...diz, Violante Reis Saramago Matos.
Quando me apercebi da entrevista já esta ia adiantada. Ainda assim, consegui gravar pouco mais de sete minutos de uma conversa deliciosamente lúcida, desassombrada e de uma dignidade e tranparência que me desvaneceu.
Gravei para poder rever mais tarde, mas agora, quando estava a fazê-lo, decidi partilhar com os meus leitores e amigos. Sobretudo, para os que não vêem TV a esta hora. Também não tenho por hábito, contudo, ainda bem que liguei o aparelho e me sentei a descansar. Conhecer o Nobel português da Literatura, através dos olhos e do coração da sua única filha, valeu por quaisquer crónicas que sejam escritas por quem quer que seja. Falo por mim e pela boa impressão que esta grande senhora me causou, óbvio.
* Título do livro de Violante Saramago que desejo ler, e recomendo.
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Saramago foi um Vida.
ResponderEliminarBeijinhos, Janita.
Meu querido amigo, Todos, somos VIDA!
EliminarA diferença é que uns deixam a marca da sua efémera passagem ao cimo da Terra, a sua pegada. Outros, os chamados anónimos, como nós, deixamos, quando muito, descendência para nos recordar enquanto houver memória de nós. Quem sabe seja por isso que se diz que todos devemos escrever um livro, plantar uma árvore e...ter um filho?!
Beijinhos, António.
Ontem foi um dia cheio de emoção e de muita preocupação com o concelho a arder, por isso não vi televisão.
ResponderEliminarVou tentar rever hoje.
Abraço
Vi, enquanto almocei, um pouco do noticiário televisivo e a angústia continua, Leo! Sabemos que o calor intenso é propício ao fácil atear de fogos, sabemos que também 'dantes' os havia, mas apostava-se mais na prevênção!
EliminarHavia os cantoneiros que limpavam as bermas das estradas e, o principal, ai de quem fosse declarado culpado por ter ateado propositadamente a destruição, pelo fogo, das florestas. Ficava sem vontade para repetir a 'proeza'.
Um dos males da Democracia é este: deixa andar que atrás vem gente...o que não fizeres alguém fará.
Voltando ao tema do post, se puderes vê a entrevista na íntegra. São feitas revelações, no decorrer da conversa, que nos revelam uma faceta bem diferente daquela que nos foi sendo passada pela vivência do escritor durante os anos passados longe do país e da sua vida com a sua última mulher: a Pilar del Río, e, nem por isso, menos interessante.
Abraço.
A memória é um património nosso e dos nossos que levamos connosco. Se não deixarmos a memória por aqui e por ali, tudo se perderá.
ResponderEliminarUm abraço.
Concordo com o Luís, mas diria mais: a memória é um património só nosso, que levaremos connosco. Os filhos terão a sua própria memória, onde guardarão memórias dos tempos em que das suas vidas fizemos parte.
EliminarMuitas têm sido as ocasiões em que dou comigo a pensar no motivo que teria levado o meu filho a imprimir uma parte, substâncial, das coisas que escrevi no meu blog. Aquelas mesmo de minha autoria e outras, que o não sendo, representavam muito do meu próprio pensamento. Como o poema de Saramago em contra-ponto com o meu.
Se acaso eu tivesse menos trinta anos ele tê-lo-ia feito? Tenho a certeza que não. É a proximidade do fim que nos leva a querer perpetuar a lembrança daqueles a quem amamos.
Já agora, não será por isso que o Luís escreve tanto sobre os seus Pais? Mais até sobre o seu Pai?
Desculpe, hoje estou naqueles dias em que preciso deitar tudo cá para fora. Engraçado... consigo fazer isso melhor nas minhas respostas do que nos textos. Talvez porque não sinta a pressão da responsabilidade... :)
Um abraço.
Aos poucos vamos precisando de nos revelar, porque temos quem nos ouve.
EliminarVerdade! Porque temos quem nos ouve e, sobretudo, enquanto temos quem nos vai ouvindo. Coisa rara, hoje em dia.
EliminarMesmo assim, muitas são as vezes em que me pergunto quantos voltam aos blogs onde comentaram para ler as respostas que lhes foram dadas.
Um abraço.
Eu volto.
EliminarEu, também!
EliminarAcredito que seja um livro fascinante de ler.
ResponderEliminar.
Saudações cordiais.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Acredito igualmente o mesmo, caro Rycardo.
EliminarA autora é uma Mulher muito especial.
Cordiais saudações.
Boa tarde
ResponderEliminarConfesso que não é o escritor que muito admiro , mas com esta frase vou passar a pensar de outra maneira .
JR
Boa tarde, JR!
EliminarAndo a movimentar-me a passo de caracol, tanto na minha vida real quanto na virtual. Apelo a toda a minha capacidade de resistência, pois tudo o que é mau me parece ter vindo em catadupa. Nem ler me apetece. O livro de Violante vai ter que aguardar por dias mais favoráveis à concentração que a leitura exige. Saramago, também.
Uma frase tão verdadeira, que até dói.
ResponderEliminarQuanto à Entrevista, não a vi, mas gostei muito da sua narrativa.
