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Esta será a segunda Crónica que a que dou destaque aqui no meu espaço. A primeira, foi aquando o caso de Marega ter sido alvo de insultos racistas em pleno campo e, brilhantemente escrita pelo jornalista Ferreira Fernandes como poderão reler AQUI.
Desta feita, li e gostei tanto que vou reproduzir na íntegra, um tema que anda na berlinda, por incrível que pareça.
José Milhazes atingiu esta semana o ponto mais alto da sua longa carreira de jornalista e comunicador.
Não estou a brincar ou a ironizar.
E ainda menos a desvalorizar o seu percurso - gostando ou não, ele conseguiu marcar o seu próprio caminho e não deixa ninguém indiferente.
Há quem lhe compre os livros como se fossem um mantra. Há nas redes sociais quem lhe bata e o odeie militantemente.
Há quem leve à letra o que diz, mas também existem os que o diabolizam como se fosse um agente reacionário de um qualquer interesse capitalista.
Gosto do José Milhazes.
Mesmo quando me irrita.
Gosto das pessoas que são diferentes, que têm uma luz própria e são inimitáveis - apesar do Herman José o ter imitado como ninguém ontem no "Só Entre Nós", aqui na TSF.
Não gosto dos sonsos.
Dos que são uma coisa num dia e outra noutro.
Dos que se acomodam e são cobardes.
Milhazes, gostando-se ou odiando-se, não é nada disso.
Em horário nobre, perante a incredulidade de Clara de Sousa, mas mantendo uma expressão deliciosamente neutra, José Milhazes traduziu em direto o que milhares de jovens num concerto punk estavam a gritar.
Foi um momento extraordinário.
Por ter provado da forma menos subtil o quanto estamos formatados a uma comunicação sem rasgo.
Todos nós dizemos a mesma coisa.
Todos nós alinhamos os mesmos alinhamentos.
Todos nós escolhemos as mesmas palavras, a mesma retórica, a mesma estratégia de comunicação, o mesmo modo de chegar a quem nos lê, ouve ou vê.
O "caralho" dito por José Milhazes em direto na SIC foi, por tudo isso, um momento revelador.
E isso é importante que seja dito.
Também eu me ri muito.
Também eu revi o momento mais de dez vezes.
Também eu mostrei a amigos e aos filhos mais velhos.
Também eu partilhei.
Também eu vi os memes, os bordados de ponto cruz, as canecas, as t-shirts.
Também eu vi a inconfundível cara do Milhazes plasmada um pouco por todo o lado.
Foi como se uma panela de pressão tivesse esgotado a sua capacidade de aguentar mais. O país descomprimiu da guerra e da pressão de carregarmos todos os dias o mundo às costas, os portugueses respiraram fundo e abraçaram a autenticidade e a rutura com o que todos os dias nos entra por um ouvido e nos sai por outro.
Ouvimos, mas deixámos de ouvir.
Olhamos, mas não vemos.
Banalizámos as imagens.
Não tropeçamos no que nos dizem porque as palavras são uma música com uma batida igual todos os dias.
Foi um momento alto da carreira de José Milhazes por nos ter provado o que já sabíamos, mas não conseguíamos explicar.
Queremos comunicadores que nos desinquietem os sentidos, que nos abanem, que nos virem do avesso e nos retirem da zona de conforto.
Ao dizer um palavrão em prime time percebemos o quanto estávamos precisados de ser despertos.
Que a metáfora seja o princípio para algumas mudanças.
Que se inventem novas palavras que nos expliquem o mundo.
Que surjam pessoas com a capacidade de não dizerem o óbvio, de não soletrarem o abecedário das cartilhas que nos adormecem.
E que este "caralho" revelador possa transformar-se no futuro em novos modos de comunicar que não precisem de usar asneiras para nos despertarem os sentidos.
Esse será o desafio.
Novas palavras.
Novos protagonistas.
Novos modos de comunicar, de pensar, de contar sobre o mundo.
Se isso for conseguido o país ficará mais desperto para o que se diz e para o modo como se diz.
Se tal for conseguido até eu comprarei uma t-shirt do Milhazes, o homem que nos provou que precisamos de parar para pensar. O jornalista que nos mostrou o quanto estamos contaminados com uma água choca e pachorrenta.
Retirado DAQUI
E agora, reveja-se o momento polémico.
Sobre Luís Osório pouco interessa falar. Depois do texto que escreveu branqueando as prestações "rascas" de personagens que são utilizadas, qual Zé Cabra do comentário televisivo, não porque a sua opinião radicada na raiva interesse, mas porque dá picos de audiência que angaria publicidade para o canal, sou levado a crer que surgirá por aí uma comissão qualquer encabeçada pelo tal Luís Osório que poderá apresentar uma lista de cargos a atribuir ao dito comentador Milhazes, como por exemplo:
ResponderEliminarDirector de Programas Culturais da SIC
Estrela de Stand up Comedy (Mas sentado)
Treinador da Selecção Nacional
e por que não Presidente da República?
