Minha |
“Quem
nunca sofreu por amor nunca aprenderá a amar. Amar é o terror de perder o
outro, é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo o que se pensa sem
poder falar, do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta. É
preciso sentir esse terror para saber o que é amar.
E, quando enfim tudo
desaba, quando o outro partiu e deixou atrás de si o silêncio e o quarto
deserto por entre os escombros e a humilhação de uma felicidade desfeita, resta
o orgulho de saber que se amou.”
Miguel de Sousa Tavares “
in” Rio das Flores”
Da Net |
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Há quem diga que amar é sofrer, não devia.
ResponderEliminarEste texto do Miguel, não podia vir mais a calhar, sinto cada palavra que ele diz e bom bom é saber que "resta o orgulho de saber que se amou"
Beijinhos Janita
Quando se ama de verdade, acredito que se viva no medo de perder essa pessoa, e a perda pode acontecer de diferentes formas. Mas a pior perda, sem ser a morte, é quando a pessoa que um dia se amou, se revela totalmente o oposto daquilo que se esperava. Muitas vezes, quando é tarde demais para se voltar atrás. E, quando se vem atrás, já fica tarde demais para se voltar a amar e ser amado.
EliminarMas, vendo as coisas à luz do que diz o MST, o importante é saber que se amou, sim. :)
Beijinhos, Manu.
Com memórias vivas
ResponderEliminara morte não existe
Mas, quando morre a memória,
Eliminarleva tudo com ela...
Abraço, Mar Arável.
Tenho este livro em português. Não me recordo destas passagens. Talvez seja altura de o reler.
ResponderEliminar: )
Linda flor!
Há passagens de livros, lidos há muitos anos, que retemos por nos tocarem fundo, outros vão esmorecendo com o tempo.
EliminarNão creio que esta passagem, por si só, tenha um peso relevante que o leve a não ser esquecido, Catarina. :)
A flor já a deves ter visto, a encabeçar este blog, na primavera passada. :)
Beijo.
Bom dia
ResponderEliminarConfesso que fiquei surpreendido pela positiva pelo texto deste senhor , pois não sou muito seu admirador como comentador , mas hoje não posso passar sem lhe dar os meus parabéns por este texto que tem muito de semelhante com o que pessoalmente sinto.
JAFR
O Joaquim pode não acreditar, mas quando estava a transcrever o primeiro parágrafo lembrei-me de si, da dor da sua perda.
EliminarA mesma que conta nos seus versos.
Espero que as últimas palavras do segundo parágrafo, lhe traga algum conforto. E, enquanto há vida, há esperança.
Quanto ao autor, casou tantas vezes e já amou tantas mulheres, que acredito já deve ter sofrido a dor de amores perdidos...
.
Não posso deixar de concordar, muito embora considere que o amor é uma coisa muito, muitíssimo mais vasta e abrangente.
ResponderEliminarBeijinho, Janita :)
Tenho lido muito sobre o tema e vivido pouco na prática, mas sim, o amor, de tão complexo, vai muito para além deste parecer de MST. Até porque varia de pessoa para pessoa e a sua capacidade de entrega.
EliminarBeijinho, Maria João :)
Vim aqui de novo, para dizer que tenho todos os livros do Miguel Sousa Tavares por quem tinha uma aversão enquanto comentador.
ResponderEliminarQuando comecei a ler os livros dele, mudei de imediato a minha opinião.
Beijinhos Janita
Todos, todos não tenho, e o último que dele comprei e li, foi "Madrugada Suja", que acabou por me desiludir um pouco. Gosto dele, ainda que nem sempre esteja de acordo com todas as suas opiniões enquanto comentador.
EliminarEnterneço-me muito quando ele fala da mãe e conta passagens da sua infância.
Volta quantas vezes quiseres, querida Manu, gosto muito de saber as tuas opiniões.
Beijinhos. :)
Já li este livro, hei-de ir procurar esta passagem.
ResponderEliminarAbraço
Dependendo das edições, é óbvio que a numeração das páginas será diferente. Tens de procurar, Leo.
EliminarBeijinhos.
Salvo a sua coluna semanal no Expresso (com que concordo umas vezes, outras não), nunca li nada do MST, que também conheço, por esporadicamente, o ouvir como comentador na TV. Tendo a concordar com o texto transcrito.
