Escreveu esta dedicatória num livro do autor referido acima, e me foi oferecido num Natal já distante, o meu filho, então estudante na Universidade do Minho.
Foi sendo a sua vida construída aos poucos, feita de pequenos/grandes sucessos e algumas frustrações, mas, mercê da sua força de vontade, persistência e determinação - a tal resiliência, hoje tão em voga - conseguiu alcançar os seus objectivos pessoais e profissionais. Não foi fácil, sofreu reveses, mas a luta tornou-o mais forte.
Quando eu, hoje, ao tentar colocar alguma ordem na desordem em que convivem livros já lidos e relidos, com outros meio-lidos ou ainda por ler, encontrei esta preciosidade, já de folhas amarelecidas pelo tempo.
Comovi-me com a lembrança desse Natal distante, em que as esperanças dos meus filhos em alcançar os seus objectivos, eram as minhas esperanças, e a sua luta era a minha luta.
Comovi-me também com a desventura da pobre e jovem Cândida Erêndira - que continuou a correr, com o colete de ouro, mais além dos ventos áridos do deserto e dos entardeceres de nunca acabar. Jamais se voltou a ter a menor notícia dela nem se encontrou o vestígio mais ínfimo da sua desgraça.
Tampouco por aqui se encontrará. Talvez, um dia, quando os meus descendentes forem remexer nas caixas empoeiradas, cheias de velhos livros, no sótão, encontrem, feita em pó, cinza e nada, a Velha e Desalmada Avó, que deu origem à Incrível e Triste História
escrita pelo autor de «Cem Anos de Solidão.».
São as recordaçôes que nos trazem à memória etapas das nossas Vidas
ResponderEliminarE essas justificam bem a Alegria do sucesso dos filhos
Beijinhos e uma Boa Semana
Não que eu seja saudosista e viva presa ao passado, com tudo o que de bom e mau ele teve, mas quando me vêm ter às mãos coisas que me lembram os velhos tempos, em que a presença dos filhos era uma constante, isso mexe comigo. Acho que se passa o mesmo com todos nós.
EliminarBeijinhos.
Lembranças e saudades, não são sempre tristezas, na maioria das vezes, creio, são pontos de luz de uma vida vivida.
ResponderEliminarBeijo em TU
Certamente, Non, se fossem só tristezas mal seria. Dessas, das tristezas mesmo tristes, nem eu falo ou quero sequer lembrar. Deus me livre e guarde!
EliminarBeijinhos grandes.
Também se vive de recordações e às vezes elas são as nossas maiores aliadas na luta contra a solidão.
ResponderEliminarDeixo um grande abraço
Não Elvira, não quero viver só de recordações. Já agora!... Enquanto houver em mim um sopro de vida, eu quero viver coisas novas. Nem que seja ir ao cinema ou ver na TV um filme que já vi, mas gostei, ler ou reler um livro que me emocione, coisas assim. Preencher os dias solitários a relembrar o passado que passou e não volta mais, não.
EliminarBeijinhos.
Aquilo com que se constrói a vida
ResponderEliminarsó é pequeno se visto
de fora da vida construída
e aos nossos filhos
os vemos
sempre por dentro
Quando refiro 'pequenas coisas', acredito que o meu filho também, quero dizer coisas simples mas gratificantes e belas.
EliminarNão são precisos grandes feitos para enriquecer uma vida.
O Rogério, entende o que quisemos dizer. :)
O meu autor favorito.
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana
Também o meu, Pedro.
EliminarQuando me lembro das vezes em que quase desisti de prosseguir com a leitura daquela saga da 'famelga' Buendia...mas consegui levar a coisa até ao fim. Já o «Amor em Tempos de Cólera» li e reli.
Beijinhos
Bom dia
ResponderEliminarJá alguém cantava assim :
A vida é feita de pequenos nada !1
JAFR
Na verdade é mesmo isso, pequenos nadas que nos podem trazer grandes alegrias.