Olá, AnaMar.
EliminarSe estiver mesmo interessada em ouvir a entrevista pode pesquisar que ela lhe vai aparecer, na íntegra.
Isto foi apenas um leve, muito leve, cheirinho.
Grata pela sua visita.
Um abraço.
Que entrevista maravilhosa, única. Não conhecia a Srª Filha Dele. Amei... Muito terna esta entrevista.
ResponderEliminarObrigada pela excelente partilha!
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Beijos
Boa noite.
Por nada, Cidália, mas também não vamos 'endeusar' qualquer que seja o estatuto da personalidade em causa. :)
EliminarEu é que agradeço as suas palavras amigas.
Beijinhos
Eu e o Saramago dá faísca.
ResponderEliminarBeijinhos
Eu sei, Pedro. Tanto sei, que nem estranhei a sua ausência. Mas, agora, antes de 'partir para outras bandas', lembrei-me de ir espreirar a cx. de spam. :))
EliminarBeijinhos
Li quase tudo o que Saramago nos deixou. E, por isso, também tenho uma ideia de quem era realmente o homem por detrás do escritor. E esta excelente entrevista vem confirmar algumas coisas que já sentia, mesmo nunca tendo falado com ele.
ResponderEliminarObrigado pela partilha, pois não vi na TV.
Não li o livro, mas vou comprá-lo logo que possa.
Bom fim de semana, amiga Janita.
Um beijo.
Felicito-o, amigo Jaime.
EliminarJá eu, mea culpa, não consegui ir além de um terço da leitura de um livro de Saramago. Foi o primeiro e único livro que não terminei. Já da sua poesia sou fã incondicional.
Também tenciono procurar o livro ecrito pela filha. primeiro tenho de 'voltar a mim'...
Um abraço e um calmo e fresco fim de semana, amigo Jaime.
Vi em direto e gostei muito da forma de ser e estar da filha de Saramago numa narrativa de vida boas e más.
ResponderEliminarMas não mudou em nada o que penso da escrita do seu pai...gosto apenas de alguns pensamentos e ou reflexões e mostras um exemplo que já conhecia e gosto!
Beijos e uma boa tarde!
Fatyly, em todas as vidas há boas e menos boas recordações.
EliminarNinguém foge à regra. A única intenção da filha de Saramago foi homenagear o Pai neste ano em que se celebra o centenário de vida do escritor. Falar da infância feliz e das sua vivência passada no silêncio de uma casa grande, impunha-se.
Eu gosto da poesia, muito mesmo. Não tivesse eu 'embirrado' com aquela sua forma de escrever, sem pontuação, sem diálogos, tenho a certeza que seria mais uma leitora a engrossar a lista dos seus fãs...Mas agora, Inês é morta.
Abraços e uma noite fresquinha
Quanto á entrevista, não sei. A televisão passa-me mesmo ao lado.
ResponderEliminarMas, fiquei interessada no livro. Para começar, nem sabia que Saramago tinha uma filha.
Um abraço do Algarve,
Sandra Martins
Há bons programas de televisão, Sandra. É uma questão de separarmos o trigo do joio. :)
EliminarNão sabia, mas ficou agora a saber da existência desta filha dde Saramago. Também só soube há pouco tempo. A senhora não quis andar por aí a 'badalar' ser filha do Nobel da Literatura...
Um abraço do Norte.
O que faz uma "casa"?
ResponderEliminarComo se fermenta e dilata uma vida, um homem uma mulher?
Gostei de "ouver". Parece-me ter lido ou ouvido uma entrevista à Violante Reis, recentemente, mas nada aparentada de Júlia.
Espero que o calor destes dias, e a perturbação medonha dos fogos não estejam a complicar-lhe a vida, Amiga Janita. Em reclusão é que se está bem, como tenho feito, persianas cerradas às tentações do "nosso" mundo de pernas para o ar.
Saúde e um bj. amigo.
Uma "casa" faz-se de amor, de compreensão, de respeito e...também do silêncio necessário à reflexão.
EliminarReis é o apelido da mãe de Violante e Matos o do seu marido.
Sobre o "ouver" é que não lhe sei responder, amigo Agostinho.
Só conheço o "ouvir" e o "houver". Servem-lhe?
Nem me fale nesta escuridão de portas e janelas cerradas, até parece que nos obrigaram a ficar na "solitária" de castigo por algum crime que desconhecemos ter praticado.
Mas, neste momento, é um regalo; escrevo-lhe com os cortinados esvoaçando ao sabor do ar fresco da noite, numa corrente de ar que espero não me traga nenhuma gripe...🤭
Grata pelo agradável 'bate-papo' informal e saboroso, amigo Agostinho.
Beijo com estima e amizade.
O "ouver" é uma coisa-acção modernaça. A gente animada na vertigem comunicacional ouve e vê simultâneamente sem cuidar de pensar. N'é, Janita? BFS.
ResponderEliminarAh...agora entendi! :)
EliminarSabe, Poeta? Não é fácil para mim acompanhar estes linguajares modernaços...tenho um espírito resistente aos excessos da moda. 😉
Beijo, bom fim de semana