...Porque:
"Todos os seios têm direito ao seu momento de glória."
FONTE da imagem. Por favor, não deixem de consultar este site. |
Sei os teus seios.Sei-os de cor.Para a frente, para cima,Despontam, alegres, os teus seios.Vitoriosos já,Mas não ainda triunfais.Quem comparou os seios que são teus(Banal imagem) a colinas!Com donaire avançam os teus seios,Ó minha embarcação!Porque não háPadarias que em vez de pão nos dêem seiosLogo p'la manhã?Quantas vezesInterrogaste, ao espelho, os seios?Tão tolos os teus seios! Toda a noiteCom inveja um do outro, toda a santaNoite!Quantos seios ficaram por amar?Seios decrépitos e no entanto belosComo o que já viveu e fez viver!Seios inacessíveis e tão altosComo um orgulho que há-de rebentarEm deseperadas quarentonas lágrimas...Seios fortes como os da Liberdade-Delacroix-guiando o Povo.Seios que vão à escola p'ra de lá saíremDireitinhos p'ra casa...Seios que deram o bom leite da vidaA vorazes filhos alheios!Diz-se rijo dum seio que, vencido,Acaba por vencer...Retirar-me para uns seios que me esperamHá tantos anos, fielmente, na província!Arrulho de pequenos seiosNo peitoril de uma janelaAberta sobre a vida.Botas, botifarrasPisando tudo, até os seiosEm que o amor se exalta e robustece.Seios adivinhados, entrevistos,Jamais possuídos, sempre desejados!Raimundo Lúlio, a mulher casadaQue cortejaste, que perseguisteAté entrares, a cavalo, p'la igrejaOnde fora rezar,Mudou-te a vida quando te mostrou:"É isto que amas?"De repente a podridão do seio.Raparigas dos limões a ofereceremFruta mais atrevida : inesperados seios...Engolfo-me num seio até perderMemória de quem sou...Quantos seios devorou a guerra, quantos?Depressa ou devagar, roubou à vida,À alegria, ao amor e às gulosasBocas dos miúdos!Pouso a cabeça no teu seioE nenhum desejo me estremece a carne.Vejo os teus seios, absortosSobre um pequeno ser.
Excerto do poema "Sei os Teus Seios" de Alexandre O'Neil.
Nota da autora.
Até ao dia 05 de setembro continuarei em férias, pelo que as minhas publicações serão tão irregulares quanto a minha vontade, tempo e disposição. Visitar-vos-ei sempre que considerar ter algo de jeito para vos dizer. De resto, com mais ou menos assiduidade, irei lendo o que forem publicando. Muito Obrigada a Todos.
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Well... nem sei que dizer.
ResponderEliminarVou ponderar...
Querida Catarina.
EliminarSe acedeste ao site que indico na fotografia, sabes que a "Realidade Nua", o projecto da fotógrafa britânica Laura Dodsworth tem como objectivo apresentar corpos reais do sexo feminino entre 19 e os 100 anos, tendo como principal foco os seios. Eu achei interessantíssimo que tantas muheres se tenham disponibilizado em colaborar com a fotógrafa. :))
Abraço
Sim, acedi ao site.
EliminarUm poema brilhante, um poeta com quem não trocaria impressões sobre seios, correria o risco de ser esmagado com tanto saber da matéria,
ResponderEliminarUm abraço.
Os poemas do Luís não são menos brilhantes. Aliás, não fora a nossa troca de palavras, lá no seu espaço, talvez a minha vinda não tivesse acontecido. Pelo menos por agora.
EliminarQuanto às impressões sobre seios, que ambos trocariam, caso isso fosse possível, já dependeria apenas e só do Luís e do Alexandre... :))
Um abraço.
Já viste a fotografia da pequena escultura encontrada na Áustria há muitos anos a que deram o nome de “Vénus de Willendorf” e que pensam ter sido esculpida há mais de 25 mil anos?
