Fui de viela em viela
Numa delas
dei com ela
E quedei-me enfeitiçado
Sob a luz dum candeeiro
Estava ali o Fado inteiro
Pois toda ela era fado
Arvorei um ar gingão
Um certo ar fadistão
Que qualquer homem assume
Pois confesso que aguardei,
Quando por ela passei,
O convite do costume
Em vez disso, no entanto,
No seu rosto só vi pranto
Só vi desgosto e descrença
Fui-me embora amargurado
Era fado, mas o fado
Não é sempre o que se pensa
Ainda recordo agora
A visão que ao ir-me embora
Guardei da mulher perdida
A pena que me desgarra
Só me lembra uma guitarra
A chorar penas da vida
[O poema é da autoria do Dr. Guilherme Pereira da Rosa e a música de Alfredo Marceneiro. ]
Já a soberba fotografia, que encabeça e deu o mote ao postal,
fui roubá-la
Nota importante:
Esta publicação só interessa a quem gosta de Fado e aprecia Fotografia!
:)
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Adenda: E porque a beleza disto dos blogues, se manifesta das mais diversas maneiras, DAQUI, me chegou por mão Amiga, este fabuloso desenho dando mais uma achega à Foto e ao Fado.
Obrigada, querida Noname! :-)
Como bem sabes, esta porta está sempre aberta a quem vem por bem!
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Entrei, pela porta dos fundos, que é como quem diz, por e-mail
ResponderEliminar:-)
E pela porta da frente, também! :))
EliminarObrigada NN, gostei muito.
Veio compor o ramalhete de vielas! ;)
Beijinhos.
Já agora uma coisa
ResponderEliminarque nunca antes
houvera confessado
Comecei a gostar de fado
Onde fado não havia
Aí 9 mil km de distancia
De lá até Alfama
Ou de lá à Mouraria
Entre cubatas
não há vielas
nem fado
apenas saudade
Grande verdade, Amigo Rogério!
EliminarÉ quando essa palavra, tão nossa, dói no peito 'devagar', que o Fado mais nos lembra o nosso fadário.
Já passou, felizmente não voltou mais, penso.
Um abraço, agora sem cubatas e sem saudades.
Boa noite!
ResponderEliminarHoje senti saudade de visitar os amigos e as amigas blogueiras. Ando um pouco afastada das visitas, a saúde não anda muito legal, mas com fé em Deus estou superando. Nada grave, só a tendinite que me prejudica teclar.
Certo dia,
Passou uma criança e achou que aquela flor era parecida com ela: bonita, mas sozinha.
Decidiu voltar todos os dias.
Um dia regou, outro dia trouxe terra, outro dia podou, depois fez um canteiro, colocou adubo...
Um mês depois, lá onde tinha só pedras e uma flor, havia um jardim!..."
Assim se cultiva uma amizade
E como nem sempre a distância nos
permite cultivar as amizades como gostaríamos, espero que esta mensagem possa ser um pouquinho de adubo, para que a nossa amizade nunca morra por falta de cultivo.
Parabéns pelo post, sempre com bom gosto e criatividade.
Tenha um fim de semana feliz e abençoado. Beijo no coração.
A tendinite é algo muito doloroso.
EliminarVá devagar amiga, para não piorar.
Adubemos então as amizades, amiúde, Prof.ª Lourdes.
Um beijinho, as melhoras e o meu obrigada pela visita.
Como gosto de ambos cá estou eu.
ResponderEliminarBeijinhos
:) Que bom voltar a ler as suas amigáveis palavras, Pedro!
EliminarObrigada e um beijinho.
Gosto de fado, e ainda mais de fotografias. E o Menéres é dos melhores fotógrafos que conheço.
ResponderEliminarAbraço
Eu diria que o seu amigo é um dos melhores, porque conheço outros muito bons, Elvira!
EliminarSe gosta de Fado e de Fotografia - isso eu já sabia - este postal também é para si. :)
Um abraço e obrigada por ter vindo.
Bom dia
ResponderEliminarÉ sempre agradável ouvir um bom fado , e ainda cantado por um senhor que se chama Alfredo Marceneiro .
Um bom dia
JAFR
Boa noite, JR! Fico feliz por saber isso.
