segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Metáforas... Essa Faca de Dois Gumes!

 

Os lugares mais recônditos da alma humana, quando expressos em palavras escritas, deverão ser sempre claros e límpidos, para que todos quantos as lerem as possam interpretar à luz do sentimento de quem as escreveu. 

Quem o não conseguir fazer, sem o uso de metáforas vulgarmente usadas no sentido prático e pouco atractivo do seu uso corrente, não pode nem deve insurgir-se contra quem as não souber interpretar.




Fotografia da autora do texto.


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36 comentários:

  1. Se calhar deveriam ser. Mas alguma vez o serão?
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos

    Cumprimentos poéticos

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    1. Têm de ser, Caro Ricardo!

      Sendo a metáfora uma figura de linguagem que compara um sentimento, tem, no mínimo, que manter a beleza da expressão.

      Obrigada, boa semana.

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  2. Isto é muito profundo p'ra mim... :))
    Gosto da tua foto. A do cabeçalho é fenomenal!
    :)

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    1. Eheheheheh...e eu que esperava ter em ti uma aliada, nesta Cruzada!

      A foto de cabeçalho é 'made in Paises Paixos', Catarina.

      Beijos.
      ( agora vou trabalhar, a minha vida nãoé só isto. Credo! )

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  3. Gosto das fotos. Das metáforas não tanto. Falta-me muitas vezes engenho para as entender, que é como quem diz, sou um bocado burra.
    Abraço, saúde e boa semana.
    R: Não sei se já ia ao Sexta há quatro anos mas conferi e não há um único comentário seu no Sonho ao Luar.

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    1. Cara amiga Elvira, aqui, nesta publicação, não houve uso de metáforas pelo que não carece de entender nada que esteja escrito nas entrelinhas. Este postal versa o tema metáforas. Coisa bem diferente.

      Mas, já que a elas - às metáforas - se referiu, vamos lá ser claras e concisas, pois ambas sabemos que em Poesia o uso metafórico é recorrente. Mais, até em conversas normais, do nosso dia-a-dia as costumamos usar. Quantas vezes para verbalizar a dureza da vida que nos leva a fazer certos trabalhos mais pesados, usamos a expressão: "Esta é uma cruz que tenho que carregar", e por aí fora.

      Quando Camões disse que o «Amor é fogo que arde sem se ver/ é dor que desatina sem doer/ e um contentamento descontente», todos sabemos do que o Poeta falava.

      No segundo parágrafo do meu texto, deixei bem claro o que é que, a meu ver, está mal. Ora, como eu sei que de burra a Elvira não tem nada, tenho a certeza que entendeu bem o que eu escrevi.
      Ainda vou mais longe, se num texto poético eu quiser fazer uma referência, por exemplo, às minhas dores nas articulações, provocadas pelo passar dos anos, em vez de dizer que tenho caruncho atrás do móvel da entrada, expressão que poderá ser levada à letra por alguém mais incauto, dizer que, de quando em quando, lá vem um «passarinho debicar-me os ossos, de mansinho», também uso uma metáfora poética e mais facilmente entendível como tal. Vê?... Afinal, era fácil de entender.
      Perante o exposto, a burra aqui sou eu, não a Elvira.

      Ainda bem que o seu Conto será novo para mim. Irei ler com mais interesse ainda.

      Peço a sua compreensão para este testamento.
      Ainda não aprendi a arte de dizer muito com poucas palavras.
      Mais uma falha minha, talvez.

      Um abraço e muita Saúde, Elvira.

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    2. Entendi o que quis dizer e me desculpe se não me soube expressar. Claro que há muitas e belas metáforas que entendo e às vezes até as uso, mas há outras que não percebo mesmo. E quantas vezes as leio e vou pesquisar o seu significado? Só eu sei.
      Abraço e saúde

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    3. Não se preocupe, Elvira!
      Na verdade, achei estranho a sua declaração e, sobretudo, a ausência de referência ao mais importante deste publicação.
      Se entendeu o que disse, penso com clareza, no segundo parágrafo, tudo óptimo.

      Um abraço e um bom dia!