Afinal, concluo, estas ementas que nos dão a comer ofendem os portugueses por muito que eles se riam. Vamos tendo o que merecemos e o que a maioria inocentemente, ou não, escolhe.
Um abraço
Discordo! Lamento imenso ter de lhe dizer que, se tivesse prestado um pouco mais de atenção neste texto do jornalista Luís Osório, teria visto que ele frisa uma parte importantíssima e que pode passar despercebida a quem lê de afogadilho e, ainda mais se, à partida, já estiver com "a pedra no sapato"... Senão, repare: "...no futuro em novos modos de comunicar que não precisem de usar asneiras para nos despertarem os sentidos.".
ResponderEliminarAqui, não há uma apologia ou elogio ao «palavrão», à asneira vulgar, há, outrosim, uma chamada de atenção para as declarações que se fazem, em matéria jornalística, tendo em vista parecer bem no retrato agradando a gregos e troianos, ou, pior, pretendendo agradar a determinada facção.
Se tivesse ouvido, como de resto informei, José Milhazes desnudando-se perante milhões de portugueses contando com toda a naturalidade a dureza da sua vida, o porquê da sua procura de outras formas de vida que não a que se vivia em Portugal, das dificuldades que teve de enfrentar na URSS de quando para lá emigrou, veria que a Rússia de hoje é igual ou pior ao tempo dos Czares. Se já antes eu gostava da forma desassombrada e neutral, de como Milhazes fazia o relato do que se ia passando em solo ucraniano, mais fiquei agora a gostar.
Ele disse, e eu acredito, esta guerra dói-lhe muito porque tem amigos na Rússia e amigos na Ucrânia, qualquer que seja o seu final, para ele será sempre doloroso. Isto já sou eu a deduzir.
Acredito que JM ao traduzir literalmente o que a juventude russa gritava a plenos pulmões durante o Concerto, tenha sido também um grito que lhe saiu da alma, por tantas m ores já ter causado.
Sabe Luís? A guerra, e Putin, que vão para o c******!!
Obrigada.
Um abraço.
PS- isso que refere sobre os cargos que poderão esperar por José Milhazes, já são bitaites que não me interessam rigorosamente nada.
*Corrijo : 'guerra de e de Putin' + tantas mortes.
EliminarNão tenho bases ainda para comentar. Não conheço Milhazes nem o autor desta crónica, nem o Osório a quem o Luís se refere. Tenho muito que pesquisar. Voltarei. :)
ResponderEliminarOsório é o da foto e autor da crónica. Compreendi. :) €
EliminarCaramba, Catarina...isso é que é distração! Se tivesses acedido ao site que indico como fonte do artigo, terias visto logo quem é quem. :)) pelos vistos não ficaste muito interessada em terminar o comentário. Acho que estás a deixar para quando tiveres mais tempo livre.
EliminarNão percebi foi como e porquê veio aqui parar o €. 🧐
Abraço
Também não sei como esse símbolo foi aí parar porque nem o tenho no meu teclado.
EliminarPois não abri esses links por não ter tido muita disponibilidade de tempo hoje.
: )
José Milhazes, mesmo pedindo desculpa, nunca deveria ter traduzido o palavrão àquela hora, num canal de televisão, com crianças provavelmente a ouvir.
EliminarA minha primeira impressão – o pouco que ouvi e o seu maneirismo – é que estou mesmo em crer que este senhor deve irritar muita gente! : )
E este foi o “ponto mais alto da sua carreira”. Uau! Estou impressionada com a análise de L.O. : ))
A sério, estou a dar aqui os meus palpites sem saber quem eram até ler esta tua publicação. Portanto nem me devia ter pronunciado. Apenas mantenho a minha opinião expressa no primeiro parágrafo.
Boa noite, Janita. Bons sonhos!
Querida Catarina.
EliminarRelativamente à tua 1ª frase penso como tu, na verdade, por uma questão de bom-tom, Milhazes deveria ter pensado numa outra forma de expressar o dito cujo palavrão, se bem que não seja pelas crianças que, hoje em dia, algumas, já parecem carroceiros a falar. Adiante...
Quanto ao resto, respeito a tua opinião que não posso ter como muito válida, uma vez que te baseaste, apenas, nestes dois apontamentos. Aceito a 1ª opinião que dizes manter... :))
Ultimamente, ando a dormir pouco e, inexplicavelmente, a sonhar muito. Hoje sonhei que andava a plantar flores.
tenho de ir consultar o meu livro dos sonhos. :)
Beijos e bom domingo, Catá!
Uma crónica que me apaixonou ler.
ResponderEliminar.
