domingo, 29 de abril de 2018

MÚSICA AO DOMINGO.


Kseniya Simonova,  é uma artista  ucraniana que cria animações com areia.
Foi a vencedora da versão ucraniana do Britain's Got Talent, em 2009.

Estes desenhos, são como uma homenagem prestada pela artista a Salvador Sobral, à canção vencedora do Festival da Eurovisão em 2017, e, obviamente, a Portugal.



Se um dia alguém perguntar por mim
Diz que vivi para te amar
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada para dar

Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez, devagarinho, possas voltar a aprender

Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez, devagarinho, possas voltar a aprender

Se o teu coração não quiser ceder
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois
O meu coração pode amar pelos dois


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Vale muito a pena verem mais estes desenhos desta fabulosa Artista, genial criadora de pura Arte, em  desenhos com areia.





sexta-feira, 27 de abril de 2018

Porque Hoje É Sexta-Feira. #7




Três amigos alentejanos teimavam a ver qual deles era o mais alentejano:
O primeiro argumentou:

– Ê sô tã preguiçoso, tã preguiçoso, que no outro dia vi uns maços de notas no chão, e não os apanhê só p’ra nã ter que m’agachari.

Prossegue o outro:

– Isso nã é nada. Ê sô mais alentejano. Aquela minha vizinha toda boa, que mora na casa em frente à minha, tocou-me à porta toda em peloti e convidou-me para ir passar a noite à casa dela e ê nã fui só p’ra nã ter que atravessar a rua.

E diz o terceiro, todo ufano:

– Pois isso p'ra mim nã é nada. O mê caso foi munto piori. No domingo fui ao cinema e passê o filme todo a chorari...

– Só isso? – Perguntaram os outros, incrédulos.

– Só isso?…E acham pouco?...É que quando me sentê  entalê um tomati  e nã estive p’ra me levantari…






E por hoje é tudo...

FELIZ SEXTA-FEIRA!

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quinta-feira, 26 de abril de 2018

ÊXTASE.


Quando violino e violoncelo são tocados por mãos mágicas, acontece magia.





Enlace o seu par, encostem os rostos e dancem de rosto colado e olhos semicerrados.

Não são precisos os tais passos trocados do velho Tango argentino. Nada disso. Basta que sintam a música com o coração e balancem os corpos de forma lenta...suave, docemente.

Então?...Gostaram?



(Obrigada,Elvira Carvalho.)









quarta-feira, 25 de abril de 2018

VEJAM BEM...


O Nosso Desejo de Liberdade Não é Sincero
Se estamos todos muito bem preparados para reclamar liberdade para nós próprios, menos dispostos parecemos para reclamar sobretudo liberdade para os outros ou para lhes conceder a liberdade que está em nosso próprio poder; se conhecessemos melhor a máquina do mundo, talvez descobríssemos que muita tirania se estabelece fora de nós como se fosse a projecção ou como sendo realmente a projecção das linhas autocráticas que temos dentro de nós; primeiro oprimimos, depois nos oprimem; no fundo, quase sempre nos queixamos dos ditadores que nós mesmos somos para os outros; e até para nós próprios, reprimindo todas as tendências que nos parecem pouco sociais ou pouco lucrativas, desejando muito que os outros nos vejam como simples, bem ajustados, facilmente etiquetáveis. 
Agostinho da Silva, in 'Sobre as Escolhas' 

Fotografia de um Amigo





Vejam bem

que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar

Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar

E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de febre a arder

Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer

Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão

E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vem levantá-lo do chão

Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem
quando um homem se põe a pensar

Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar




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terça-feira, 24 de abril de 2018

A ESCOLHA FOI DO HOMEM?...SÓ PODIA!!



Oiçam, vejam, leiam e meditem.


Qualquer semelhança com a realidade (não) será pura coincidência!






Se achares que ainda estás a tempo, altera o que puderes.

Se não…aceita o teu destino!!


Fico a aguardar as vossas impressões acerca deste 

PARADOXO  chamado: VIDA.


(Obrigada, Daniel.)




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domingo, 22 de abril de 2018

Cartas De Amor...Quem As Não Tem?...[#3 ]


Hoje apeteceu-me retomar esta rubrica. Porque não?
É bom que se vejam as pessoas famosas sob um outro ângulo. Pelo lado romântico, amoroso, terno...e humano.
Quem, porventura, estiver interessado em saber quais foram as personalidades que escreveram as anteriores cartas de amor 
e só clicar na etiqueta: Cartas D'Amor. 


“O produto mais franco, mais livre e mais privado da mente e do coração humano é uma carta de Amor”

[ Mark  Twain ]





Franz Kafka, enviou numerosas cartas de amor à sua amada Felice. Numa delas, escrita em Fevereiro de 1913, expressava-lhe desta forma o seu duplo amor; por ela e pela literatura:

"Querida:
Peço-te, de mãos postas, que não sintas ciúmes dos meus escritos. Quando as personagens se dão conta dos teus ciúmes, escapam-me; mais ainda quando apenas as tenho presas pela ponta dos seus vestidos. Tem em conta que, se me fogem, mais tenho de correr atrás delas, ainda que seja até ao mundo das trevas, onde é o seu verdadeiro lugar. O romance sou eu; as histórias são eu. Por isso te rogo: onde existe o menor motivo para ciúmes? Sabe, quando tudo entre nós está bem, as minhas personagens vão, de braço dado, ao teu encontro, Felice…Sem ti e sem a minha escrita, não saberia viver”...

