Olhando a tua planície
Ó meu Alentejo d'ouro
Sinto inundar-me a saudade
De ti, meu chão, meu tesouro.
E nesta saudade imensa
Os dias se vão escoando
Vivo assim; ao Deus dará
Com a saudade apertando.
Tantas lembranças trazidas
Do tempo em que eu fui criança
E em procissão fui pagando
As promessas que não fiz
De dores, por outros, sofridas...
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Um dos efeitos do confinamento em mim: a saudade da minha "terra".
ResponderEliminarDurante 20 anos nunca pensei que talvez não devesse ter deixado a minha "pátria". Este ano, privada do mar e da minha família, o pensamento ocorreu-me.
A imagem parece-me ser de um quadro, não de uma fotografia.
Parabéns atrasados ao Noah pelos 17 meses!
Um abraço do Algarve,
Sandra Martins
Olá, Sandra.
EliminarPensei que fosse do Algarve, afinal, não é essa a sua terra.
Poucos de nós ficamos a viver na terra onde nascemos e crescemos, talvez por isso, vivamos sempre cheios de saudade.
Obrigada, por se lembrar do Noah. Em Abril fará o ano e meio. Não fora a pandemia e começaria a frenquentar em "part-time" a escolinha, assim só o fará aos dois anos.
Um abraço.
Expliquei-me mal. Sou algarvia sim. Dos quatro costados.
EliminarSó que, antes de casar, vivia praticamente com os pés dentro do mar e agora estou em plena Serra do Caldeirão.
É uma distância pequena e que nunca foi problemática até surgir um senhor vírus, de seu nome "Covid-19", que me tem impedido de percorrer essa distância durante meses. E isso pesa.
Um beijinho Janita (com pronúncia algarvia na mesma)!
Sandra Martins
Ah, bem, agora percebi. Mais uma consequência desta maldição que nos caiu em cima.
EliminarTambém não cheguei a esclarecer algo importante relacionado com a foto do Alentejo que a Sandra mencionou como lhe parecendo um quadro. Foi tirada por mim do alto de S. Gens, onde está localizada a Pousada com o mesmo nome e a Capela da Padroeira de Serpa, nos princípios de Junho de 2018. Última vez que lá estive. A casa que se vê no centro é a residência de um amigo, cujo pai estava connosco nesse dia - entretanto falecido - antes de regressarmos passámos por lá. Um verdadeiro paraíso no meio da planície alentejana. É a segunda vez que a publico.
Um beijinho, Sandra. :)
Que saudosista que tu estás, Janita.
ResponderEliminarQue paisagem linda.
Sou eu com saudades do Alentejo e tu, Teresa, saudosa do Porto.
EliminarA vida tem as suas bizarrias. Já minha Mãe dizia:" Do Nascente ao Poente, ninguém com a vida que tem está contente".
:)
Poema sobre o Alentejo - que amo - muito bonito. Ricardo Ribeiro numa interpretação sublime.
ResponderEliminar.
Um dia feliz
Abraço poético.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Fico contente popr ter ouvido esta bonita e sentida canção dedicada ao Alentejo. Agora já não existem mondadeiras, mas as canções fazem-nas reviver.
EliminarUm abraço grato.
O belo Alentejo dourado de planícies sem fim. Também gosto muito. Gosto muito de Serpa e de Mértola, embora no Verão seja muito quente.
ResponderEliminarEu sou de Lisboa. Nunca saí daqui, a não ser para passear. E, quando volto, é sempre com alegria. Não sei o que é ter saudades da terra. Mas até que gostava de viver umas temporadas noutro sítio, como o Porto 😊. Como sabes, tenho a minha filha aí a viver e gostava de me poder deslocar. Vou reformar-me no final do próximo ano e espero ter saúde para poder passar uma temporada aí em cima.
Quanto ao anjinho,também me vesti assim numa procissão do bairro, há muitos,muitos anos....
Outros tempos...
UmaMaria.
EliminarO Alentejo é um inferno no Verão, quem é de lá habitua-se e à tarde, na hora de mais calor, dormem a «folga», ou sesta, como se diz aí em Lisboa. Levantam-se cedo e ficam à noite nas esplanadas a tomar bebidas frescas ou comer gelados. Agora, porque quando eu era miúda e não havia disso, sentavam-se adultos e crianças em cadeiras baixas, à porta de casa. Nessa altura eu ficava a olhar para o céu e a contar as estrelas. :)
Ó Maria, aonde é que tu vês um anjinho? Acaso eu tenho ali asas e estou vestida de branco? Nossa Senhora das Dores, é que é! Não vês o coração cravado de setas e o manto de cetim azul clarinho sobre o vestido de cor carmim? Pois, é pena a foto ser a p&b.
Beijinhos. :))
Tens razão! Não é anjinho. É santinha! Isto é por não pôr os óculos. Só pode!
Eliminar😊 Acontece aos melhores, UmaMaria. Eu por vezes até com óculos faço igual ou pior. Não fiques aborrecida.
