Esta Rua não é a da Poetisa. É a foto de uma rua da minha terra, captada em tempos de pandemia. |
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A Minha Rua
Se a minha rua falasse
E aos amigos segredasse
Meus sonhos, minhas quimeras
Feitos de pétalas floridas
Alguns de esperanças perdidas
Em noites de primavera
Toda a gente saberia
Na rua, aquilo que eu era.
Perguntariam ao luar
Nessa noite enluarada
O porquê destes segredos
Das pedras desta calçada.
E a minha rua calando
Todos os meus desabafos
A todos ía dizendo
Desconhecer os meus passos.
Poema da autoria da Poetisa Maria Noémia, que não tive o gosto de conhecer, mas que homenageio de todo o coração. Não sei em qual destes seus dois livros: "Folhas Soltas" ou "A Densidade do Silêncio", o poema faz parte. Será em um deles, certamente.
Agradeço o envio do poema, e a permissão para o publicar, a um Amigo virtual que muito estimo e considero. Muito Obrigada, José.
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Um poema "ao meu jeito". Gostei!
ResponderEliminar:)
Também muito ao meu jeito, este bonito poema, composto por duas oitavas.
EliminarBeijos. :)
Poetas que, mesmo com talento, permanecem desconhecidos.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
Um abraço.
É verdade. Muitos poetas, de ambos os géneros, são somente conhecidos dentro do círculo familiar e de amigos. É pena tanto talento ficar longe do grande público, mas acontece muito.
EliminarObrigada eu.
Um abraço
Boa tarde Janita,
ResponderEliminarHá ruas muito especiais e as das nossas origens dizem-nos tanto!
Gostei muito deste poema.
Muito obrigada pela bela partilha.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
(Obrigada pela visita)
Olá, Ailime.
EliminarAquando da sua visita ao meu cantinho havia-lhe prometido a retribuição ao seu espaço, mas o tempo foi passando. Um dia destes li um seu comentário num blog que ambas seguimos e pensei: "De hoje não passa"...:) Com tantos blogs não foi fácil a escolha, mas penso que acertei. :))
Obrigada, um beijinho e bom fim de semana
Que foto maravilhosa, caiu no meu gosto total!
ResponderEliminarE o poema, como dizemos aqui, 'adorei de paixão!!'
Vou atrás da poetisa, sem dúvida, não a conhecia.
Beijinho, querida Janita, feliz fim de semana!
Amiga Taís.
EliminarEsta foto já antes a havia publicado com um texto meu. Hoje, fui repescá-la porque a achei muito adequada ao Poema.
Também tentei mas não encontrei nada sobre a Poetisa, nas internetes.
Um beijinho grato com votos de excelente fim de semana, Amiga
Em Folhas Soltas ou em A densidade do silêncio o poema de Maria Noémia está bem acolhido. Este lirismo cabe em toda parte. Há uma delicadeza nos versos de “desabafos” que não me faltou vontade de conhecer essa rua (a da cumplicidade da poeta) e sua calçada com os seus segredos, ainda que “essa calçada de pedra” desconheça os passos da poeta. E gostei do modus operandi com a fotografia que captura o poema. Ou o poema captura a fotografia? Uma bela partilha!
ResponderEliminarMuito grata amigo José Carlos.
EliminarUm beijinho.
Agora que me dei conta. Não deixei um beijinho para minha amiga. Aproveito e desejo um bom final de semana!
EliminarBeijinhos,
Candeia que vai na frente alumia duas vezes... 😊
EliminarEu dou, mesmo sem receber!
Bom fim-de-semana, meu Amigo!
Boa tarde
ResponderEliminarA foto está linda mesmo em tempo de pandemia e o poema é de uma pureza muito bela também.
JR
Amigo JR.
EliminarO tempo de pandemia foi referido por mim pois é notória a total ausência de pessoas em toda a Rua. E olhe que ela, por norma, é bem movimentada, só que o tempo de isolamento obrigou a que ninguém pusesse o nariz fora de portas.
Obrigada.
Boa noite.
Gostei do que vi/li.
ResponderEliminarBeijinhos, Jnaita.
Fiquei muito contente com isso, António.
EliminarObrigada.
Beijinhos
Linda a foto, belo o poema!