EliminarEntão esses poemas, saem ou saem à cena?
Boa noite, Joaquim.
Bom dia
EliminarTentei mandar através do email que aparece no seu blog , mas não foi reconhecido .
Se puder ajudar de outra forma fico grato
Joaquim Rosario
Boa tarde.
EliminarNão tenho email no blogue, mas se o Joaquim faz muita questão que eu leia os seus poemas, pode enviarmos para aqui:
fgmncf@gmail.com
Nada a agradecer.
Que lindo, Francisca!
ResponderEliminarVotos de excelente semana para si e um beijinho grande.
:) Olá, Ricardo!
EliminarNada de mais, apenas lembranças que trazem de volta momentos felizes e já distantes.
Um beijinho e grata pela visita.
Boa semana para o Ricardo, também, e para toda a família.
As lembranças são sempre boas. (as boas) Gostei da postagem!
ResponderEliminar-
Sussurros ao entardecer ...
Beijo e uma excelente semana!
Na vida temos de tudo, como na farmácia, Cidália! :)
EliminarBeijinhos.
Estou outra vez muito cautelosa a mexer em recordações!
ResponderEliminarÀs vezes dói!
Abraço
Compreendo, cara amiga.
EliminarHá que dar tempo ao tempo, para que as feridas cicatrizem.
Um grande abraço, Leo.
Garcia Marquez, um escritor de eleição, a reler sempre que possível.
ResponderEliminarLivros é (era) uma das minhas "ocupações" preferidas, alguns dos quais foram à vida, num incêndio. E quem não lê, não sabe. Parabéns ao seu filho.
1 bji.
Quando se perdem livros, é como perder amigos.
EliminarTodos os que já perdi foram os que emprestei e não me foram devolvidos.
Por motivos diferentes, dos do José, também leio hoje muito menos do que lia. Primeiro, por causa dos olhos que já só conseguem ler 'letras grandes', depois por culpa das editoras que, para poupar no papel, reduzem o tamanho das letras.
Valem-me os livros digitais em ampliamos o tamanho das letras, ajustando-as às nossas necessidades. Mas nada chega ao gesto de pegar num livro e folheá-lo, senti-lo e cheirá-lo.
E vamos lá às despedidas que isto já vai longo.
( a voz do Vasco Palmeirim já me soa aos ouvidos. Tenho que ir a correr ver o Joker. :))
Beijinhos e grata pelos parabéns.
Olá,Janita.
ResponderEliminarPara o cidadão comum,seja esta vida feita de coisas pequenas ou grandes, o melhor e mais importante da mesma situar-se-à sempre no campo ligado aos afectos. E a forma carinhosa como a mensagem acima termina certamente que para ti teve saborzinho a coisa doce, cuja memória não mais se apagará da mente...
Bonito texto.
Beijinhos amigos
Vitor
Olá, Vitor!
EliminarTens toda a razão. Sejam grandes ou pequenas, todas as coisas que estejam ligadas aos afectos, tomam uma dimensão tal, e uma importância que se agigantam e perduram em nós para toda a vida. O meu rapaz sempre foi muito dado, desde bem pequeno, a dedicar-me pequenos textos cheios de ternura. Qualquer papelinho lhe servia. À medida que foi crescendo nunca me ofereceu nada que não trouxesse uma dedicatória carinhosa.
Ultimamente, tem uma vida tão ocupada que os "papelinhos" são as mensagens pela moderna via electrónica, que nem para guardar num envelope servem...
Beijinhos amigos, Vitor.
Obrigada pelo carinho.
Uma vida com afectos é uma vida (bem) preenchida.
ResponderEliminarBeijinho, Janita.
Não duvides, António.
EliminarE ainda que estejam longe, aqueles a quem dedicamos o nosso afecto, estarão sempre perto!
Beijinhos e obrigada, amigo António.