quinta-feira, 9 de setembro de 2021

O Ramo de Oliveira.

 


 


Já foste coroa de louros a premiar vitórias,

façanhas nunca vistas, quais quimeras.

Hoje és, no meu quintal, um ramo erguido ao sol

olhando um rasto branco, 

neste vasto espaço azul___

___igual ao meu Sonho perdido 

      em idas primaveras.



 

  🌳   🌳  🌳 

33 comentários:

  1. Ramo de oliveira
    esperamos paz
    quem diria
    que serve, de igual modo
    a nostalgia

    Se der fruto, tempera
    é tão o gosto da azeitona

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A oliveira, árvore sagrada
      que dá sombra, tempera e alumia
      como não poderia ela
      servir de igual modo a nostalgia?

      Serviu, sim! :)

      Eliminar
  2. Não é comum ter uma oliveira no quintal, mas sonhos e primaveras perdidas sim, já é mais comum. Foto original.
    Boa Noite
    Um abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Por aqui, Luís, até há quem as use como árvores decorativas.
      Podam-nas a fazer desenhos como se fossem arbustos. Disso não gosto. No meu quintal há duas, estas pecam por ausência de poda...
      Sim, esta foto saiu-me bem. :)
      Obrigada.
      Um abraço.

      Eliminar
  3. Não é oliveira da serra mas uma oliveira é sempre bonita.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não é da serra mas o vento também lhe leva a flor, Pedro. :)
      A flor e o fruto...em dias de grande ventania, cai tudo.

      Beijinhos

      Eliminar
  4. E já dá azeitonas?
    Bonito rasto azul no céu e a oliveira que espreita lembrando de paz e glória.

    Beijinhos Janita

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Agora não, Manu, mas já deu.
      Tu que percebes da arte de bem fotografar, não achas que também tive 'olho' para este retrato? :)

      Beijinhos, amiga Manu.

      Eliminar
  5. A Imagem é fascinante. Adoro o pormenor da Oliveira. Gosto muito de oliveiras. Bela publicação!
    💙🌹
    .
    Beijos. Votos de um bom dia!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também gosto muito da imagem, Cidália.
      Merecia melhores e mais impactantes palavras, mas foram as que sairam no momento. :)

      Beijinhos, obrigada.

      Eliminar
  6. Ai Janita, não me fale em idas Primaveras que me lembro daquela de 79, à beira de fazer vinte anos e com toda uma vida à minha frente, onde a própria incerteza me fascinava, pois tudo era maravilhoso entre brumas.
    Tenha um dia bom.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não pude deixar de sorrir abertamente com o seu exclamativo e reticente ( mesmo sem pontos ) comentário, Joaquim Ramos. :-))

      É que na primavera de 79, já eu tinha duas crianças pequenas. A mais pequena, um pequeno, tão turbulento e irrequieto, que as minhas brumas eram as provocadas pelo pouco tempo que dispunha para me embrenhar nas "Brumas de Avalon". O desejo de ter um momento livre para poder viver a vida aventurosa do lendário Rei Artur era uma consumição. Ah, tempo atribulado esse... sem tempo para mim.
      Muito obrigada. Igualmente lhe desejo um excelente dia.

      Eliminar
  7. Linda poesia e foto!Adorei! beijos, lindo dia e tudo de bom,chica

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Bondade tua, querida Chica, obrigada!

      Beijinhos.

      Eliminar
    2. Janita, acaba de entrar lá! Obrigadão! beijos, podes ver aqui:
      https://ceuepalavras.blogspot.com/2021/09/blog-post_15.html

      Eliminar
  8. Dizes tanto em tão poucas palavras. Não tenho quintal mas quando vejo o rasto branco dos aviões penso sempre no mesmo: quem dera ir nele para a minha terra e não mais voltar.
    Adorei!
    Beijocas e um bom dia

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não te entristeças, Fatyly. Se e quando puderes, vai visitar o teu chão mas...volta.

      Obrigada e um beijinho grande com votos de um grande dia.

      Eliminar
  9. Em 79 já tinhas filhos?!
    Em 79 andava eu na Faculdade...e nem pensava em casar 🤣
    Quanto à imagem, adoro o rasto do avião porque as viagens são uma grande paixão. Identifico-me com o ramo da oliveira que se eleva ao céu, como se quisesse alcançar o avião.
    Quem me dera o tempo das viagens!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, já tinha. Os mesmos que tenho hoje. Para além de ser mais velha do que tu, casei cedo. Não fiz nenhum curso superior, tive de começar a trabalhar bastante cedo. Nem toda a gente vivia em famílias abastadas o suficiente para custear os estudos e sustentar a familia. Mesmo o 12º ano o completei depois de adulta.
      O meu sonho era constituir família, ser mãe e uma mulher feliz. Estás a ver? Sou uma mulher banal, autodidácta e mal sucedida até no sonho tão simples, pueril e fácil de contentar...Desiludida? Temos pena!!

