domingo, 15 de setembro de 2024

__O MAIS RIDÍCULO E IDIOTA ENTRE MILHÕES__ *

 

(*) Há muitos, muitos anos, era eu uma adolescente já espigadota e  facilmente impressionável, vi, numa sala de Cinema, o  filme da imagem à esquerda, que me deixaria uma forte e negativa impressão sobre o actor Paul Newman - como se as personagens tivessem de ser iguais a quem as interpreta...Enfim, coisas de adolescente! Nem a beleza do actor o salvou do meu profundo desprezo, pelas grosserias que dizia e praticava. Muitos anos volvidos e  muitos filmes de Paul Newman vistos, lembrei-me hoje do filme, quando pensava que título dar a esta publicação. 
Que me perdoe o actor pela comparação, se bem que as selvajarias do filme, perto das enormidades que saem da boca desta criatura - embora não seja exemplar único, já que lá das bandas da Europa de Leste haja um outro não menos ridículo... e selvagem. Adiante, senão nunca mais saio daqui!
Ora, vejam e oiçam o que já devem  ter visto. Eu só há pouco vi aqui e aqui.






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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

REEDIÇÕES - COM ALGUMAS ALTERAÇÕES.

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Hoje, volto a deixar-vos uma história em verso, de raízes antigas e tradicionais, vinda do tempo dos trovadores, que poderia servir a uma análise bastante profunda, quem sabe até, a um estudo de comportamento, no aspecto moderno da emancipação da mulher. 

O FIDALGO E A CAMPONESA

(Fidalgo)

Gentil pastora, ouve um estranho,
deixa o rebanho, vem me escutar
pois que perdido há mais de uma hora
vago pastora neste lugar.

(Pastora)

Senhor bons dias, bem-vindo seja
tranquilo esteja que a vila é perto.
Siga essa estrada bem direitinho
não há caminho mais curto e certo.

Extensas léguas hei caminhado,
estou prostrado não tenho ar.
Vê se me indicas qualquer um pouso
onde o repouso possa encontrar.

Senhor bem vejo que vós sois nobre
meu lar é pobre vede-o acolá.
Se aos vossos brios não há perigo
meu triste abrigo não longe está.

Muito obrigado gentil morena
mas, ó que pena, não posso ir.
Tu meiga e bela, de encantos cheia,
cá desta aldeia deves fugir.

Ah! Não que eu tenho vida folgada
sou muito amada de coração.
Meu nome adeja aos sons cadentes
dos versos quentes de uma canção.

Isto que vale, bela serrana,
se uma choupana só tens por lar?
Deixa este sítio na soledade
vem à cidade viver, gozar.

 Ai, morreria lá na cidade
só de saudade da gente nossa.
A viver rica mas esquecida
prefiro a vida na minha choça.

Mas se eu te trair nada tu sofres,
dou-te os meus cofres, juro por Deus.
Habite eu pobre numa choupana,
tu, soberana nos Paços meus.

Ah, não aceito que é vil desdouro
guarde o tesouro meu bom senhor.
Para tornar-se rica princesa
a camponesa não vende amor

És muito pobre pra amor tamanho
segue o rebanho mulher grosseira
Ah, como és tola, como eu te iludo
não passa tudo de brincadeira.

Se em vossas pompas, a vós senhores,
vendem amores as cortesãs,
essa fraqueza das damas nobres
não mancha as pobres das aldeãs!
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Quem terá escrito tão bela história em versos rimada que tão linda é? Pois o autor só poderia ter sido:  Almeida Garrett! 😊 
 
❤❤❤ 🌼  ❤❤❤

Agora temos outra Camponesa, mas quem  sabe desta é:
 Rui Veloso.



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terça-feira, 10 de setembro de 2024

TERÇAS-FEIRAS MUSICAIS.

 


  Marco Horácio
Rouxinol Faduncho
(Cães de Loiça)
 


 

Os cães de loiça voltaram a estar na moda. Seja em casa, no seu jardim, ou sentadinhos no sofá da sua sala.

