Deste seu personagem diz o autor:
«
(…) O Comandante Vasco Moscoso de Aragão prova, no romance que lhe dediquei,
que o homem é capaz de comandar o seu destino. A figura do comandante e sua
história nasceram de uma lembrança de infância: era vizinho de um tio meu, em
Salvador, um comerciante aposentado, imaginoso contador de acontecidos,
conhecedor dos factos da história do Brasil e da história universal, mentiroso
de grande categoria.
Nos domingos, eu vinha do internato dos jesuítas, almoçar
em casa de meu tio – passava as manhãs ouvindo o comerciante contar factos
históricos de mentir; afirmava ter sido marinheiro na sua juventude, tendo
percorrido os sete mares, naufrágios, tempestades, rixas, amores.»
Suponho que a maioria, senão a totalidade, dos visitantes e amigos deste meu Cantinho, já tenham lido este romance de Jorge Amado que ocupa lugar de grande destaque na trajectória literária do escritor.
Aproveitando o dia soalheiro e ocioso, resolvi dar uma arrumação nos meus livros, e decidir quais os que iriam subir ao sótão, para o merecido repouso e descanso das minhas mãos sempre inquietas e invasivas.
Afinal, este, que foi o primeiro a ser posto de lado, ainda vai ficar no piso de baixo e na prateleira da estante onde se encontrava. Ah, como é difícil separarmo-nos das nossas antigas viagens e sonhos...:)
Já me aconteceu o mesmo! Depois volto a lê-lo e acaba por regressar à mesma estante :)
ResponderEliminarBjs
Já somos duas, Papoila! :)
EliminarBeijinhos.
Um destes dias que tivemos de chuva, aproveitei para esse género de arrumações, mas algumas coisas foram limpas e voltaram ao mesmo lugar!
ResponderEliminarComo estou de molho vou ver se consigo disposição e voltar à leitura.
Beijinho Janita, tem uma boa semana
Em dias de chuva, que nem uma frincha da porta da rua se pode abrir, ninguém me convide para arrumações ou limpezas, Adélia.
EliminarGosto de fazer essas tarefas em dias de sol, com as janelas escancaradas. Vejo melhor onde e o que limpar. :)))
Então, está de 'molho' porquê, Adélia?
Espero que não seja nada de cuidado.
Beijinhos, boa semana.
Há quanto tempo li esse livro. Decerto já está em boa hora de uma releitura. O pior é que o tempo perdido em releituras, falta-me para uns quantos que tenho ali para ler. E pronto, este ano já acabei de ler, Os contos e novelas de João Araújo Correia, e há menos de uma hora acabei o Ronda das mil belas em frol de Mário de Carvalho, para um princípio de ano penso que não esteja muito mal até porque intercalei com a escrita de duas novas histórias, para publicar quando acabar "Uma história de Amor".
ResponderEliminarUm abraço, ótima semana, e boas leituras.
Ando atrás da "Ronda das mil belas..." Fiquei com a ideia de o ler desde aquele post da Graça Sampaio.
EliminarQuantas horas tem o seu dia, amiga Elvira? Nem sei onde vai buscar tempo para ler, escrever contos e, provavelmente tratar das lides domésticas, penso eu. :)
Um abraço, boa semana.
Ainda não li esse livro. Tem uma capa muito sugestiva. : ))
ResponderEliminarEu, há uns dois anos, que ando numa de “minimalista”. Tenho dado às organizações de beneficência (que vêm buscar as caixas a nossa casa), muitos sacos e caixas com artigos/roupa que já não utilizo/uso. Os livros faziam parte destes artigos. : ) Livros que foram lidos uma vez e que sabia não iria ler de novo; todos eles livros de bolso, formato que não gosto de ler. Havia livros que tinha lido havia já 20 anos e que nunca reli. Concluí que alguém mais deveria ter a oportunidade de os ler se assim o desejasse. Nunca quis desfazer-me de livros, mas tornei-me um pouco mais prática e não me arrependo de o ter feito. Alguns doei a hospitais. Tenho alguns (poucos) de Jorge Amado. Esses ficam! : ))
Por aqui há a Instituição São Vicente de Paulo, onde entrego roupas, brinquedos e outros objectos e utensílios que estão em desuso, e poderão servir para quem possa deles precisar, mas de livros nunca consegui desprender-me. É-me impensável desfazer-me de personagens e histórias onde se reflectem fases da minha vida, são bocadinhos de mim. Posso guardá-los em caixas e não os ter à vista, mas sei que um dia subo as escadas, sento-me no chão e revivo momentos do enredo do livro e da época em que os li.