Cumprimentos. Feliz fim de semana.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Já somos dois, Rycardo. :)
EliminarSaudações e bom fim de semana
Confesso que acho fastidioso ouvir o Milhazes e o Rogeiro a falar da guerra, como acho cansativo tanto programa sobre esse tema.
ResponderEliminarQuanto ao palavrão não passou de uma simples tradução, não é da sua autoria.
Seria interessante ele usar esse gros mot como palavra sua.
Por mim toda essa gente que se anda a alimentar da guerra pode ir para os quintos dos internos! (•‿•)
Abraço
Tens bom remédio, Leo, Não oiças. Eu também não estou ali grudada na TV para os ouvir e ver, mas se estiver no sofá, claro que não me levanto, até porque são opiniões de quem percebe de política e dos seus meandros e eu, enquanto leiga, gosto de ouvir quem sabe.
EliminarQuanto ao palavrão, se o homem apenas traduziu o que os manifestantes russos gritavam e deu o fuzué que deu, imagina se ele o dizia de sua lavra. José Milhazes é um senhor, ora essa! 😍
Os ucranianos, que eu saiba, não se estão a alimentar de nada alheio, parasita é o Putin, agora se as más línguas dizem que os países que estão a ajudar Zelenski a defender-se dos ataques do invasor, estão a alimentar a guerra, é deixá-los falá-los. Se calhar queriam que ele entregasse de mão beijada - em nome da paz - Kiev aos russos, como o caquético do Kissinger sugeriu.
Abraços .
Eu só ouço em passant.
ResponderEliminarNão estou a defender o Putin, nem poderia mas tanta informação diária acaba por anestesiar os ouvintes, penso eu.
A coisa está para durar e ainda bem que estamos longe apesar de também sofrermos as consequências.
Abraço
Querida Leo, pela grande consideração e respeito que me mereces, tenho de salientar que a minha ideia quando publiquei este texto nem sequer estava com a intenção de falar em Putin nem em Zelenski nem nos constantes bombardeamentos e violações por parte da Rússia ao não parar com os ataques durante os períodos reservados aos acordos de paz.
EliminarAté porque este artigo fala essencialmente na tradução feita por Milhazes sem usar de paninhos quentes.
Acontece que as conversas são como as cerejas e neste vai-vem de palavras as coisas mudam um pouco de rumo.
Sei que também tenho culpas no cartório porque vou alimentando isso. Comecei logo com a resposta ao primeiro comentário... Lamento.
Um abraço e dorme bem.
Não tens que pedir desculpa de nada, estamos num espaço de livre opinião, eu disse o que pensava e tu também.
EliminarAs conversas são como as cerejas e olha que ainda não as provei. (•‿•)
Abraço
👍
EliminarEu já comi algumas e eram bem docinhas.
Estão é muito caras! 😊
Abraço, Leo.
Gostei do texto que partilhaste.
ResponderEliminarGosto de ouvir o José Milhazes e depois de ver o Alta Definição, fiquei a admirá-lo.
Escolheu ir para Rússia em vez de ficar na pesca. Uma vida díficil que passou cá e lá.
Politiquices à parte, gabo-lhe a coragem.
Beijinhos Janita
É um artigo de opinião e Luís Osório expressou a sua. Também gostei, sobretudo, por, tal como tu, a ter entendido.
EliminarO mal é que a maioria das pessoas não lê bem e parece entender que ele está a incentivar ao jornalismo feito de palavrões. Enfim...
Sim, Milhazes quis fugir ao destino do pai e do irmão: ser pescador! Tal como o jornalista frisou, não tem nada contra os pescadores nem contra a pesca, mas sim, contra a miséria e a exploração a que estavam sujeitos naquele tempo de tirania e ditadura. Lá, na Rússia, também não foi o Eldorado que pensava ir encontrar. Gostei, muito, de o ouvir e ficar a conhecer melhor.
Obrigada, Manu.
Beijinhos e bom domingo.
Leio e admiro o Osório que admiro muito. Milhazes para mim é um dos poucos comentadores que oiço porque é autêntico, sem papas na língua e naturalmente fez a tradução e que vi em directo, com uma experiência de vida que muitos que dizem mal dele que vão para a Rússia para verem e sentirem o que é xarope para a tosse. Outro que também gosto muito é o Nuno Rogeiro.
ResponderEliminarNão sabia que ia ao Alta Definição e tenciono ver.
Estou completamente de acordo com tudo o que dizes e subscrevo!
Foi um momento alto da carreira de José Milhazes por nos ter provado o que já sabíamos, mas não conseguíamos explicar.
Fico-te grata por teres saído da tua pausa e vires compartilhar a tua opinião, Fatyly. Sem tendências de nenhuma espécie e muito menos partidárias, que é o mal de muito boa gente: misturar a política com a razão.
