quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

PRIVAÇÃO.

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Edvard Munch - "Autorretrato Com Uma Garrafa de Vinho."
Fonte da imagem.



Numa garrafa de vinho, 

foste afogando,

 aos poucos, 

a saudade de mim, 

dos nossos beijos e afagos.

Nunca me disseste se o conseguiste...

Eu parti, 

saudosa do que para trás deixei,

de ti, 

dos nossos risos

e dos desejos 

saciados entre carícias 

e o suor

dos nossos corpos

 entrelaçados  num só desejo.


Foram tantos os anos de anseio e desespero,

de dor feita de mil desejos sufocados...

Levo comigo a saudade daquilo

 que em sonho me  ofereceste...


                              ....Repasto em que a fome de nós foi o único tempero.



ADENDA a 03-12-2020.

Como que movidos por artes mágicas, os vídeos - 1º e último - da publicação anterior, decidaram abrir. ( pelo menos, para mim) Quem não viu e desejar ver, já o poderá fazer.

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29 comentários:

  1. Uma homenagem, um lamento, uma saudade.
    Boa Noite.

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    1. Tudo isso e muito mais, embora nem eu saiba dizer o que me levou a escrever o texto.

      Obrigada.
      Um abraço.

      PS- Não sei se conseguirei responder usando a minha conta, no seu blogue não o consegui.

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    2. Afinal, conegui.
      Ainda esta noite irei tentar lá no eu espaço, a ver o que acontece.

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  2. Tão belo isto
    assim escrito

    Deixo réplica
    para aquilo que sinto

    Fica comigo a saudade daquilo
    que em vida me ofereceste...


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    1. Obrigada pela sua sempre benevolente apreciação, Rogério.
      Um abraço.

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  3. Muito belo, Janita. Cada dia os seus poemas transmitem mais sentimento, emoção.
    Abraço, saúde e feliz Dezembro

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    1. Muito obrigada, Elvira.
      Pura generosidade da sua parte, nada mais.

      Um abraço e muita saúde.

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  4. Esta publicação deixa-me triste, porque me lembra uma das últimas exposições que vi do pintor norueguês, um dos precursores do impressionismo e expressionismo alemão. Os museus fechados são um espinho na minha carne.

    Boa noite sem garrafa de vinho ao lado.

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    1. Tem calma...saber esperar é uma virtude que temos de cultivar, Teresa.
      Nada de espinhos. Pior seria se os tivesses cravados no estômago.

      Um bom dia com a bebida que mais te agradar.

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  5. Beleza na escrita para acompanhar a beleza da arte (pintura).
    Beijinhos

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  6. Um repasto triste e cheio de emoção.
    Um poema lindo acompanhado de uma bela pintura.

    Beijinhos Janita

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    1. Um repasto, mesmo a seco, não deixa de ser repasto, Manu! :-))

      Obrigada.

      Beijinhos

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  7. o tempo que passou e que já não volta, Janita!
    aproveitemos o presente :)
    feliz mês de Dezembro, muito inspirador

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    1. Qual tempo que passou, Ângela? Só se foi para ti.
      Para mim nunca chegou, quanto mais ter passado.
      Olha, pode ser que ainda venha ( no futuro) de algum lado... :-))

      Não gosto do mês de Dezembro.
      Estou morta para o ver chegar ao fim.

      Beijocas.

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  8. Fiquei sem fôlego, sem palavras.
    1 bji.

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    1. Sem fôlego, acredito. Ler aquilo tudo de afogadilho, é de abafar.
      Agora sem palavras, duvido. Tão palavroso tem andado e agora fugiu-lhe a prosa?

      Beijinhos

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  9. Sempre um prazer visitar o seu espaço
    Bj

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    1. Considero um privilégio receber tão elogiosas palavras, Caro Eufrázio. Muito Obrigada.
      Beijo

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  10. Munch um pintor extraordinário para um poema que nos deixa a pensar
    Gostei

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    1. O autor de "O Grito", um dos seus quadros mais conhecidos, foi de facto um pintor notável.

      Sabe, Miguel? Eu poderia dizer que escrevi o texto ou poema, como quiser, com a deliberada ideia de fazer pensar. Criar aqui um certo suspense, qual Diva misteriosa. Como tal coisa não faz parte da minha maneira de ser, sou sincera e digo que o fui escrevendo à medida que as palavras fluiam e sem pensar muito.

      Mudando de tema, por certo já notou a minha ausência do seu espaço, entre ontem e hoje, mas o motivo é que com esta súbita dificuldade em comentar em blogues que não o meu, acho que só voltarei a comentar noutros blogues, quando a situação estabelizar. Depois voltarei.
      Peço que compreenda.

      Um abraço

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    2. Sim claro que entendo
      As coisas devem ser feitas quando nos surgem naturalmente, claro
      😊

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    3. Obrigada, Miguel.

      Um abraço. :-)

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  11. Não sabia que tinhas tido um caso com o Munch !
    Bonito quadro e palavras !

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    1. 😀 Agora estiveste bem, Ricardo.

      Gostei da perspicácia. 😀

      Obrigada, pelo gosto das palavras, quanto ao quadro...´
      É Munch, isso basta.

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  12. Querida Janita, não há nada mais inspirador para um poeta do que a dor, seja ela qual for.
    Definiste bem a dor da privação assim como a tela escolhida de Munchr que emana isolamento, solidão e resignação.

    Um beijinho

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    1. Amiga Fê. concordo com tudo o que disseste, mas talvez coloque alguma reserva quanto à resignação. Certo é que as mãos pousadas pousadas no colo são um indicativo de desânimo, que pode ser momentâneo, já a resignação tem um carácter mais definitivo.

      Fiquei muito contente com a a tua 'aprovação'. Nestas coisas de expressar entimentos através das palavras, tu és uma pessoa supersensível e sabes fazê-lo como ninguém.

      Um beijinho amigo.

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  13. No vinho muitos afagam as mágoas.
    Não sei como perdi estas últimas postagens. Talvez por ficarem na outra página das atualizações que eu não abri. É a razão que me ocorre.

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