Que o diga a Exma. Senhora Dona Palmier, pintora afamada em Portugal, de Norte a Sul, no estrangeiro e até na blogosfera. Pessoa, assaz, chique a valer!



[ Esta imagem está a ser publicada sem prévio consentimento da sua autora, a Sra. Dona Palmier. Se me for comunicada qualquer forma de repúdio, ela será de imediato removida. Obrigada.]






segunda-feira, 9 de setembro de 2024

PASSEIO PELO RIO DOURO.

 


À proa dum navio de penedos,
A navegar num doce mar de mosto,
Capitão no seu posto
De comando,
S. Leonardo vai sulcando 
As ondas
Da eternidade,
Sem pressa de chegar ao seu destino.
Ancorado e feliz no cais humano,
É num antecipado desengano
Que ruma em direcção ao cais divino.




 
Lá não terá socalcos

Nem vinhedos

Na menina dos olhos deslumbrados;

Doiros desaguados

Serão charcos de luz

Envelhecida;

Rasos, todos os montes

Deixarão prolongar os horizontes

Até onde se extinga a cor da vida.




 


Por isso, é devagar que se aproxima
Da bem-aventurança.
É lentamente que o rabelo avança

Debaixo dos seus pés de marinheiro.
E cada hora a mais que gasta no caminho
É um sorvo a mais de cheiro
A terra e a rosmaninho!

S. Leonardo de Galafura

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[ Fotografias minhas - Poema de Miguel Torga ]


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domingo, 8 de setembro de 2024

QUANDO O ESPAÇO VAZIO DAS PEDRAS REMOVIDAS SE TORNA NUM BELO JARDIM.

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Retalhos de Vidas Vividas.


Minha Mãe levantou pedras
Daquele chão empedrado
Que num tempo longínquo
Havia sido uma cavalariça
Na casa emprestada a meu Tio
Pelo dono de uma Herdade
Onde havia sido trabalhador,
Durante quase toda a sua vida adulta.
 

Solteirão, que na juventude 

Tinha sido marinheiro,
Ali  acabaria os seus dias de velhice.
Minha Mãe, quis ir viver com o irmão. (2 anos mais novo, sentindo-se sua protectora - como sempre - desde que aos 11 e 13 anos, respectivamente, ficaram órfãos de mãe)
Fazer-lhe companhia - disse-nos - a mim e à minha irmã.

Sempre que os visitava ficava
boquiaberta com os bonitos canteiros
de lindas flores que iam embelezando 
aquele espaço, junto e à volta do alpendre
com telheiro onde, suponho, tenha sido o
lugar das manjedouras - sei lá- digo eu!
Agora, remodelado a seu gosto

Um dia, perguntei-lhe:

-"Mãe, aonde vai comprar toda esta variedade de flores tão bonitas"?
Fez sinal para que me aproximasse 
Dizendo-me baixinho ao ouvido
Para que o meu Tio a não  ouvisse:

"-Levanto-me cedo, mal amanhece e vou ao Jardim Público
O mesmo onde tu brincavas quando saías da escola.
Então, sob o olhar vigilante e cúmplice do Primo António,
que é agora o jardineiro, tiro uma 'pernadinha' aqui, outra ali, com raiz.- Ninguém nota nada, e vou embelezando este deserto..."

Já ambos partiram e, segundo sei, lá no Eden onde ambos residem agora, são abençoados pelo Criador.
O meu Tio pela honradez e lealdade de carácter.
Mestre João Moreno - como respeitosamente era tratado lá na terra, e já antes havia sido tratado seu Pai; meu Avô.


A minha saudosa Mãe, por ter apenas mudado de lugar uns raminhos de plantas.
Tornando mais agradável, perfumado e florido
o espaço inóspito, onde antes só havia pedras.
Não merecia o castigo de ficar a penar no Purgatório...
Isso, qualquer ateu deduz!