      Beijinhos.

      Eliminar
    2. Não estou desiludida. Só achei graça tu dizeres que em 79 já tinhas dois filhos....eu era uma jovenzinha armada em intelectual 🤣
      Felizmente, mudei muito podes crer!

      Eliminar
    3. E eu uma jovenzinha era... com dois filhos...e feliz, por ter a quem dar amor e me chamasse mamã...Não vejo onde esteja o motivo para tanto riso. Hoje tenho três netos, o mais velho com vinte e um anos e o mais novo, uma doçura que faz dois aninhos no próximo mês. 😛
      Mudaste? Eu não!

      Eliminar
    4. Ó mulher, tu melindras-te com muita facilidade!
      Tem calma que ninguém te quer ofender! Só achei graça, mais nada!
      Beijinhos

      Eliminar
  10. Bom dia
    Gosto muito de oliveiras e adoro o fruto delas.
    A foto está bem enquadrada

    JR

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Boa tarde, JR.
      Ia perguntar-lhe : "Quem não gosta de azeitonas"?- mas lembrei-me do meu sobrinho mis velho, que não gosta de azeitonas, queijo, caracóis e outras iguarias tais, e retrocedi caminho. :)

      Obrigada.

      Eliminar
  11. Ramo de oliveira, símbolo de paz e de vida.
    Sem a devida "legenda", a foto parece ser do rasto do avião e não da oliveira...
    Uma dúvida nunca esclarecida: os sonhos podem ser a cores, a azul, por exemplo?
    beijinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, de paz, vida e luz. No tempo das candeias de azeite, como contava a minha santa Mãe.

      "Humilde candeia acesa
      Em casa de cavador;
      Luz da pobreza – bendita!
      Luz infinita de Amor!

      Vem p`la noite negra adiante
      Um homem que se perdeu…
      Vê no escuro uma estrelinha,
      Lá tão distante…
      Mas na terra, não no céu.

      E diz-lhe a vaga luzinha
      - Olha p`ra mim, e caminha,
      Vem até mim, que sou eu…
      E ele chega àquela porta,
      Nela bateu…

      Abre-se a porta, e ei-la acesa
      - parece o Sol –
      em casa do cavador;
      luz da pobreza – bendita!
      Luz infinita do Amor!"


      A.Correia de Oliveira

      Lembra-se? Eu não me lembrava do poema todo, felizmente, sou deste tempo das novas tecnologias e fyi à sua procura, para lhe o trazer.

      Beijinho.
      (Nas meentes simples, como a minha, tudo é possível e passível de acontecer. É só eu querer!!)

      Eliminar
  12. Olá,Janita

    As oliveirinhas da serra de hoje já não são como as de outrora: cortaram-lhes no tamamanho e na idade - e depois de bem espremidas são para deitar fora...
    E tu conseguiste extrair um bonito poema dessa que te enfeita o quintal.

    Beijinhos amigos
    Vitor

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É isso tudo, amigo Vitor, isso tudo.
      Ninguém melhor do que tu, homem culto, porém sensível, simples e sabedor das coisas da terra, saberia explicar tão bem o que se passa com as oliveiras.
      Talvez por isso, nos entendamos tão bem e há tantos anos.
      Bem-hajas!

      Um beijinho, cheio de bem-querer.

      Eliminar
  13. Você navega em lindas águas na poesia, heim, amiga??
    Adorei!! Quero mais...
    Beijinho, bons dias pela frente!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. 😊 Verdade, Tais? Não diga isso muitas vezes que posso acreditar e ficar convencida, amiga!!
      Muito obrigada.
      Beijinhos e dias felizes, para a frente, claro. Os que ficaram para trás já não interessam.😊

      Eliminar
  14. linda homenagem à oliveira
    árvore associada a muitos símbolos,
    como a paz, a longevidade, e a algum conceito sagrado se pensarmos em tempos ainda mais longínquos do que as nossas "idas primaveras" !
    beijinhos, gostei da publicação

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sempre me fazes sorrir com esse teu jeitinho bom de dizer as coisas, querida Ângela! 😊
      Sou «antiga» mas, ligeiramente posterior às idas de Jesus ao Monte das Oliveiras.

      Beijinhos.

      Eliminar