Amar e ser amado
foi ventura
que nunca lhe coube em sorte.
Ora gostava de alguém sem
ter retorno
ou gostavam dele, e ele não,
pra seu desnorte.
E nesse navegar foi indo vida fora
vivendo ao sabor da corrente
sem nunca ter certezas.
Não naufragou no mar revolto
dos próprios sentimentos,
nem nunca ancorou num porto seguro.
Foi levado no sabor das correntezas.
Deixou por fim de querer sonhar,
ir ao encontro da alma gémea.
Fincou os pés no chão agarrando-se
à crua realidade.
Diz agora recear que por ironia do destino
lhe surja no caminho
a paixão tardia,
o tal amor correspondido.
Agora... para sua desventura,
amar seria uma loucura.
Agora não, agora já é tarde...!
Somos o resultado das nossas decisões ou por não termos tido a oportunidade de as tomarmos ou por termos de seguir em frente por não haver alternativa. Depois, já fora de horas, provávelmente nada acontecerá.
ResponderEliminarBoa Noite, um abraço.
"Termos de seguir em frente por não haver alternativa".
EliminarEscolho essa opção!
Fora de horas, é que tudo pode acontecer,
uma vez que esperar não é saber!!
Bom dia.
Um abraço.
Há um mistério nesse súbito encantamento, Janita _ um poeta escreveu que 'não sabia o que amava, quando amava'. Procurar a origem, melhor não.rs
ResponderEliminarA falência do amor está em em fraudar pensando no tempo tardio, na idade, no destino, no passado desamor. Corra pra ele, quando lhe aparecer rs Por favor, amiga.
e um bom sábado,com meu abraço.
Amiga Lis, sabes porque escolhi essa escultura de um senhor a alimentar o esquilito que vem comer à sua mão? Uma foto que tirei num dia quente deste verão, numa das minhas deambulações cá por casa à procura de objectos para fotografar?
EliminarÉ que chegamos a uma certa altura da vida, em que isso do amor, sincero, retribuído, respeitador e leal, entre duas pessoas, ou se consegue naquele golpe de asa miraculoso, ou, se tivermos ido ao engano, melhor não dar segunda chance. Corta-se o mal pela raíz e voltamo-nos para nós.
Correr para alguém? Eu fujo, que é diferente!! :-))
Bom fim de semana, querida Lis.
Beijo e um fraterno abraço.
Ah...tanta conv ersa e não disse porque escolhi essa foto.
EliminarDisse-me o senhor idoso que se encanta mais com a lealdade e gratidão dos bichinhos, do que com os sorrisos e palavras bonitas, dos homens.
Não é que numa tarde de sábado,quando o sol ja vai indo eu volto para ler um pouco mais sobre esses amores tardios e incontroláveis rs e as vezes rio as vezes acredito outras vezes penso 'não precisamos mais' rs e vejo que escreveu que "os desígnios de Deus, do destino ou do que seja, são insondáveis, inesperados e incontornáveis" Pois sim, amiga é isso_ deixa ver o que vem oras!! risos
EliminarDe verdade, amor é sempre bom seja em que momento chegar,por isso, digo _ deixa vir !! e seguimos sonhando .
A poesia do velhinho com o esquilo é daqueles antiguinhas e muito ternurenta, como voces dizem por aí.
Há sempre alguém escrevendo palavras bonitas que faz bem ouvir, sim E quem não gosta?
beijinhos ,Janita
Por muito que se diga e escreva sobre o amor e o desamor, alguma coisa ficará sempre por dizer e acresentar ao já dito ou ecrito.
EliminarAs opiniões serão sempre de acordo com as próprias experiências. É por isso que este tema foi, é, e será sempre, através dos tempos, um tema inesgotável, querida amiga Lis.
Beijinhos e e um bom domingo.
Para sonhar e amar nunca é tarde.Sempre há tempo! Linda tua poesia, Janita!
ResponderEliminarbeijos, chica
Basta acreditar, verdade querida Chica?
EliminarBeijos, amiga.
Bem-hajas.
Bom dia
ResponderEliminarApenas se pode viver uma vez
Já amar , não sei
Se se pode amar depois de amar
Nem sei se algum dia o saberei.
JR
O amor é dos sentimentos mais nobres que existe, caro JR.
EliminarQuem já amou, pode ter a sorte de voltar a sentir a renovação desse sentimento. Porque não?
Boa tarde!
Gostei muito do poema e embora me digam "que nunca é tarde para amar" fico entre as nove e as doze- acredito, não acredito...e como tal concordo com o que escreveste.