ResponderEliminarOs seios são tudo isso que o poeta diz – poema que eu não conhecia nem sobre o qual tinha ouvido falar.
Estou a pensar agora que nunca li poema ou prosa de uma poeta/escritora sobre a parte anatómica do corpo masculino à qual também se podem aplicar as palavras “decrépitos”, “belos”, “rijos”, “vencidos”, quentes, frios, grandes, pequenos... : )
Já me proporcionaste uns belos momentos de boa disposição, Catarina, com as boas gargalhadas que soltei, no silêncio que me rodeia. Vou até atrever-me a acrescentar mais um adjectivo a esses 'predicados' do corpo masculino, que referes, como já foi aplicado aos seios femininos, ou seja, "flácidos".... 😅 ...Digo eu, digo eu!!
EliminarAh, até esqueci de falar na escultura da “Vénus de Willendorf” , que não conheço, mas irei amanhã pesquisar.
EliminarSim, sim, faltou "flácidos"... :))))
EliminarNão conhecia e achei interessante!
ResponderEliminarAbraço
E achaste bem, Rosa dos Ventos! :)
EliminarAbraços.
Que bela descoberta e partilha Janita.
ResponderEliminarNão tinha lido ainda e gostei do jogo fantástico das palavras.
Grato e aproveite bem a pausa em bom relax.
Beijo de paz.
É verdade, Toninho, foi mesmo uma excelente e bela descoberta.
EliminarVou entremeando os afazeres de sempre com os momentos de lazer e outros de descanso. Creio que o vírus, mesmo sem me atacar em força, me debilitou bastante. Vamos ver quando vier o frio, como é que o meu organismo reage.
Retribuo grata, o seu beijo pacífico e amigo, Toninho.
Continuação de boas férias.
ResponderEliminarNo seio da família??
Beijinhos
Obrigada, Pedro.
EliminarSim, com a família possível.
Que o Pedro possa apaziguar as saudades das suas meninas; Catarina e Mariana.
As férias deveriam ser como o Sol, quando aparece, ser para todos. :)
Beijinhos.
Seios de todos os tamanhos e feitios.
ResponderEliminarGostei do poema.
Continuação de boas férias.
Beijinhos Amiga
Os seios são como a altura, a cor dos olhos e dos cabelos, Manu. Todos parecidos, mas todos diferentes. :)
EliminarObrigada, amiga.
Beijinhos
Alexandre O'Neil e seios, muito bem!
ResponderEliminarAté dia 05, publicações irregulares? Não podes substitur por publicações regulares? Isso é que era!!!
Beijinho, Janita.
Com o O'Neill tudo ficava bem...seios, bocas, pernas, etc.
EliminarAmigo, vou andando devagar porque já tive pressa.
Beijinho, António.
sigo a licção dos mestres - que vivam os seios, e os meus dedos muma caricia....
ResponderEliminarbeijoo
Um abraço, Poeta.
EliminarGrata por me dispensar, uns breves segundos, a apreciar o que me é possível oferecer-vos: As belas palavras escritas por quem soube da arte de bem escrever.
Obrigada!
Olá, querida amiga, em férias!?
ResponderEliminarPois descansa e também faça o que tem vontade.
Aqui bastante frio, geada, muita chuva, tudo isso para entramos logo na primavera, a mais linda das estações.
Bem, a postagem é muito interessante, o quadro (fotos) muito curioso, sem dúvida, mas nós mulheres conhecemos e sem problemas, mas não deixamos de sorrir, assim, todos juntos... é muita coisa! rss
Poema muito bom, mas o quadro chama mais atenção, não tenha dúvidas. Mas são coisas diferentes, claro.
Não sei se você conhece o meu blog "Das Artes", deixo o link para você dar uma espiada "A Mulher através da pintura":
https://taislc.blogspot.com/2013/10/a-mulher-atraves-dos-tempos.html
Boas férias, querida!