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  4. Adoro metáforas quando na hora certa! Lindo céu, ador erro! Bjs otima semana! Chica

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    1. Também eu querida Chica, e já as usei em alguns textos meus a puxar para o lado poético.

      Beijos, boa semana.

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  5. Já acabou o trabalho?
    Porventura, julgará que não tenho outros afazeres que não sejam os de interpretar os seus postais? Lá se vão as minhas já escassas células cinzentas - para utilizar a definição do Poirot (ou a Agatha?)
    Vamos lá:
    - quis mesmo dizer "lugares...quando expressos..."?
    - e se "as palavras escritas", podendo ser públicas e publicadas, contiverem um "código" para serem entendidas no seu real sentido por um destinatário concreto?
    - já me parece óbvio que, se nem todos entenderem o que tiver sido escrito ou dele discordarem, não podem ser objecto de insurgências por parte do seu autor. Como disse António Lobo Antunes (creio), um livro escrito por si deixa de se seu após publicação, passando a ser dos leitores que dele farão o que entenderem.
    1/2 beijinho.

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    1. Sabe, José? Eu sou como aqueles negros das sanzalas para quem o trabalho nunca acaba.

      _ Sim, escrevi 'lugares' como poderia ter escrito recantos, mas recantos recônditos, não soaria bem, não acha?

      _ Ainda que as palavras sejam escritas para um destinatário concreto, sendo públicas, serão para quem as ler, tenham elas código ou não. Aí, ainda será mais reforçado o não entendimento da dita cuja metáfora. E, com esta resposta, fica completa, e por mim aprovada, a frase de ALA.

      Satisfeito?

      Aí vai um Beijinho inteiro que não sou de 1/2 medidas!


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  6. corrijo: "...deixa de ser seu...)

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  7. Entre metáforas e fotos ... gosto de tudo.
    Beijinho, Janita.

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    1. Posição inteligente a tua, Caríssimo António.

      Para quê comprar brigas, né?

      Beijinho e boa semana. 🤭

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  8. Boas
    Metáforas não é propriamente a minha praia.

    JR

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    1. Não me diga, Caro JR que nunca usou a expressão:

      - Gastar rios de dinheiro

      - A pobre jovem chorava lágrimas de sangue.

      - Preciso tanto de ti como de pão para a boca´.

      Tudo isto são metáforas que usamos nos nossos diálogos quotidianos.

      Boa semana.

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  9. Adorei a publicação. O texto é muito profundo.
    **
    Obrigada à vida...
    *
    Beijo, e uma noite feliz e quentinha!

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    1. Profundo, profundo, é o mar, Cidália! 😊

      Um beijinho e obrigada!

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  10. E depois há os que têm facas de dois legumes :))))
    Beijinhos

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    1. Oh...esses são os piores, Pedro, são os dissimulados... 😎 😄

      Beijinhos.

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  11. Oi Janita
    Você já explicou bem em um dos comentários sobre termos um padrão de linguagem e nela estarem incluídas as metáforas. As usamos, até inconscientemente, eu gosto delas, é uma poderosa forma de se comunicar_ há aqueles que rebuscam muito e ficam incompreensíveis. rs Os poetas, por exemplo são os donos das metáforas. E o que seria do mundo mágico das crianças sem elas?
    Seu texto está compreensível_ pode ser mesmo a tal 'faca de dois gumes', e ninguém entender nada ...
    Penso que nesse caso 'só tem que reclamar com o Papa' rsrs
    Nem sei se me fiz entender, Janita mas essas interações com algumas discordâncias são saudáveis, né? a gente sempre aprende algo.
    Bons dias , amiga _ abraços
    E gostei da foto_ estás ficando boa no clic !

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    1. Olá, Lis.
      Também gosto de metáforas, claro, poesia sem ela nem é poesia.
      Mas gosto das que embelezam e enriquecem um poema ou um texto, não das palavras estapafúrdias inseridas num contexto que se deseja sentido e sério.
      A seguir publicarei um poema que está repleto de metáforas. E todas são tão belas, tão belas...