EliminarAlguns, só me lembro deles quando os vejo. Este, por exemplo, estava na parte detrás da estante e já pouco me lembrava da história, até o voltar a ter na mãos e folhear.
Quanto à sugestiva capa, desta edição, como faz parte de uma remessa que comprei pelo Círculo de Leitores, deve ser do tempo da 'Gabriela Cravo e Canela', porque a jovem me parece a Sónia Braga. Mas isto já sou eu a conjecturar.:))
Fazes bem em ficar com as pérolas de Jorge Amado...
Beijinhos
Como descreve a Catarina, entreguei vários livros à biblioteca municipal,
ResponderEliminartambém a capa me parece muito modernaça! para antigos marinheiros, não será de admirar que tivessem navegado pelos 7 mares se esperavam encontrar sereias tão formosas !
abraço Janita
Angela
Aqui perto da minha zona de residência, falou-se muito num projecto da Câmara Municipal criar uma biblioteca no edifício que, em tempos, foi um escola primária. Por sinal onde os meus filhos andaram e uma pessoa de família foi professora. Esteve abandonada nos últimos anos, por falta de condições. Se o projecto tivesse ido avante, pensava entregar muitos livros escolares que foram dos meus filhos e livros de histórias infantis, talvez até alguns meus...Acontece que o sr. presidente achou por bem que a antiga escola se transformasse num café/bar, ponto de encontro de motards. A esperada biblioteca ficou no papel ou nem isso. Assim vai o interesse de que manda e pode, pelos valores culturais. Uma tristeza!
EliminarAcho que no tempo em que saiu essa edição, os editores pensavam que antes de se lerem os livros viam-se as capas, vai daí...toca de as tornar mais atractivas.
Beijinhos, Ângela.
Vergonha!! Acreditas que nunca li nenhum romance de Jorge Amado? Que vergonha...
ResponderEliminarBeijinhos e boas leituras.
Não é vergonha nenhuma, Graça. Então, ainda vais a tempo e, se te decidires, lê primeiro o livro "Capitães de Areia", para mim, o ex-libris da obra de Jorge Amado! :)
EliminarBeijinhos e boa semana, querida Graça!
Não consigo desfazer-me de um livro, sendo que muitos estão encaixotados e, se quiser um deles, não consigo encontrá-lo. Do Jorge Amado li quase tudo e se a memória me não falha o primeiro foi uma edição brasileira de os Subterrâneos da Liberdade, proibidíssimo, emprestado por um amigo...
ResponderEliminarBoa semana
Já temos essa particularidade em comum. José. Gostamos dos nossos livros e não nos desfazemos deles por nada deste mundo.
EliminarEsse que menciona "Subterrâneos da Liberdade", é que não conheço nem nunca tinha ouvido falar. Suponho que já não seja proibido, agora todos navegamos num mar de liberdade...
Um beijinho, boa semana.
Se tem mais pérolas dessas no piso de baixo
ResponderEliminarpasse a dormir no sótão
é que para baixo
"todos os santos ajudam"
Quanto aos "Subterrâneos da Liberdade" tem à venda no OLX. Confirmei agora mesmo. Não perca!
https://www.olx.pt/anuncio/jorge-amado-os-subterrneos-da-liberdade-i-os-speros-tempos-IDzTHBt.html
Podem acusar-me
Eliminarde ser antiquada,
mas pela internet
não compro nem vendo nada.