ResponderEliminarHoje, se a minha rua falasse talvez contasse o porquê do choro duma jovem peregrina que me levou a preparar-lhe um copo de água com mel e fazer com que o bebesse.
Abraço
Querida Leo.
EliminarSó Deus sabe quantos dramas estão por detrás de cada promessa feita - e cumprida - que leva os peregrinos até à exaustão. Provavelmente, a tua rua - acaso soubesse - calando os seus desabafos, a todos iria dizendo, desconhecer os seus passos. A exemplo da Rua da "minha" poetisa. Há desabafos que são sagrados...
Grande abraço, Amiga.
Gostei muito das fotos e do poema que me comoveu muito. Obrigado por este teu "desabafo" que poderia ser o meu!
ResponderEliminarBeijos e um bom sábado
Amiga, o título do postal: 'Desabafos' tem a ver com o teor do Poema. Aqui, nada me pertence, já que as publicações são feitas a pensar nos leitores. Neste caso, foi pelo gosto de dar a conhecer, ao pessoal da blogosfera, nomeadamente, aos meus seguidores, esta Poetisa e, em especial, este poema.
EliminarQuem 'desabafou' não fui eu...
Beijinhos, bom fim-de-semana.
Sim eu vi que não era teu e talvez não me fiz entender não nomeando a autora. Desculpa!
EliminarBeijos e um bom domingo
Não há para desculpar, Fatyly.
EliminarManeiras de nos expressarmos, nada mais.
Beijinhos óptimo Domingo.
Quase uma rua fantasma falta-lhe vida.
ResponderEliminarGostei do poema.
Um abraço e tenha um bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Se bem se lembra, Francisco, em 2020 o País parou. Até os cantares se faziam às varandas. Foi um tempo difícil de descrever. O Alentejo, já de si isolado, ficou ainda mais só.
EliminarMuito grata e tenha um bom fim-de-semana.
Um abraço.
O poeminha faz parte do livro "Folhas Soltas".
ResponderEliminarCreio que autora teria ficado feliz com a publicação neste Cantinho.
Por mim, tenho que dizer: obrigado à Janita e aos benévolos comentadores.
Grata pela informação, Amigo José.
EliminarComo sabe, nestes casos de poesia e poemas, há aqueles que trazendo mensagens implícitas ou explícitas, podem ser ou não entendíveis por todos. Este, da "sua" Poetisa, é claro como água cristalina, logo, facilmente do agrado de todos. Ninguém aqui foi benévolo, creio bem que houve a expressão sincera do sentir de quem se manifestou.
Quando, e se quiser, poderá enviar-me outros. Terei todo o gosto em os publicar.
Um grande abraço de muita amizade.
Uma vez mais, o meu sincero agradecimento.
Gostei
ResponderEliminarCurioso ligar a poesia às nossas origens.
Segundo dizem os Poetas, na poesia tudo é possível.
EliminarPorque não imaginar que seriam as pedras desta calçada, as mesmas que a Poetisa refere?
Como vê:..."isto anda tudo ligado" . :-))
Minha rua, meu mundo?? não quero crer...
Eliminarnem seqer a Rua da Bestega ....
(muito obrigado pelos elogios ao meu poema.
creia que afagou o meu "ego" ... )
Não há nada para agradecer, Poeta, não foi de todo minha intenção afagar-lhe o ego. Gostei muito do poema e manifestei o meu sentir, nada mais.
EliminarBoa noite, fique bem.
Desconhecia a Poetisa. Porém, adorei o poema.
ResponderEliminarAinda vamos voltar a ver ruas desertas...
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Beijos, bom fim de semana.
Este é um poema do qual se gosta naturalmente, Cidália.
EliminarSem os floreados rebuscados que vemos em tanta poesia da blogosfera.
Obrigada, beijo, bom Domingo
Uma rua linda, apesar de nos lembrar dois anos negros, mas gosto delas assim calmas e sem gente em dias de calor.
ResponderEliminarO poema é lindíssimo.
Beijinhos amiga Janita
Foram mesmo dois anos que, a muitos de nós, acabaram por roubar o ânimo de voltar à vida que tínhamos antes. Falo por mim, querida Manu.
EliminarQuanto ao poema, estamos de acordo! :)
Beijinhos, Amiga.
A anônima é a Manu
ResponderEliminar...eu sabia, Manu!
EliminarAbraços. :))