Tirano Sem Perdão!

 Gosto, quando vejo pessoas que manifestam o seu repúdio sobre o invasor desalmado com ambições a Czar. 

A mandar e desmandar, governar e desgovernar. No país dele e nos que não lhe pertencem. Sem olhar a meios para alcançar os seus tenebrosos e cruéis fins. Pessoas que falam abertamente, sem medos nem pruridos, sem receios nem mais-mais, sem meias palavras, nem rodeios.  Gente corajosa e certa do que é justo, como o povo russo que vimos manifestar-se nas ruas de Moscovo, a favor do irmãos massacrados em cidades ucranianas, indiferentes ao peso da brutalidade policial russa.

Reconheço que entre os blogues que fazem partem dos espaços que visito, neste mundo virtual, há quem seja totalmente a favor da Paz. Da bandeira branca. São poetas de alma e coração, na eterna procura da beleza terrena, crendo que mesmo no lodo podem nascer flores. Compreendo-os. 

Porém, outros há que abordam este tema da guerra, este acto ignóbil de um tresloucado, falando nos mil e um motivos, mas sempre rodeando o cerne da questão, ou seja, quem deu o primeiro passo invadindo o país vizinho e o vem preparando desde há muito. 

Ele é o enriquecimento através do fabrico de armas bélicas, ele é o poderio do jogo de interesses,  quase como se houvesse necessidade de guerras para escoar as ditas cujas. Como se a vida de crianças e civis inocentes, fossem meros peões nesse ciclo vicioso. Invocam mil e um pretextos para falar sem nada dizer. Até há quem tenha o desplante de insinuar a pouca instrução dos que condenam as "matanças" sem lhes alcançar o objectivo.  Julgam-se as supra sumos da sabedoria. Que eu saiba, AQUI e AQUI e AQUI, vive Gente culta e informada.

Tal como disse o Papa Francisco, no seu importante e comovedor discurso ao mundo, apelando à necessidade urgente  "de pôr fim a esta barbárie, antes que as cidades da Ucrânia se transformem em enormes cemitérios"...eu penso e digo o mesmo. Há que travar este louco.

Para isso, Zelensky precisa da ajuda de Todos os Países. A imagem daquela senhora grávida, que se encontrava na Maternidade de Mariupol, que foi bombardeada, ficou com uma anca desfeita e graves ferimentos expostos, não me sai da cabeça. A senhora faleceu hoje e o bebé também não resistiu.  Enegreci por dentro.

Esta guerra miseravelmente cobarde, que os russos despoletaram, não tem nem pode ter perdão, nem compreensão. Muito menos entendimento.

Como sou uma simples cidadã, sem conhecimentos dos meandros em que se movimentam os políticos, sequer pretendo conquistar honras nem glória, solidarizo-me com a Ucrânia e o seu povo, à minha maneira.Tenho um laço em forma de coração azul e amarelo, na vidraça da janela  do meu actual escritório, antigo quarto do meu filho, e uma espécie de bandeira, feita de dois panos, com as cores da bandeira ucraniana a esvoaçar ao vento...amanhã vou ver se encontro uma bandeira a sério, numa loja de chineses...

Os panos esvoaçavam, mas no justo momento do clique, uma 
rabanada de vento enrolou-os em cima do parapeito.

  Estarei com a Ucrânia até ao fim.