Fazer das coisas
fracas um poema.
Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada.
E tu, que não sabias o segredo,
perdes a vaidade.
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe.
Homem, até o barro tem poesia!
Olha as coisas com humildade.
Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada.
E tu, que não sabias o segredo,
perdes a vaidade.
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe.
Homem, até o barro tem poesia!
Olha as coisas com humildade.
[Fernando Namora, in
Mar de Sargaços.]
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O filme é uma delícia.
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana
Será que os 'casmurros'; os de 'antes quebrar que torcer', se virem este filme aprendem que, nas horas decisivas, mais vale ter a flexibilidade do junco à dureza inútil do carvalho, Pedro? :)
EliminarBeijinhos, boa semana.
bom dia
ResponderEliminara humildade é tão bonita !!
JAFR
Boa tarde.
EliminarE fica-nos tão bem!!!
:)))
Boa semana, JAFR.
Bom dia, Janita!
ResponderEliminarMaravilhosa postegem! Adorei o vídeo :)!!
Especial:- Nesta dança, onde o amor é a consagração. [ POETIZANDO...]
.
Beijo e uma excelente semana.
Boa tarde, Cidália.
EliminarUma lição que serve para todos nós.
Beijinhos, boa semana.
Um poema muito bonito..
ResponderEliminarBeijinhos,
https://chicana.blogs.sapo.pt/
Olá, Ana, boa tarde!
EliminarSe olharmos para tudo o que nos cerca, sem azedume nem sobranceria no olhar, veremos que em tudo existe poesia, não é verdade? :)
Beijinhos, boa semana.
Por isso é que existe a magia da poesia. Fazer do nada a ponte entre o saber e a utilidade.
ResponderEliminar.
* Não posso calar o coração *
.
Cumprimentos Poéticos
Verdade, Gil!!
EliminarObrigada, boa semana. :)
Um poema muito bonito e um filme adorável. Obrigada pela partilha.
ResponderEliminarAbraço e uma boa semana
A opinião da Elvira é sempre importante para mim.
EliminarFico contente por ter acertado com o post.
Um abraço e votos de excelente semana.
Fernando Namora, que viu o teu vídeo
ResponderEliminaralterou o poema, nos versos finais
"Homem, até as pontes tem poesia!
Olha essa banda desenhada. Que seja assim, a vida."
Fernando Namora enquanto médico, pôs em prática o ensinamento do vídeo, Rogério. Foi como um moderno João Semana, quando jovem.
EliminarAprendamos nós a ser como ele foi.
Grande abraço. :)
A humildade é como se costuma dizer é uma qualidade de todos que sabem viver a vida com toda a simplicidade com que ela se apresenta querida amiga desejo-lhe uma semana muito abençoada ,beijinhos felicidades
ResponderEliminarUma grande qualidade que poucos de nós possuímos. Por vezes, penso que peco por não a ter na dose necessária, Emanuel. :(
EliminarBeijinhos, obrigada.
Muito bonito o poema! A humildade é o ponto mais elevado de se atingir na escala humana.
ResponderEliminarBeijinho.
Desde que li "Retalhos da Vida de Um Médico", há muitos muitos anos, fiquei fã de Namora. Da sua escrita e dos seus poemas, ainda que agora me disperse por outros autores.
EliminarBeijinhos, Graça.
Belo poema. E adorei o vídeo. Tão fofo. Tão exemplar. :)
ResponderEliminarO vídeo é uma lição de vida. Aprenda quem quiser.:)
EliminarBeijinho, Luísa.
O meu comentário desapareceu. Diz que houve um erro...
ResponderEliminarJá me tem acontecido tantas vezes, José!...
EliminarE é tão aborrecido isso.
Ainda bem que não desistiu...:)
Dizia eu, então, que não se trata de humildade mas de bom senso, de cooperação, para bem de todos. Até os burros se entendem para comer os dois molhos de feno, como aliás fizeram os dois pequenos bichos.
ResponderEliminarUm beijinho
Lá está como etiquetei o post: Sensibilidade e Bom Senso. Concordo inteiramente consigo. Sem isso, nada feito. :)
EliminarUm beijinho
Janita, com humildade digo que escolheste muito bem o poema (conheço tão pouco da obra de Fernando Namora) e o video (um encanto).
ResponderEliminarBeijo e boa semana.
:)) Também não exageremos, Teresa!