ADENDA:  Tudo o que escrevi acima poderia ter sido invenção minha, mas não foi. Jamais usaria o nome e imagens de familiares que me são queridos para contar estórias. Quem  conheceu estes meus familiares sabe que é verdade. Desde o apego de minha  Mãe pelo irmão, como os factos que contei. Os factos, as palavras poderiam não ter sido exactamente assim como as descrevi.
É evidente que não tenho fotografias que testemunhem o levantamento dos paralelos do quintal da pequena casa onde tudo aconteceu, mas tenho esta foto para testemunhar que, esteja minha Mãe onde estiver, para além de saber que tudo isto é verdade, descansará com infinita Paz, pois nem a morte a separou do seu mano mais novo. Os seus restos mortais repousam juntos na mesma campa.
Descansem em Paz queridos Mãe e Tio  João , e perdoem-me perturbar a vossa memória.  Esta será pois a última vez que de vós falarei publicamente. Infelizmente, existem pessoas que não merecem ouvir a verdade, de tão habituados estarem a contar mentiras. 

Cemitério de Serpa



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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

___AFINAL...

 

...O invento já tinha sido inventado!




A  água-ardente!
A água-pé!
A água-benta, 
como bem lembrou 
o amigo Juvenal Nunes...

E que mais?
Que mais?...Ena tantas... 
Só o Remus trouxe-me
esta catrefada:
Água-de-colónia. 
 Água-oxigenada.
 Água-destilada.
 Água-gaseificada.
 Água-de-Rosas.
 Água- tónica.
 Água-de-côco...

E é melhor ficarmos por aqui!!!




É bom trazer de volta o grande Mário Viegas!


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terça-feira, 3 de setembro de 2024

TERÇAS - FEIRAS MUSICAIS.

 


 Carlos Paião
 (Cinderela)



Uma vez que este vídeo dispensa que publique a letra, dedicarei uma linhas ao nosso querido médico/cantor/poeta/compositor que tão cedo e de forma tão abrupta nos deixou.



Carlos Paião, perdeu a vida num acidente de automóvel a 26 de Agosto de 1988. 
Licenciou-se em Medicina, mas a Música foi a sua grande paixão. Por ela, viveu e morreu. Tinha apenas 31 anos de idade. 
Dirigia -se para mais um concerto quando, não se sabe bem como, o choque com outro veículo  roubou-lhe a vida.

Pouca gente saberá que a maioria das letras e músicas do personagem que Herman José criou, Serafim Saudade, são de sua autoria.


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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

💓 HAPPY MONDAY 💓

 💓  💓   💓  💓


  Primeiro dia de aulas do Noah depois das férias de Verão.




Morangos e panqueca de banana, ao pequeno-almoço, fornecem energia, dão saúde e fazem crescer os meninos que gostam de aprender!! 😋


 💓  💓   💓  💓

____ FUI MEDALHADA! ___

 




Chamem-lhe vaidade
Parolice, o que for
A brincar, sem esforço
Ganhei uma Medalha! 
Vou pô-la ao pescoço
Vou dormir com ela
Sempre à cabeceira
Orgulhosa, por ostentar
Algo que exigiu trabalho
Ao Artista 
Seu criador. 

Criar Arte e Beleza
Requer dedicação e carinho.

 Clique 

 
Só por isto ( e outras generosas ofertas de outros blogueiros )   já valeu a pena 
ter percorrido este trilho, por vezes tortuoso,
da blogosfera!  😊


 


 Mai'nada!!

Clique

😊  🌼  🧡 🌺  🤗 

domingo, 1 de setembro de 2024

___REEDIÇÕES HUMORÍSTICAS___

 

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HUMOR E POESIA


Perante tão cruel infortúnio
fica a ansiosa donzela
em fofo leito,
desfeita em lágrimas
sentidas...

Agora com o seu
sonho desfeito
lá terá que se preparar
para novas 
investidas...


Tentei encontrar um poema de Bocage que casasse bem com este caso. Após algum tempo de infrutíferas pesquisas, acabei por me inspirar no 'soneto da donzela ansiosa' e escrevi eu este simples poeminha.
Creio que assim fica o ramalhete mais composto... Porém, o julgamento final ficará a cargo dos meus caríssimos leitores.


Foto Minha - Não é a mesma da edição - 
(Flor de laranjeira )


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