      Claro que as discordâcias são profíquas e bem-vindas, mas é no diálogo que se esclarecem ideias e se firmam as opiniões. Não é fugindo com o "rabo à seringa"...😄. Viu?

      Beijinhos e boa semana, amiga.

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  12. Gosto muito de usar metáforas e de as ler.
    Interpretá-las é uma coisa que me dá muito prazer.
    Uso-as sempre com as crianças e há-as bem interessantes.
    Nunca uso um pau de dois bicos :):)
    Beijinhos Janita

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    1. Quem as não usa, Manu?! Logo nós, portugueses, que somos riquíssimos em expressóes alternativas.
      Não!!! Um pau de dois bicos é muito perigoso!!😄.

      Beijinhos, Manu! 😘

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  13. A metáfora é quase como o sonho que comanda a vida!

    Abraço

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    1. Isso é que é poesia, Rosa dos Ventos. 😊
      Dessas metáforas eu gosto!

      Abraço.

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  14. As metáforas são refúgios criativos como quaisquer outros
    Eu vejo as assim. E até gosto delas
    😊

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    1. Certamente, caro Poeta! Nem eu ponho, ou pus, isso em dúvida.
      Não gosto é de misturar, nem de ver misturar, alhos com bogalhos.

      Sabe? Cada um que albarde o seu burro como bem entender.
      Gostou desta metáfora? 😊

      Boa noite.

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  15. A tua imagem sugere-me uma boa metáfora... mas não vem ao caso falar de outra metáfora que não seja a minha
    "O Melhor de Mim Somos Nós"
    Faço uso recorrente. E no final
    umas saem bem outras mal.

    Camões, escrevia que o "Amor é fogo que arde sem se ver"
    e todas as suas metáforas são belas de ser ler

    Mas temos gente próxima que as escrevem lindamente...
    Eufrázio é um caso a começar no título escolhido para o seu espaço (Mar Arável)
    Luís Rodrigues, outro

    Sobre a faca de dois gumes havia tanto para dizer
    mas o que é certo é que sobre isso... já tá tudo escrito

    https://edtl.fcsh.unl.pt/encyclopedia/metafora/

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    1. ...imperdoável o ter omitido a Lídia Borges...

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    2. "O Melhor de Mim Somos Nós", é a mais bela metáfora que eu já li.
      Quanto a Camões, como deve calcular, não posso repetir em cada resposta o que já antes escrevi. Vou fazer como o Rogério faz e remetê-lo para a resposta que dei à Elvira Carvalho.

      Gosto de metáforas, todos os Poetas as usam, mas gosto mais ainda quando se revestem de beleza e do brilho que enriquece o pensamento. Relativamente aos bloggers referidos, obviamente que não me irei pronunciar.

      Obrigada, Rogério.

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  16. Amiga Janita,
    Gosto de metáforas, de as utilizar, de as ler e tentar interpretá-las.
    Um texto poético ou literário enriquece com o seu uso.
    No uso corrente, como frisaste, pode ser mal interpretado, logo ser faca de dois gumes.
    Quanto à tua linda foto, comento assim:


    POEMA

    O céu, azul de luz quieta,
    As ondas brandas a quebrar,
    Na praia lúcida e completa —
    Pontos de dedos a brincar.

    No piano anónimo da praia
    Tocam nenhuma melodia
    De cujo ritmo por fim saia
    Todo o sentido deste dia.

    Que bom, se isto satisfizesse!
    Que certo, se eu pudesse crer
    Que esse mar e essas ondas e esse
    Céu têm vida e têm ser.

    FERNANDO PESSOA

    +

    Um beijinho

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    1. LINDO, amiga Fê!

      Um comentário muito belo e que não vem só, trazes um poema lindo que enriquece e valoriza este postal sobre o que é belo (e pode não o ser)) no mundo das metáforas poéticas.
      Neste poema tudo é metaforicamente belo.

      Muito obrigada, Fê!

      Um beijinho

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  17. Janita,vim avisar que acabam de entrar céus teus lá! Obrigadão! beijos e podes ver aqui:

    http://ceuepalavras.blogspot.com/2021/01/blog-post_27.html

    chica

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