Até lá... até tua volta!
Beijinhos
Sim, querida Taís: Férias!
EliminarPor norma, entendemos por férias sair do nosso habitual quotidiano, ir para outras paragens mais ou menos longínquas da nossa zona de residência. Este ano as minhas "férias" estão a acontecer de forma diferente.
Tive o meu neto caçula pertinho de mim. Mitiguei a longa saudade de o ter nos braços. Melhor do que ir para as Maldivas, :) foi esta dádiva que há muito esperava e só este verão foi possível.
Querida amiga, irei visitar o seu outro espaço dedicado às Artes, sim. Com imenso prazer o farei, mas somente quando vier de vez.
Em Novembro, será a altura do meu Noah ir visitar a família do lado materno, aí no Estado de Santa Catarina, Florianópolis - Brasil. A vida é uma caixinha de surpresas. :)
Um beijinho grande e a minha gratidão pelo seu carinho, Taís.
São próprios da feminina natureza humana e indissociáveis da preservação e criação da mesma espécie.
ResponderEliminarTambém prendem os poetas e as almas apaixonadas, autoestima das suas possuidoras, que pode ser abalada pelas incontornáveis leis da gravidade.
Enfim, em vida, são sempre fonte de vida.
Caso também para dizer, todos diferentes, todos iguais.
Boas férias.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Amigo Juvenal, apreciei as suas sensatas palavras acerca deste tema. Muito obrigada.
EliminarNa verdade, até no próprio corpo feminino, sejam seios ou qualquer outra parte física, do homem ou da mulher, vá, o lado direito não é totalmente igual ao esquerdo. Por isso, não há duas mulheres/homens iguais. Deve ser essa particularidade que torna o ser humano tão interessante.
Um forte abraço meu amigo.
Redondinhos com as bolas de Berlim, assim se querem os seios de uma mulher. Poema intenso, profundo, fascinante de ler
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Folgo em saber da sua preferência pelas 'bolas' de Berlim...caro Rycardo. Tem de ir à Alemanha ver disso ao vivo e a cores.
EliminarBom FDS.
Lindo demais!
ResponderEliminarSem palavras, para descrever!
beijinhos
Por vezes, querida Paula, o silêncio é bem mais eloquente do que certas palavras.
EliminarMuito grata pela sua visita.
Beijinhos
Este site é discriminatório. Onde está a fotografia com os seios masculinos?
ResponderEliminarMeu prezado amigo de longa data...sim, este site é discriminatório. Discrimina os falsos amigos dos amigos verdadeiros. Aqueles que nos aceitam tal como somos. Tu, pertences à categoria dos segundos, de modo que, se quiseres mandar-me uma foto dos teus seios, prometo que farei uma publicação totalmente destinada aos seios masculinos. 🤭
EliminarGrande abraço, amigo Zaratustra vulgo Zé daTrouxa.
Pronto, já que insistes, aqui estão os meus seios: . .
ResponderEliminar...seios nasais... ou peitorais?
EliminarNão aceito nada inferior a isto:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelos_peitorais
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Então vais ficar decepcionada:
Eliminarhttps://manmatters.com/blog/how-to-get-rid-of-man-boobs-gynecomastia/
Nem por isso. Essas alterações no corpo masculino são normais acontecerem na puberdade, ora tu, meu amigo, há muito ultrapassaste essa fase. Agora quanto à barriguita... :))
EliminarO O' é um espanto!
ResponderEliminarFoi-se embora e a gente nota, dá por falta dele.
Beijo, Amiga Janita.
Ah, Poeta e amigo Agostinho, que gosto enorme vê-lo neste meu simples recanto de convívio despretensioso! Seja muito bem aparecido.
EliminarQuanto ao O'Neill, tem toda a razão, mas na falta dele, temos os seus escritos que lhe perpetuarão a memória.
Beijos e abraços, Agostinho. É sempre um gosto revê-lo