Homem de Melo e ao amor. ~
~ Gostei de tudo, menos da mentira. Ser-me-ia incapaz aceitá-la...
~ ~ ~ Amiga, mais uma postagem bastante criativa. ~ ~ ~
~ ~ ~ ~ ~ ~ Beijinhos ~ ~ ~ ~ ~ ~
Obrigada, Majo.
EliminarOs aplausos é que estão aqui a mais!:) Aceitar a mentira, não se aceita nem perdoa.. assim como não se deveria viver em função de outrem, mas acontece...
Beijinhos.
Minha filha
ResponderEliminarsou mais que teu pai
sou quase tua mãe
Mas que magnânimo, Puma!
EliminarEste ano resolveste adoptar os moradores do bairro inteiro!
Obrigada, pela parte que me toca. Mais vale ter um pai e uma mãe do mesmo sexo do que não ter nenhum!:)
Um abraço!
Olá Janita,
ResponderEliminarUma homenagem simples mas bonita.
Abraço grande
( obrigado pela partilha, não conhecia o poema)
Obrigada, Argos!
EliminarJá me conheces o suficiente para saber que aprecio a simplicidade...com autenticidade!
Beijinhos e abraços.:)
Um poeta menos compreendido e menos falado do que outros ! Infelizmente mal...
ResponderEliminarTantos grandes poetas que nós temos... que falta me faz ouvir Mário Viegas, Vitor de Sousa, Natália Correia, João Villaret, e tantos outros !
Sobretudo mais esquecido, o que é lamentável!
EliminarNão sei se vias os seus programas na RTP, Ricardo. Eu via e gostava muito! Para além do levantamento das raízes folclóricas tradicionais minhotas, Homem de Mello declamava lindamente, naquele seu tom de voz grave e pausado.
Já tive o prazer de publicar declamações de Mário Viegas e João Villaret, mas nunca calhou Natália Correia nem o Vitor de Sousa. O único que ainda está entre nós.
Desejo que tenhas passado um óptimo Dia, Ricardo!
Um abraço.
Costumava ver os programas dele, sim. Nem todos, mas vi de quando em vez.
EliminarJanita, poderá não acreditar, mas este poema esteve na minha lista para publicar hoje. No entanto, optei pelo da Florbela, dado que ontem publiquei Pedro Homem de Mello. Gostei muito.
ResponderEliminarUm abraço e um beijo,
António
Claro que acredito, António.
EliminarAndo muito satisfeita pela contribuição que está a dar, na divulgação dos nossos poetas. Em boa hora criou esta rubrica que muito aprecio, António.
Espero que seja para durar!
Um beijo e um abraço.
Lindo Janita!
ResponderEliminarTambém deixo o meu beijinho para todos os pais que são dignos desse nome.
Tenho saudades muitas do meu que partiu muito jovem.
Beijinho e uma flor
P.S. Janita eu apanhei apenas 35 sacos de pinhocas :))
Concordo com o que dizes, Flor!
EliminarEste Dia apenas deveria homenagear os Pais dignos desse nome.
Eu nem saudades posso sentir! O meu abandonou-me quando eu ainda era criança. Não posso julgar nem julgo, pois sei que me amou, mas eram os tempos em que se puniam os inocentes, em nome de um puritanismo cruel.
Já passou!
:) As pinhas! Achei linda a tua experiência, Adélia! Desculpa o meu sentido prático ter falado mais alto, mas desconhecia que tinhas 35 sacos delas!:))
Beijinhos amigos, Flor:)
Só lá para Junho :(
ResponderEliminarBeijinhos
"Cada terra com seu uso e cada roca com seu fuso" , Pedro!:))
EliminarO que interessa é que o meu amigo é um Pai presente e amigo, durante todo o ano, não é?
Beijinhos!
Um dos Poetas que sempre mais apreciei ! Meu pai adorava Fado e Folclore e ensinou-me a gostar de ambos ! Não falhava nenhum dos programas de Folclore deste Homem na TV !
ResponderEliminarAlém do mais, escreveu um poema de "Exortação" no meu livro de curso :
Lutai, rapazes,
Sempre,
Mas humanos, Sem ódios
E sem vão prometimento
Lutai !
Lutai,
Na força dos vinte anos.
Que as asas
Só são asas
Quando há vento ...
Beijinho, Jani ! ;))
.
Ainda bem que tiveste um Pai que te passou o gosto pelas nossas raízes culturais, meu amigo!:)
EliminarComo já referi atrás, também via os seus programas na RTP - não existia mais nenhuma estação televisiva - e gostava imenso, Rui!
Olha que grande legado te deixo o Poeta, para a posteridade! Sim, senhor! O poema é mesmo uma exortação à persistência para seguir em frente, voando sempre mais alto com coragem e pundonor! Com vento o voo fica mais fácil, lá isso é verdade!:)
Beijinhos, Rui...bem-hajas pelo teu carinho e amizade, que muito prezo! :))
Um beijo enorme para os Pais que o são com maiúsculas, estejam ou não fisicamente!
ResponderEliminarBeijo
Olá, Alma Inquieta!
EliminarTodos os Pais que o souberam ser, amando e orientando os filhos, quer já tenham partido ou não, merecem um beijo enorme e todas as homenagens!
Um beijinho, também, para ti.
Grata pela visita!:)
No azulejo de cima, como o "C" tem qualquer coisa a tapar, li bananas... lol
ResponderEliminar