O Rogério já se esqueceu do que lhe disse aquando da aquisição do seu livro? Então...continuo igual! :)
Agora a sério: Um abraço e obrigada pelo link, Rogério. Muito interessante essa trilogia, escrita no tempo do regime ditatorial de Getúlio Vargas. Não admira que circulasse na clandestinidade.
Um abraço.
Por acaso (ainda) não li.
ResponderEliminarFica a sugestão e o desafio.
Beijinhos, boa semana
Tenho quase a certeza de que o Pedro iria gostar, é de leitura muito agradável :)
EliminarBeijinhos.
Esse ainda não li, mas fica a sugestão. Ainda tenho aqui um monte enorme deles para ler e nem tenho tempo para reler seja o que for. Há alguns que abro à sorte e leio pequenas passagens que sempre me encantam.
ResponderEliminarComprar mais livros , por enquanto está fora de questão, já não tenho onde os colocar e vai ser precisa uma grande dose de coragem para os dar, já que tudo o que li me marcou imenso.
Beijinhos Janita
O meu 'monte' de livros para ler nunca chega ao fim, Manu.
EliminarPrecisamente, por causa das releituras...:)
Beijinhos, fica bem.
Passei grandes momentos a coberto das leituras de Jorge Amado. No Brasil, infelizmente, parece estar fora de moda, pois rara é a referência que encontro, nos blogues que frequento, deste grande escritor, humanista como poucos.
ResponderEliminarÉ sempre um prazer imenso passar por aqui. Tu sabes.
Um beijinho :)
Jorge Amado fora de moda no seu país? Impossível, A.C.! Provavelmente, os bloggers brasileiros não falam nele, assim como por cá também não falam muito nos escritores portugueses, mas enchem a boca a falar dos escritores japoneses, norte-americanos, etc e tal.
EliminarObrigada por gostares de passar por aqui, apesar da simplicidade do espaço, meu Amigo. :)
Beijinhos, A.C.
Já li!
ResponderEliminarUm de Jorge Amado que muito me marcou? " Capitães da Areia "
Abraço geande
( Também tenho muita dificuldade em me separar dos meus livros)
Como já te disse um dia, duvido que haja livro que ainda não tenhas lido, Ricardo. :)
EliminarTambém adorei 'Capitães da Areia'. A vida daqueles garotos e as suas peripécias, encheram-me a alma. Por acaso, esse livro foi-me emprestado. Se por um lado sabe bem ler um bom livro sem despender qualquer verba, por outro, temos que o devolver, e a releitura, o folhear das páginas, o relembrar a história, fica fora do nosso alcance...:)
Beijinhos.
Agradável e interessante ler (qualquer título de) Jorge Amado.
ResponderEliminarOs Livros são memórias que se não devem trancar.
Gostei da escolha que fizeste.
Beijo
SOL
Olá, SOL.
EliminarJorge Amado será sempre um escritor intemporal e um dos meus favoritos.
Obrigada pela visita.
Um beijo.
Tenho de dizer a verdade da história. Não tenho lido nada do malandrão do Amado mas aí por volta dos vinte, talvez menos um novo, li com sofreguidão. E então, vem daí algum mal?
ResponderEliminarA propósito, Janita, o campo de tulipas está bem catita!
Bj.
menos um nico foi o que escrevi.
EliminarIsto no smartphone pode dar desastre. Até nos dias treze.
Têm o epíteto de inteligentes (os telelés) mas eu ainda não manobro bem a coisa, por isso nunca o uso para comentar. Só ler; depois venho aqui responder. O Agostinho até que se ajeita bem com o smartphone...:)
EliminarQuanto ao J.A. também já li mais do que leio agora. Culpa das novas tecnologias, claro.
Obrigada, Agostinho, pela simpatia de vir por aí abaixo a ler e comentar.