(Acho isto tão, mas tão lindo... Tomara que Felice tenha compreendido Kafka...)

*

E, já agora, deixo eu o meu pensamento...

"Só quem nunca amou… não escreveu uma carta de Amor." 
(Digo eu, com alguma convicção, mas não muita. Até porque cada caso de amor, é um caso diferente. )

Convictamente, fica a minha canção deste Domingo.




Como jurei,
Com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei
A escrever para ti
Cartas banais
Que eram toda a razão do meu ser
Cartas grandes, extensas, iguais
Ao meu grande sofrer


Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem.



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sábado, 21 de abril de 2018

POR UMA PAPOILA.




Esta linda papoila de uma magnífica cor rosa-lilás, que eu não conhecia, foi uma gentil oferta  da Luísa do blog "À Esquina da Tecla", a quem dedico este singelo poema.
Obrigada, Luísa! :)



Não a façam sofrer.
Não olhem a nudez da sua cor.
Se a quiserem ver
Adivinhem de longe o seu pudor.

Olhos nos olhos, não:
Cora, descora, agita-se de medo,
E é todo o desespero e a solidão
De ter na própria vida o seu degredo.

É uma donzela que não quer casar.
Veio ao mundo viver
A beleza gratuita de passar
Sem nenhuma paixão a conhecer.


«Por Uma Papoila» Poema de Miguel Torga





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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Porque Hoje É Sexta-Feira. #6





Espero que se divirtam, tanto, quanto eu me diverti!!

   Vi no blogue do Manel Mau -Tempo,  ATRAVESSADO


Achei tão divertido que resolvi partilhar esta gracinha convosco!

Riam ou sorriam, porque rir faz bem à saúde e é de graça!


:)







quarta-feira, 18 de abril de 2018

Já Fui Feliz Aqui. [ XLIV ]


Homessa!!  A música pode estar demasiado alta e eu não estar velha!!
E ainda dizem que provérbios são  voz de Deus...por serem voz do povo.
Não acredito!





Tenho uma saudade tão braba
Da casa onde já não moro
Que por vezes bebo a baba
Do muito pranto que choro

*

Os meus  bem querem que eu vá
Bem que me querem levar
Um dia irei; lhes digo eu, quiçá,
Ou, quiçá,  para sempre, aqui vá ficar.

*

[ Que me perdoe o querido Professor Vitorino Nemésio por me ter inspirado no seu poema: "Tenho Uma Saudade Tão Braba". ]





segunda-feira, 16 de abril de 2018

PETÚNIAS...







Meu amigo, como vai?
Que prazer, quanta emoção
É bom saber que vai bem
Fico feliz, pois então! :)
Eu?...





 ...Cá vou cuidando das flores
Petúnias e outras mais
P´ra alegrar meu coração…


Vá e volte, 
não demore...
Eu sempre por cá estarei
À espera da sua mão…




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domingo, 15 de abril de 2018

MÚSICA AO DOMINGO.

"OS SALTIMBANCOS"



História de uma Gata.

Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram

O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé...de gato
Me diziam, todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim



Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás

De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás

***_***

O vídeo tem a mesma capa do LP.


Bicharia



Au, au, au. Inha in nhó
Miau, maiu, miau. Cocorocó
O animal é tão bacana
Mas também não é nenhum banana
Au, au, au. Inha in nhó
Miau, maiu, miau. Cocorocó
Quando a porca torce o rabo
Pode ser o diabo
E ora vejam só
Au, au, au. Cocorocó

Era uma vez
(e é ainda)
Certo país
(E é ainda)
Onde os animais
Eram tratados como bestas
(São ainda, são ainda)
Tinha um barão
(Tem ainda)
Espertalhâo
(Tem ainda)
Nunca trabalhava
E então achava a vida linda
(E acha ainda, e acha ainda)

Au, au, au. Inha in nhó
Miau, maiu, miau. Cocorocó
O animal é paciente
Mas também não é nenhum demente
Au, au, au. Inha in nhó
Miau, maiu, miau. Cocorocó
Quando o homem exagera
Bicho vira fera
E ora vejam só

Au, au, au, Cocorocó

Puxa, jumento
(Só puxava)
Choca galinha
(Só chocava)
Rápido, cachorro
Guarda a casa, corre e volta
(só corria, só voltava)
Mas chega um dia
(Chega um dia)
Que o bicho chia
(Bicho chia)
Bota pra quebrar
E eu quero ver quem paga o pato
Pois vai ser um saco de gatos


Nota: As duas primeiras imagens são fotografias de um duplo álbum em vinil, com as canções que fizeram parte do Musical "Os Saltimbancos", que tenho há décadas.

Alguém se lembra destas músicas?

Tantas foram as vezes que as ouvi, juntamente com os meus filhos, no velho gira-discos que ainda hoje permanece no mesmo lugar, que chegámos  a decorar as letras de quase todas as canções que dele fazem parte.
Volto, hoje, a trazer as músicas do Chico Buarque porque no Domingo passado me lembrei deste LP ao responder a um comentário.

Espero que as recordem e gostem de as recordar...quem delas se lembrar, claro!

:)


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