Dona Rosa, Dona Rosa
Quando eras inda botão
Disseram-te alguma cousa
Da flor não ter coração?
A rosa que se não colhe
Nem por isso tem mais vida.
Ninguém há que te não olhe
Que te não queira colhida.
Dona Rosa, Dona Rosa,
De que roseira é que vem,
Que não tem senão espinhos
Para quem só lhe quer bem?
Frescura do que é regado
Por onde a água inda verte…
Quero dizer-te um bocado
Do que não ouso dizer-te
“Quadras ao Gosto Popular” - de Fernando Pessoa
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E eu ouso dizer-te que adoro rosas!
ResponderEliminarBeijinhos Janita
E eu não sei?... :)
EliminarBeijinhos, Manu!
Gosto do nome rosa, mais do que das 🌹 propriamente ditas.
ResponderEliminarGostei do poema que não conhecia.
Abraço e uma ótima semana.
Também não posso dizer quer a rosa seja a minha flor preferida, Elvira, mas gosto, destas vermelhas e de outras. :)
EliminarNão se pode chamar 'poema' a estas quadras soltas. Fazem parte de uma série a que o Poeta achou por bem chamar 'ao gosto popular'.
Um abraço.
Dona Rosa, Dona Rosa
ResponderEliminarÉ bom, assim, recordá-la.
De Pessoa, grande prosa,
Encantou-me ires buscá-la.
Beijo
SOL
Amigo SOL,
Eliminarnão estivesse eu tão «para baixo» e desinspirada, tentaria responder-te com uma quadra também. Assim, vai ficar para outra altura.
Obrigada pela tua, que é linda.
Beijinhos
Este poema não o conhecia, mas adorei! Adoro rosas! :)
ResponderEliminarBeijo e uma boa noite
Não é poema, Cidália, são quadras soltas. :))
EliminarBoa noite, obrigada.
Dona Janita, Dona Janita
ResponderEliminarMas que bela rosa tem.
É uma flor tão bonita
E fica aqui muito bem.
:)
:) Querida Luísa,
Eliminaresta rosa estava destinada ao Alfabeto Fotográfico.
Por motivos vários, ficou o R sem a Rosa. :)
Adorei a tua quadra. Obrigada. :)
Beijinhos
Este homem até a ver uma rosa se inspirava.
ResponderEliminarImpressionante!
Bjs, boa semana
O Pessoa era uma pessoa incrível.
EliminarTudo e nada o inspirava, Pedro.
Beijinhos, boa semana.
Bom dia
ResponderEliminarÓ rosa tu não consintas
que o cravo te ponha a mão
uma rosa desfolhada
já não tem aceitação
JAFR
Uma rosa desfolhada não tem aceitação nem apresentação nenhuma, JR. :))
EliminarObrigada pela linda quadra. :)
;) Beijinho!
ResponderEliminarSe a rosa cor-de-rosa abraça um cravo
E logo se desdiz, se faz rogada,
Não fica o rubro cravo a ser seu escravo,
Mas talvez fique a rosa apaixonada
E, mais tarde ou mais cedo, em gesto bravo,
Reflicta na paixão que foi travada
E venha murmurar-lhe; “Eu furo e escavo
Até tornar-me a flor mais desejada!”
Responde o cravo, altivo: -“Eu nunca disse
Que queria estar contigo, ó flor burguesa!
Não pudeste abraçar-me sem que eu visse
Que, usando a mais-valia da beleza,
Me ousavas seduzir sem que eu sentisse,
No teu brejeiro gesto, uma certeza!”
Maria João Brito de Sousa – 09.05.2014 – 14.56h
Que lindo...que lindo, este belo Soneto, Maria João.
EliminarMuitíssimo Obrigada! :)
Irei já guardá-lo junto das ofertas mais preciosas que me têm sido feitas, aqui na blogosfera. :)
Um Beijinho muito grato.
:) Beijinho, Janita!
EliminarOutro, Maria João! :)
EliminarMuito bem escolhido. Obrigada :))
ResponderEliminarHoje; Num silêncio da escuridão iluminada {POETIZANDO}
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira
Eu é que agradeço a sua presença, Larissa.
EliminarBoa semana.
Bjos.
Rosa, para mim, a flor por excelência.
ResponderEliminarPena é que as que se encontram à venda não têm o aroma forte de rosa.
1 beijinho
Olhe, quem voltou. Seja bem aparecido! :)
EliminarAinda bem que gosta de rosas Amigo José, e não, agora, com tanta manipulação de cores, está tudo plastificado e sem cheiro. Até as rosas!!
Um beijinho e boas férias, se for o caso.
As rosas sao bonitas e cheiram bem, mas, curiosamente, nunca foram as minhas flores preferidas.
ResponderEliminar: )
Há tantas e todas tão lindas que não é fácil escolher uma preferida, Catarina?
EliminarEu sou mais Margaridas... :))
Beijinhos
Quando vejo rosas
ResponderEliminarocorrem-me muitas cantigas
e poucas prosas
E sai uma do Zeca
Eu fui ver a minha amada
Lá p'rós baixos dum jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim
(...)
Eu fui ver uma solteira
Numa salinha a fiar
Dei-lhe uma rosa vermelha
Para de mim se escantar
Eu fui ver a minha amada
Lá nos campos eu fui ver
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para de mim se prender»
Seja em prosa ou seja em verso, qualquer comentário do Rogério me deixa a sorrir. :)
EliminarObrigada pelas rosas vermelhas do Zeca. :)
Esta coisa de ser Rosa
ResponderEliminarnão deixa ninguém indiferente
até mesmo Pessoa
tão metido com a sua pessoa
se pôs a pensar como é a flor
Terá sido por isso que...
Há dias, Janita, ouvi uma coisa que me deixou banzado. Tem a ver com a dona Malva, outra flor que tem que se lhe diga.
Não sei se a Malva é malvada, mas fecha-se. Fecha-se ao que tem em casa, até causa impressão. Só quando o sente mirrado, inútil, se abre ao que vem de longe. O que o estilete sofre com o "seu' giniceu... Justificaram o processo pela necessidade de manter descendência diversificada e robusta.
Bj.
Amigo Poeta,
Eliminarnão sei se a malva ou sardinheira ( flor) se fecha e abre, sei que é linda, de várias cores, ainda que sem odores.
Agora, história triste conheci eu; era uma menina de seu nome Malva Marina que, por ser diferente, viveu esquecida e morreu ainda criança e só. Ignorada pelo próprio pai; um famoso poeta chileno. Para quê cantar o Amor? Oh...hipocrisia!!
Quanto ao seu giniceu...ah...o que sofre uma Flor só porque nasceu MULHER!!
Beijinhos, Agostinho e obrigada. Sempre!