ResponderEliminarBeijocas e um bom dia
Tudo depende das circunstâncias, amiga Fatyly.
EliminarA vida não se mostra a todos com a mesma face.
Sei de uma pessoa, por acaso até é da minha família, que depois de enviuvar duas vezes, a primeira com apenas 36 anos de idade e a segunda já depois dos setenta, quis o destino que fosse reencontar um antigo amor, primeiro namorado.
Deixou a casa dela, com a concordância de filhos e netos - e se assim não fosse teria ido à mesma, olha quem - foi para o Alentejo, e viveu os dois últimos anos da existência desse homem já velho e doente, fazendo tudo para lhe proporcionar a companhia e a alegria que lhe faltava. Eu fui testemunha disso, nas vezes que os visitei.
Queres saber a melhor? A foto que tenho no cabeçalho e vos mostra aquela casa isolada na planície alentejana, pertence ao filho mais velho do homem que falo, e Deus já lá tem.
Minha amiga, os desígnios de Deus, do destino ou do que seja, são insondáveis, inesperados e incontornáveis.
Cada caso é um caso, minha amiga. :)
Beijinhos e tudo de bom.
Claro que cada caso é um caso e também conheço casos com sucesso e um que gostei tanto estavam ambos no mesmo lar.
EliminarJá faleceram há muitos anos e ironia das ironias morreram com 5 meses de diferença. Eu era muito amiga de um dos filhos ( meu colega) e ia com ele visitá-los.
Disse o que disse porque sem nunca ter aparecido alguém porque depois do dito, nunca me fechei ao mundo do amor e muito menos traumatizada, mas nunca surgiu:))) Digo sempre que tem sido o destino e o trilho tem sido de muito amor, criei as filhas sozinha e depois cuidei das netas durante 14 anos e amo a família que contruíram.
Beijocas e uma boa noite
Claro que sim, mas a diferença entre esses tipos de aFECTOS, É QUE OS FILHOS E NETOS CRESCEM E VÃO À VIDA DELES, AO PASSO QUE a companhia, o afecto, a cumplicidade e o companheirismo ficam sempre connosco até ao fim. Quando se tem sorte, porque nem sempre só a morte separa.
EliminarNão leves a mal mas não vou voltar atrás para refazer o que ficou em maiúsculas. Sem querer cliquei na tecla Caps Lock.
E agora vou desligar a gerigonça e só volto mais tarde.
Beijocas.
Há vários tipos de amor, algum nos há-de calhar! :))
ResponderEliminarAbraço
Nem mais, querida Leo!
EliminarSeria preciso muita desdita para não nos calhar nem um bocadinho desse sentimento tão nobre e belo.
Já que estou em maré de desabafos, vou confidenciar-te só a ti, :) uma coisa: Quando nasceu o meu neto mais velho, e eu pude voltar a ter nos meus braços, um ser que necessitava do meu carinho, atenção e cuidados, foi a melhor dádiva de amor que poderia ter recebido, numa altura da minha vida em que mais do que receber afecto, eu tinha necessidade de dar.
Criei-o desde os 4 meses até aos 4 anos, altura em foi para o infantário. Era comigo que passava todos os períodos das férias escolares. Ainda hoje, são dele os melhorea abraços que recebo.
Forte abraço, Leo!
O melhor mesmo é não pensar muito no assunto e ir vivendo, simplesmente!
ResponderEliminarBom fds!😊
Tens toda a razão, UmaMaria.
EliminarNormalmente é isso que fazemos todos, mas...lá vem um dia em que aliado ao desejo de botar cá pra fora o que nos esmaga, com a necessidade de alimentar esta boquinha santa que dá pelo nome de: «Blogue», olha sai o que sai e tu só não sabes isso porque não tens esta boca para alimentar. Eheheheheheheh
Bom FDS!!
Prefiro ler o que dizem os blogs...e comentar, às vezes! Preguiça 😚
EliminarNão sabes o que perdes! Isto de partilhar ideias, coisas que nos acontecem ou vimos, deitar conversa fora, acompanharmo-nos uns aos outros em horas de maior desconforto interior, é algo que requer algum trabalho, mas que acaba por se tornar numa boa companhia. Há mais alegria e prazer em partilhar, em oferecer, do que em receber, acreditas?
EliminarPorque achas que as minhas respostas e comentários não se resumem a simples monossílabos? Eu gosto de me dar. Tu gostas de receber... 😛
Eu trabalho, Janita! Quando estiver reformada...quem sabe se não farei um blog?
