sábado, 9 de julho de 2016

Do Tempo Em Que Os Pedidos De Casamento Eram Irrecusáveis...


...salvo circunstâncias especiais.

Quais? :)

Tela de Borsos József

O procedimento de Augusta era objecto da curiosidade de todos.

-- Por que motivo esta moça recusa todos os pretendentes? -  diziam as mães de família; parece que não quer casar. Quererá ficar para tia?

O argumento era singular; devia ocorrer a todos que Augusta recusava os pretendentes justamente porque não gostava de nenhum.

Mas a reflexão das mães de família era que um casamento nunca se recusa, salvo circunstâncias especiais.




[  A partir de um conto de Machado de Assis - 1872 -]







24 comentários:

  1. É curioso
    Se pedi ou não a Teresa em casamento
    não me lembro

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    1. Se não foi o Rogério a fazer o pedido, então foi a a sua Teresa a pedir para casar com ela.
      Do namoro ao casamento há um passo a ser dado. Não houve um pedido, subentendido ou declarado? :)

      Um abraço!

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    1. Isso são os acordes da Marcha Nupcial, Teresa? :))

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  3. Esta já não uma hora para discernimento, mas sempre direi que a Augusta esperava um príncipe encantado, que ainda haverá (haveria). Se não gostava de nenhum dos pretendentes, mais valia ficar para tia, se irmãos tivesse.
    Um beijinho para a Janita, que nos traz sempre coisas lindas.

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    1. Exactamente, José! :) A Augusta esperava, como qualquer mulher em qualquer época, um homem que a fizesse estremecer de amor, paixão, ternura e desejo. Ora, nenhum dos pretendentes tinha esse perfil. Vai daí, a moça ia ficando solteira.
      Fazia ela bem!
      Um beijinho grato para o Amigo, sempre tão gentil. :)

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  4. Janitamiga

    Sempre pensei que eram irrevogáveis; ele há coisas...

    Entretanto hoje (10/07/2016)n pela tardinha vou dormir, para não dar azar aos nossos. Tenho feito assim - e não me tenho dado mal...

    Bjs da Raquel e qjs do Leãozão com nervoso miudinho...

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    1. HenriquAmigo...Pois!! Lol

      A esta hora deves de estar a dormir a sesta, fazes bem. Eu, sem paciência para mais sofrimentos, estou aqui no PC e com um ouvido no ruído/relato, que me chega da TV que está ligada, na sala. Quando ouvir GOOOOOOOOOOLOOOOOO, irei a correr.
      Pode ser que dê sorte, também. Não fiques nevoso, homem, que ainda te dá alguma coisa má! :))

      Beijinhos e abraços aí para casa.

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  5. ola Janita, fui dar uma olhadela aos textos do livro que encontrei na net, na encontrei a resposta mas gostei do tipo de leitura !!!

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    1. Não tenho muita paciência para ler e-books, mas são uma oportunidade se se ler bons livros sem dispêndios, Ângela.
      Não existe uma resposta exacta, cada pessoa pode formular a sua própria resposta.
      Beijinho.

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  6. "Circunstâncias especiais"??? Ele há tantas :))))
    Lembro-me de uma possível: imposição de um noivo estando ela apaixonada por outro....
    Beijinhos Janita.

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    1. "Circunstâncias especiais"; era a opinião das ditas cujas mães de família, Papoila! :)) No século XIX, era impensável que uma moça casadoira, recusasse u pedido de casamento, a não ser que o pretendente tivesse algum defeito muito grave:
      «circunstância especial», como ser pobre, por exemplo. Ehehe

      Beijinhos, Papoila.

      PS- Parece que o CR7 já foi atingido, para ficar fora de jogo...cambada! :(

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    1. Que sabe, Luísa? Naquele tempo, casar por amor era como achar agulha em palheiro. :))

      Beijo! :)

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  8. Querida amiga:
    Naquela época, casar era a missão da mulher, ai daquela que assim procedia ;)
    Acho que fui eu que pedi o meu marido em casamento, pois achei que tinha chegado o momento :D

    Um beijinho irrecusável :D

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    1. Naquele tempo e ainda neste, em alguns países onde a submissão da mulher ao homem e à família, faz parte da cultura, Amiga Fê!

      Fizeste bem, Fê. Se ele não se decidia, decidiste tu.
      Nem mais! :))

      Beijos e abraços é coisa que nunca recuso, se vierem de quem gosto, claro! :)

      Beijinhos, boa semana.

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  9. Se fosse hoje também recusaria, no caso dela acho que motivos que só o coração conhece, a levaram a recusar todos os possíveis pretendentes.

    Beijos Janita

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    1. Aqui para nós, que ninguém nos ouve, pois está tudo a ver a Bola, durante trinta anos pensei o quanto teria sido bom ter dito Não, no altar, e sair dali a correr...:(

      Um beijinho, Manu!

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  10. Venho "avisar-te" que voltei às lides blogásticas.
    O preço foi além do esperado mas o que podia eu fazer?
    Quem tem "bícios" também tem kús pagar, né?
    (aqui na rua está tudo aos gritos; será que "ganhámos" ou terão matado alguém?)

    Eu sou do tempo dos pedidos de casamento informais e quando fui pedido em casamento... recusei.
    Recusei a 1ª vez e a 2ª vez e à 3ª tive dúvidas e também recusei. Esclareço que nenhuma das vezes as pretendentes eram as mesmas.
    Depois... bem depois lá acertei e parece-me que bem pois continuamos juntos.
    Falas dum tempo em que as mulheres TINHAM que casar sob pena de serem "olhadas".
    Felizmente que isso já lá vai. Agora é o tempo das mulheres contribuírem para o desenvolvimento das sociedades e serem reconhecidas pelos seus desempenhos.
    Beijokas e sorrisos, extensivos a todas elas!

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    1. E vieste em boa altura, meu Amigo!

      O quê? Foste pedido em casamento por três vezes por três moças diferentes e recusaste todas?
      ...É porque elas não deviam ser lá grande espingarda! Eheheheh

      Beijokas bem "olhadas", Kok! :)))

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  11. Pois...
    ...e era uma filosofia que dava tantos amargos de boca ao longo da vida...

    :)

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    1. Nem mais, Cláudio Gil, nem mais!

      Felizmente, o tempo mudou, e quem ainda cá anda, beneficiou...

      :)

      Beijinho

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  12. Outros tempos...

    Um abraço

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    1. ...E às vezes, esses tempos, parece que estão ainda tão próximos, Alquimista!

      Um abraço e obrigada!

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