quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

AS COISAS FINDAS MUITO MAIS QUE LINDAS...ESSAS, FICARÃO!

 



MEMÓRIA

[Poema de Carlos Drummond de Andrade]


Amar o perdido

deixa confundido

este coração.


Nada pode o olvido

contra o sem sentido

apelo do Não.


As coisas tangíveis

tornam-se insensíveis

à palma da mão


Mas as coisas findas

muito mais que lindas,

essas ficarão.


❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤


34 comentários:

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    1. O seu comentário, caro JR, diz-me que entendeu bem o alcance das palavras do poeta e da mensagem que o poema transmite.
      Um abraço e obrigada!

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  2. Que bom que as coisas lindas ficarão! Merecem! beijos, chica

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    1. As que merecem ficam, querida Chica, as outras, as de má memória, passamos bem sem as lembrar.
      Um beijinho amigo.

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  3. Que ideias enviesadas tem esse Drumond! Ele é brasileiro não é? O calor tropical deve ter-lhe fundido a cuca!

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    1. Um dia destes sai aqui, neste Cantinho, um poema desses picantes bem ao seu agrado, da autoria de Drummond de Andrade. Sempre quero ver se vai manter a mesma opinião, ou seja, que o calor tropical fundiu a cuca ao grande Poeta brasileiro... : )

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    2. Fico à espera! Eu gosto de ser surpreendido!

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    3. Fica, então, prometido! Mas terá de ser num dia em que me sinta mais animada e atrevida!! 🤭

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    1. ...e felizes os que ainda a mantêm fresca e lúcida!

      Grande abraço, Leo!

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  5. Posso ser sincero, Janita? Não gosto do poema.
    E com esta siceridade toda, deixo-te um beijinho.

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    1. Tá bem!
      Deixa o beijinho que bem preciso de mimo...

      Leva também um beijinho contigo, António! : )

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  6. Ainda não sei se gosto ou não gosto... estou a pensar.
    : )

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    1. Pensa no sentido de cada estrofe, talvez isso te ajude a decidir... 😊

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  7. Que permaneça tudo o que nos traz boas memórias e que te tenham marcado de forma positiva .
    Beijinhos Janita

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    1. O resto, dispensamos bem. Não é Manu?
      Beijinhos grandes, amiga!

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  8. Enquanto a memória nos não nos atraiçoar, ficam cá todas as coisas findas, as lindas e as menos lindas.
    bji

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    1. Mesmo sem se identificar, sei que é o José...pelos beijinhos abreviados. Mesmo sabendo que detesto isso...não desiste, né?
      ;)

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    2. E isso, como se pode ver mais abaixo. Não sei o que aconteceu.

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  9. Carlos Drummond de Andrade tem toda a razão; "As coisas findas/Muito mais que lindas/Essas ficarão."

    Forte abraço, Janita!

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    1. Um grande Poeta este Drummond de Andrade!
      Versátil, como ele só.
      Obrigada, querida Poeta dos belos Sonetos.
      Forte abraço!

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  10. O poema é muito bonito!
    .
    Boa noite. Beijos.

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    1. Olá, Cidália!
      Folgo em saber que tudo voltou ao normal e já anda a passear pela blogosfera.
      Um beijinho para si.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Isto está complicado.
    Dizia eu que se a memória não falhar muito, as coisas findas, lindas ou menos lindas, ficarão para sempre.
    bjis

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    1. Apre!... Custou a acertar, mas acertou.
      Deixe lá, há dias assim...
      Concordo. Lindas ou menos lindas,se foram por nós vividas, as coisas findas terão sempre o seu lugar na nossa memória.
      Beijinhos

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    2. Beijinhos, por extenso. Ignorava que não gosta de abreviaturas.

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    3. Não ignorava, José, uma vez que eu já lho havia dito, por sinal lá na sua Zorra, mas como é distraido por natureza, esqueceu-se!!
      No problem! : ))
      Beijinhos

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  13. Rogério V. Pereira07 fevereiro, 2024 22:31

    Senti que este poema me era dedicado...

    Abraço envaidecidamente triste

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    1. Sim, querido Amigo. Na verdade, foi o teu poema em homenagem a alguém que muito amaste, e Deus já lá tem, que deu azo a pensar neste poema.
      Sobretudo, a última estrofe, é para ti, sim!
      Beijo e abraço com muita amizade e carinho.

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  14. Ficam sempre.
    Nem que seja em doces memórias.
    Beijinhos

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    1. E é de Memórias que falamos, Pedro.
      Essa bendita capacidade que o ser humano possui, para armazenar os bons momentos vividos.
      Beijinhos

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  15. Este poema tem muito que se lhe diga porque eu guardo memórias boas e as menos boas ou más a maioria já desapareceram. Digo isto quando alguém me conta situações familiares e eu não me lembro mesmo.
    A minha mãe escrevia e guardava tudo e tudo datado até objectos. Ontem estive com ela e já não pergunta por nada e a sua memória está quase no zero. A mim reconhece-me mas perguntou-me onde estava, que lhe deram banho quentinho da cabeça aos pés o que estranhou porque acha que está num quartel general. Com muita calma e paciência disse o local ao que me respondeu zangada: não caso contrário não via três homens fora daqui e a guardarem lá fora.
    Já não faz crochê, palavras cruzadas, malha e ver televisão os seus obis preferidos e para comer é um martírio.
    Perguntou-me se tinha deitado fora a mortalha que guardava desde sempre e ainda na sua casa. Não mãe está na minha casa esteja descansada. E o resto? Qual resto minha mãe? ...não quero flores nem coroas não quero sapatos nem velas. Isto tudo diante da funcionária que mais gosta e da Directora Técnica do lar.
    Dei-lhe um abraço, beijos e carinho e vim-me embora com:
    "Amar o perdido
    deixa confundido
    este coração."
    Amiga desculpa o desabafo
    Beijos e um bom dia de chuva

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    1. Está à vontade querida amiga Fatyly!
      Desabafa sempre que disso sentires necessidade.
      Apesar de estar lavada em lágrimas, no fundo, estou feliz, pois a primeira estrofe deste incrível poema parece ter sido feito à medida para essa perturbação que sentes.
      Pareces uma Mulher dura na queda, e és, mas tens uma sensibilidade que me enterneceu.

      Um gramde, grande abraço com ternura.

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