EliminarLonge de mim pressionar-te, Manela!!
EliminarTu fazes e farás o que bem entenderes com o teu tempo livre.
Estas coisas que eu digo não são por mal, sou eu que estou a ficar meio-rezinza e chata, mas é!
Beijinhos
Gostei deste poema reflexão. Acho que este modelo de vida não é assim tão raro...
ResponderEliminarmas, mas nunca será tarde para amar, digo eu...
Bom fim-de-semana, com tudo de bom!
Muito obrigada pela visita e pelas palavras, Fá menor.
Eliminarvamos vivendo, naturalmente, sem correr atrás de nada, e o que tiver de acontecer que aconteça. O importante é vivermos de bem connosco mesmos, com a nossa consciência.
Tudo de bom também para si.
Bom fim-de-semana.
Nunca é tarde para amar. Pode é, quem sabe, já não ser cedo.
ResponderEliminar(onde raio fui buscar este pensamento?)
Beijinhos, Janita.
Ora, António...antes assim que pior e antes melhor do que assim.
Eliminar:)))
Beijinhos e bom sábado
( ainda nem fui ouvir a tua esciolha musical, mas vou já. )
Nunca é tarde demais para amar.
ResponderEliminarBeijinhos e um bom fim de semana
Dizem que sim, mas eu já não sei nada, cara Paula.
EliminarObrigada, igualmente.
Um poema, bem engendrado que nos dá conta da ordem dos mistérios quando o amor invade o ser humano e descortina súbitas aspirações diante dele, aqui e ali, dentro e fora. É, portanto, sempre uma “loucura” senão não seria amor, risos! Nunca é verdadeiramente tarde, risos! Que seja já, risos!
ResponderEliminarAbraços, minha amiga Janita!
Adorei o seu poema! Obrigada pela partilha :) 🙏🌹
ResponderEliminar-
Beijo e um excelente fim de semana
Grata pela boa aceitação a estas palavras soltas ao vento, Cidália.
EliminarBeijinhos.
Nunca é tarde para amar, pode é não acontecer quando queremos, mas o amor acontece nos momentos mais inesperados.
ResponderEliminarNunca desistas
Gostei miito do teu poema.
Beijinhos amiga Janita
��
Desistir eu já desisti, aliás, nunca estive à espera.
Eliminar"Enxoval que não vai com a noiva tarde, ou nunca, chega"
Nestas coisas é igual.
Beijinhos, querida Manu!
Nunca é que seria tarde, agora ainda é possível, risos. Mas cada um sabe de si, o eu lírico já disse o que lhe vai dentro da alma. O amor que sacia e invade a alma é um desses mistérios e dessas súbitas aspirações que corrói a vida, por dentro e por fora. O amor é loucura, ou então não é amor, então para que teorizar se não sou um terapeuta, vivê-lo é melhor que sonhar? Ou deixá-lo para depois! Quanta dúvida!
ResponderEliminarSabe de uma coisa, um bom final de minha amiga!
Abraços,
de semana, minha amiga!
EliminarAh, meu amigo, claro que vivê-lo é sempre melhor do que sonhá-lo.
EliminarMas de que adianta o sonho se não passar disso? Nada, mas sonho é isso mesmo, é ir desejando e o o que vier vem. Entretanto passa a vida e acaba tudo. Isto de filosofar e poetar tem que se lhe diga.
Bem faz o José Carlos que vai embalando no surrealismo delirante e escreve textos que nos pôem a cabeça à roda sem sequer nos embriagarmos de paixões assolapadas.
Só para lhe acompanhar o passo já ficamos sem fôlego. :)
Dúvidas, incertezas, fazem parte de todas as vidas.
E por agora estamos conversados, amigo poeta.
Bom domingo.
Um abraço.
Tarde vem
ResponderEliminaro que jamais chega
Pelo poema
percebo
que se trata
de quem nunca quis
que chegasse
O amor, não se procura
Do amor, não se foge
O amor acontece
(esse velho,
de cerâmica
é o meu estilo
aqui
onde me encontro
só me falta o esquilo!)
...ou, então, chegou sob uma capa de engano.
EliminarQuando se acordou do sonho,
megulhou-se num pesadelo sem fim.
Também poderia
ter sido assim...
O amor não se procura
não se sente quando se quiser
quantas vezes a gente sente
amor por quem não sabe querer?
(Quem não tiver esquilitos
pode muito bem alimentar gatitos!)
.