EliminarAlentejo d´oiro! de que o poema é uma luminosa pepita...
ResponderEliminarpoesia lírica, em seu esplendor!
abraços
O seu comentário, Manuel Veiga, denuncia-lhe a alma de Poeta. :)
EliminarMuito obrigada por ter vindo visitar-me.
Um abraço
Nunca fui ao Alentejo, mas tem paisagem muito serenas...
ResponderEliminarGostei de ler :)
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Vaguear de espírito livre, e sozinho
*
Beijo, e um excelente dia :)
A serenidade das paisagens alentejanas passaram-me um pouco al lado, pois nunca fui uma menina tranquila.
EliminarObrigada, Cidália.
Um beijo.
Nostálgica, hoje.
ResponderEliminarA nostalgia, meu amigo, é assim a modos que um iô-iô, tanto baixa como sobe. Gosto da doçura que a nostalgia me traz. Acalma-me a alma e os sentidos. Dá folga aos meus delírios. :)
EliminarUm poema carregadinho de nostalgia
ResponderEliminarPor um Alentejo tão vivo sempre
Gostei
Muito Obrigada, Miguel.
EliminarGostei muito do que escreveu.
Um abraço. :)
Ainda bem
Eliminar😊
Um abraço
Coincidência ou não, estive a recordar as minhas viagens ao Alentejo e venho aqui e deparo-me com um bonito poema, acompanhado de uma foto, que te deve trazer saudades da infância.
ResponderEliminarO cante alentejano não podia faltar, gosto muito desse moço.
Beijinhos Janita
Transmissão de pensamentos talvez, Manu.
EliminarNa verdade, amiga, quando se fala no Alentejo, o Cante tem sempre de estar presente.
Falas no "moço", mas este não é o Luís Trigacheiro, este é o já mais conhecido Ricardo Ribeiro que no Cante não lhe fica atrás.
Beijinhos, Manu. :)
Boa noite
ResponderEliminarSou do norte mas gosto do meu Portugal nomeadamente do Alentejo onde já passei férias várias vezes e onde inclusive gostaria de viver
JR
Boa noite, JR.
EliminarCreio não haver quem não goste do Alentejo. Houve uma altura em que tudo quanto era figura pública desatou a comprar Montes antigos, restauraram-nos, equiparam-nos com o conforto citadino e, a maioria, mudou-se da capital com armas e bagagens para o sossego alentejano. Se puder, faça o mesmo.
:)
Amigo Rogério,
ResponderEliminarpeço imensa desculpa, mas ao eliminar o comentário que o Rogério apagou, eliminei o que estava junto. Que aborrecimento.
Por favor, volte a comentar e desculpe-me a imprudência.
Um abraço pesaroso.
Uma situação que já me aconteceu com um comentário seu. E deu confusão, fui instado a explicar convincentemente. Acontece.
EliminarPena!
EliminarEra tão poético que não sei se consigo
amanhã tento
estou vendo "Tudo é economia"
e, sendo assim, perco a rima
Mas venho
prometo
Luís..."instado a explicar convincentemente?
EliminarQue exagero...
Rogério.
Eu sei que não vai conseguir reproduzir outro comentário igual, isso é obvio, nunca conseguimos recordar o que escrevemos de improviso. Peço-lhe desculpa novamente e pode deixar ficar assim, que eu já me sinto compensada com esta sua atitude compreensiva.
Um grande abraço.
O que prometo, cumpro
Eliminartalvez não me lembre de tudo
mas o sentimento
esse não esqueço
Dizia que tão belo canto
sinto-o como pranto
de um tempo
onde o Alentejo
era o celeiro da Nação
Terras, da monda, da ceifa, do pão
Terras da minha saborosa "Vinagrada"
a saber a coentrada
essa terra está em mutação adiantada
entregue ao cultivo intensivo
na posse de mão estrangeira
Que saudade tem Meu Sangue Mouro
daquele vento suão a fazer ondular
o dourado da seara
Era mais ou menos isto
e acabava enviando um abraço
com a minha costela alentejana
Meu amigo antigo
Eliminaramigo do peito, da alma
esse seu sangue Mouro, esse
seu ser por inteiro, dando-se tanto
a tudo aquilo que abraça,
sejam causas, seja gente,
toca-nos profundamente
e a mim, especialmente, deixa-me
sempre sem graça.
Um abraço igual,
desta alentejana dos quatro costados.
Também gosto do Alentejo, tenho uma ligação afectiva a gente de Campo Maior.
ResponderEliminarQuanto à imagem digo "santificado seja o Vosso Nome".
Boa Noite
Vá lá...gosta do Alentejo!
EliminarE eu responderia: " ...Venha a nós a Vosso reino"
Boa noite!
