domingo, 19 de agosto de 2018

Perfume Da Rosa.



Dona Rosa, Dona Rosa
Quando eras inda botão
Disseram-te alguma cousa
Da flor não ter coração?


A rosa que se não colhe
    Nem por isso tem mais vida.
Ninguém há que te não olhe
Que te não queira colhida.








Dona Rosa, Dona Rosa,
De que roseira é que vem,
Que não tem senão espinhos
Para quem só lhe quer bem?




Frescura do que é regado
Por onde a água inda verte…
Quero dizer-te um bocado
Do que não ouso dizer-te


“Quadras ao Gosto Popular” -  de Fernando Pessoa



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28 comentários:

  1. E eu ouso dizer-te que adoro rosas!

    Beijinhos Janita

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  2. Gosto do nome rosa, mais do que das 🌹 propriamente ditas.
    Gostei do poema que não conhecia.
    Abraço e uma ótima semana.

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    1. Também não posso dizer quer a rosa seja a minha flor preferida, Elvira, mas gosto, destas vermelhas e de outras. :)
      Não se pode chamar 'poema' a estas quadras soltas. Fazem parte de uma série a que o Poeta achou por bem chamar 'ao gosto popular'.

      Um abraço.

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  3. Dona Rosa, Dona Rosa
    É bom, assim, recordá-la.
    De Pessoa, grande prosa,
    Encantou-me ires buscá-la.



    Beijo
    SOL

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    1. Amigo SOL,
      não estivesse eu tão «para baixo» e desinspirada, tentaria responder-te com uma quadra também. Assim, vai ficar para outra altura.
      Obrigada pela tua, que é linda.

      Beijinhos

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  4. Este poema não o conhecia, mas adorei! Adoro rosas! :)

    Beijo e uma boa noite


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    1. Não é poema, Cidália, são quadras soltas. :))

      Boa noite, obrigada.

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  5. Dona Janita, Dona Janita
    Mas que bela rosa tem.
    É uma flor tão bonita
    E fica aqui muito bem.
    :)

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    1. :) Querida Luísa,
      esta rosa estava destinada ao Alfabeto Fotográfico.
      Por motivos vários, ficou o R sem a Rosa. :)

      Adorei a tua quadra. Obrigada. :)

      Beijinhos

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  6. Este homem até a ver uma rosa se inspirava.
    Impressionante!
    Bjs, boa semana

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    1. O Pessoa era uma pessoa incrível.
      Tudo e nada o inspirava, Pedro.

      Beijinhos, boa semana.

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  7. Bom dia
    Ó rosa tu não consintas
    que o cravo te ponha a mão
    uma rosa desfolhada
    já não tem aceitação

    JAFR

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    1. Uma rosa desfolhada não tem aceitação nem apresentação nenhuma, JR. :))

      Obrigada pela linda quadra. :)

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  8. ;) Beijinho!

    Se a rosa cor-de-rosa abraça um cravo

    E logo se desdiz, se faz rogada,

    Não fica o rubro cravo a ser seu escravo,

    Mas talvez fique a rosa apaixonada



    E, mais tarde ou mais cedo, em gesto bravo,

    Reflicta na paixão que foi travada

    E venha murmurar-lhe; “Eu furo e escavo

    Até tornar-me a flor mais desejada!”



    Responde o cravo, altivo: -“Eu nunca disse

    Que queria estar contigo, ó flor burguesa!

    Não pudeste abraçar-me sem que eu visse



    Que, usando a mais-valia da beleza,

    Me ousavas seduzir sem que eu sentisse,

    No teu brejeiro gesto, uma certeza!”





    Maria João Brito de Sousa – 09.05.2014 – 14.56h

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    1. Que lindo...que lindo, este belo Soneto, Maria João.
      Muitíssimo Obrigada! :)

      Irei já guardá-lo junto das ofertas mais preciosas que me têm sido feitas, aqui na blogosfera. :)

      Um Beijinho muito grato.

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  9. Muito bem escolhido. Obrigada :))

    Hoje; Num silêncio da escuridão iluminada {POETIZANDO}

    Bjos
    Votos de uma óptima Segunda - Feira

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    1. Eu é que agradeço a sua presença, Larissa.

      Boa semana.
      Bjos.

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  10. Rosa, para mim, a flor por excelência.
    Pena é que as que se encontram à venda não têm o aroma forte de rosa.
    1 beijinho

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    1. Olhe, quem voltou. Seja bem aparecido! :)
      Ainda bem que gosta de rosas Amigo José, e não, agora, com tanta manipulação de cores, está tudo plastificado e sem cheiro. Até as rosas!!

      Um beijinho e boas férias, se for o caso.

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  11. As rosas sao bonitas e cheiram bem, mas, curiosamente, nunca foram as minhas flores preferidas.
    : )

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    1. Há tantas e todas tão lindas que não é fácil escolher uma preferida, Catarina?
      Eu sou mais Margaridas... :))

      Beijinhos

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  12. Quando vejo rosas
    ocorrem-me muitas cantigas
    e poucas prosas

    E sai uma do Zeca

    Eu fui ver a minha amada
    Lá p'rós baixos dum jardim
    Dei-lhe uma rosa encarnada
    Para se lembrar de mim
    (...)
    Eu fui ver uma solteira
    Numa salinha a fiar
    Dei-lhe uma rosa vermelha
    Para de mim se escantar

    Eu fui ver a minha amada
    Lá nos campos eu fui ver
    Dei-lhe uma rosa encarnada
    Para de mim se prender»

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    1. Seja em prosa ou seja em verso, qualquer comentário do Rogério me deixa a sorrir. :)

      Obrigada pelas rosas vermelhas do Zeca. :)

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  13. Esta coisa de ser Rosa
    não deixa ninguém indiferente
    até mesmo Pessoa
    tão metido com a sua pessoa
    se pôs a pensar como é a flor
    Terá sido por isso que...

    Há dias, Janita, ouvi uma coisa que me deixou banzado. Tem a ver com a dona Malva, outra flor que tem que se lhe diga.
    Não sei se a Malva é malvada, mas fecha-se. Fecha-se ao que tem em casa, até causa impressão. Só quando o sente mirrado, inútil, se abre ao que vem de longe. O que o estilete sofre com o "seu' giniceu... Justificaram o processo pela necessidade de manter descendência diversificada e robusta.

    Bj.

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    1. Amigo Poeta,

      não sei se a malva ou sardinheira ( flor) se fecha e abre, sei que é linda, de várias cores, ainda que sem odores.
      Agora, história triste conheci eu; era uma menina de seu nome Malva Marina que, por ser diferente, viveu esquecida e morreu ainda criança e só. Ignorada pelo próprio pai; um famoso poeta chileno. Para quê cantar o Amor? Oh...hipocrisia!!

      Quanto ao seu giniceu...ah...o que sofre uma Flor só porque nasceu MULHER!!

      Beijinhos, Agostinho e obrigada. Sempre!

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