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Falavam-me de Amor
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Quando um ramo de doze badaladas
Se espalhava nos móveis e tu vinhas
Solstício de mel pelas escadas
De um sentimento com nozes e com pinhas.
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Menino eras de lenha e crepitavas
Porque do fogo o nome antigo tinhas
E em sua eternidade colocavas
O que a infância pedia às andorinhas.
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Depois nas folhas secas te envolvias
De trezentos e muitos lerdos dias
E eras um sol na sombra flagelado.
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O fel que por nós bebes te liberta
E no manso Natal que te conserta
Só tu ficaste a ti acostumado.
Soneto de Natália Correia, em "O Dilúvio e a Pomba"
Quem terá engendrado esta imagem com os relógios
prontos a baterem as doze badaladas,
nozes, pinhas e onde só faltaram
as andorinhas?! Eu não fui!
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Cito o Luís Sequeira, o padre que me casou - às vezes distrai-se e merece um ralhete.
ResponderEliminarBjs
Ultimamente, por esquecimento ou cansaço, anda a merecer bastantes ralhetes, não acha, Pedro?
EliminarBeijinhos
Grande mulher, essa Natália, no corpo e no espírito! Eu gostava dela!
ResponderEliminarA Natália e mais duas mulheres que eu também muito admirei, pela coragem de ser o que eram e o dizer sem rebuços nem hipocrisias: Snu Abecassis e Vera Lagoa ( Maria Armanda Falcão).
EliminarAbraço!
Maravilhosa poesia da Natália e imagem linda!
ResponderEliminarbeijos, chica
Oh, querida Chica, tens sido de uma generosidade inexcedível!
EliminarE eu, tão arredada tenho andado dos teus Cantinhos...
Muito obrigada!
Beijinhos
Um poema excelente dessa grande mulher!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Um poema lindo dessa grande mulher.
ResponderEliminarBeijinhos amiga
Olá de novo, Janita.
ResponderEliminarAo soneto, conheço-o de há muito e tem, de cima a baixo, a impressão digital da Natália Correia. À imagem, por esta altura do campeonato, já me atrevo a dizer que foi a IA que a engendrou...
Ai que qualquer dia dou comigo a publicar uma Coroa de Sonetos em coautoria com o Chat-GTP, coisa que eu sempre quis e temi, em simultâneo...
" O fel que por nós bebes te liberta
E no manso Natal que te conserta,
Só tu ficaste a ti acostumado"
E eu que tenho o meu fidelíssimo e talentoso companheiro de coroas de sonetos com problemas de coluna.. Tivemos de deixar uma Coroa no comecinho, bem guardada para quando as dores abrandarem o suficiente para ele poder estar inteiro, de corpo e alma, de olhos postos no ecrã...
Obrigada por esta belíssima partilha e outro beijinho!