EliminarSe puderes vê e ouve O Milhazes no "Alta Definição", vais gostar.
Beijos e bom domingo.
Acabei de ver no Alta Definição e uma história de vida que só mostra a sua verdade, autenticidade, e conhecer da história e política. Fiquei a gostar ainda mais dele!!!!
EliminarBeijos
Eu sabia que irias gostar!
EliminarEste programa tem a vantagem de nos dar a conhecer as figuras públicas tal como são na realidade, longe dos holofotes da fama. Tenho tido algumas surpresas com a revelação de como são certas pessoas famosas de quem fazemos ideias erradas pelo que delas passa na impressa.
Aqui, o lado humano é revelado e a pessoa, mesmo sem querer, é levado a desnudar o seu verdadeiro Eu.
Fico muito feliz, Fatyly. O Zé Milhazes, merece a nossa admiração! Se tem defeitos? Claro que sim!... Mas venha de lá quem tiver coragem para atirar a primeira pedra...
Beijinhos.
Leio o Osório e não desaprecio a sua escrita, simples e escorreita, sem enfeites. O Milhazes, há muito que não o sigo mas apreciava o seu ponto de vista, eventualmente discutível, como sempre acontece.
ResponderEliminarO termo utilizado, no contexto, não me parece que possa arranhar os ouvidos, mesmo os dos mais sensíveis; limitou-se a traduzir, embora em português vernáculo, o que cantavam os jovens. Terá estado bem a Clara de Sousa ao não se dar por achada.
Andamos macambúzios e momentos destes descontraem.
Um bom Domingo.
Bjis
bjis.
Sabe, José? Foi a primeira vez que li Luís Osório e tambem gostei do seu estilo de escrita. Calhou o tema ser este e eu aproveitei para inquirir das opiniões. :)
EliminarTambém achei que a Clara de Sousa uma vez mais mostrou ser a grande comunicadora que é, o seu "literalmente" disse tudo não dizendo nada.
Obrigada por ter vindo, José.
Um beijinho, dias mais alegres virão, assim o desejo.
Tanto ruído por causa de uma situação vulgar!?!?
ResponderEliminarMilhazes limitou-se a traduzir à letra o que se ia gritando.
Osório? Não sei quem é.
Beijinhos, Janita, bom domingo.
Pois é amigo, vê lá tu que disparate!! 😊
EliminarNão sabes quem é o Osório? Olha, eu também não sabia, mas gostei de ficar a saber.
Beijinho e bom domingo, António.
Olha Janita, piiiiiiiiiiiiiii para a guerra.
ResponderEliminarOlha, Luísa...foi esse piiiiiiiiiiiiiiiiii que faltou ao Milhazes.
EliminarLá está... os contras das transmissões em directo. :)
Querida Janita, como já te disse, todos os dias passo por aqui, mas, a maioria das vezes, nem te chamo coisa que, sei, não é de bom tom. Mas....enfim...não quero incomodar; hoje, porém, tinha de " conversar contigo, porque o tema também diz-me muito e sei que há por aí " vozes " que não entendo, mas que respeito, claro. Eu não perco um comentário desses dois senhores, Nuno Rogeiro e José Milhazes e ouvi este último a traduzir o que a tal banda tinha dito. . Não percebo a indignação, pois se foi uma tradução ele não poderia ter trocado essa palavra por outra. Fez o certo e Clara de Sousa provou ser uma Senhora, não mostrando indignação com a palavra dita. Tambem ouvi a entrevista do Sr, Milhazes e fiquei comovida, pois abriu o seu coração , sem problemas, com humildade, com sinceridade; falou da vida dura que teve, assim como a dos familiares pescadores, numa região que conheço muito bem, pois vivo pertinho .Já conhecia o José Milhazes de um programa que procurava ver sempre e que terminou logo que começou a guerra; chamava-se Invasões Bárbaras e era dirigido por uma jornalista Ucraniana Irina q agora faz reportagens a partir de lá. Gostei muito do texto de Luis Osório que não conhecia e fiquei contente por ter conhecido. Sabes, Janita, devemos tapar os ouvidos, fechar a boca e cerrar os olhos, porque há determinadas opiniões que nos fazem mal, embora seja nossa obrigação respeitá-las Fazem-nos mal ? Há sempre remédio...ignorar. Amiga, obrigada pelo post, pertinente, como sempre. Boa noite e que a saúde não falte, nem a ti, nem aos teus. Beijinhos
ResponderEliminarEmilia
Aplauso Janita, pelo teu extraordinário texto. Subscrevo inteiramente tudo o que nele expressas.
ResponderEliminarÉ tempo de pôr o nome aos bois, sem receios nem pudores.
Deixemos que os "puritanos" se indignem nos seus cínicos argumentos.
Um largo sorriso com um enorme beijo. (ou vice versa) :) :) :)