sexta-feira, 21 de outubro de 2016

DO ISOLAMENTO

Tela de Alexander Sulimov


         No reflexo das tardes calmas
   em que o vento sopra
   nostálgicas melodias
   sem mágoa
   tento esquecer o
     nós
   que já vivemos.

                 Entre a folhagem
                 dourada
                 e frutos maduros
                 numa ânsia isolada
                                   de saudade

                                   ambos
                                   tu e eu
                                   tristes separados
                                      sós.





 ============================================================

20 comentários:

  1. Um "tento esquecer" que é autêntico reviver: do esforço comum, das alegrias e tristezas, dum caminho trilhado a dois...
    De uma envolvência contagiante, Janita.

    Um beijinho :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Reviver é viver de novo tudo o que um dia já vivemos. Isso acontece com todas as nossas vivências, boas e menos boas.
      O que não significa que se sinta vontade de voltar atrás.
      No entanto, as palavras podem ter o significado que lhes quisermos dar...:)

      Obrigada, A.C. um beijinho e bom domingo! :)

      Eliminar
  2. Respostas
    1. Vindas de si, sempre tão pouco propenso a exprimir sentimentos, estas duas palavras têm um valor imenso.

      Obrigada, José.

      Um beijinho, bom domingo.


      Eliminar
  3. Querida amiga:

    Há amores inesquecíveis ( adoro esta canção) que despertam nas nostálgicas tardes outonais.
    Também despertou a tua veia poética para nosso belo prazer.
    A linda tela de Alexander Sulimov convida a muitas interpretações românticas :)

    Um beijinho e bom fim de semana Janita!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, Fê. Esta tela lindíssima sugere mil e uma interpretações. Tudo depende de quem tenta exprimir o que sente, no momento.
      Esta canção é linda, sobretudo, se cantada pelo King Cole.


      Um beijinho, querida Fê e bom domingo.

      Eliminar
  4. Por vezes sós

    mas nunca isolados
    Bj

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Há todo um mundo interior que separa isolamento de solidão, na verdade, Mar Arável.

      Beijinhos e votos de bom domingo.

      Eliminar
  5. Sinto aqui uma certa melancolia ou sou eu que estou melancólica por não ver o sol há dois dias?
    Both are unforgettable...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Quem nunca sentiu momentos de grande melancolia, que atire a primeira pedra, querida Catarina! :)

      Tens razão: ambos são inesquecíveis!!

      A canção e o sol!!!

      Beijinhos, bom domingo.

      Eliminar
  6. Continuas a apurar o teu sentido poético ! :))... Mas torna-se evidente tanta melancolia e tristeza, além, claro, de isolamento!:(
    Vá ! Vamos lá a deitar tudo isso para bem longe e alegrar essa alma !

    Quanto a esse tema, ele diz-me muito, ao ponto de o escolher como "a minha canção" no desafio do Ricardo !
    Há certas canções que se identificam tanto com determinados episódios inesquecíveis da nossa vida que parece terem sido escritas expressamente para nós e por esses momentos que ficam para uma vida !

    Abraço estimulante ! :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tem dias, amigo Rui, tem dias!! :))

      Quanto a esta ou outras canções, há sempre uma que nos toca particularmente.
      Mas aqui, escolhi este solo de guitarra, onde as palavras nem foram necessárias.

      Um abraço forte e amigo.

      Eliminar
  7. Se ambos estão tristes... é porque estão separados. O fato é juntar-se de novo e acabar com a tristeza. Lindo poema.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Parece tudo tão simples, não é, amigo Carlos?

      O ser humano tem uma tendência mórbida para complicar tudo!

      Obrigada, um beijo e tudo de bom para ti , Poeta!

      Eliminar
  8. Momento sós sim, mas não em solidão.

    Bom fim de semana Janita, só agora li um comentário teu onde fiquei a saber que amanhã não vais estar presente no encontro.

    Beijinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Querida Adélia.
      Ouço o som da chuva a bater fortes nas vidraças e o vento a fustigar as árvores lá fora, e ainda me entristeço mais.
      Não amiga, desta vez não deu, nem sempre o que desejamos se coaduna com o que podemos.

      Beijinhos e que amanhã o dia amanheça radioso e lindo. Vós mereceis! :)

      Eliminar
  9. Abraço grande?

    Não são precisas mais palavras, pois não?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, Ricardo! Um grande abraço.

      Sem que mais palavras sejam necessárias.

      Acho que conseguimos comunicar por telepatia. :)

      Beijinhos e bom domingo.

      Eliminar
  10. Minha querida, então o que é isso? Uma alentejana do "nuorte", carago?! :)))

    Um beijinho muito solidário, sim?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Isto, minha querida Graça, é o Outono a fazer das suas! :)

      Ah, mas eu até que gosto de me entristecer, para depois redescobrir o sabor de me alegrar!

      Um beijinho muito grato, para ti! ♥

      Eliminar