Luís...também agora me lembrei e vou repôr a verdade refrescando-lhe as ideias. O que eu o "instei" a esclarecer não foi o apagar o meu comentário, foi a razão porque não me havia respondido lá no blogue, passando pelo meu comentário como se fosse invisível, e pedir-lhe para, em vez de me dizer que escrevesse outro fazendo-me o pedido via email, mo pedisse no blog. Assim é que foi que as coisas aconteceram mas às vezes o Luís tem lapsos de memória...
EliminarBoa tarde!
Alentejo
ResponderEliminarÉs nossa terra
Ai, quem nos dera
Lá estarmos agora
E a mocidade, com saudades
Ouvir cantar, como ouvi outrora
Terra bela
Tão desejada
Casas singelas, de branco caiadas
Eu nunca esqueço, que foste meu berço
Lindo cantinho, desta pátria amada
Boa noite...
Ah, que coisa mai'linda.
Eliminar"Lindo cantinho, desta Pátria amada"
Que trago comigo no peito gravado
Saudade tão funda do trigo ondulando
Douradas searas de pão amassado.
Obrigada, SONS & SENTIDOS.
Um abraço.
Aquela imagem é um horror!!! :))))
ResponderEliminarBeijinhos
Não é nada! Representa um tempo, uma época!
EliminarQuerida UmaMaria.
EliminarO Pedro está a brincar... 😊
Quando ele diz que qualquer coisa está horrorosa, é porque gostou e muito. Sabes como é; estranhas formas de vida têm certos corações. 😅 😅
Beijinhos para ambos.
Bem, eu não conheço o Pedro. Por isso, peço-lhe desculpa por ter interpretado à letra. 😊
EliminarEu sei, amiga, e sei também que o Pedro não levou a mal.
EliminarÉ a pessoa mais descontraída, mais vive e deixa viver, que anda por estas paragens. 😊
Se quiseres dar um salto aos seus "Devaneios a Oriente", vais ficar cliente.
Beijinhos muito gratos. Essa tua atitude revelou-me algo de ti de que gostei muito. É muito bom termos quem esteja do nosso lado . 😊
😊
EliminarOlá, Janita, eu adoro ver cantos à terra amada, adoro ver o apego, a emoção nascer no coração dos filhos que idolatram a sua terra. Sabes por quê? Sou gaúcha, e essa emoção, esse gostar da terra em que nascemos, esse orgulho que levamos junto para onde formos é muito forte. Até dizem aqui no Brasil que somos muito bairristas, isso quer dizer que o Rio Grande do Sul, bem no sul do Brasil, a gente da terra é diferente. O amor à terra é muito forte. Somos gaúchos. Por isso entendo o que estou vendo aqui. Achei lindo o poema.
ResponderEliminarNão consegui ouvir o vídeo, o pc está com problemas no som, e só vou mandar arrumar quando a vacina vier. Está vindo aos poucos...
Uma boa semana pra você, com muita saúde e paz.
Beijinho.
Olá, Tais!
EliminarGostei que esta forma de apego à terra que nos viu nascer, seja de seu agrado.
Há quem considere isso bairrismo, saudosismo, na sua vertente mais negativa e um monte de coisas menos agradáveis.
Eu digo que cada pessoa é diferente da outra até na sua maneira de gostar. Respeito os quereres alheios e gosto que respeitem os meus. Muito grata pela sua compreensão, amiga.
Desejo-lhe tudo de bom aí nesse País conturbado.
Um grande beijinho com amizade.
Lindo demais e saudades da terra é grande! Como a Taís, sou u ga[úcha, da mesma cidade dela e á bem assim mesmo! beijos, chica
ResponderEliminarAs nossas raizes falam sempre mais alto, querida Chica.
EliminarUm beijinho para ti, voando por cima das águas que nos separam.
Gosto muito do Alentejo e dos seus cantares!
ResponderEliminarTambém gostei do teu poema com toada dorida!
Abraço
Às vezes sou um bocado 'chata' batendo demasiadas vezes nesta tecla com sotaque alentejano, não é querida Leo?
EliminarFazer o quê...são mágoas minhas que vêm à tona.
Um beijinho com amizade.
Esta pandemia fez-nos/faz-nos ter saudades de muitas coisas...
ResponderEliminarBonito Alentejo, sim senhor!
Saudades das pessoas, de sair para arejar as ideias e saudades de voltarmos a ter vida própria. mas temos de suportar tudo e aguardar com calma.
EliminarTu, deves também sentir saudades do Algarve. :)
Beijinhos, Catarina
Gosto do pouco que conheço do Alentejo.
ResponderEliminarNa verdade o Alentejo é de todas as províncias do Continente aquela que menos conheço.
Abraço e saúde
Elvira.
EliminarQuanto toda esta 'poeira' do Covid assentar, não deixe de fazer uma visita ao Alentejo. Não se irá arrepender.
Um abraço e obrigada.
Mas gosto muito de visitar o Alentejo ainda verdinho e florido pela primavera :)
ResponderEliminarA Primavera á a melhor altura do ano para lá ir.
EliminarSe bem que eu goste dele todo o ano. :)
Beijinhos, Ângela.