ResponderEliminarbjis.
Espero que a tendência a concordar com o texto, não seja total, para ficarmos ambos em sintonia... :)
EliminarBeijinhos.
Porque no amor e no amar não há padrões, cada pessoa ama à sua maneira e sofre à sua maneira.
ResponderEliminarNão amei somente uma vez e de todas as vezes que acabaram sofri de maneira diferente. E não foi porque a 1ª vez acabou que amei mais (ou menos) na 2ª vez.
Não "embarco" nessa de: para se amar de verdade é preciso (obrigatório?) sofrer de amor.
Mas enfim, eu sou assim e, valha a verdade, não sou propriamente o melhor exemplo neste assunto.
Prefiro outro tipo de teoria como a da Florbela Espanca quando diz:
"Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!"
(ainda que discorde do: não amar ninguém)
Beijos envoltos em sorrisos
De facto, também acredito que não haja padrões nem fórmulas.
EliminarE que não seja obrigatório que amar - como diz o Fado - até morrer seja padecer. Assim, ninguém quereria amar... :)
Dessa estrofe do poema da Florbela, também não concordo, mas já aprovo a parte : Quem disser que se pode amar alguém, durante a vida inteira, é porque mente.
Como podes ver, não há duas formas de amar iguais. :))
Beijocas e risos.
Amar tem tudo de louco. E não é pouco.
ResponderEliminarPor vezes choramos. Por vezes sorrimos.
Apaixonados parecemos uns parvinhos.
Mas que não gosta de amar e ser amado?
Beijihos de luz.
Megy Maia
Olá, Megy, seja bem-vinda a este blog, também ele um pouco louco!
EliminarSabe? Eu apaixono-me facilmente; por um ideal, por qualquer pessoa que me fale ao coração e até já me apaixonei por personagens de livros. Eram coisas minhas, só eu sabia e nem imagina quanto feliz me sentia...:)
O importante é gostar de nos apaixonarmos. A mim faz-me bem.
É loucura, parvoíce, é tudo o que quiserem, mas o que importa é sentirmo-nos vibrar com essa ingénua loucura.
E não, não é coisa de velhos, ahahaha...sou assim desde miúda.
Beijinhos e obrigada pela visita.
Olá Janita,
ResponderEliminarFolgo em vê-la por aqui com assiduidade e vontade!
Do Miguel Sousa Tavares, li 3 livros. Dois que gostei muito e um de que não gostei nada.
Com franqueza, não tenho opinião formada acerca do senhor. Parece ser uma pessoa de mal com a vida mas, as aparências iludem.
Só acho que há vários tipos de amor. E que podem deixar saudade e dor.
Mas, de facto o importante é amar.
Um abraço do Algarve,
Sandra Martins
Olá, Sandra.
EliminarEssa impressão que tem sobre o MST talvez advenha do facto do escritor ser bastante frontal, quando comenta na TV, chegando a raiar a arrogância, mas creio ser a sua maneira de ser.
Eu gosto dele, embora não aprecie e aprove todas as suas convicções, mas lá está, são 'as suas convicções' e tem direito a tê-las. :)
Um abraço meu a partir do Norte.
Amor,
ResponderEliminarseja lá isso o que for
é aquilo que se tem
quando se ama alguém
Acho que o MST, não sai nada à mãe
Cito talvez o mais belo poema de Sophia
«Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento»
Nem mais, amigo Rogério.
EliminarAmor é o que sente quem ama e nada mais há a acrescentar.
Grata pelo poema da Sophia,
belo, como todos os que
a Poetisa escrevia.
Não! O Miguel saiu mais ao pai, embora conte coisas interessantíssimas de cenas passadas com a mãe, relacionadas com o seu amor pela poesia. Pode ser que um dia as transcreva para aqui.
Disse o MST sobre a mãe, que uma vez a ouviu dizer:
" Gosto muito dos meus filhos, um de cada vez"
E era verdade, corrobora o escritor! :)
Um abraço e boa SEXTA, já a seguir.
ResponderEliminarQue perdure a fome dia-a-dia
e a vida cumprir-se-á saciada
Beijo.
Que perdure a fome e forma de a mitigar.
EliminarBeijinhos.