EliminarEste médico/escritor/poeta e pintor, infelizmente, não é autor muito conhecido, não! De quem é a culpa?- Nossa, público leitor, provavelmente não será, não!
Beijinho e obrigada, Amiga.
Uma grande lição de humildade e bom senso, Janita ! ... Adorável !
ResponderEliminarE essa "imagem" da árvore quieta e murcha e do "milagre" do poeta, que bem que , metaforicamente, se pode aplicar às pessoas e aos seus amigos !
Temos todos que saber ser poetas, tantas são as árvores tristes e sós !!!
Beijinhos querida Amiga !
Encontrei o vídeo e pensei o mesmo que tu, Rui.
EliminarAchei-o adorável!
Quanto à metáfora da árvore triste, é como dizes. Quantas vezes, à nossa volta, existe tanta gente murchinha e triste, mas nem reparamos, entregues a viver a nossa própria existência triste...
Beijinhos, Amigo Rui.
Que ternura, adorei!
ResponderEliminarBeijinho.
Uma lição admirável, querida Papoila. E tão verdadeira!
EliminarBeijinho :)
Gentileza e humildade, mas com certeza. Faz-me lembrar aquele senhor muito bem posto que viaja num transporte público com um bebé no colo e que vendo chegar uma formosa e voluptuosa mulher de imediato tira a bebé do colo para dar o lugar à voluptuosa e formosa mulher.
ResponderEliminarOk ok adivinho que vais dizer: lá vem ele com as parvoíces num tema é de sensibilidades poéticas.
É verdade, mas o que esperar de um parvo?, senão parvoíces?
«Fora de mim há um mundo e nele há tudo que em mim não cabe».
Esta é a minha realidade e porque sei disso trato de me inventar criando um outro mundo onde consigo viver sem me rejeitar.
E mais não digo porque isto já são horas tardias quando as ideias se baralham e o discernimento adormeceu à muito.
Beijokas.
§-amigo da onça? Não!! Mas muito distraído olhando sem ver!
1º - Queres dizer com isso que há muita gente que aparenta ter e ser o que não é? Concordo! Ironia? Claro!
Eliminar2º- Não, meu amigo, não ia dizer, nem digo, que só dizes parvoíces, simplesmente porque nem sempre assim é! (lol)
3º- «Fora de mim há um mundo e nele há tudo que em mim não cabe».
Acredito, acredito e acredito! Três vezes acredito.
Assim como sei que inventas e te reinventas, para dar largas ao mundo que em ti não cabe. E mais não digo, querido Amigo!
Beijocas e um abraço. :)
Até o barro, Janita.
ResponderEliminarNamora tinha razão, como não, se até nós barro somos, animado? Muitas vezes desanimado, é certo, rachado, quebrado... Apanham-se os cacos e colam-se. As vezes que for necessário até dar certo.
É esse o segredo?
Coisas pequenas são grandes? Depende. É nos olhos, nas mãos e no gosto que a gente tem, comum ou singular.
Gostei deste trabalho que encerra uma lição que vale a pena.
Bj.
Moldáveis que somos, podemos dizer-nos "aparentados" com o barro, Agostinho.
EliminarPartimo-nos em mil pedaços a cada queda, e possuímos o engenho, a capacidade, de nos refazermos. As cicatrizes da alma - e do corpo - serão as rachadelas do barro.
Não creio que o poeta quisesse dizer que coisas pequenas são grandes. Inclino-me mais para a mensagem de tirar partido da fraqueza, atribuindo-lhe o lado simbólico da fragilidade poética. Valorizando, assim, a fraqueza humana; afinal, todos somos feitos do tal barro, igual.
Estimo que esteja bem, Amigo e Poeta Agostinho.
Beijinhos.
Humildade não é de certeza uma das minhas virtudes.
ResponderEliminarAdmiro a obra de Fernando Namora desde a minha adolescência.
Beijos da amiga que ama a POESIA.
Amiga, a meu ver, só o facto de não te reconheceres humilde, já denota haver em ti muita humildade.
EliminarAi está um ponto que temos em comum, Teresa! :)
Beijinho da amiga que comunga do mesmo gosto.
Que belo poema do Fernando Namora! O barro... o barro, todo ele é poesia.
ResponderEliminarO vídeo é uma pequena delícia.
Beijinhos
Se uma grande e sensível Poetisa o diz, fico contente porque corrobora o meu pensamento...e o do Poeta.
EliminarMuito grata, querida Maria João.
Um beijinho.