EliminarO vídeo, com este fado, que era cantado pelo autor da música, o A.M., tinha um péssimo som e preferi optar por este. Falta-lhe a voz castiça do autor, é verdade, mas entende-se melhor.
Um abraço e obrigada.
A fotografia é fabulosa e o fado é sempre fado.
ResponderEliminarBeijinho, Janita :)
:)) Obrigada, Mª João.
EliminarUm beijinho.
a foto é divina :)
ResponderEliminar...porque é que achas que eu a cobicei, Laura?! :)
EliminarBeijos.
Toda a publicação está maravilhosa.. :))
ResponderEliminarHoje:- Afastam-se as nuvens do céu azul.
Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira.
A Larissa deixa-me sempre desarmada com tanta simpatia!
EliminarObrigada. :)
Beijinhos.
Gosto de fado e de fotografia!
ResponderEliminarAbraço
Só desconhecia que gostavas de fado, Leo.
EliminarDa fotografia, já sabia. :)
Forte abraço.
Gostei do fado, não conhecia.
ResponderEliminarE do magnífico trabalho feito com a belíssima foto inicial.
Janita, continuação de boa semana.
Beijo.
Esta foto, captou toda a magia e o drama que se oculta nas vielas, foi isso que senti, Jaime.
EliminarUm bom fim-de-semana, Amigo, e um beijinho grato
Gosto da foto e do poema e até do fado, imagina!!! :))
ResponderEliminarBeijinhos afadistados...
Tu, gostares de Fado, Graça, é de facto coisa para me abrir a boca de pasmo! :)
EliminarJá eu, sempre gostei de fado!! De tal forma que, há uns anitos - não muitos - por ocasião do meu aniversário, a minha filha fez questão de me oferecer um jantar no Restaurante "Mal Cozinhado", com música, baile, e, lá para as tantas, se cantou o Fado. Foi a melhor prenda que já recebi.
Só lamentei não ter par para dançar...Jesus, esta mocidade parece que tem dois pés 'esquerdos'... :)
Beijinhos dançantes e fadistas. :))
A imagem é fabulosa. O fado também... Tenho momentos que só me apetece ouvir fados! Ando nesses momentos.
ResponderEliminarBeijinhos. Boa noite.
Hoje, de todas estas belezas nada me pertence, Cidália, mas é tudo uma maravilha, motivo porque muito me orgulho de os apresentar no meu Cantinho.
EliminarUm beijo e obrigada.
Não sou muito de fados, mas gosto de ouvir Alfredo Marceneiro !
ResponderEliminarObrigada por teres vindo, Ricardo.
EliminarBoas férias!
Ia ficando zonza com o teu recadinho em movimento... :)
Abraço!
Hum..., não faz muito o meu estilo, mas a foto e o desenho são bonitos.
ResponderEliminarbji.
Obrigada, José!
EliminarUm beijinho, bom fim-de-semana.
Gosto de fado e gosto de fados e gosto de estar num ambiente de fado e gosto de ouvi-las cantar, mais delas do que deles, porque "sinto melhor" (seja isto o que for que seja) o modo como elas cantam, só por isso.
ResponderEliminarTenho duas antigas "paixões" fadistas: Teresa Tarouca e Ana Sofia Varela.
Não são como a Amália, eu sei. Mas isso que me importa se gosto de as ouvir.
Beijos com sorrisos dedilhados!
mas antes de "sair" toma lá disto:
Por vielas e travessas
o fado é cantado,
é gemido nas guitarras
e nas vozes é chorado.
Então, Zé, já somos dois. :)
EliminarDessas tuas paixões fadistas, a Ana Sofia Varela não é assim tão antiga. Aliás, a moça foi viver para a minha terra ainda criança e sempre manifestou ter boa voz e gosto pelo canto. Só mais tarde enveredou pelo fado. Por essa altura já eu não vivia lá, mas fui sabendo por terceiros, quando a jovem ganhou notoriedade. Já a Teresa Tarouca é da nossa geração, e era menina da alta burguesia, com gosto e voz para o fado.
Vês como eu também sei? ;)
Muito bem, Zé; não páras de me surpreender com as tuas aptidões em várias vertentes.
Até sabes entender a alma do fado, que nasceu um dia,
quando o vento mal bulia e o céu o mar prolongava...:))
Um beijinho afadistado e amigo. :)